ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

23 outubro, 2008

CULTURA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL - 23-10-2008

Viagem à história mineira
Valorização. A locomotiva, que faz a conexão entre as cidades de Ouro Preto e Mariana, agrega valor às atividades turísticas da região
Reza a lenda que "o trem corre na veia de todo mineiro". Disseminado para o escoamento das riquezas minerais no passado, o transporte ferroviário está arraigado à história econômica, política e social de Minas Gerais. Um Estado que, mesmo no auge da decadência desse meio de locomoção no país, manteve ativo o trecho Vitória-Minas, de transporte de cargas e passageiros; assim como a maria-fumaça de Tiradentes a São João del Rei, para permitir o trânsito de passageiros entre as duas cidades, e que se consistiu num embrião dos atuais trens turísticos, com a demanda natural dos visitantes à região.
Com o resgate do trem como atração turística no país, Minas é o Estado que mais tem a mostrar aos visitantes, aos transportá-los entre cidades centenárias e com importantes patrimônios culturais. Seus trajetos reativados perfazem as principais cidades históricas do Estado, a exemplo dos trechos Ouro Preto a Mariana e São João del Rei a Tiradentes, geridos pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), integrante do grupo Vale.
Além do trem que liga São Lourenço a Soledade, no Circuito das Águas, e do que vai da cidade de Passa Quatro ao alto da serra da Mantiqueira, na divisa de Minas Gerais com São Paulo, onde foram travados os mais importantes combates da Revolução de 32.
DESENVOLVIMENTO.

Para incrementar os trajetos, o governo de Minas criou um grupo de trabalho formado pelas secretaria de Estado de Turismo, de Estado da Cultura e de Estado de Obras Públicas e o Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG).
"O grupo atua no sentido de desenvolver produtos agregados turístico-culturais, de preservar o patrimônio cultural e de imprimir mais possibilidades de vivências ao turista", informa a superintendente de Fomento e Desenvolvimento do Turismo, da Secretaria de Estado de Turismo, Jussara Rocha. "O trem é um meio de transporte que remete à mineiridade", conclui a superintendente, que pretende garantir a preservação desse patrimônio.

Número de turistas vai dobrar em dois anos
Atualmente, são 32 trens turísticos em atividade em todo o país. Segundo a Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais (Abottc), só no ano passado o conjunto transportou mais de três milhões de pessoas. "A projeção é de, até 2010, chegar ao transporte anual de seis milhões de turistas", informa o presidente da Abottc, Sávio Neves.
"Os trens estão sendo descobertos como atração turística à medida em que têm despertado no público a vontade de comprar esses pacotes", explica Neves, para quem o segmento tende a crescer com a revitalização de mais trechos. Em abril de 2009, está prevista a inauguração do Trem do Pantanal, que vai percorrer o coração da região entre Campo Grande e Miranda.
Em fase de elaboração, tem o projeto de reativação do trecho Madeira-Mamoré da Mad Maria, em Rondônia. No Sul de Minas, o trecho São Lourenço a São Sebastião do Rio Verde, com os trilhos já limpos, só aguarda a liberação de verbas para início da restauração, com previsão de conclusão em dois anos, informa o diretor da Regional Sul de Minas, da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, Jorge Luiz Sanches.

Percursos expõem natureza viva e memória de bravuras

Criada em 1977 pelo francês Patrick Dollinger, preocupado com o descaso das ferrovias no país, a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) não só atua na recuperação dos trens turísticos como administra dois importantes trechos mineiros: o Trem das Águas e o Trem da Mantiqueira, através da Regional Sul de Minas.
Primeiro a operar como atração turística no Estado, o Trem das Águas foi reativado em 20 de maio de 2000, após recuperação da linha e reforma das estações da antiga ferrovia construída por ingleses há 115 anos. O trecho, de São Lourenço a Soledade de Minas, com parada no distrito de Ramon para embarque e desembarque, tem 10 km e os passeios duram cerca de duas horas (viaja a 25 km/h).
Com uma locomotiva a vapor Baldwin, de 1929, dispõe de oito carros - seis com bancos originais de madeira e dois com estofados - e as viagens acontecem ao som de violeiros e de duplas sertanejas, além de degustação de queixos e vinhos nos dois carros de luxo.
Segundo o diretor da ABPF, Edelmo Dias Freitas, estima-se que a reativação da linha tenha gerado cerca de 300 empregos. Além dos contratados pela Regional, surgiram outras atividades econômicas no trajeto, como feira de artesanato e degustação e comercialização de doces e queixos.
RESISTÊNCIA.
Reativado em janeiro de 2004, o Trem da Mantiqueira também percorre 10 km entre Passa Quatro e Coronel Fulgêncio, no Circuito Turístico Terras Altas da Mantiqueira. Um dos pontos altos da viagem é a travessia do túnel que foi palco de batalhas na Revolução de 32.
Com uma locomotiva a vapor de 1925 e dois carros originais, a viagem é feita com guia turístico, degustação de queijos, som sertanejo e parada no distrito de Manacá, onde também há uma feira de artesanato e doces, informa o diretor da Regional Sul de Minas, da ABPF, Jorge Luiz Sanches.

