SAÚDE
Macau: Serviços de Saúde confirmam criança com pedras nos rins devido ao consumo de leite contaminado
Macau, China, 23 Set (Lusa) - Os Serviços de Saúde de Macau confirmaram hoje que uma criança de 16 meses que consumiu o leite em pó ”Nestle Gold” tem pedras no rins e está já a ser acompanhada pela pediatria. Numa nota oficial divulgada pelo Gabinete de Comunicação Social, os Serviços de Saúde sustentam que a criança foi levada ao Hospital por iniciativa dos pais que tinham já análises realizadas num laboratório particular tendo os exames efectuados na unidade pública confirmado o diagnóstico. O leite em causa consumido pela criança foi produzido na província continental de Heilongjiang e tinha sido identificado pela imprensa de Hong Kong como contendo melamina. Perante a nova descoberta, os Serviços de Saúde procederam a análises de diversos tipos de leite em pó da mesma marca e apelaram aos pais cujos filhos tenham consumido leite em pó da Nestlé que encaminhem as crianças para um Centro de Saúde para exames mais detalhados de despistagem de problemas de saúde causados pela melamina. Desde que foram iniciados na segunda-feira os testes aos alunos dos jardins-de-infância e escolas primárias de Macau que os Serviços de Saúde realizaram 774 exames, dos quais 27 acabariam por ser sujeitos a uma segunda fase de análise microscópica de sedimento de urina e, destes, 11 submetidos ao exame ecográfico. Dos 11 alunos sujeitos a exames ecográficos três já foram concluídos e não indicam qualquer problema nas crianças. Os Serviços de Saúde lançaram uma campanha de exames de despistagem para verificar a saúde das crianças que estiveram incluídas no plano de leite dos Serviços de Educação e especificaram hoje que os exames serão depois alargados aos alunos de todas as escolas primárias e jardins-de-infância e não da globalidade das escolas do território. Além dos estudantes sujeitos a exames, 295 recorreram ao hospital público para testes encaminhados por centros de saúde ou por iniciativa dos pais.
Macau, China, 23 Set (Lusa) - Os Serviços de Saúde de Macau confirmaram hoje que uma criança de 16 meses que consumiu o leite em pó ”Nestle Gold” tem pedras no rins e está já a ser acompanhada pela pediatria. Numa nota oficial divulgada pelo Gabinete de Comunicação Social, os Serviços de Saúde sustentam que a criança foi levada ao Hospital por iniciativa dos pais que tinham já análises realizadas num laboratório particular tendo os exames efectuados na unidade pública confirmado o diagnóstico. O leite em causa consumido pela criança foi produzido na província continental de Heilongjiang e tinha sido identificado pela imprensa de Hong Kong como contendo melamina. Perante a nova descoberta, os Serviços de Saúde procederam a análises de diversos tipos de leite em pó da mesma marca e apelaram aos pais cujos filhos tenham consumido leite em pó da Nestlé que encaminhem as crianças para um Centro de Saúde para exames mais detalhados de despistagem de problemas de saúde causados pela melamina. Desde que foram iniciados na segunda-feira os testes aos alunos dos jardins-de-infância e escolas primárias de Macau que os Serviços de Saúde realizaram 774 exames, dos quais 27 acabariam por ser sujeitos a uma segunda fase de análise microscópica de sedimento de urina e, destes, 11 submetidos ao exame ecográfico. Dos 11 alunos sujeitos a exames ecográficos três já foram concluídos e não indicam qualquer problema nas crianças. Os Serviços de Saúde lançaram uma campanha de exames de despistagem para verificar a saúde das crianças que estiveram incluídas no plano de leite dos Serviços de Educação e especificaram hoje que os exames serão depois alargados aos alunos de todas as escolas primárias e jardins-de-infância e não da globalidade das escolas do território. Além dos estudantes sujeitos a exames, 295 recorreram ao hospital público para testes encaminhados por centros de saúde ou por iniciativa dos pais.
