ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

08 setembro, 2008

CULTURA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

História do Casarão Ramos entre ruínas e bichos
Localizado no centro de Lages, o terreno do antigo Casarão da Rua Nereu Ramos está sendo motivo de descontentamento por parte dos moradores e comerciantes vizinhos. Nossa reportagem foi ao local e verificou que o mato, entulhos e madeiras podres estão tomando conta do terreno. A sujeira contrasta com o movimento e os prédios do coração da cidade.
O terreno faz divisa com a calçada da rua Presidente Nereu Ramos, onde foi colocado um tapume quando o imóvel desabou, no dia 14 de setembro de 2002. "O cenário aqui é deprimente. As autoridades precisam tomar uma providência e efetuar uma limpeza urgente", diz Solano Lopes, que trabalha próximo ao local.
Mas a maior preocupação é em relação a proliferação de bichos como ratos, taturanas, aranhas, escorpiões, cobras entre outros animais peçonhentos. Segundo informações dos moradores vizinhos, o local chegou a abrigar até gambás, que foram recolhidos recentemente pela Polícia Ambiental. "Isso aqui é uma vergonha. Cadê a fiscalização?", questiona Solano.
O Casarão Ramos, como ficou conhecido, é tombado pelo Patrimônio Histórico. Foi construído em 1947. Depois que desabou, nenhuma providência foi tomada para recuperá-lo. A estrutura do imóvel foi feita de forma especial, com pedras, barro, esterco de gado e capim; no rejunte foram usadas pedras de arenito. Havia cinco portas que davam para a sacada do segundo piso do prédio, feita de ferro, e que abrangia toda a fachada.
No passado, muitas vezes o Casarão serviu de tribuna para os oradores políticos residentes da casa, a estirpe dos Ramos e os visitantes políticos que eles "adotaram" também a utilizaram. Várias personalidades históricas utilizaram o Casarão, dentre elas seus antigos moradores Nereu e Aristiliano Ramos.
Segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente, o caso desse terreno está no Ministério Público. Há um impasse entre a Justiça e o proprietário do imóvel devido ao fato de o mesmo ser tombado. "Nós sabemos que precisa de manutenção, mas não podemos fazer nada, pois o caso está na Justiça", disse Vidal Arruda Machado, chefe de gabinete da Secretaria de Meio Ambiente.
O Momento


Campinas - Clube Cultura Artística promove concurso de dança
Evento é aberto ao público e será realizado no dia 21/09, domingo, das 10h às 19h, na sede social do clube

Cida, dançarina do ventre faz apresentação na Tenda Árabe,
no bairro do Cambuí(Foto: Carlos Bassan/AAN)

O Clube Semanal de Cultura Artística promove concurso de dança do ventre que espera reunir cerca de 400 pessoas, entre dançarinas e platéia. O evento é aberto ao público e será realizado no dia 21/09, domingo, das 10h às 19h, na sede social do Clube Cultura, na rua Irmã Serafina, 937 - Centro. A final das danças está marcada para às 17h. Todas as bailarinas serão avaliadas por um júri especializado e receberão certificados de participação. A coordenação do evento é da dançarina e professora de dança Jimena Lourenço, campeã estadual em 2005 do maior concurso da modalidade no Brasil, realizado no clube Sírio Libanês, em São Paulo. O Clube Cultura abre as portas de sua sede social a esta manifestação cultural . Sócios pagam R$ 5,00 de entrada e não-sócios R$ 7,00. História da Dança A dança do ventre teve origem 700 anos atrás, no Egito e na Arábia, época em que era considerada um ritual sagrado de culto à Deusa-Mãe, no Período Matriarcal. Com o passar dos anos, a dança se difundiu para o mundo todo. No Brasil ela tem adeptos principalmente nas colônias árabes do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. A forma com que a mulher move o corpo na dança do ventre fez ainda com que a modalidade ganhasse espaço nas academias de ginástica e escolas de dança, justamente por sua capacidade de modelar o corpo e queimar calorias. Somente em Campinas e Região, cerca de 100 escolas oferecem aulas de dança do ventre.
Cosmo.com.br


Gilberto Gil abre festival de Cultura na Itália
PAVIA (ITÁLIA), - Gilberto Gil inaugurou hoje a terceira edição do Festival dos Saberes de Pavia, na Itália, que este ano é dedicado às "Linguagens da criatividade", matemática e música. "A vontade de saber e comunicar liga as notas (musicais) e os números", disse o ex-ministro da Cultura, que se apresentou no palco junto à prefeita de Pavia, Piera Capitelli, e à prefeita de Milão, Letizia Moratti, que hoje assinaram um acordo de colaboração cultural entre as duas cidades. Gilberto Gil fará uma apresentação esta noite no Teatro Fraschini, mesmo local em que posou para um ensaio para a revista italiana Uomo Vogue, que será publicado na edição de outubro. Em sua primeira longa turnê italiana após deixar o Ministério da Cultura brasileiro, Gil não se recusou a explicar o que um Estado deve fazer para apoiar a cultura: "Um ministro deve trabalhar com todas as mentes de sua administração, mas é preciso também fundos, projetos e sobretudo idéias fortes sobre o que deve representar a cultura contemporânea", declarou à ANSA. Sobre a parceria entre música e matemática, Gil disse não ser para ele uma novidade: "Na Bahia eu tinha um professor que trabalhava com a matemática, a música e também a metafísica para criar uma convergência de elementos indispensáveis para a evolução da alma humana".

(ANSA). Ansalatina



Cataratas do Iguaçu assumem liderança entre novas maravilhas da natureza
As Cataratas do Iguaçu assumiram nesta quarta-feira (3) a liderança do ranking de atrações que disputam a eleição mundial das novas sete maravilhas da natureza. A votação ocorre pela Internet, no site da Fundação New Seven Wonders (
newsevenwonders.com), que não divulga o total de votos computados até o momento. Por dia, o site de divulgação da candidatura das Cataratas do Iguaçu (votecataratas.com) recebe em média 3 mil visitantes únicos. Lançado em fevereiro, o endereço eletrônico já foi visto por mais de 200 mil internautas e a Fundação New Seven Wonders o considera exemplo de divulgação na Internet. A primeira etapa da eleição das novas sete maravilhas da natureza termina em 31 de dezembro, quando 21 candidaturas serão classificadas para a fase final da disputa. A partir de janeiro de 2009, as finalistas serão novamente submetidas ao voto dos internautas. As novas sete maravilhas da natureza serão conhecidas em 2010. Além da divulgação na internet, os promotores da candidatura das Cataratas do Iguaçu instalaram totens de votação no Parque Nacional do Iguaçu, na Ponte da Amizade, no centro de recepção de visitantes de Itaipu Binacional e no Cataratas JL Shopping. Terminais de computadores conectados à Internet são levados para feiras regionais e nacionais das quais participam Itaipu e o trade turístico de Foz do Iguaçu. Também há quiosques instalados no lado argentino do Parque Nacional do Iguaçu. O governo da Província de Misiones está engajado na campanha Vote Cataratas, promovendo-a em todo o território argentino. “A escolha das Cataratas como uma das novas sete maravilhas da natureza vai colocar Foz do Iguaçu no roteiro de viagem de milhões de turistas do mundo inteiro”, destaca Gilmar Piolla, superintendente de Comunicação de Itaipu e integrante do comitê de organização da candidatura das Cataratas do Iguaçu. Como vantagens em relação às candidaturas adversárias, as Cataratas se destacam pelo fluxo de turistas que as visitam. Em 2007, o Parque Nacional do Iguaçu recebeu mais de um milhão de visitantes pelo lado brasileiro. Somando as duas margens, foram mais de dois milhões de visitantes. Para este ano, a estimativa é de um público 20% maior. Para o secretário de Turismo de Foz do Iguaçu, Felipe Gonzáles, a liderança das Cataratas do Iguaçu é resultado da mobilização da sociedade civil, entidades públicas e privadas de toda a região da Tríplice Fronteira. Apesar de satisfeito com o desempenho das Cataratas na eleição, Felipe diz que é preciso ficar atento, pois até 31 de dezembro falta muito tempo. “É natural que os outros destinos reajam. Precisamos continuar unidos para garantir a liderança até o final”, reforça.
(Itaipu Binacional)



Piauí - Governo do Estado lança Projeto Cultura é Referência
O projeto tem como objetivos a capacitação e reconhecimento artístico-cultural dos LGBTTT
O Governo do Estado, através da Fundação Cultural do Piauí (Fundac), Sasc, Coordenadoria dos Direitos Humanos e da Cidadania e Centro de Referência Homossexual Raimundo Pereira, vai promover, nesta sexta-feira (5), na Galeria do Clube dos Diários, às 19h, o lançamento do Projeto Cultura é Referência - Escola Transdisciplinar de Cultura LGBTTT, aprovado pelo Edital Cultura GLBT - 2007, do Ministério da Cultura, que será desenvolvido no Centro de Referência Homossexual, promovendo a inclusão e contribuindo para o fortalecimento da cidadania LGBTTT.