Trens turísticos permitem viagem pelo barroco mineiro
A ligação por meio de maria-fumaça entre as cidades históricas de Ouro Preto e Mariana, dotadas dos principais acervos barrocos do mundo, foi restabelecida em 5 de maio de 2006. O Trem da Vale, como a locomotiva passou a ser denominada, consumiu investimentos da ordem de R$ 48,5 milhões, através da Fundação Vale.
Totalmente revitalizado pela companhia mineradora, o trecho recebeu obras de recuperação da infra-estrutura (plataforma, drenagem, muros de arrimo), da superestrutura (trilhos, dormentes e aparelhos de mudança de via) da linha – num total de 18,7kmde ferrovia –, e das quatro estações, sem contar a aquisição de uma locomotiva a vapor. Todos os projetos de reforma e de paisagismo das quatro estações ferroviárias foram aprovados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Para melhor receber os turistas, as estações das duas cidades históricas foram transformada sem espaços culturais, com salão multiuso, biblioteca, café, vagão estruturado para oficinas de vídeo, quiosques multimídia.
Em Ouro Preto, há ainda o Circo da Estação, onde são realizadas atividades culturais e educativas voltadas para crianças e jovens da região. Pelo trajeto do trem, os turistas podem, além de apreciar a natureza, admirar os prédios das estações de Vitorino Dias e Passagem de Mariana.
Datada de 1949, a locomotiva – com 12 m de comprimento e cerca de 85 t – foi restaurada em Tubarão (SC), sob a coordenação da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) e envolveu uma equipe de 25 pessoas da empresa Restaura, de São Lourenço (MG). O projeto previu, entre outras atrações especiais, a presença de um vagão panorâmico na composição de passageiros. Com laterais transparentes, ele permite a observação da paisagem em todo o percurso do trem.
SOCIAL.
De acordo com a política de responsabilidade social da Vale, é desenvolvido um trabalho com a comunidade de Ouro Preto e Mariana “de resgate e preservação patrimonial”, que prevê, entre outras atividades, passeios gratuitos de trem, informa a gerente-operacional do programa de Educação Patrimonial da Vale, Reciane Montalverne.
Segundo ela, toda quinta feira, o trem é dedicado ao transporte de estudantes da rede pública. “A demanda é tão grande que a escola que quiser agendar uma viagem, tem que solicitar com antecedência”, explica.

Maior acervo ferroviário é preservado em Minas
Panorâmico. Trem da Vale tem um vagão todo em vidro para se apreciar a paisagem

Em operação há exatos 124 anos, como único trecho dos trens turísticos que nunca cessou sua atividade, a maria-fumaça de São João del Rei a Tiradentes tem muita história para contar. A começar pela sua inauguração, realizada pelo imperador dom Pedro II em pessoa, nos idos de 1884.
Como se não bastasse o testemunho ilustre, ainda hoje é possível deslizar pelo seu trajeto a bordo de uma locomotiva que, neste ano, completa um centenário de operação – a 22, adquirida da Baldwin, da Filadélfia (EUA), é uma das mais antigas que percorrem o país.
A viagem de 12km de extensão, que resgata o contexto histórico ao ligar as estações construídas no século XIX e passa por fazendas centenárias, entre rios e montanhas, reserva outras surpresas. Ela é a única locomotiva a vapor que transporta passageiros com bitola de 76 cm (também conhecida como bitolinha) em atividade no mundo.
Na estação São João del Rei, há o museu Ferroviário, onde estão expostos, entre veículos e antigos documentos, a locomotiva número um, com a réplica do vagão em que viajou o imperador dom Pedro II.
Há também a rotunda, uma construção circular que lembra um anfiteatro romano – foi destruída por um incêndio, restando apenas partes de suas paredes circulares. Popularmente chamada de “coliseu” foi totalmente recuperada, constituindo hoje, ao lado das velhas igrejas coloniais, um dos mais belos monumentos arquitetônicos de São João del Rei. Em Tiradentes, aprecia-se a operação do girador de locomotivas na estação.
“Este conjunto, reinaugurado em 2006, compõe o maior centro de preservação da memória ferroviária nacional, sendo um dos mais importantes do mundo”, festeja o gerente de trens turísticos da FCA, Marcos Teixeira.
GESTÃO. Desde que assumiu a operação e administração do complexo ferroviário de São João del Rei e Tiradentes, em 2001, a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) executa um programa de recuperação e restauração das características originais da maria-fumaça.
TÂNIA RAMOS
O Tempo

