SAÚDE
No Rio de Janeiro, candidatos debatem sobre proposta de laqueadura em postos de saúde
RIO - A proposta do candidato à prefeitura do Rio Marcelo Crivella (PRB-PR-PSDC-PRTB) de que, caso seja eleito, fará os postos de saúde municipais atenderem jovens com 18 anos ou mais que optem pela laqueadura ou vasectomia como métodos para evitar novos filhos abriu o debate sobre o planejamento familiar na cidade.
– É preciso que o povo tenha consciência de que há esses métodos. Podemos fazer uma ampla distribuição de camisinhas e o controle das doenças – afirmou Crivella.
O petista Alessandro Molon classificou como “infeliz” a proposta de seu adversário. – Não se resolve problema social com cirurgia, mas com informação e planejamento familiar para garantir a maternidade e a paternidade responsáveis. Laqueadura e vasectomia as são as últimas opções.
O tema é mesmo polêmico e costuma ser evitado pelos candidatos. Motivos para isso não faltam. Na última campanha para o Senado, Jandira Feghali (PCdoB) liderava todas as pesquisas de intenção de voto com ampla margem. Mas, faltando apenas 10 dias para o pleito, uma série de mensagens ressaltando que a deputada tinha sido uma das principais promotoras da lei que eliminaria do Código Penal todos os artigos que definiam o aborto como um delito contribuiu para que perdesse a eleição. Precavida, a comunista prefere não comentar o assunto.
Favorável ao aborto, o candidato Eduardo Serra (PCB) acredita que a vasectomia e a laqueadura não podem ser feitas por imposição e que é melhor legalizar o aborto a ver jovens morrerem em clínicas ilegais.
– Alguns hospitais têm estrutura para realizar laqueaduras e vasectomias, mas são necessários mais postos de saúde, com uma rede hierarquizada, espalhados pelo município – explica Serra. – Sou favorável a colocar os meios contraceptivos para a população. Também sou a favor de se legalizar o aborto, mas como última opção. Atualmente, muita gente morre ao usar clínicas clandestinas.
Chico Alencar (PSOL) acredita que criminalizar o aborto é “tão errado quanto incentivá-lo”. – Defendo a educação sexual desde a escola e o apoio ao pré-natal da gestante pobre. Nem a mais insensível das mulheres faz um aborto sem traumas, sem sofrimento.
O candidato não concorda com a proposta de Crivella. – Pensei que o Crivella, como bispo, considerasse a vida humana um bem. A laqueadura é um método agressivo à dignidade e à consciência da mulher, que é percebida como um mero objeto reprodutivo. O que ele está propondo é um controle de natalidade induzido ou compulsório.
Eduardo Paes (PMDB) também não concorda com Crivella. – Há outros métodos de planejamento familiar. Laqueadura e vasectomia são os limites.
O candidato verde Fernando Gabeira prefere não entrar no tema da legalização ou não do aborto. Para ele esta é uma discussão “equivocada”.
– O nosso objetivo maior não deveria ser o aborto, e sim evitar a gravidez indesejada por falta de informação – ressalta Gabeira.
O candidato do PV diz que o serviço prestado pela prefeitura será mantido, mas tem ressalvas: – Recebi uma queixa de uma mulher que engravidou depois da laqueadura.
Mais conservadora, a candidata Solange Amaral (DEM) disse não ser favorável à proposta de Crivella. Para ela, reduzir a idade mínima da laqueadura de 25 para 18 anos seria um erro e mais uma prova do preconceito contra as mulheres.
– Não sou favorável à mudança na lei, que já permite a laqueadura para mulher com mais de 25 anos e dois filhos – enfatiza Solange. – O que vejo nessas propostas é o preconceito contra a mulher, que acaba tendo o ônus de uma gravidez.
Para a candidata, a melhor saída a ser adotada é investir no planejamento familiar: – É preciso pensar em soluções como o incentivo à paternidade responsável – acredita Solange. – Além disso, vou criar um programa de atenção à saúde reprodutiva.
Paulo Ramos (PDT) compartilha da mesma opinião. Apesar de ser favorável à esterilização, ele acha que uma mulher aos 18 anos é muito jovem para perder o direito de ter filhos.
– Sou a favor da esterilização, mas tem de estabelecer idade mínima e número de filhos. Não pode ser aos 18 anos. É absurdo. Tem que estudar e debater com a sociedade esses limites. A cirurgia é cara.
JB Online
RIO - A proposta do candidato à prefeitura do Rio Marcelo Crivella (PRB-PR-PSDC-PRTB) de que, caso seja eleito, fará os postos de saúde municipais atenderem jovens com 18 anos ou mais que optem pela laqueadura ou vasectomia como métodos para evitar novos filhos abriu o debate sobre o planejamento familiar na cidade.
– É preciso que o povo tenha consciência de que há esses métodos. Podemos fazer uma ampla distribuição de camisinhas e o controle das doenças – afirmou Crivella.
O petista Alessandro Molon classificou como “infeliz” a proposta de seu adversário. – Não se resolve problema social com cirurgia, mas com informação e planejamento familiar para garantir a maternidade e a paternidade responsáveis. Laqueadura e vasectomia as são as últimas opções.