O projeto tem como objetivos a capacitação e reconhecimento artístico-cultural dos LGBTTT; divulgação, fomento e valorização da produção artística LGBTTT; inserção da cultura LGBTTT como fortalecimento desta identidade, favorecendo a auto-estima; sensibilização e mobilização da sociedade em geral sobre a importância da educação de livre orientação sexual; qualificação profissional artística para concorrência no mercado cultural; geração de trabalho e renda através das oficinas culturais; criação de novas atividades econômicas para os LGBTTT.
Nos últimos anos, os direitos sexuais do Piauí avançaram bastante rumo à implantação de uma política afirmativa voltada à população LGBTTT. Boa parte dessas conquistas se dá graças ao movimento organizado, que tem grande participação nas mudanças ocorridas. O Projeto Cultura é Referência é mais uma demonstração de que o Governo do Estado tem desenvolvido políticas de inclusão sociocultural.As oficinas oferecidas contemplam as linguagens artísticas: teatro, percussão, coral, música eletrônica e audiovisual, com o objetivo de desenvolver ações positivas de caráter cultural, social e econômico, voltadas para afirmação da identidade LGBTTT e de combate à homofobia, garantindo maior capacidade de expressão e conhecimento artístico, permitindo aos beneficiados a inserção no mercado cultural, de forma consciente e crítica.
I Mostra de Cultura LGBTTT - Piauí
O resultado do Projeto Cultura é Referência será avaliado publicamente durante a I Mostra de Cultura LGBTTT do Piauí, que acontecerá no final das oficinas de arte, em janeiro de 2009. O evento mostrará a interface das linguagens artísticas ministradas no Projeto da Escola de Cultura LGBTTT.
A mostra contará com a apresentação do Grupo de Teatro LGBTTT, do recital do Coral Raimundo Pereira, exibição de vídeos e documentários temáticos, apresentação do Grupo de Percussão, apresentação dos DJs da Oficina de Música Eletrônica.
Como resultado da oficina de coral, será formado o coral Raimundo Pereira, uma homenagem ao reconhecido barítono piauiense, de renome nacional, que prestou serviço ao Piauí e ao Brasil na área da cultura, como também, pela luta contra a discriminação dos homossexuais. Tendo realizado projetos socioculturais com crianças carentes, nas favelas cariocas, o artista recebeu título de Cidadão Fluminense e Teresinense, entre outros, participou da 1ª Parada Gay do Rio de Janeiro em 1993, foi presidente do Grupo Atobá e implantou o primeiro serviço de Disque AIDS do Brasil.
Ccom
180 graus



Sergipe - Ação para proteger Patrimônio Histórico
O Ministério Público do Estado de Sergipe, através da Promotoria de Justiça Especializada do Meio Ambiente e Urbanismo de Nossa Senhora do Socorro, ajuizou ação civil pública objetivando que a Igreja Nossa Senhora do Amparo seja declarada, judicial e formalmente, como detentora de relevante valor cultural para o povo de Socorro, impondo-se à Arquidiocese de Aracaju (proprietária do templo), bem como ao Município respectivo e ao Estado de Sergipe, a obrigação de preservá-la para a fruição das presentes e futuras gerações.
A ação teve início a partir do Inquérito Civil N.º 16/2008 instaurado para apurar o real valor histórico da Igreja Nossa Senhora do Amparo, localizada na sede de Nossa Senhora do Socorro próxima à igreja matriz da cidade.
Segundo os fundamentos constantes da ação, a Igreja Nossa Senhora do Amparo, remanescente da arquitetura sergipana do século XIX, possui valor cultural (histórico e arquitetônico), de modo que há a necessidade premente de se preservar cada resquício da história e da cultura do povo, sob pena do total desaparecimento dos registros das formas de ser e de viver, que bravamente – e apesar da indiferença de alguns - ainda sobrevivem ao passar dos anos.
“Com a declaração judicial do relevante valor cultural, passam a ter o Município de Nossa Senhora do Socorro e o Estado de Sergipe o dever de zelar pela conservação da Igreja São Salvador, notificando o proprietário para realização de obras de conservação, e aplicando as sanções cabíveis pela omissão, sob pena de responsabilização, ressalta o Promotor de Justiça, Dr. Sandro Luiz da Costa, responsável pela ação.
Plenario



Turismo: Zoológico de Roma é atração mais visitada depois de Vaticano e Coliseu
ROMA, - Depois do Vaticano e do Coliseu, a atração mais visitada por turistas em Roma é o Bioparque, antigo jardim zoológico, segundo informou o assessor para Políticas Culturais da cidade, Umberto Croppi, durante a abertura do VI Prêmio Piranesi Fiaba, destinado ao patrimônio cultural italiano. No evento, Croppi defendeu a criação de um "centro de orientação para roteiros turísticos no interior da cidade para desfrutar e valorizar todo o patrimônio de Roma". "É preciso criar um instrumento para indicar os roteiros temáticos a turistas e residentes, de modo a garantir a todos a possibilidade de conhecer tudo aquilo que está à disposição. Não é necessário um outro museu, já existem muitos e além disso a própria cidade é já um museu a céu aberto. Mas falta um instrumento de orientação", disse o assessor.
Ansalatina



Sítios Arqueológicos no Amapá
O Amapá está cheio de sítios arqueológicos. Sítios arqueológicos são espaços ocupados por culturas passadas, constituindo objetos arqueológicos pertencentes a grupos indígenas nômades e semi-nômades e localizados, em conseqüência de perfurações no solo, causadas pela erosão ou por atividades humanas, principalmente a agrícola. Os primeiros sítios arqueológicos do Amapá foram estudados inicialmente por pessoas sem preparo científico adequado, mas que contribuíram, mesmo assim, com seus achados, para o desevendamento da população amapaense.Atribui-se a D. S. Ferreira Penna a localização oficial do primeiro sítio arqueológico no Amapá. O fato aconteceu em 1872, na região do Maracá (margem esquerda do rio de mesmo nome). O local do achado passou a ser conhecido como Central do Maracá.

Através dos sítios arqueológico é possível o estudo de urnas, igaçabas, machados e outros apetrechos domésticos que, num futuro bem próximo, servirão para que a nossa pré-história seja desvendada.
A região do Maracá

Em visitas científicas realizadas na região do Maracá, Ferreira Penna encontrou diversas urnas funerárias, algumas contendo esqueletos humanos; outras de formas tubulares em sua maioria; outras achatadas, apresentando um simples cilindro coberto por uma tampa arredondada. Também foram encontradas urnas com a forma cilíndrica, representando figuras humanas sentadas num banco, com braços e pernas bem destacadas (urnas antropomórficas). Nestas urnas havia sempre a caracterização do sexo.De todas as expedições efetuadas no Maracá, a que atraiu mais atenção foi a de Ferreira Penna, que descobriu uma série de inscrições nas cabeceiras do Igarapé do Lago, afluente do Rio Maracá, num local denominado Buracão. O nome Buracão se justifica pela existência de uma imensa gruta localizada ali perto. Vejamos o que diz Ferreira Penna sobre esta expedição efetuada em 1872:
“As Urnas do Maracá – Relatório de D. S. Ferreira Penna
Em janeiro de 1872, o governo da Província, então sob a administração de Sua Excelência o dr. Abel Graça, expediu-me instruções para continuar os meus estudos sobre Geografia, Estatística e História da Província, pondo para este fim à minha disposição o pequeno vapor Pará, comandado pelo meu particular amigo o 1º tenente M. Ribeiro Lisboa. Parti logo a cumprir esta missão com a firme resolução de subir o rio Maracá a fim de descobrir o lugar em que se achavam certas urnas mortuárias de forma humana de que eu tinha exatas notícias por uma que o ilustrado dr. F. da Silva Castro, pouco antes oferecido ao Museu Paraense então sob minha administração. Depois de vencer diversas dificuldades e até certas repugnâncias ou objeções, cujas causas eu era, aliás, o primeiro a respeitar, vi enfim plenamente satisfeitos os meus desejos, trazendo dali para a capital uma porção de urnas de diferentes formas, e quase todas cheias de ossos.