Rio de Janeiro - Idoso tenta, sozinho, restaurar os Arcos
RIO - Vestindo uma calça de linho esgarçada e uma camisa social gasta e desbotada, sem nada nos pés, um morador da Lapa, de 60 anos, que não quis ser identificado, vem realizando uma tarefa marginalizada de preservação do patrimônio público do bairro com as próprias mãos – literalmente. Há cerca de duas semanas, desde a primeira hora da manhã até tarde da noite, ele utiliza galões de tinta retirados de depósitos e caçambas de entulho para pintar o monumento mais emblemático da boemia carioca: os Arcos da Lapa, tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
– Não quero que ninguém venha me falar disso depois – justifica o anonimato, enquanto tenta garantir que nenhum registro seja feito. – Faço porque está abandonado, porque ninguém faz nada para ninguém. Se cada um cuidasse de um trecho dos arcos, isso não estaria assim.
Além de tentar preservar e revitalizar a estrutura dos Arcos, o 'urbanista' também distribui vasos de flores – coletados de parques e praças da cidade – pelas vielas dos principais bares da ladeira da Lapa e está reformando o terminal dos tradicionais bondinhos. Segundo ele, comerciantes e mesmo freqüentadores aprovaram as medidas.
– Todo mundo gosta porque eu não peço nada a ninguém, não estou ligado nenhuma entidade, e ainda ajudo a melhorar essa área – analisa.
Preservação e restauro
Tombado pela União, o antigo Aqueduto da Carioca sofre hoje com a depredação e o abandono decorrentes da utilização intensiva nos fins de semana, quando vira banheiro ao ar livre e passa a contar com um tapete de lixo, orgânico e inorgânico.
– Os Arcos já têm tanta pichação, tanta interferência, que a pintura não chega a ser insuportável – avalia Carlos Fernando Andrade, superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, acrescentando que o projeto de recuperação do Aqueduto, noticiado pelo JB em agosto e que contempla a remoção da vegetação, restauração do reboco e instalação de iluminação apropriada, já está em vias de ser executado.
Segundo o Iphan, toda a tinta utilizada para a intervenção clandestina será removida para dar lugar à nova pintura, apropriada para a estrutura.
Bruna Talarico, Jornal do Brasil

Cuiabá-MT - A história restaurada

Lançada recentemente, obra editada com requintes faz o registro da restauração e a pesquisa em torno de dois monumentos do patrimônio de MTA emoção de um biólogo diante de um fóssil com milhares de anos é provavelmente algo parecido com a emoção de uma historiadora que encontra um tesouro religioso como o mais antigo altar-mor de Mato Grosso, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Um símbolo vivo da tradição religiosa e cultural do Brasil, em especial do arraial do Senhor Bom Jesus do Cuiabá.

A restauração da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Capela São Benedito ganhou recentemente um livro de arte com o registro de todo o processo de restauração e com a pesquisa que trouxe luz às peças dos séculos XVIII e XIX que se encontram na igreja barroca.

