ATUALIDADES
Dólar fecha a R$ 1,86, maior patamar desde setembro de 2007; Bovespa cai 4,52%
A taxa de câmbio oscilou bruscamente durante as operações desta quarta-feira, em meio a uma onda generalizada de nervosismo com os desdobramentos da crise financeira que abala os EUA e as demais economias centrais. Prevalece no mercado o sentimento de que o Lehman Brothers e a seguradora AIG não foram os últimos episódios dessa crise e que há mais turbulências pela frente.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) despenca 4,52% e desce para os 47.001 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 6,12 bilhões.
Entenda a crise financeira que atinge a economia dos EUA
Como resultado dessa incerteza, o preço da moeda americana variou entre o valor máximo de R$ 1,889 e a mínima de R$ 1,810, para encerrar o expediente a R$ 1,868, em uma forte alta de 2,41%. Trata-se da maior cotação para o dólar desde 24 de setembro de 2007. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2, uma disparada de 2,04% sobre a taxa anterior.
Profissionais de mercado ressaltaram que a taxa de câmbio subiu praticamente no "vazio": o volume de negócios está reduzido a 50% ou até mesmo 40% do giro normal.
"Está todo mundo esperando para ver até onde esse preço vai. O exportador, que deveria estar no mercado agora, está de fora. E pelo lado do importador, pelo menos entre aqueles que não se protegeram, também se espera o preço voltar", comenta Vanderlei Muniz, operador da corretora Onnix.
"Claro que é possível, mas eu acho difícil que essa taxa suba ainda mais. E quando voltar, vai ser muito rápido, porque o exportador que ficou de fora vai querer entrar no mercado para aproveitar os preços", acrescenta.
Especialistas de câmbio apontam o diferencial de juros brasileiros (13,75% ao ano) e americanos (2% ao ano) como uma das principais justificativas para limitar as apostas numa disparada ainda maior das taxas. O último boletim Focus, datado do dia 12, mostra que a maioria dos economistas de bancos e corretoras aposta no câmbio a R$ 1,65 para dezembro.
Juros futuros
O mercado futuro de juros, que baliza as tesourarias dos bancos, acompanhou a disparada do câmbio e voltou a puxar as taxas projetadas para 2009, 2010 e 2011.
No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada avançou de 14,01% ao ano para 14,02%; no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada subiu de 14,63% para 14,85%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 14,54% para 14,90%.
Lehman, AIG e a "bola da vez"
Os grandes investidores globais já estavam bastante sensíveis a risco nas últimas semanas, mas essa aversão ganhou novos patamares com a quebra do Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos dos EUA. O desastre do Lehman acentuou a expectativa pela próxima 'bola da vez'. Nesse sentido, a seguradora AIG passou o ocupar a posição central entre as preocupações do setor financeiro.
A iniciativa de socorro do Federal Reserve (Fed, banco central americano) teve o efeito de propiciar algum alívio ao mercado financeiro, mas ao mesmo tempo, também despertou temores de que mais episódios como os do banco Lehman ainda possam ocorrer.
O mercado tem uma lista de motivos para temer o pior. Em pouco mais de uma semana, o governo dos EUA também preparou uma ajuda de até US$ 200 bilhões para as gigantes hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, e o Merrill Lynch, outro importante banco de investimentos, foi vendido ao Bank of America, por US$ 50 bilhões. Na Europa, o banco britânico de hipotecas HBOS enfrenta a possibilidade de quebra.
Também afeta o humor do investidor nos EUA a queda de mais de 6% na atividade de construção residencial de julho para agosto, dado recebido como sinal de que não há solução à vista para os problemas econômicos do país. Entre agosto deste ano e o mesmo mês do ano passado, a queda supera os 33%.
A taxa de câmbio oscilou bruscamente durante as operações desta quarta-feira, em meio a uma onda generalizada de nervosismo com os desdobramentos da crise financeira que abala os EUA e as demais economias centrais. Prevalece no mercado o sentimento de que o Lehman Brothers e a seguradora AIG não foram os últimos episódios dessa crise e que há mais turbulências pela frente.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) despenca 4,52% e desce para os 47.001 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 6,12 bilhões.