Demarcadas e recolhidas à casa de minha residência, coloquei aos que representavam corpos humanos na posição que guardavam nos seus velhos jazigos, em fileiras e em pés.Nesta atitude, vistas a certa distância, elas apresentavam um aspecto singular. A sua cor cúpreo-escura, suas formas tubulares, e as cabeças envoltas em toucas ou turbantes, deixando só aparecer o rosto às vezes colorido, fizeram-me recordar as figuras imponentes dos Caribas, tão belamente descritas por Humboldt, cujos corpos altos, tintos de urnas, meio cobertos até uma das épocas por um pano azul-escuro, assemelhavam-se a estátuas de bronze que se erguiam ao céu no meio dos Steps. Uma segunda vista às florestas do Maracá em outubro de 1872 forneceu-me ainda algumas urnas que as abrigavam do tempo, mas não dos grandes mamíferos que procuravam também este abrigo, lançado por terra às urnas para melhor se acomodarem.
É digno de notar o esmero com que os oleiros indígenas figuravam em relevo os órgãos genitais, tanto das pessoas adultas como das menores e tanto de um como de outro sexo, podendo-se quase afirmar que era nesta particularidade que eles mais se esforçavam para imitarem a natureza. Eu creio que esta circunstância não se pode concluir cousa alguma contra os costumes do povo a quem pertenciam aquelas urnas, pois que para os nossos indígenas nunca a nudez do corpo e a plena exibição de qualquer de suas partes foi objeto o mais contrário da decência do que para nossos primeiros paiz no Paraizo Terreal. No final do relatório que apresentei ao Governo Provincial, em resolução da minha missão, consignei um trecho que peço permissão para transcrever aqui, posto o que seja assunto pessoal.
É o seguinte:´A minha última palavra aqui é para o meu jovem e ilustrado amigo e amável, 1º tenente M. Ribeiro Lisboa, comandante do vapor Pará. Este distincto e bravo oficial da Marinha Imperial não se mostrou somente zeloso e econômico no comando do seu navio; foi também um muito valoroso auxiliar que encontrei. É assim, por exemplo, que ele expontaneamente encarregou-se de determinar a posição geográfica de vários pontos importantes que eu tinha de visitar durante a viagem. Atendendo ao meu pedido fez-me o senhor Lisboa, o importante serviço, quando chegamos ao Maracá, de adiantar-se com um guia e com a maior parte dos trabalhadores em duas montanhas, para fazer extrair as urnas funerárias a que alude em outro lugar, — trabalho que ele dirigiu com tanta insistência e de modo tão complexo que ninguém certamente o faria melhor. Pouco depois de nosso regresso, o oficial Lisboa escreveu e fez publicar no Diário do Grão-Pará um excellente artigo dando notícia geral danossa viagem àquellas urnas, artigo em que sem o pretender exigiu abundantes provas de seu talento e de uma inteligência cultivada com esmero. O assunto, aliás, póprio para excitar o entusiasmo de um mancebo como arte, que no curso da vida humana não procura somente os gozos materiais mas, guiado por sentimentos mais nobres, busca de preferência os deleites reais e inesgotáveis, reservados unicamente aos espíritos escolhidos que constrituem a única aristocracia que Deus estima e que o homem deve respeitar: a aristocracia da inteligência” (Transcrito de A Província do Pará, de 12 de dezembro de 1872).
As inscrições encontradas no Maracá estão servindo de base para complementação de estudos de nossos antepassados Tucuju, mas existem fortes indícios de que elas foram feitas por povos vindos do continente asiático há milênios de anos. Segundo o etnólogo Alexandre Vom Humboldt, esses povos vieram pelo Oceano Pacífico, penetraram no Atlântico e chegaram às terras do Amapá.

Em 1896, o tenente-coronel Aureliano Pinto Guedes comandou uma expedição arqueológica também à região do Maracá. Nesta expedição, Pinto Guedes descobriu uma conta de vidros européia, pertencente ao século XVI. Esta peça constituiu-se em uma das primeiras coleções do Museu Paraense Emílio Goeldi.
Em 1916, Ferreira Penna esteve novamente na região do Maracá, complementando em 1988 o arqueólogo Klaus Hilbert, do Museu Emílio Goeldi, que identificou a caverna descoberta anteriormente por Guedes, além de nove sítios arqueológicos que servirão de base para novos estudos sobre a Pré-História do Amapá.
Montes Curu, em Cunani
Cunani é uma vila pertencente ao município de Calçoene. Tanto para a pré-história como para a história, Cunani mereceu importância relevada. Na história do Amapá, a vila chegou mesmo a ser República Independente por duas vezes. Uma expedição coordenada por Emilio Goeldi, nos Montes Curu, possibilitou a descoberta de dois túmulos, que tinham a forma de um cano longo, em cuja ponta estavam depositados vasos funerários. Chapas de pedras serviam como laje de cobertura. De forma original, as urnas eram vasos divididos em zonas, umas salientes e outras reentrantes. Um dos vasos tinha a forma de uma terrina alongada, outra de um tabuleiro retangular. A decoração característica foi obtida por desenhos virgulares gregos, e linhas pintadas em vermelho sobre o fundo branco.

A modelagem aplicada era discretamente usada. A maioria dos vasos tinha o fundo perfurado, indicando que o seu uso exa exclusivo para fins funerais. Esta cerâmica representa uma tradição posterior à primeira ocupação do Amapá. Atualmente este acervo arqueológico está exposto na Divisão de Arqueologia do Museu Paraense Emílio Goeldi.
Pacoval (Macapá)
Em novembro de 1985, foi descoberto um sítio arqueológico em Macapá, no bairro do Pacoval (final da Rua Piauí), por ocasião de escavações para construção de uma residência do então prefeito de Macapá, Jonas Pinheiro Borges. Ali os operários encontraram urnas funerárias indígenas. O governo do Amapá, tão logo tomou conhecimento do fato, providenciou a interdição da área e comunicou o acontecimento à administração do Museu Paraense Emílio Goeldi. Por sua vez, o Museu providenciou a vinda de duas arqueólogas que atuaram junto aos técnicos da Secretaria de Educação do Amapá.

Foram realizados novos trabalhos de escavações, desta vez com a coordenação das técnicas do museu.
Duas urnas que se encontravam expostas sob o risco de destruição, foram logo retiradas. Após a delimitação do terreno com base na extensão da mancha de “terra preta”, foi feita uma sondagem para se verificar a ocorrência do material arqueológico em profundidade. Desse trabalho resultou um relatório, em que se pedia mais atenção para a pesquisa arqueológica no Amapá.
Na ocasião, foi também elaborado um projeto para salvamento arquitetônico do Sítio do Pacoval. Referido projeto foi aprovado, tendo como fonte financiadora o CNPQ, e apoio do Governo do então Território do Amapá.
A pesquisa de campo teve início em 14 de janeiro, se estendendo até 3 de fevereiro de 1986. Após o levantamento geofísico da área, seguiram-se os trabalhos de escavações com base nas anomalias detectadas. Paralelamente a esse trabalho, foram feitas restaurações de algumas peças nos laboratórios do então Museu Costa Lima, sob a coordenação do Museu Emílio Goeldi.
Parte do material arqueológico do Sítio do Pacoval encontra-se nas dependências do Museu Waldemiro Gomes e do Museu Histórico do Amapá Joaquim Caetano da Silva. Uma amostragem do material coletado foi enviada para análise do teste Carbono 14, que permitirá a datação definitiva e mais precisa. Certamente, teremos informações interessantes num futuro bem próximo, sobre as peças do Sítio Arqueológico do Pacoval, e seus significados no contexto da pré-história do Amapá.
Rio Preto, em Mazagão
O Rio Preto é um braço do Mutuacá, no qual há 20 km acima da foz está localizada a cidade de Mazagão. Durante levantamentos realizados para execução de um Relatório de Impacto Médio Ambiental (Rima) do trecho da BR-156 (Macapá-Laranjal do Jarí), no trecho situado entre uma localidade às margens do Rio Preto e a cidade de Laranjal do Jarí, foram localizados 10 sítios arqueológicos, sendo sete indígenas e três neo-brasileiros. Os trabalhos de levantamento preliminar foram realizados pelos arqueólogos J. Chmyz e S. Sganzerla, do Instituto de Pesquisas Arqueológicas da Universidade Federal do Paraná.
Inscrições rupestres em Ferreira GomesUmas inscrições gravadas num rochedo, em baixo-relevo, na região de Tracajatuba (município de Ferreira Gomes), estão chamando a atenção da comunidade científica do Pará e do Amapá, e pode revelar alguns mistérios encravados no oceano obscuro da arqueologia.