A igreja já passou por diversas reformas, mas esta restauração parece ter ido a fundo e desvendado o tesouro que permanecia escondido à beira das lavras de Sutil. A igreja é a mais antiga de Cuiabá em pé. Ela foi construída na época da Igreja do Senhor Bom Jesus do Cuiabá(1722) e da Capela de Nossa Senhora do Bom Despacho(+/- 1725). Ambas foram demolidas para dar lugar a construções mais “novas”, um descaso total com o patrimônio histórico cuiabano. O restauro da igreja consumiu três anos e inicialmente tudo indicava que 80% da igreja estavam em bom estado.
O estudo feito pelo IPHAN não correspondia à realidade, pois quando o teto foi retirado o madeiramento estava comprometido. Tirando o reboco das paredes para avaliar o madeirame, percebeu-se que as paredes também estavam comprometidas e inclusive fora de prumo. Resultado: toda a igreja passou a receber uma atenção especial e, paralelo a isto, um estudo minucioso de duas pesquisadoras, Leilla Borges de Lacerda e Nauk Maria de Jesus.
As historiadoras descobriram que a igreja é anterior à igreja de Sant´Ana, de Chapada dos Guimarães (1779) e mais, que o altar-mor presente hoje na Nossa Senhora do Rosário provavelmente foi o primeiro altar da igreja Senhor Bom Jesus do Cuiabá. Este teria sido trasladado para o Rosário no final do século XVIII início do XIX.
O processo de restauração foi minucioso e o trabalho de pesquisa envolveu a análise dos documentos da cúria, do Arquivo Público, do Instituto Histórico e Geográfico, das fontes orais e um estudo rigoroso do aspecto iconográfico e arquitetural da igreja. “Havia muito pouca coisa escrita, por isso o livro chama Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Capela de São Benedito: um diálogo entre a História e a Arquitetura” conta-nos a historiadora Leilla Borges.
Outra descoberta marcante é a pintura em prata. É a única igreja setecentista salva a apresentar este tipo de pintura em todo o Brasil. O livro lançado pelas estudiosas em parceria com o Governo do Estado por meio do Arquivo Público e editado primorosamente pela Entrelinhas está fartamente ilustrado com ótimas fotografias e um material de pesquisa cuidadosamente escavado.
O livro está nas bibliotecas públicas e no Arquivo Público. Ele está dividido em quatro capítulos que tratam primeiro da devoção à Nossa Senhora do Rosário e a São Benedito na imbricação dos universos culturais. No segundo capítulo fala da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e da Capela São Benedito na Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá(séculos XVIII e XIX). No terceiro capítulo o século XX e as várias reformas e no quarto capítulo desloca o olhar para o interior da igreja seus paramentos e ornamentos.
Claudio Oliveira
Diário de Cuiabá

Uberaba-MG - Representantes do Iphan e arquitetos realizam reunião
Construída em 1854, passou por diversas reformas, mas manteve seu estilo original e sua extrema beleza interior. A igreja Santa Rita é a única tombada pelo Ministério da Cultura como patrimônio histórico na região do Triângulo Mineiro.
Representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), arquitetos e restauradores estiveram em reunião na segunda-feira (20) no período da manhã definindo os últimos detalhes da reforma da igreja Santa Rita. Houve grande polêmica da população em relação à substituição das telhas antigas por novas. De acordo com representantes do Iphan, a substituição foi aceita pelo superintendente regional da 13ª SR Leonardo Barretos de Oliveira. Na documentação foi constatado que as antigas telhas estavam amarradas e fixas com cimento, o que ocasionou quebra da maior parte das mesmas, impossibilitando o reaproveitamento.
De acordo com a elaboradora e coordenadora do projeto da igreja Santa Rita, Marlene Maya Guimarães, houve questionamento sobre a substituição das antigas telhas. Conforme Marlene, não estava prevista a troca das telhas, mas quando se iniciou a execução do projeto, percebeu-se que elas estavam sem condições.
“As telhas estavam amarradas com arames e chumbadas com cimento. O que restou das telhas está no quintal da Casa do Artesão, e com essa quantidade é impossível completar a restauração das antigas com as novas.
Foi a proposta do próprio Iphan fazer o que é comum nas cidades históricas de Minas Gerais. Temos todo o histórico do andamento, desde o início da construção da igreja, em 1854, até agora. Em 1971 elas foram trocadas, as telhas envelheceram, foram quebradas e chumbadas com cimento e, com as chuvas, elas foram se deteriorando, então havia a necessidade de substituição”, conta.Marlene afirma que a preocupação do Iphan era com o peso do cimento na estrutura da igreja.Arquiteta - Conforme a arquiteta especialista em restauração Genóvia Wanda, quando foi feito o projeto de restauro, o objetivo era de fazer a remoção das telhas, fazer uma seleção, consertar o enquadramento do telhado, descer telhas, lavar e voltá-las para o local. “Temos orientação de documentos internacionais de restauro, inclusive com orientação do Iespa e pelo Iphan. Quando começamos o trabalho, nos deparamos com uma coisa completamente diferente e que não é usual - todas as telhas estavam trocadas. Isso ocorreu muito porque com o passar dos anos as telhas foram sendo alteradas. Tinham telhas de vários tamanhos e não dava para aproveitá-las, com isso optou-se, com o aval do Iphan, por fazer a substituição total. Da mesma forma, estão sendo feitos outros trabalhos de restauro em Ouro Preto, Diamantina e outras cidades”, explica.
Sandro Neves
Jornal de Uberaba