Entenda a crise financeira que atinge a economia dos EUA
Como resultado dessa incerteza, o preço da moeda americana variou entre o valor máximo de R$ 1,889 e a mínima de R$ 1,810, para encerrar o expediente a R$ 1,868, em uma forte alta de 2,41%. Trata-se da maior cotação para o dólar desde 24 de setembro de 2007. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2, uma disparada de 2,04% sobre a taxa anterior.
Profissionais de mercado ressaltaram que a taxa de câmbio subiu praticamente no "vazio": o volume de negócios está reduzido a 50% ou até mesmo 40% do giro normal.
"Está todo mundo esperando para ver até onde esse preço vai. O exportador, que deveria estar no mercado agora, está de fora. E pelo lado do importador, pelo menos entre aqueles que não se protegeram, também se espera o preço voltar", comenta Vanderlei Muniz, operador da corretora Onnix.
"Claro que é possível, mas eu acho difícil que essa taxa suba ainda mais. E quando voltar, vai ser muito rápido, porque o exportador que ficou de fora vai querer entrar no mercado para aproveitar os preços", acrescenta.
Especialistas de câmbio apontam o diferencial de juros brasileiros (13,75% ao ano) e americanos (2% ao ano) como uma das principais justificativas para limitar as apostas numa disparada ainda maior das taxas. O último boletim Focus, datado do dia 12, mostra que a maioria dos economistas de bancos e corretoras aposta no câmbio a R$ 1,65 para dezembro.
Juros futuros
O mercado futuro de juros, que baliza as tesourarias dos bancos, acompanhou a disparada do câmbio e voltou a puxar as taxas projetadas para 2009, 2010 e 2011.
No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada avançou de 14,01% ao ano para 14,02%; no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada subiu de 14,63% para 14,85%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 14,54% para 14,90%.
Lehman, AIG e a "bola da vez"
Os grandes investidores globais já estavam bastante sensíveis a risco nas últimas semanas, mas essa aversão ganhou novos patamares com a quebra do Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos dos EUA. O desastre do Lehman acentuou a expectativa pela próxima 'bola da vez'. Nesse sentido, a seguradora AIG passou o ocupar a posição central entre as preocupações do setor financeiro.
A iniciativa de socorro do Federal Reserve (Fed, banco central americano) teve o efeito de propiciar algum alívio ao mercado financeiro, mas ao mesmo tempo, também despertou temores de que mais episódios como os do banco Lehman ainda possam ocorrer.
O mercado tem uma lista de motivos para temer o pior. Em pouco mais de uma semana, o governo dos EUA também preparou uma ajuda de até US$ 200 bilhões para as gigantes hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, e o Merrill Lynch, outro importante banco de investimentos, foi vendido ao Bank of America, por US$ 50 bilhões. Na Europa, o banco britânico de hipotecas HBOS enfrenta a possibilidade de quebra.
Também afeta o humor do investidor nos EUA a queda de mais de 6% na atividade de construção residencial de julho para agosto, dado recebido como sinal de que não há solução à vista para os problemas econômicos do país. Entre agosto deste ano e o mesmo mês do ano passado, a queda supera os 33%.
Folha Online
Morre oposicionista boliviano ferido durante confronto em Santa Cruz
Um jovem boliviano, de 26 anos, integrante da oposicionista União Juvenil Cruzenha (UJC) morreu nesta quarta-feira, após ficar quatro dias em coma, com morte cerebral, informou à agência France Presse, o vice-presidente da associação, Alfredo Saucedo.
Edson Ruiz foi ferido durante conflitos recentes entre camponeses, que defendem o presidente Evo Morales, e opositores, no departamento oposicionista (Estado) de Santa Cruz, na fronteira com o Brasil. Após três semanas de confrontos, Ruiz se tornou a primeira vítima de conflitos na região.
Os conflitos aconteceram no sábado (13), na cidade de Tiquipaya, a 50 km da capital do Estado, onde camponeses pró-Morales realizam desde a semana passada um cerco a Santa Cruz.
Nas últimas semanas, violentos atos anti-Morales têm sido freqüentes nos departamentos de oposição: Santa Cruz, Beni, Chuquisaca, Tarija e Pando. O episódio mais violento da onda de protestos ocorreu na localidade de El Porvenir, em Pando. Um confronto entre opositores e camponeses pró-Morales deixou ao menos 15 mortos e mais de cem pessoas desaparecidas.