Figuras em formas de elipses, animais, cruzes e outras mais, foram encontradas e estão espalhadas num raio de 500 metros na superfície do rochedo. Elas estão dispostas em séries, e juntas formam um painel gigante ao ar livre.
Pela disposição em que elas se encontram, formando espécies de constelações, alguns estudiosos acreditam que ali era local de realização de rituais sagrados, mas as informações ainda não passam de suposições.
Segundo o diretor do Museu Histórico do Estado, Adervan Lacerda, que comandou uma equipe de restauradores para tirar alguns moldes dos desenhos, há muita coisa a ser desvendada nesses achados, que para ele, serão esclarecidos por autoridades da Arqueologia. “Essas inscrições foram descobertas há quatro anos atrás. O próprio dono do terreno veio até nós e, desde 1996 estamos em contato direto com o corpo de técnicos do Museu Paraense Emílio Goeldi, que de vez em quando enviam arqueólogos para fazer todo o trabalho de estudos, mensuração e classificação dos achados”, explicou Adervan.
Não tendo semelhança alguma com outros achados, como as pinturas rupestres do Egito, ou as pedras de Ítaca, ou mesmo as esculturas da Ilha de Páscoa, as pinturas gravadas no rochedo obedecem a um padrão, cujo significado será desvendado, no futuro, pela comunidade científica.
Perguntado sobre o destino que o local terá, Adervan adianta que o Instituto de Patrimônio Histórico dará um destino especial ao local, inclusive a legislação brasileira é bem clara quando ocorrem esses achados, eles passam a ser patrimônio da região.
Gravações nas rochasO que chama a atenção do observador de imediato, é que essas inscrições foram gravadas em rochas de origem magmática, muito duras, e que faca ou algum instrumento cortante, conhecido à época, não teriam condições de desenha-las. “Não podemos adiantar nada sobre o que ocorreu aqui. O que sabemos é que quem fez, deve ter empregado paciência e instrumentos que poderiam cortar a rocha. Isto é uma um enigma que desafia a nossa capacidade. Por isso mesmo é que o Museu Histórico do Amapá está realizando parcerias com o Museu Emilio Goeldi, no seu Departamento de Arqueologia, para que se estude esse fenômeno com delicadeza”, diz Adervan, complementando que “os resultados dessas inscrições não demorarão muito a aparecer. E qualquer que sejam eles, isto se constituirá em mais um patrimônio arqueológico que a região terá, incorporando-se a outros já existentes, como as 16 grutas-cemitérios encontradas na região do Maracá”.O local onde foram encontradas as inscrições situa-se em área do município de Ferreira Gomes, a 23 quilômetros da sede municipal.
Texto: Edgar Rodrigues
Amapá.net



Museus ganham R$ 2 milhões para atrair visitantes
Programa prevê qualificação de museus para o turismo, com capacitação profissional, melhora de infra-estrutura e aquisição de equipamentos em 2.500 instituições brasileiras
O Programa de Qualificação de Museus para o Turismo receberá R$ 2 milhões que serão empregados inicialmente em sete estados onde a atividade pode atrair visitantes. O Ministério da Cultura e do Turismo estão trabalhando para aumentar a atratividade dos museus, primeiramente em Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O programa prevê a capacitação de profissionais na elaboração de guias, inserção dos museus nos circuitos de turismo cultural, renovação/inovação de técnicas expositivas e ampla divulgação desses acervos como fundos de cultura e de história.
O programa envolve obras de melhoramento de infra-estrutura nesses locais, aquisição de equipamentos, promoção das lojas dos museus, folheteria trilingue e outros projetos necessários para o acolhimento aos turistas. Outros estados vão ser incorporados ao programa oportunamente, segundo o Ministério da Cultura.
Um Guia de Atendimento ao Turista será editado e distribuído aos museus do país. O Programa de Qualificação de Museus para o Turismo deverá atingir profissionais de mais de 2.500 museus brasileiros. Versões do Guia serão disponibilizados por meio eletrônico e fornecidas aos participantes de oficinas de capacitação como material de apoio.
Haverá oficinas de capacitação de profissionais das áreas de museus e turismo, que serão realizadas no âmbito do Programa de Formação e Capacitação em Museologia do Departamento de museus do Iphan. Dessa forma, os profissionais poderão se conhecer, entrosar quanto às atividades e abrir possibilidades de parcerias futuras.
Lourenço Canuto
Agência Brasil



Turim faz seminário internacional sobre restauro de pergaminhos
Cidade italiana quer se tornar pólo internacional de conservação desse tipo de material; mais de 60% do patrimônio mundial de pergaminhos é conservado na Itália
A cidade italiana de Turim está disposta a se tornar um pólo internacional para a restauração e conservação de pergaminhos. Para isso, abrigará a partir de 2 de setembro um seminário internacional sobre o tema na Biblioteca Nacional Universitária da cidade.
Drante três dias 40 especialistas vindos de toda a Europa, Estados Unidos e Austrália, discutirão técnicas de conservação e restauro adotadas em diversos arquivos do mundo. Mais de 60% do patrimônio mundial de pergaminhos é conservado na Itália, e Turim possui boa parte desse patrimônio, distribuído entre a Biblioteca Nacional, o Arquivo Histórico e o Arquivo de Estado.
Entre os especialistas estará presente a israelense Ira Rabin, que falará sobre a polêmica questão do tipo de restauro usado para os pergaminhos do Mar Morto, que foram descobertos entre 1947 e 1956 em cavernas em Israel e incluem textos da Bíblia hebraica.
Ansa
http://www.aber.org.br/


São Paulo - Entulho será retirado de Teatro Cultura Artistica
Na próxima semana, começa a remoção dos entulhos do Teatro Cultura Artística, atingido por um incêndio no dia 17 de agosto. Ontem, oito funcionários do local foram demitidos por causa do encerramento das atividades do teatro. A direção agora estuda o que fazer com os 42 empregados restantes, enquanto planeja a reconstrução do teatro.Para iniciar a retirada do entulho, a administração do Cultura Artística teve de pedir permissão ao Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), ligado à Prefeitura. Por estar em processo de tombamento, o teatro necessita de autorização especial para qualquer obra que envolva a estrutura interna.

O pedido foi protocolado em 29 de agosto e concedido no início desta semana, de acordo com Gérald Perret, superintendente da Sociedade de Cultura Artística. "Tivemos de aguardar a liberação da Defesa Civil e da seguradora para iniciar a limpeza", diz. A liberação veio depois de confirmado o fim de risco de retorno do fogo. Mesmo depois de controlado o incêndio, o fogo voltou ao local por duas vezes, segundo o superintendente.Perret diz que os vizinhos reclamam do cheiro de fuligem do local. "Vamos retirar os escombros o mais rápido que pudermos para evitar o mal-estar dos moradores." A obra vai envolver uma equipe de 20 pessoas, que escorarão a laje do térreo. A empresa contratada fará o serviço gratuitamente, de acordo com Perret. "A RR Compacta, especializada em restaurações, não vai cobrar pela limpeza do local." Ontem, Perret se reuniu com o arquiteto responsável pelo projeto de reconstrução do teatro, Paulo Bruna. "Ele apresentou várias idéias, mas ainda não temos nada decidido", diz. A decisão cabe à diretoria da Sociedade de Cultura Artística e depende ainda de autorização do DPH. O superintendente espera que o espaço revitalizado seja inaugurado antes de 2012, ano do centenário da instituição.
Há duas semanas, a administração da Sociedade de Cultura Artística se mudou para uma sala comercial na Rua Nestor Pestana, número 125, a poucos metros do antigo endereço. A frente do teatro permanece coberta com um tapume de madeira, que impede a visão das bilheterias. Lá só funciona o estacionamento, onde os funcionários ficam sem ter o que fazer. Entre eles há o temor de novas demissões. Dos oito demitidos, três tinham mais de dez anos de casa. Dois tinham pedido desligamento antes da tragédia. A diretoria tenta a recolocação dos funcionários em outras casas de espetáculos. "Entramos em contato com parceiros para que essas pessoas não fiquem desempregadas", diz Perret. Ele ainda não sabe o destino dos demais funcionários.
Paulo Justus
Estadão.com.br