Angola - Cinema e música marcam semana da língua e cultura italianas
Sessões de cinema e concertos musicais serão os principais atractivos da 8ª Semana da Língua e Cultura Italianas no Mundo, a realizar-se a partir de hoje, sob o tema “O italiano na praça”.
De acordo com o embaixador italiano em Angola, Torquato Cardilli, o evento será aberto no restaurante Arcafé, com uma cerimónia de condecorações a alguns cidadãos italianos residentes no país, seguido de um vídeo show musical em homenagem ao falecido tenor Luciano Pavarotti, denominado “concerto grandíssimo”. No campo musical, está programado ainda para sexta-feira, dia 24, o espectáculo do duo Costanza Francavilla e Marcos Messina, no espaço Miami Beach, enquanto que para o dia 26 será realizado, no cine Tivoli, o concerto da cantora e actriz italiana Elena Bonelli, dedicado à cidade de Roma, capital italiana.
No ramo da sétima arte, a organização da actividade, que encerra domingo próximo, vai exibir os filmes infantis “La freccia azzurra” e “ Momo alla conquista del Tempo”, assim como as sessões para adultos “Roma” e “La vita é Bella”, do realizador Roberto Benigni, vencedor de três Óscares em 1997.
Essas jornadas serão marcadas também pela realização, no dia 22, de uma conferência sobre “A problemática da gestão urbana de Luanda”, a ser orientada pelo professor italiano Claudio di Curzio, no Departamento de Arquitectura, da Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho Neto. Uma cerimónia de entrega de diplomas a estudantes angolanos da língua italiana consta, igualmente, da agenda das actividades desta 8ª Semana da Língua e Cultura Italianas no Mundo.
A efeméride, que é assinalada em 135 países onde a Itália tem embaixadas, serve para homenagear o navegador e explorador natural de Génova (região italiana), Cristóvão Colombo, que alcançou o continente americano a 12 de Outubro de 1492, sob as ordens da corte de Espanha.
Jornal de Angola