O pré-acordo prevê, entre outros pontos, a devolução para os departamentos de oposição do imposto sobre o gás que, desde janeiro passado, o governo federal destina ao pagamento de um benefício para idosos; as autonomias administrativas de Santa Cruz, Pando, Beni e Tarija; a desocupação de prédios públicos ocupados por manifestantes nesses departamentos; e a investigação da autoria da chacina de Pando.
A oposição rejeita o projeto de uma nova Constituição, proposta por Morales, reivindica mais autonomia e exige a retomada do repasse das verbas de um imposto petrolífero que, desde janeiro, o governo boliviano destinou a um programa nacional de assistência aos idosos.
Cerco mantido
Nesta quarta-feira, Morales e os cinco governadores da oposição anunciaram que começaram amanhã a discutir, em Cochabamba, a negociação de um acordo de paz e conciliação nacional. No entanto, camponeses pró-Morales mantiveram o cerco em Santa Cruz.
Milhares de partidários de Morales bloqueiam os acessos à cidade de Santa Cruz, núcleo autonomista boliviano, e exigem a renúncia do governador da região, Rubén Costas.
"Estamos pedindo a renúncia de Costas, eles (o governo de Santa Cruz) promovem a violência e nos agridem", disse à AFP Joel Guarachi, secretário da Confederação Sindical Única dos Trabalhadores Camponeses da Bolívia e coordenador do piquete.
Dezenas de caminhões estão bloqueados na estrada que liga Santa Cruz de La Sierra à cidade de Sucre, enquanto camponeses mantêm os bloqueios armados com porretes. Alguns caminhoneiros já estão bloqueados há quatro dias na região de Tiquipaya.
Um jovem boliviano, de 26 anos, integrante da oposicionista União Juvenil Cruzenha (UJC) morreu nesta quarta-feira, após ficar quatro dias em coma, com morte cerebral, informou à agência France Presse, o vice-presidente da associação, Alfredo Saucedo.
Edson Ruiz foi ferido durante conflitos recentes entre camponeses, que defendem o presidente Evo Morales, e opositores, no departamento oposicionista (Estado) de Santa Cruz, na fronteira com o Brasil. Após três semanas de confrontos, Ruiz se tornou a primeira vítima de conflitos na região.
Os conflitos aconteceram no sábado (13), na cidade de Tiquipaya, a 50 km da capital do Estado, onde camponeses pró-Morales realizam desde a semana passada um cerco a Santa Cruz.
Nas últimas semanas, violentos atos anti-Morales têm sido freqüentes nos departamentos de oposição: Santa Cruz, Beni, Chuquisaca, Tarija e Pando. O episódio mais violento da onda de protestos ocorreu na localidade de El Porvenir, em Pando. Um confronto entre opositores e camponeses pró-Morales deixou ao menos 15 mortos e mais de cem pessoas desaparecidas.
O pré-acordo prevê, entre outros pontos, a devolução para os departamentos de oposição do imposto sobre o gás que, desde janeiro passado, o governo federal destina ao pagamento de um benefício para idosos; as autonomias administrativas de Santa Cruz, Pando, Beni e Tarija; a desocupação de prédios públicos ocupados por manifestantes nesses departamentos; e a investigação da autoria da chacina de Pando.
A oposição rejeita o projeto de uma nova Constituição, proposta por Morales, reivindica mais autonomia e exige a retomada do repasse das verbas de um imposto petrolífero que, desde janeiro, o governo boliviano destinou a um programa nacional de assistência aos idosos.
Cerco mantido
Nesta quarta-feira, Morales e os cinco governadores da oposição anunciaram que começaram amanhã a discutir, em Cochabamba, a negociação de um acordo de paz e conciliação nacional. No entanto, camponeses pró-Morales mantiveram o cerco em Santa Cruz.
Milhares de partidários de Morales bloqueiam os acessos à cidade de Santa Cruz, núcleo autonomista boliviano, e exigem a renúncia do governador da região, Rubén Costas.
"Estamos pedindo a renúncia de Costas, eles (o governo de Santa Cruz) promovem a violência e nos agridem", disse à AFP Joel Guarachi, secretário da Confederação Sindical Única dos Trabalhadores Camponeses da Bolívia e coordenador do piquete.
Dezenas de caminhões estão bloqueados na estrada que liga Santa Cruz de La Sierra à cidade de Sucre, enquanto camponeses mantêm os bloqueios armados com porretes. Alguns caminhoneiros já estão bloqueados há quatro dias na região de Tiquipaya.
Folha Online
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