JCS. Lusa
Governo pretende tirar da Funasa o atendimento à saúde indígena
Brasília - Aguarda indicação de relator na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 3.958/2008, de autoria do Poder Executivo, que retira da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) a atribuição de atender a população indígena.Com a mudança, as políticas de saúde indígena ficarão a cargo de um departamento (ainda sem nome) da futura Secretaria de Atenção Primária à Saúde, a ser criada após a aprovação do projeto de lei na Câmara, que depois seguirá para o Senado.O governo federal também pretende dar autonomia financeira e a administrativa aos distritos sanitários especiais indígenas (Dseis) e criar uma carreira no serviço público (por meio de concurso) para o atendimento aos indígenas.As mudanças foram divulgadas na reunião da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), realizada no último dia 18, por Claunara Mendonça - diretora de do Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), e representante do ministro da Saúde, José Gomes Temporão na reunião.O anúncio do governo foi bem recebido por indigenistas. Para o antropólogo Rogério Duarte do Pateo, integrante do Instituto Sócio-Ambiental (ISA), é uma “solução acertada”. “Do Iapoque ao Chuí, a situação da saúde indígena é absolutamente catastrófica”, avalia. “Você pode ir para todos estados do Brasil e vai ver que não tem um remédio na prateleira e a infra-estrutura de transporte está totalmente sucateada, quando não ausente.”De acordo com Paeto, os procedimentos adotados pela Funasa a partir de 2004 “travaram o atendimento” das comunidades indígenas. Segundo explica, há um descompasso entre as compras de remédio e contratação de transporte, centralizadas na Funasa; e a contratação do pessoal de atendimento, a cargo de prefeituras, organizações indígenas e organizações não-governamentais (ONGs).Na opinião do médico Cláudio Esteves de Oliveira, da Comissão Pró-Yanomami (CCPY), a iniciativa do Ministério da Saúde é “muito positiva” e “facilita o controle social pelos indígenas”. O médico é crítico quanto à atuação da Funasa, que “não tem vocação” e sofre com a “falta de recursos humanos”.Oliveira diz que “os problemas são sistemáticos, falta combustível, há interrupção no fornecimento do medicamentos. Além disso, ecursos dos convênios não são transferidos regularmente e os funcionários ficam sem salário.”Claunara Mendonça, do Ministério da Saúde, admite os problemas e considera que a morbidade dos indígenas corresponde à situação epidemiológica que o país enfrentava há 60 anos. “Hoje a estrutura traz muitos problemas na questão da burocracia da compra de insumos e da contratação de transporte”, resume a dirigente do ministério.}Segundo Mendonça, a descentralização da gestão e autonomia dos distritos sanitários indígenas terão início no próximo ano. Um grupo de trabalho interno do Ministério da Saúde discutirá os “limites da autonomia” dos Dsei. Indigenistas reclamam da ausência de índios no grupo de trabalho.O Ministério da Saúde e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão estimam que a futura Secretaria de Atenção Primária à Saúde, com cerca de 120 cargos comissionados, custará R$ 8,780 milhões ao ano. A reportagem procurou a assessoria de comunicação da Funasa, que preferiu não se pronunciar.
Gilberto Costa Repórter da Rádio Nacional da Amazônia
Agência Brasil
Brasília - Aguarda indicação de relator na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 3.958/2008, de autoria do Poder Executivo, que retira da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) a atribuição de atender a população indígena.Com a mudança, as políticas de saúde indígena ficarão a cargo de um departamento (ainda sem nome) da futura Secretaria de Atenção Primária à Saúde, a ser criada após a aprovação do projeto de lei na Câmara, que depois seguirá para o Senado.O governo federal também pretende dar autonomia financeira e a administrativa aos distritos sanitários especiais indígenas (Dseis) e criar uma carreira no serviço público (por meio de concurso) para o atendimento aos indígenas.As mudanças foram divulgadas na reunião da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), realizada no último dia 18, por Claunara Mendonça - diretora de do Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), e representante do ministro da Saúde, José Gomes Temporão na reunião.O anúncio do governo foi bem recebido por indigenistas. Para o antropólogo Rogério Duarte do Pateo, integrante do Instituto Sócio-Ambiental (ISA), é uma “solução acertada”. “Do Iapoque ao Chuí, a situação da saúde indígena é absolutamente catastrófica”, avalia. “Você pode ir para todos estados do Brasil e vai ver que não tem um remédio na prateleira e a infra-estrutura de transporte está totalmente sucateada, quando não ausente.”De acordo com Paeto, os procedimentos adotados pela Funasa a partir de 2004 “travaram o atendimento” das comunidades indígenas. Segundo explica, há um descompasso entre as compras de remédio e contratação de transporte, centralizadas na Funasa; e a contratação do pessoal de atendimento, a cargo de prefeituras, organizações indígenas e organizações não-governamentais (ONGs).Na opinião do médico Cláudio Esteves de Oliveira, da Comissão Pró-Yanomami (CCPY), a iniciativa do Ministério da Saúde é “muito positiva” e “facilita o controle social pelos indígenas”. O médico é crítico quanto à atuação da Funasa, que “não tem vocação” e sofre com a “falta de recursos humanos”.Oliveira diz que “os problemas são sistemáticos, falta combustível, há interrupção no fornecimento do medicamentos. Além disso, ecursos dos convênios não são transferidos regularmente e os funcionários ficam sem salário.”Claunara Mendonça, do Ministério da Saúde, admite os problemas e considera que a morbidade dos indígenas corresponde à situação epidemiológica que o país enfrentava há 60 anos. “Hoje a estrutura traz muitos problemas na questão da burocracia da compra de insumos e da contratação de transporte”, resume a dirigente do ministério.}Segundo Mendonça, a descentralização da gestão e autonomia dos distritos sanitários indígenas terão início no próximo ano. Um grupo de trabalho interno do Ministério da Saúde discutirá os “limites da autonomia” dos Dsei. Indigenistas reclamam da ausência de índios no grupo de trabalho.O Ministério da Saúde e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão estimam que a futura Secretaria de Atenção Primária à Saúde, com cerca de 120 cargos comissionados, custará R$ 8,780 milhões ao ano. A reportagem procurou a assessoria de comunicação da Funasa, que preferiu não se pronunciar.
Gilberto Costa Repórter da Rádio Nacional da Amazônia
Agência Brasil
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