ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

12 agosto, 2008

SAÚDE

No Rio de Janeiro, candidatos debatem sobre proposta de laqueadura em postos de saúde
RIO - A proposta do candidato à prefeitura do Rio Marcelo Crivella (PRB-PR-PSDC-PRTB) de que, caso seja eleito, fará os postos de saúde municipais atenderem jovens com 18 anos ou mais que optem pela laqueadura ou vasectomia como métodos para evitar novos filhos abriu o debate sobre o planejamento familiar na cidade.
– É preciso que o povo tenha consciência de que há esses métodos. Podemos fazer uma ampla distribuição de camisinhas e o controle das doenças – afirmou Crivella.
O petista Alessandro Molon classificou como “infeliz” a proposta de seu adversário. – Não se resolve problema social com cirurgia, mas com informação e planejamento familiar para garantir a maternidade e a paternidade responsáveis. Laqueadura e vasectomia as são as últimas opções.
O tema é mesmo polêmico e costuma ser evitado pelos candidatos. Motivos para isso não faltam. Na última campanha para o Senado, Jandira Feghali (PCdoB) liderava todas as pesquisas de intenção de voto com ampla margem. Mas, faltando apenas 10 dias para o pleito, uma série de mensagens ressaltando que a deputada tinha sido uma das principais promotoras da lei que eliminaria do Código Penal todos os artigos que definiam o aborto como um delito contribuiu para que perdesse a eleição. Precavida, a comunista prefere não comentar o assunto.
Favorável ao aborto, o candidato Eduardo Serra (PCB) acredita que a vasectomia e a laqueadura não podem ser feitas por imposição e que é melhor legalizar o aborto a ver jovens morrerem em clínicas ilegais.
– Alguns hospitais têm estrutura para realizar laqueaduras e vasectomias, mas são necessários mais postos de saúde, com uma rede hierarquizada, espalhados pelo município – explica Serra. – Sou favorável a colocar os meios contraceptivos para a população. Também sou a favor de se legalizar o aborto, mas como última opção. Atualmente, muita gente morre ao usar clínicas clandestinas.
Chico Alencar (PSOL) acredita que criminalizar o aborto é “tão errado quanto incentivá-lo”. – Defendo a educação sexual desde a escola e o apoio ao pré-natal da gestante pobre. Nem a mais insensível das mulheres faz um aborto sem traumas, sem sofrimento.
O candidato não concorda com a proposta de Crivella. – Pensei que o Crivella, como bispo, considerasse a vida humana um bem. A laqueadura é um método agressivo à dignidade e à consciência da mulher, que é percebida como um mero objeto reprodutivo. O que ele está propondo é um controle de natalidade induzido ou compulsório.
Eduardo Paes (PMDB) também não concorda com Crivella. – Há outros métodos de planejamento familiar. Laqueadura e vasectomia são os limites.
O candidato verde Fernando Gabeira prefere não entrar no tema da legalização ou não do aborto. Para ele esta é uma discussão “equivocada”.
– O nosso objetivo maior não deveria ser o aborto, e sim evitar a gravidez indesejada por falta de informação – ressalta Gabeira.
O candidato do PV diz que o serviço prestado pela prefeitura será mantido, mas tem ressalvas: – Recebi uma queixa de uma mulher que engravidou depois da laqueadura.
Mais conservadora, a candidata Solange Amaral (DEM) disse não ser favorável à proposta de Crivella. Para ela, reduzir a idade mínima da laqueadura de 25 para 18 anos seria um erro e mais uma prova do preconceito contra as mulheres.
– Não sou favorável à mudança na lei, que já permite a laqueadura para mulher com mais de 25 anos e dois filhos – enfatiza Solange. – O que vejo nessas propostas é o preconceito contra a mulher, que acaba tendo o ônus de uma gravidez.
Para a candidata, a melhor saída a ser adotada é investir no planejamento familiar: – É preciso pensar em soluções como o incentivo à paternidade responsável – acredita Solange. – Além disso, vou criar um programa de atenção à saúde reprodutiva.
Paulo Ramos (PDT) compartilha da mesma opinião. Apesar de ser favorável à esterilização, ele acha que uma mulher aos 18 anos é muito jovem para perder o direito de ter filhos.
– Sou a favor da esterilização, mas tem de estabelecer idade mínima e número de filhos. Não pode ser aos 18 anos. É absurdo. Tem que estudar e debater com a sociedade esses limites. A cirurgia é cara.
JB Online
Democratas lançam plataforma para saúde nos EUA
PITTSBURGO - O partido democrata norte-americano formulou um conjunto de princípios neste sábado onde se compromete a garantir assistência médica para todos. Isso deve lançar um debate possivelmente acalorado e colocar o partido mais perto da posição defendida pela concorrente derrotada de Barack Obama, Hillary Clinton.
Obama, que deverá em breve ser oficialmente indicado como candidato do partido à presidência dos EUA, não chegou a propor a cobertura de saúde universal. Ele propõe tornar o seguro-saúde mais barato e ajudar as famílias mais pobres a pagar por ele.
Consultores de Obama e de Hillary disseram na reunião de plataforma do partido que estavam contentes com o compromisso, que foi aprovado sem oposição ou explicações sobre como a assistência médica poderá ser garantida. Em troca desse comprometimento, os ativistas abriram mão de uma proposta mais rígida, de um sistema administrado pelo governo, e de outra emenda que elegia o plano de Hillary como o único a seguir.
Democratas unidos
O partido, agora, declara-se "unido em torno do compromisso de que todo homem, mulher e criança norte-americanos tenham a garantia de uma assistência de saúde ampla a acessível".
Em qualquer que seja os sistema que vier a vigorar, a maior parte das pessoas continuará pagando pelo seguro-saúde como se faz hoje, mas haverá ajuda quando necessário. Essa era uma característica comum dos planos apresentados por Obama e Hillary nas primárias. Mas Hillary defendia que todos tivessem acesso ao seguro, enquanto que Obama planejava que isso fosse obrigatório apenas para as crianças.
Agencia Estado

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