Mogi das Cruzes-SP - Sediará Centro de Cultura
Mogi das Cruzes é a Cidade escolhida para sediar o Centro de Cultura e Memória do Alto Tietê. O anúncio foi feito na manhã de ontem, durante a 29ª reunião da Associação dos Municípios do Alto Tietê (Amat), realizada em Itaquaquecetuba. Das 10 cidades da Região, apenas Mogi e Suzano estavam pleiteando a instalação do projeto. O Centro será implantado no Parque Botyra Camorim Gatti, no Centro Cívico.
"Em Suzano, sugerimos o Parque Max Feffer, no Jardim Monte Cristo. Porém, fizemos uma análise técnica e chegamos à conclusão de que Mogi apresenta melhores condições de abrigar esse equipamento cultural. Foi um consenso entre todas as prefeituras da Região", explicou o prefeito de Suzano, Marcelo Candido (PT).
Segundo o coordenador de Cultura de Mogi, ambos os locais foram visitados pela Amat, porém a escolha teve como base critérios como acessibilidade e infra-estrutura. "Nossa idéia, independentemente do local escolhido, é preservar a cultura da Região e também servir de modelo para outros Municípios, já que esta é uma idéia pioneira, em que diversas cidades se juntam para criar um Centro Cultural", aponta.
A proposta prevê espaço aberto para eventos, com uma estrutura para abrigar um variado acervo cultural. O esboço foi apresentado pelo secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, João Francisco Chavedar. "A parte técnica do projeto, como a planta do local, já está pronta. Ainda será discutida a utilização do espaço, mas a idéia é viabilizar o projeto nos próximos quatro anos", frisa.
A partir de 2009, segundo o prefeito de Mogi e atual presidente em exercício da Amat, Junji Abe (PSDB), os novos chefes do Executivo da Região deverão se mobilizar junto às esferas estadual e federal para conseguir verbas necessárias para a construção do Centro. "Mesmo sendo prematuras minhas considerações, posso garantir que as prefeituras não colocarão um centavo para esse monumento cultural, mas trabalharão politicamente com mecanismos já existentes, como a Lei Rouanet, para que haja aprovação do projeto no Ministério da Cultura", pontua.
O espaço atenderá as cidades do Alto Tietê. "Toda a população da Região poderá usufruir o local de forma disciplinada e organizada. Acredito que no próximo mandato da Amat será possível dar início à construção desse Centro", ressalta Junji.
Estatuto
Por causa das eleições municipais, Marcelo Candido renunciou ao cargo de presidente da Amat para disputar a reeleição à Prefeitura de Suzano. Com isso, Junji Abe assumiu a presidência, cargo no qual deverá permanecer até o final deste ano. "Com a renúncia, ele (Candido) não pode voltar legalmente a ocupar esse cargo até o final do mandato. Portanto, cumprirei como presidente em exercício até 31 de dezembro deste ano. A eleição da Amat acontecerá apenas em fevereiro de 2009. Teremos, então, cerca de 60 dias até que a eleição aconteça. Então, nosso estatuto prevê que deverá assumir o prefeito da Cidade-sede da Associação, sendo atualmente Suzano. De janeiro até as novas eleições, portanto, Marcelo Candido deverá assumir a presidência da Amat", explica Junji.
O atual estatuto da Amat, destaca o prefeito, sofrerá algumas alterações a partir do próximo ano. "Decidimos fazer essa mudança para proporcionar uma rotatividade maior nos cargos. Hoje, cada mandato tem a duração de dois anos, com direito a uma reeleição. A partir do próximo ano, ele será de apenas um ano, com possibilidade de uma reeleição", descreve.
Após a reunião, foi servido um almoço aos prefeitos e demais presentes. A buchada, comida típica da região do Nordeste do Brasil, era o prato principal do cardápio. O próximo encontro da Amat acontecerá no dia 10 de novembro. "O local deverá ser definido ainda nesta semana. Poderá ser em Ferraz, Poá ou Santa Isabel", adianta o presidente. Neste dia, será apresentado ainda um balanço das atividades da Associação nos últimos dois anos.
PRISCILA RIBEIRO
O Diário

Portugal - Centro Cultural Malaposta com programa cultural
O Centro Cultural da Malaposta, em Odivelas, vai organizar um programa cultural específico para coincidir com os Jogos da Lusofonia Lisboa’2009, nos termos de um protocolo hoje assinado. João Ribeiro, director executivo da Comissão Organizadora dos Jogos da Lusofonia Lisboa’2009 (COJOL), salientou que, pela natureza do que junta os atletas nestes jogos - a língua portuguesa -, "faz sentido os Jogos envolverem mais do que desporto".
O director executivo da COJOL salientou que o protocolo assinado com a Municipália, a empresa municipal de Odivelas que gere o Centro Malaposta, vem "enriquecer o programa dos Jogos na sua vertente cultural". João Ribeiro destacou que a cultura está presente em todos os Jogos da Lusofonia e que "as cerimónias de abertura e encerramento terão também uma forte componente cultural". Este responsável salientou que os municípios de Lisboa, Oeiras, Almada e Odivelas já estão envolvidos nos Jogos da Lusofonia de 2009, que deverão também contar com a colaboração da câmara da Amadora.
O presidente da Municipália, Mário Máximo, sublinhou que "tem sido aposta da Malaposta promover a cultura Lusófona", destacando a realização em 2006 da Semana Africana e em 2007 da primeira Bienal da cultura Lusófona, que se repete no próximo ano a partir de 11 de Março e durante cerca de um mês.
Mário Máximo assinalou que durante o período dos Jogos da Lusofonia (11 a 19 de Julho de 2009) será criado um programa cultural específico, destinado não apenas aos participantes dos jogos, mas aberto também ao público em geral. O presidente do COJOL, Vicente Moura, considerou que os Jogos da Lusofonia são "uma utopia que se concretizou", tornando real uma das Intenções da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que é "juntar os povos que falam português".
Vicente Moura recordou que os primeiros jogos da Lusofonia foram efectuados em Macau e manifestou "a certeza de que estes jogos não vão desmerecer os que se realizaram em Macau e vão honrar Portugal". A presidente da Câmara de Odivelas, Susana Amador, afirmou que o concelho tem privilegiado pontes com os países lusófonos e considerou que o protocolo hoje assinado entre a COJOL e a Municipália se "integra na política municipal" de Odivelas. Recordou que foi organizado no concelho a Bienal da Cultura Lusófona e o Festival Rotas, Gentes Culturas e Comunidades, considerando que o desporto é uma manifestação em que "verdadeiramente há inclusão", de pessoas de todas as raças e culturas.
O Jogo