Portugal - Junta e população na defesa da fonte dos Carvalhos
A população de Casal da Bemposta conseguiu recolher, num par de dias, um total de 543 assinaturas numa posição em defesa da fonte dos Carvalhos. O abaixo-assinado foi ontem entregue ao presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho do Bispo, que, desde logo, se solidarizou com a causa. Os populares temem que sejam concretizados os projectos de construção num terreno a montante da fonte, destruindo as veias da nascente. O autarca garantiu que tal não acontecerá e prometeu esclarecer-se junto da Câmara Municipal de Coimbra sobre o que está previsto para aquela zona. Antonino Antunes, que recebeu o grupo de cidadãos na sede da Junta, comprometeu-se a marcar uma reunião com o presidente da Câmara e com o vereador João Rebelo já na próxima semana, para saber se existe algum avanço «no projecto de construção de duas vivendas» que estaria previsto para o local. Este seria já, segundo explicou ao Diário de Coimbra, uma segunda versão, alterada precisamente para não interferir com a nascente de água. Não obstante, «estamos do lado das pessoas e colocaremos essa questão à Câmara», acrescentou, admitindo que este «abaixo-assinado vem dar mais força» ao pedido de esclarecimentos. «A obra não avançará se afectar a fonte dos Carvalhos», assegurou o autarca, lembrando que ainda recentemente a água esteve imprópria para consumo e foi a Junta de Freguesia que fez uma obra de reestruturação e desinfecção. Armindo Carvalho, um dos responsáveis pela recolha de assinaturas, sublinhou o facto de Junta e população estarem unidas na defesa de «património histórico da freguesia, uma relíquia viva, com mais de 500 anos de história». Lembrou, aliás, que «existiam muitas fontes e esta é uma das poucas que resiste, com água e com qualidade para consumo». Água para beberCremilde Gomes, de 75 anos, sempre se lembra de ir buscar água à fonte dos Carvalhos. «Desde os 9 anos, quando vim para aqui morar, uso-a para tudo, para beber, para cozinhar», diz, reparando que, por vezes, «é até melhor do que a da companhia».
Depois, é para as falhas. «Quando falta a água, vai tudo lá buscar e não é só daqui. Vêm de Coimbra e até de Condeixa», conta a dona Cremilde, corroborada pela vizinha Angelina Pereira. «Ainda lá fui anteontem buscar, só não gastamos mais água da fonte porque também fica longe para carregar», ri-se, sem dúvidas de que «é uma água muito boa e fina». As duas ainda se lembram do tempo em que muito do convívio era feito à volta do fontenário da aldeia. «Arranjei lá o meu casamento, enquanto ia buscar a água», diz Cremilde Gomes. «E não te lembras de lavarmos lá carregos de roupa à noite», perguntou, virando-se para a dona Angelina. Outros tempos, é certo, mas tempos que os moradores querem ver perpetuados, preservando-se a fonte e a qualidade da sua água, acrescentou Armindo Carvalho. Na reunião, os populares acabaram por apresentar outras queixas e reivindicações, relacionadas com a fonte – uma tampa nova para proteger da água da chuva ou um caixote do lixo por perto – e não só, como foi o caso de limites de velocidade em algumas vias da freguesia ou da construção de valas.
Diário de Coimbra



Livros têm morte simbólica
Funcionários de biblioteca na Bahia fazem velório livros para protestar contra descaso em relação a acervo de 20 mil obras
Um velório simbólico de livros didáticos danificados foi o meio encontrado por funcionários da biblioteca da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Santo Antônio de Jesus (a 185 km de Salvador), para protestar contra o descaso com o acervo da biblioteca do campus V.
Segundo levantamento dos servidores, desde janeiro de 2007, 56 exemplares desapareceram da biblioteca e 30 foram retirados das estantes, somente na última semana, por estarem com páginas arrancadas, riscadas ou grifadas. Para chamar a atenção quanto aos prejuízos causados por estas práticas e para a necessidade de preservação dos livros, os servidores montaram um velório simbólico dos livros destruídos pelos usuários.
O acervo, de 20 mil exemplares, serve aos alunos do campus e também à comunidade estudantil da cidade.
Publishnews/A Tarde
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Semana da Pátria celebra cultura indígena em Dourados

A partir do tema da “Dourados: integrando povos, fortalecendo a interação social e promovendo o civismo”, a programação da Semana da Pátria de 2008 realizou na manhã de hoje (2) a hora cívica na Escola Municipal Indígena Agustinho, localizada na aldeia Bororó. O tema da Semana da Pátria busca comemorar a contribuição de imigrantes e indígenas para o desenvolvimento da cidade enquanto em todo país é celebrada a independência política e administrativa do Brasil em 7 de setembro.
A banda do Comando da 4º Cavalaria Mecanizada de Dourados, regida pelo maestro sub-tenente Maseías, participou da hora cívica com a execução do Hino Nacional e do Hino da Independência e várias atividades culturais foram apresentadas pelos alunos da escola. As crianças do 1º ano fizeram a dança guarani Mato Sagrado, os alunos do 6º ano mostraram a dança kaiowá, seguidos pelos colegas do 5º ao 8º ano que apresentaram uma coreografia da música “Volta ao Mundo”, de Daniela Mercury, com passos de capoeira na abertura e destaque para o refrão “Sou Brasil, quem não é/Que pena!”. Depois disso os alunos do 4º e 5º ano fizeram a dança terena de guerra, o Batuca Surdo, grupo de percussão formado por pessoas com deficiência, homenageou os indígenas com a “Batida para Guarani” com percussão e poesia que defendia: todo mundo tem um pouco de índio dentro de si.No término do evento, todos os alunos entoaram a Canção do Índio, música adaptada da “Canção do Soldado” e que foi elaborada para abordar os valores indígenas. Essa música foi criada há aproximadamente 20 anos, e segundo o professor Cesar Fernandez é conhecida em toda Reserva Indígena, da Escola Francisco Meireles, no Panambi até a Escola Agustinho, na Bororó.
A letra da Canção do Índio fala da defesa da terra e da liberdade dos oprimidos, sendo que seu encerramento afirma “Bravos índios brasileiros/ grandes guerreiros/ que honraram a história/ Cunhabebe, Potiguara/ Arariboia na Guanabara/ o herói batavo venceu por ti./ Com sua gente valorosa/ lutando orgulhosa, Brasil, por ti”.
Sobre a relação da Semana da Pátria com os indígenas, o secretário municipal de Educação, Leopoldo Van Suypene, disse em seu discurso que é uma satisfação comemorar novamente a semana da pátria na Reserva Indígena por entender que esses povos contribuíram muito para a formação do povo brasileiro. “Já estavam aqui, sofreram com a exploração e ainda hoje alguns setores tratam os índios com preconceito. Com os investimentos em Educação dos últimos anos, mostramos mais respeito e mais carinho com quem contribui de coração para que a pátria seja cada dia melhor”, afirmou Leopoldo. O prefeito Laerte Tetila lembrou os estudos para demarcação das terras indígenas no Estado, ressaltando que a pátria é o lugar onde todos têm o direito de viver e conviver pacificamente. “Os indígenas são os legítimos originários das terras brasileiras. Na questão da terra, todos querem ter direitos, inclusive o índio quer reconquistar o seu tekorá sagrado, dos seus antepassados, e que não são tantas terras assim como estão alardeando, são alguns pontos na imensidão”, defendeu. Sobre a Educação Indígena, Tetila destacou a alegria em ver nos rostos dos alunos a vontade de freqüentar a sala de aula. “Continuem firmes nos estudos para elevar a auto-estima e a dignidade indígena. Viva o Brasil! Viva o estudante indígena de Dourados!”, exaltou.
A Escola Municipal Agustinho está em obras de ampliação com seis salas de aula em construção. Além disso, a prefeitura está executando obras nas escolas indígenas Tengatuí Marangatu e Araporã e construindo uma nova escola na aldeia Jaguapiru.
Entre as autoridades presentes na hora cívica estavam as coordenadoras da escola Agustinho, Gislaine Venciguera dos Santos e Aglaides da Silva Batista; o professor e presidente da APM (Associação de Pais e Mestres) da escola Agustinho, Edio Felipe Valeiro; o diretor da escola Araporã, Ladio Verón; e o coordenador da Escola Tengatuí, João Machado.
Programação da Semana da Pátria
Na quarta-feira (3) é a vez da Escola Municipal Clarice Bastos Rosa promover a hora cívica também com atividades culturais e apresentação da banda do exército. A cerimônia de hasteamento da bandeira será na Praça Walter Guaritá (trevo da Bandeira), na quinta-feira (4), às 8 horas com presença da banda do exército e da Guarda Municipal. Na sexta-feira, às 8 horas, a Escola Municipal Lóide Bonfim Andrade realiza a hora cívica e no sábado o exército faz atividades internas. O ápice da programação da Semana da Pátria é no domingo com o desfile cívico que percorre a avenida Marcelino Pires com palanque de autoridades na Praça Antônio João. Ainda no domingo, às 17 horas, será feito o ritual de extinção da Chama da Pátria com a presença da Banda do exército na Praça Antônio João.
MS Notícias