O tema é mesmo polêmico e costuma ser evitado pelos candidatos. Motivos para isso não faltam. Na última campanha para o Senado, Jandira Feghali (PCdoB) liderava todas as pesquisas de intenção de voto com ampla margem. Mas, faltando apenas 10 dias para o pleito, uma série de mensagens ressaltando que a deputada tinha sido uma das principais promotoras da lei que eliminaria do Código Penal todos os artigos que definiam o aborto como um delito contribuiu para que perdesse a eleição. Precavida, a comunista prefere não comentar o assunto.
Favorável ao aborto, o candidato Eduardo Serra (PCB) acredita que a vasectomia e a laqueadura não podem ser feitas por imposição e que é melhor legalizar o aborto a ver jovens morrerem em clínicas ilegais.
– Alguns hospitais têm estrutura para realizar laqueaduras e vasectomias, mas são necessários mais postos de saúde, com uma rede hierarquizada, espalhados pelo município – explica Serra. – Sou favorável a colocar os meios contraceptivos para a população. Também sou a favor de se legalizar o aborto, mas como última opção. Atualmente, muita gente morre ao usar clínicas clandestinas.
Chico Alencar (PSOL) acredita que criminalizar o aborto é “tão errado quanto incentivá-lo”. – Defendo a educação sexual desde a escola e o apoio ao pré-natal da gestante pobre. Nem a mais insensível das mulheres faz um aborto sem traumas, sem sofrimento.
O candidato não concorda com a proposta de Crivella. – Pensei que o Crivella, como bispo, considerasse a vida humana um bem. A laqueadura é um método agressivo à dignidade e à consciência da mulher, que é percebida como um mero objeto reprodutivo. O que ele está propondo é um controle de natalidade induzido ou compulsório.
Eduardo Paes (PMDB) também não concorda com Crivella. – Há outros métodos de planejamento familiar. Laqueadura e vasectomia são os limites.
O candidato verde Fernando Gabeira prefere não entrar no tema da legalização ou não do aborto. Para ele esta é uma discussão “equivocada”.
– O nosso objetivo maior não deveria ser o aborto, e sim evitar a gravidez indesejada por falta de informação – ressalta Gabeira.
O candidato do PV diz que o serviço prestado pela prefeitura será mantido, mas tem ressalvas: – Recebi uma queixa de uma mulher que engravidou depois da laqueadura.
Mais conservadora, a candidata Solange Amaral (DEM) disse não ser favorável à proposta de Crivella. Para ela, reduzir a idade mínima da laqueadura de 25 para 18 anos seria um erro e mais uma prova do preconceito contra as mulheres.
– Não sou favorável à mudança na lei, que já permite a laqueadura para mulher com mais de 25 anos e dois filhos – enfatiza Solange. – O que vejo nessas propostas é o preconceito contra a mulher, que acaba tendo o ônus de uma gravidez.
Para a candidata, a melhor saída a ser adotada é investir no planejamento familiar: – É preciso pensar em soluções como o incentivo à paternidade responsável – acredita Solange. – Além disso, vou criar um programa de atenção à saúde reprodutiva.
Paulo Ramos (PDT) compartilha da mesma opinião. Apesar de ser favorável à esterilização, ele acha que uma mulher aos 18 anos é muito jovem para perder o direito de ter filhos.
– Sou a favor da esterilização, mas tem de estabelecer idade mínima e número de filhos. Não pode ser aos 18 anos. É absurdo. Tem que estudar e debater com a sociedade esses limites. A cirurgia é cara.
JB Online
Democratas lançam plataforma para saúde nos EUA
PITTSBURGO - O partido democrata norte-americano formulou um conjunto de princípios neste sábado onde se compromete a garantir assistência médica para todos. Isso deve lançar um debate possivelmente acalorado e colocar o partido mais perto da posição defendida pela concorrente derrotada de Barack Obama, Hillary Clinton.
PITTSBURGO - O partido democrata norte-americano formulou um conjunto de princípios neste sábado onde se compromete a garantir assistência médica para todos. Isso deve lançar um debate possivelmente acalorado e colocar o partido mais perto da posição defendida pela concorrente derrotada de Barack Obama, Hillary Clinton.
Obama, que deverá em breve ser oficialmente indicado como candidato do partido à presidência dos EUA, não chegou a propor a cobertura de saúde universal. Ele propõe tornar o seguro-saúde mais barato e ajudar as famílias mais pobres a pagar por ele.
Consultores de Obama e de Hillary disseram na reunião de plataforma do partido que estavam contentes com o compromisso, que foi aprovado sem oposição ou explicações sobre como a assistência médica poderá ser garantida. Em troca desse comprometimento, os ativistas abriram mão de uma proposta mais rígida, de um sistema administrado pelo governo, e de outra emenda que elegia o plano de Hillary como o único a seguir.
Democratas unidos
O partido, agora, declara-se "unido em torno do compromisso de que todo homem, mulher e criança norte-americanos tenham a garantia de uma assistência de saúde ampla a acessível".
Em qualquer que seja os sistema que vier a vigorar, a maior parte das pessoas continuará pagando pelo seguro-saúde como se faz hoje, mas haverá ajuda quando necessário. Essa era uma característica comum dos planos apresentados por Obama e Hillary nas primárias. Mas Hillary defendia que todos tivessem acesso ao seguro, enquanto que Obama planejava que isso fosse obrigatório apenas para as crianças.
Agencia Estado
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Marcadores: saúde
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