Palmas-TO - Petrobras Cultural com inscrições abertas
Aconteceu no último dia 7, no auditório da Fecomércio em Palmas, a palestra "Ação da Petrobras na Cultura" e a "Oficina de Formatação de Projetos", no intuito de divulgar as ações do Programa Petrobras Cultural. O consultor Antonio Leal explanou sobre as novidades do programa que visa desenvolver projetos culturais com a formatação adequada e desafiar os competidores a competirem com “o melhor de suas produções”. Para o consultor, a palestra serviu para explanar informações e preparar interessados para o Programa Petrobras Cultural 2008/2009, que está com inscrições abertas desde o último dia 15.
Leal adiantou que os interessados deverão, impreterivelmente, buscar os editais e se desfazer de qualquer dúvida, antes de preencher o formulário. Ele esclareceu algumas dúvidas sobre projetos que concorrem a seleções públicas e também sobre aprovação na Lei Rouanet, do Ministério da Cultura (MinC). O consultor afirmou que quer incentivar os produtores locais a expandirem seus projetos, para assim suprir a demanda de inscrições e divulgar a cultura local. "Esse tipo de evento é importante para estimular quem faz arte aqui", comentou.
O recebimento de projetos para segunda seleção 2008/2009 do PPC começam em maio de 2009, abrangendo as áreas de 'Preservação e Memória' e 'Formação e Educação para as Artes'. Mais informações e inscrições pelo site: www.petrobras.com.br.
Danillo Neres
danilloneres_neres@yahoo.com.br
O Girassol

Rio de Janeiro - Vencedores do Concurso Cultura Popular recebem prêmio no dia 28
RIO - Entre diferentes letras, notas e idéias, um único tema: a cidadania. Este é o tom que rege o evento de premiação das cinco músicas vencedoras do II Concurso Cultura Popular e Cidadania nas Ondas do Rádio, no dia 28 de outubro, terça-feira, no Teatro Odisséia, na Lapa, a partir das 19h.
Promovido pela ONG Criar Brasil, em parceria com o Instituto Votorantim, por meio do Programa de Democratização Cultural Votorantim, entre março e junho deste ano, o concurso reuniu mais de 70 inscrições de músicos de todo o Brasil, através de rádios comunitárias, educativas e comerciais de pequeno porte.
Do Rio, foram contempladas a banda Zero Calibre, que inscreveu a música Amazônia, pela Rádio Facha, e a banda Cardióde, com a faixa Reality Show, que concorreu através da Rádio Comunitária Na Onda FM. Os demais ganhadores são de Pernambuco, Rondônia e Rio Grande do Sul. O evento é gratuito e aberto ao público. Basta se inscrever pelo telefone (21) 2508-5204.
No evento, estão ainda programados: um show com as canções contempladas – todas elas abordam temas como educação, cultura e meio ambiente; e o lançamento de um álbum que reúne as músicas vencedoras e programas jornalísticos que estendem as reflexões sobre as questões tratadas nas letras.
Cada programa tem a duração de 10 minutos e conta com depoimentos dos compositores e dos jurados do concurso. Eles serão distribuídos para 400 emissoras de rádio em todo o país.
- Além de um encontro cultural, esta será uma oportunidade de refletir sobre os temas ligados à cidadania abordados nas composições e nos programas - convida o coordenador do projeto João Paulo Malerba.
Objetivos do projeto
Os organizadores do concurso indicaram os artistas a usarem sua criatividade para compor músicas que fazem pensar sobre a realidade local e nacional. A melodia final foi uma aliança entre diversidade de ritmos, originalidade de estilos e representatividade das canções em relação às suas regiões e ao país.
As músicas foram selecionadas por um corpo de jurados composto por três especialistas: a antropóloga e professora da PUC-Rio, Santuza Naves; a socióloga e consultora do Ibase, Regina Novaes; e o músico e compositor Fred Martins.
- Através da linguagem artística musical, com um ritmo interessante e uma letra que ocupa menos de uma lauda, se é capaz de traçar toda uma realidade brasileira com bastantes sutilezas - explica Novaes.
Premiação
Cada canção e cada emissora receberão um prêmio em dinheiro, além do programa de rádio, com o depoimento dos músicos e aprofundamento dos temas das músicas vencedoras.
- As rádios serão orientadas a reproduzir o programa como ponto de partida para a discussão sobre a realidade local relativa aos temas abordados - esclarece Malerba.
Aprovado pelo Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet, o "Concurso Cultura Popular e Cidadania nas Ondas do Rádio" se dedicou, em sua primeira edição, especificamente, a músicas com ritmos regionais. Desta vez, a abordagem foi mais abrangente, incluindo os diversos estilos musicais, no intuito de atingir o maior número de artistas dispostos a investir em temas sociais.
Serviço
Show com as músicas vencedoras do II Concurso Cultura Popular e Cidadania nas Ondas do Rádio
28 de outubro - 19 h.
Teatro Odisséia, Av. Mem de Sá 66, Lapa, Rio de Janeiro.
JB Online