Seminário elabora plano de gestão para o Centro Histórico
Termina nesta quarta-feira (3) o seminário para elaboração do plano de ação para a gestão sustentável e compartilhada do Centro Histórico da Capital, promovido pela Coordenadoria de Proteção dos Bens Históricos e Culturais de João Pessoa (Probech-JP). Representantes de cerca de 50 órgãos governamentais e da sociedade civil organizada estão discutindo desde a segunda-feira (1) as prioridades para a área, recentemente reconhecida como patrimônio nacional e que será gerida pelo órgão recém-criado da Prefeitura de João Pessoa.
O seminário começou na noite da última segunda-feira, com a apresentação da proposta do evento e a metodologia para a construção do plano de gestão. Segundo a coordenadora da Probech, Rossana Honorato, o Governo Municipal poderia construir sozinho esse plano, mas preferiu fazer isso coletivamente, com a participação de órgãos que têm ligação com a proteção do patrimônio, comerciantes e moradores da área. A criação de um órgão municipal para gerir o Centro Histórico era uma expectativa muito antiga de vários órgãos que atuam na área, porque cabe à Prefeitura definir o uso e ocupação do solo.
“É um plano orientador das políticas que serão desenvolvidas pela recém-criada Coordenadoria de Proteção dos Bens Históricos. Esperamos definir as prioridades da gestão, que deverão passar pela análise do Conselho Municipal dos Bens Históricos e pelo prefeito. Esse conselho já foi criado por lei, deve ser formado por membros de órgãos que estão participando desse seminário e vai acompanhar a execução do plano”, explicou a coordenadora da Probech.
Durante esta terça-feira, houve oficinas de grupos para elaboração do plano. Na manhã desta quarta-feira, esses grupos deverão sistematizar o material que elaboraram. À tarde, haverá apresentações da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Anteriores, da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e da Secretaria Nacional de Serviços Urbanos do Ministério das Cidades. Às 17h, haverá debates e logo após o encerramento do seminário.
Participantes - O seminário teve a participação de membros de quase todos os órgãos do Governo Municipal, como as secretarias de Planejamento, Turismo, Infra-Estrutura, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia e Articulação Política; a Procuradoria Geral, STTrans, Funjope, Emlur, Guarda Municipal e ProJovem.
Além desses, estão participando do evento representantes da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), Instituto de Arquitetos do Brasil, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Unipê, Arquidiocese da Paraíba, Gabinete Cultural, Fórum de Reforma Urbana, Associação do Centro Histórico Vivo (Acerhvo), Comissão do Centro Histórico, Oficina Escola de João Pessoa e Associação dos Moradores do Porto do Capim.
Paraíba.com.br

Ministro da Cultura lamenta a morte do ator Fernando Torres
O Ministério da Cultura divulgou na tarde desta quinta-feira uma nota lamentando a morte do ator e diretor Fernando Torres, assinada pelo ministro Juca Ferreira, recém empossado no cargo.
Fernando Torres morreu nesta quinta-feira no Rio; ministro da Cultura, Juca Ferreira, divulgou nota sobre morte do ator e diretor
Torres deixa a viúva, Fernanda Montenegro, e os filhos, Fernanda Torres e Cláudio Torres. Segundo a Globonews, não haverá velório e o corpo do ator deve ser cremado.
Leia abaixo a íntegra:
"Foi com pesar que recebi a notícia da morte de Fernando Torres, um dos mais nobres nomes do teatro brasileiro. Com uma capacidade extraordinária como ator e criador, seja no teatro, no cinema ou na televisão do país, Fernando Torres teve papel fundamental na modernização de linguagens e repertórios da cena brasileira.
Por trás de uma suavidade envolvente, trouxe uma das mais densas experiências para as nossas artes, levando a todo país qualidade artística ao lado de comprometimentos muito claros com ideais libertários e com a vida política brasileira. Fernando Torres nos deixa dando exemplo, um exemplo de vida, de ser humano, de profissional e de pai que vai continuar a inspirar tantos brasileiros e famílias do país.
Expresso meus sentimentos com a dor da família, de Fernanda Montenegro e seus filhos, Cláudio e Fernanda Torres, uma dor que se estende também em nós, do Ministério da Cultura, e em todo o país.
Folha Online

Maranhão inaugura ateliê de restauro de papel
Com novos equipamentos e capacitação de técnicos, ateliê instalado no Palácio de Leões terá como primeira atividade o tratamento da coleção de mais de 18 mil obras de Arthur Azevedo

Foto: novas instalações do ateliê de restauro

Com a aquisição de equipamentos de ponta em restauro de obras de arte sobre papel, o Governo do Estado do Maranhão está capacitando uma equipe de técnicos para trabalhar diretamente na recuperação da coleção de gravuras de Arthur Azevedo, considerada uma das maiores em qualidade e quantidade da América Latina, com 18.417 obras. O ateliê de restauro está instalado na Curadoria de Bens Culturais do Palácio dos Leões, sob a orientação de especialistas da Biblioteca Nacional, e foi inaugurado no dia 27 de agosto. A estimativa da chefe da Curadoria, Maria Helena Duboc, é de que a capacitação dos técnicos encerre-se em janeiro de 2009, e até o final do mesmo ano estejam restauradas cerca de mil gravuras da coleção. “É um trabalho árduo e minucioso, ainda mais quando 60% da coleção estão em estado lastimável”, explica Duboc. A falta de acondicionamento adequado e do devido manuseio durante os 98 anos da aquisição do acervo, foram os responsáveis pela deteriorização das gravuras, que já passaram por uma limpeza mecânica para retirar o pentaclofenol, o popularmente conhecido pó da china. “Elas estão muito deterioradas também por ações dos cupins, fungos e baratas”, lamentou a curadora. O Governo do Maranhão adquiriu o acervo em 1910, que contava à época 23.130 obras, incluindo a pinacoteca de Arthur Azevedo. Primeiro ela foi “guardada” na biblioteca pública que funcionava na Academia Maranhense de Letras, até ser transferida para a Biblioteca Benedito Leite, onde permaneceu até a década de 90, quando foi para o Museu de Artes Visuais. Em 2003 ela foi definitivamente passada à responsabilidade do Palácio dos Leões. “Este acervo de valor artístico e cultural inestimável não poderia correr o risco de se perder ou de se mutilar ainda mais, como ocorreu ao longo do tempo. Por isso vem merecendo em meu governo a garantia de sua preservação”, disse o governador Jackson Lago durante a abertura da exposição em homenagem a Arthur Azevedo, que aconteceu na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, quando foram expostas 35 gravuras desse acervo. A coleção de Arthur Azevedo engloba praticamente toda a história da arte do século XVI ao século XIX, reunindo nomes dos grandes artistas da época, como Velásquez, Rubens, Marco Antonio Raimondi e das famílias de gravadores, como os Audran, os Wille, e muitos outros. “Esta magnífica coleção garante um lugar primacial entre as coleções de gravuras de seu tempo a nível mundial”, disse Maria Helena Duboc.
O curso de restauro será de 200 horas, e foi aberto para os técnicos da Secretaria de Estado da Cultura, que trabalham no Acervo Público e na Biblioteca Benedito Leite. “Além de capacitarmos os técnicos que vão trabalhar com o acervo Arthur Azevedo, estamos preparando técnicos dos órgãos que também possuem acervos documentais importantes”, explicou Duboc.
Raimundo Garrone - Secom
Fotos do laboratório: Karlos Geromy
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O eruditismo versus a cultura do créu
Estudante em escola de música: abandono total pelo poder público.
- Foto: Eduardo Andrade