Natal-RN - Cultura popular no ensino fundamental
Imagine estudar os principais nomes da cultura potiguar em sala de aula, desde os primeiros anos do ensino fundamental, trabalhando com leitura, manulengo e todos os instrumentos facilitadores de uma aprendizagem mais fácil e divertida.
É justamente esse o tipo de trabalho que vem sendo desenvolvido, há três anos, no Impacto Colégio e Curso. A mudança não é iniciativa isolada de um professor, mas uma ação pedagógica de todo o colégio, com a inclusão, na grade curricular do ensino fundamental, das disciplinas regulares o estudo da cultura e da literatura do Rio Grande do Norte.
A iniciativa tem como principal objetivo possibilitar aos alunos do 2º ao 9º ano, um maior embasamento para estudos futuros, como também um conhecimento mais aprofundado do que foi e do que ainda é produzido nessas duas áreas aqui no estado.Tal ação torna o Impacto pioneiro - entre os estabelecimentos de ensino norte-rio-grandenses - na abordagem do estudo dessas "novas" disciplinas junto aos alunos do ensino fundamental, pelo fato da grade curricular praticada no estado inserir apenas a disciplina de Literatura do RN, somente a partir do ensino médio.
O estudo da Cultura do RN, como disciplina, é uma inovação da escola.As novas matérias são encaradas pelos estudantes como qualquer outra, pois são lecionadas durante todo o ano letivo, com a realização constante de avaliações teóricas e práticas. "Sem dúvida é um diferencial nosso. É uma verdadeira febre, pois todos os alunos do nosso ensino fundamental ficam empolgados e envolvidos no estudo tanto da nossa cultura como da literatura potiguar.
Além de possibilitar um conteúdo mais aprofundado para eles (referindo-se aos alunos) quando chegarem no ensino médio", diz empolgada, a diretora pedagógica do Impacto Angelita Araújo.Metodologia - O estudo da cultura e da literatura do RN é divido por partes, para que os alunos possam ir se aprofundando sobre os temas a cada bimestre.
Na grade de literatura são abordados os seguintes pontos: os autores (vida e obra), os autores mortos e vivos, produção literária e a parte prática, com a realização de constantes saraus, não só sobre os escritores estudados, como também sobre o que é produzido pelos próprios alunos. No tocante a cultura potiguar são oferecidos conteúdos sobre as danças folclóricas, os teatros de rua e de bonecos (mamulengos) e os costumes das gerações. As disciplinas são lecionadas pelos professores Weid Sousa - literatura (6º e 7º) e cultura (8º e 9º), Ana Leopoldina - literatura (8º e 9º) e Rodrigo Alcoforado - cultura (6º e 7º).
Do segundo ao quinto ano é iniciada a introdução da disciplina de cultura.IncentivoAlém de propiciar aos alunos uma maior interação e conhecimento sobre as produções culturais e literárias do estado, o Impacto tem a preocupação em dotar a sua biblioteca (que leva o nome de Monteiro Lobato) com obras de diversos autores locais, entre os quais: Câmara Cascudo (coleção completa do que foi editado), Jorge Fernandes, Diógenes da Cunha Lima, Auta de Sousa, Zila Mamede, Anchela Monte, entre outros.
As mais novas aquisições da biblioteca da escola, e que já estão à disposição de alunos e professores, fazem parte da produção do poeta e folclorista Deífilo Gurgel. As obras adquiridas foram: Espaço e Tempo do Folclore Potiguar, O Reinado de Baltazar - Teatro de João Redondo e Os Bens Aventurados (antologia poética do escritor).
Diário de Natal

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