É impressionante como a sociedade valoriza tanto as coisas pífias deste mundo, ou deste século, para ser mais exato. O que antes era visto como a escória, hoje tem lugar de destaque. Da mesma forma como o que era belo e agradável, hoje e rejeitado e muitas vezes ignorado.
Assim é o quadro predominante da cultura musical de nosso País. O eruditismo ainda persiste; capenga, mas tenta respirar ante ao que chamamos de subcultura. É aí que entra a cultura do créu. Sabe aquela dança promíscua que tem atraído milhares de pessoas, a maioria formada por adolescentes e jovens afoitos para externarem os seus mais profundos desejos lascivos?
A cultura do créu já teve diversos nomes, segundo cada fenômeno do gênero no País. Já foi a Cultura do Tchan, da boquinha da garrafa, das popozudas, cachorras e afins, das "atoladinhas", das piriguetes e tantas outras coisas, que recorrem a elementos sexuais e pejorativos para adquirirem força e vigor.
Tais fenômenos com seus elementos possuem o aval da maioria das pessoas, o que não é restrito apenas uma classe social. Seja rico, pobre, abastado ou infeliz, a cultura do créu está presente nas festas familiares, nos aniversários, nos almoços, no CD player do filho ou no MP4 da filha.
A música (a clássica, erudita, ou mesmo as populares, mas complexas) já teve seus dias de glória. Além das orquestras e dos corais espalhados mundo a fora, a música popular ganhou notoriedade entre as décadas de 1950 a final dos 1980. Nomes como Ivan Lins, Guilherme Karan, Djavan, Tom Jobim, Vinícius de Morais, Elis Regina, Toquinho, Altamir Carrilho, Waldir Azevedo, entre outros, se tornaram ícones da boa música. E isso, só em nível de Brasil.
Dos anos 90 em diante, apareceram coisas boas, mas muita coisa ruim. A música erudita é caracterizada pelo conjunto de harmonias e melodias acidentais, correlatas, mediatas, com bastante ênfase em acordes diatônicos. São freqüentes notações como C#7/9, E- 7/6-, A7/13 etc. (Quem é do ramo compreende).
Na cultura do créu, essas notações não têm espaço algum. Nem se quer há a necessidade de instrumentos. Basta apenas uma base rítmica, coordenado por um D.J., acrescidos de outros efeitos digitais. Daí é só chamar um desafinadíssimo cantor (M.C., no jargão funkeiro), mais algumas dançarinas com o mínimo de roupa possível e derrière fabuloso e pronto! A festa está pronta, e a cultura do créu, festa após festa, ganha seu espaço.Já a música erudita, coitadinha! Esta sucumbe nas universidades, conservatórios e escolas de músicas. Os instrumentistas passam fome, os professores são mandados embora por falta de salário e projetos belíssimos para melhorar a cultura musical de uma sociedade são engavetados, esquecidos ou simplesmente rejeitados pelo poder público.
A tese é simples e fácil de assimilar: é créu neles!Que vergonha. Sem querer comparar o nosso País com as "potências", mas nações como Estados Unidos, Alemanha, França e Itália já enfatizam a cultura musical na sociedade. Uma criança de cinco anos, nos Estados Unidos, consegue facilmente ler semínimas e colcheias em uma partitura. No Brasil, uma criança da mesma idade só sabe dizer que a Mulher Moranguinho é gostosa! (com o perdão do termo, mas é a realidade).Vale agora saber até quando vamos continuar consumindo esse tipo de produto. E ainda mais: quando será que o poder público vai olhar para os milhares de músicos, iniciantes e profissionais (registrados, inclusive), que estão sofrendo e sendo ignorados, sem ter uma verba específica o suficiente para custeá-los e mantê-los? Quando serão honrados e valorizados? Quando tirarão parte do que é gasto em festas populares, como arraiais, carnavais, etc ("Pão e Circo") e passarão a rever as prioridades da casa? Quando as "esmolas" vão dar lugar a financiamentos e convênios com instituições musicais de peso? Quando outro créu (já com outro nome) surgir e entediar a população?* Fábio Cavalcante é jornalista. Atua como repórter do jornal Roraima Hoje, em Boa Vista-RR. Visite o blog do autor: http://www.fabiocbv.blogspot.com/.* Eduardo Andrade é fotógrafo profissional e atua há dois anos no jornal Roraima Hoje, em Boa Vista-RR. Assina o blog http://www.eduardoandrad.blogspot.com/
Brasil Wiki

Programa Arca das Letras instala mais 20 bibliotecas rurais no Amazonas
As novas unidades vão atender dez comunidades no entorno de Manaus e outras dez na região do baixo Amazonas
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) iniciou no dia 26 de agosto a entrega de mais 20 bibliotecas rurais no Amazonas, como parte das ações do programa Arca das Letras. As novas unidades vão atender dez comunidades no entorno de Manaus e outras dez na região do baixo Amazonas, onde estão os municípios de Barreirinha, Maués e Parintins.
Até 29 de agosto, foram também realizados os Encontros dos Agentes de Leitura do Território da Cidadania, em Manaus e em Maués, que já têm 50 bibliotecas rurais instaladas.
No entorno de Manaus, as bibliotecas foram instaladas desde 2006 nos municípios do Careiro, Itacoatiara, Itapiranga, Manaquiri e Silves. No Baixo Amazonas, existem 124 bibliotecas em funcionamento desde 2006.
Os encontros são realizados para promover a troca de experiências entre os responsáveis pelas bibliotecas rurais do Programa Arca das Letras - conhecidos como agentes de leitura -, avaliar o desempenho das bibliotecas e discutir estratégias para ampliação do número de leitores e melhorias nos índices de educação em cada uma das comunidades beneficiadas.
Os agentes de leitura são moradores das próprias comunidades rurais e ficam responsáveis pelo empréstimo de livros e pelos cuidados básicos com as bibliotecas e o incentivo à leitura. O trabalho é voluntário e a escolha dos agentes é feita em reuniões de consulta popular e de planejamento das bibliotecas.
A coordenadora de Ação Cultural do Programa Arca das Letras, Cleide Soares, informou que a escolha dos locais para instalação das 20 bibliotecas rurais se deu com base nas indicações dos colegiados territoriais, que são os representantes das regiões onde já estão instaladas as outras unidades.
"Esses colegiados são formados por representantes de movimentos sociais, das prefeituras e de organizações não-governamentais", explicou a coordenadora. "Além das comunidades indígenas e dos assentamentos, também fazem parte do programa as comunidades ribeirinhas amazônicas", acrescentou.
Criado há cinco anos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Programa Arca das Letras prevê a instalação de bibliotecas nas sedes de associações rurais ou até mesmo em casas particulares.
Cada biblioteca é formada, inicialmente, por aproximadamente 200 livros, cujos assuntos são escolhidos pelos próprios moradores da localidade, que por sua vez também definem o local onde a biblioteca será instalada e as pessoas que serão capacitadas como agentes de leitura.
Em cada biblioteca é possível encontrar livros didáticos, infantis, juvenis; livros técnicos e especializados em saúde, meio ambiente, pesca, educação, e também publicações que promovam o exercício da cidadania, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Estatuto do Idoso e a Lei Maria da Penha.
Amanda Mota
Agência Brasil
Portugal - Cultura: Cavaco Silva lamenta morte de filóloga Luciana Stegagno Picchio
Lisboa, - O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, lamentou a morte da filóloga iberista, historiadora da cultura e crítica literária italiana Luciana Stegagno Picchio, ocorrida a 28 de Agosto em Roma, em nota hoje divulgada.
"Insigne filóloga e historiadora com uma longa e notável carreira académica, a Professora Luciana Stegagno Picchio é merecedora do nosso profundo reconhecimento pelo inestimável contributo que prestou à promoção da língua e literatura portuguesas, bem como pela sua forte ligação afectiva a Portugal e à nossa cultura", lê-se na nota.
"Quero, em nome do Povo Português e em meu próprio, transmitir as mais sinceras condolências a toda a família enlutada", sublinhou Cavaco Silva, afirmando-se certo de que "a sua vasta obra irá perdurar como uma referência inconfundível no mundo das letras, continuando a contribuir, dessa forma, para o estudo e a divulgação do património literário em língua portuguesa".
Nascida em 1920 em Alessandria, Luciana Stegagno Picchio é autora de mais de 500 publicações dedicadas às literaturas e culturas de língua portuguesa, o que lhe valeu o título de mais importante luso-brasileirista da Europa.
Contou entre os seus amigos nomes das letras como José Saramago, Jorge Amado, Vitorino Nemésio, Alexandre O'Neill e Murilo Mendes.
Teve assento na Academia Brasileira de Letras e na Academia de Ciências de Lisboa e recebeu em 1988, das mãos do então Presidente da República, Mário Soares, a Ordem de Santiago de Espada, por ser uma das maiores divulgadoras das literaturas em língua portuguesa.
De entre as obras dedicadas a Portugal, destacam-se a "História do Teatro Português" (1964), várias edições críticas de poesia e prosa medieval, renascentista e moderna (lírica galaico-portuguesa, João de Barros, Gil Vicente) e ensaios críticos sobre os principais autores de língua portuguesa, desde Camões a Fernando Pessoa e José Saramago, muitos dos quais reunidos no volume "A Lição do Texto" (1979).
Jornal de Notícias

São Paulo - Prefeito autoriza obras na fachada e nas alas nobres do Theatro Municipal
Serão realizados serviços de conservação dos elementos de argamassa, arenito, esquadrias, vitrais e telhado em cobre na fachada. Além disso, dois espaços da parte interna estão incluídos na reforma: o Restaurante/Bar, que terá as pinturas recuperadas, e o Salão Nobre, onde serão feitos serviços de conservação de pinturas, douramento, tapeçaria e tratamento das estruturas de madeira.
Perto de completar um século de existência, o Theatro Municipal será revitalizado. O prefeito de São Paulo assinou nesta sexta-feira (13) contrato para obras de recuperação da fachada e das alas nobres do mais tradicional teatro da Cidade. Os trabalhos levarão um ano e fazem parte do Procentro (Programa de Reabilitação da Área Central do Município de São Paulo). As obras são financiadas pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e não irão interferir na agenda de espetáculos da casa. Projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o Theatro Municipal foi inaugurado em 1911. Informações adicionais: O custo das obras de restauro e conservação é de R$ 5,8 milhões. O BID entra com R$ 4,93 milhões (85%) e a Prefeitura com R$ 870 mil (15%). As obras de restauração do teatro se concentram em grande parte na região externa do prédio e serão sincronizadas com a temporada lírica.
Até o final de 2008, o Municipal receberá outras seis óperas: Madama Butterfly, neste mês; Ariadne auf Naxos (agosto); Colombo (setembro); Amelia al Ballo e Le Villi (outubro, ambas no mesmo programa), e Sansão e Dalila (novembro). O teatro também será palco da estréia de duas novas coreografias do Balé da Cidade. Em julho, Canela Fina, do espanhol Cayetano Soto e, em dezembro, O Lago dos Cisnes, uma releitura do clássico pelo coreógrafo Sandro Borelli. O projeto de restauro foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, coordenada pelo arquiteto Mário Mendonça de Oliveira, especialista na área e professor da Universidade Federal da Bahia, e gerenciada por arquitetos especialistas do Departamento do Patrimônio Histórico. O grande diferencial desta revitalização está na especificidade e na diversidade dos materiais, que demandarão equipes especializadas em cantaria, madeira, metais, argamassa, vidros, pinturas parietais, douração e iluminação, além de profissionais das equipes de coordenação e fiscalização da obra, da Secretaria Municipal de Cultura e da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização). O Theatro Municipal de São Paulo, um dos cartões postais da Cidade, foi o palco da Semana de Arte Moderna de 1922, o marco inicial do Modernismo no Brasil. Foi idealizado para receber principalmente óperas e concertos, e abriga a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Lírico. O edifício faz parte do Patrimônio Histórico do Estado desde 1981, quando foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). A construção teve o seu início em 1903. Foi projetada por Ramos de Azevedo, com colaboração dos arquitetos italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi, e inspirado na Ópera de Paris.
Procentro
O Programa de Reabilitação da Área Central do Município de São Paulo promove o desenvolvimento econômico da área central da Cidade, além de fazer a reabilitação da paisagem urbana e ambiental da região e a integração de políticas sociais. O programa é composto por ações agregadas e tem cinco componentes: reversão da desvalorização imobiliária e recuperação da função residencial; transformação do perfil econômico e social da área central; recuperação do ambiente urbano; melhoria da circulação e do transporte; e fortalecimento institucional do Município.
http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/audios/index.php?p=24285

Rio Claro - Arquivo Público lança coleção Educação para o Patrimônio
O lançamento, na sede do arquivo, é direcionado a diretores e representantes de escolas rio-clarenses.
O Arquivo Público de Rio Claro fica no Núcleo Administrativo Municipal,
na rua seis com avenida 46, nº 3265.

O Arquivo Público de Rio Claro lança nesta sexta feira, às 10 horas, a Coleção Educação para o Patrimônio. O projeto é voltado a escolas da rede pública e privada do município em um total de 70 escolas aproximadamente. O lançamento, na sede do arquivo, é direcionado a diretores e representantes de escolas rio-clarenses.
É a primeira vez que o arquivo rio-clarense investe na área do ensino informal por meio de Ações Educativas. Nesta etapa do programa será entregue a cada uma das escolas e entidades a Cesta de Educação para o Patrimônio, composta de materiais históricos baseados em jornais, fotos e documentos textuais (fontes primárias) para uso dos docentes.
A cesta é um dos instrumentos das “Ações Educativas” desenvolvidas pelo Arquivo desde 2005, a partir de coletas coordenadas pela superintendência da autarquia, com informações sobre patrimônio material e imaterial (saberes e fazeres, lugares e crenças) e coleções iconográficas (fotos e audiovisuais).
As Ações Educativas visam também histórias orais, entrevistas e depoimentos que, no seu conjunto, compõem o Programa Educação para o Patrimônio, como parte do Planejamento Plurianual – PPA 2005-2008.
O Setor de Ações Educativas tem como principal objetivo divulgar e disponibilizar o acervo público, aproximando as fontes documentais do universo escolar, através de palestras, de produção de material paradidático, e de cursos temáticos de curta duração, entre outras atividades. Através desse trabalho espera-se contribuir para a formação de cidadãos que valorizem o patrimônio histórico-cultural.
Num segundo momento o programa almeja repensar a história da cidade como, por exemplo, os efeitos da segunda guerra mundial em Rio Claro, a industrialização nas décadas de 40 e 50, o jornal como fonte de pesquisa cotidiana, as relações entre senhores e escravos e entre fazendeiros e colonato, entre outros.
O lançamento do projeto “Educação para o Patrimônio” também faz parte do processo de modernização do Arquivo, que busca inovar e racionalizar o trabalho, sensibilizar a comunidade e democratizar o acesso à história da cidade, a começar pela história das escolas, passando pelo patrimônio material (casarões, águas, fotografias) e imaterial.A superintendente da autarquia, Ivani Bianchini Hofling esclarece que o que se quer é aproximar as escolas do Arquivo. “Nesse caso estamos fazendo isso por meio de acervos compostos por trabalhos de excepcionais retratistas, como Knudsen, Copriva, Matsushita, Arnaldo Costa, e das fotos de gestões municipais”.
“A fotografia, afinal, constitui uma das partes do processo de conhecimento da história da cidade”, continua Hofling, acrescentando que, mais do que contar a história, a instituição quer colocar acervos digitalizados à disposição da sociedade, preservando os originais, como os acervos “Cartório Criminal”, “Cartório Civil”, “Rádio PRF-2”, Fazenda Santa Gertrudes etc.
Para continuar realizando esse trabalho, o Arquivo municipal convida a comunidade a colaborar disponibilizando fotos e documentos para análise e digitalização. Esse material pode ser entregue como doação, empréstimo ou venda.
Jornal Cidade Online
Demolição causa muita indignação
Jaraguá do Sul – A demolição do prédio do antigo Bar Catarinense, construído em 1931, quando Jaraguá do Sul ainda não era município – emancipação aconteceu no dia 26 de março de 1934 – causou indignação entre aqueles que defendem o patrimônio histórico. A Administradora Hancar Ltda. (da família Breithaupt) conseguiu liminar na justiça para a demolição do bem da sua propriedade para edificação de novo prédio comercial. A Prefeitura havia negado o alvará de demolição alegando que o imóvel faz parte do entorno imediato do Centro Histórico e representa um marco na história de Jaraguá do Sul, devendo por isso ser tombado e preservado.
A Fundação Cultural, junto com integrantes do Conselho do Patrimônio Histórico, Cultural, Arqueológico, Artístico e Natural e do Conselho Municipal de Cultura informou na sexta-feira que a demolição autorizada foi em razão de cumprimento de decisão do juiz Márcio Renê Rocha. O magistrado deferiu a liminar requerida pela Administradora Hancar, determinando que a autoridade municipal (prefeito) de imediato autorizasse a demolição da edificação de propriedade da impetrante, localizada na Getúlio Vargas, esquina com a Rua Emílio Carlos Jourdan, conhecida como Bar Catarinense, há anos desativado. Aquele prédio era um dos imóveis notificados para tombamento histórico.
A presidente da Fundação Cultural se disse preocupada com o precedente aberto. “É decepcionante para quem procura defender os valores históricos da cidade ver parte da história da cidade indo embora para dar lugar a um empreendimento comercial”, lamenta. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a Fundação Catarinense de Cultura foram informados sobre a decisão judicial e a demolição, para que se posicionem
Jornal do Vale do Itapocu

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