ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

09 outubro, 2008

NATUREZA - 9-10-2008

Das vantagens da sacola ecológica no supermercado
Mais uma da série ecologia do cotidiano e suas conveniências. Dia desses comprei um sacola retornável. Para meu estarrecimento, a empacotadora já ia colocando a sacola ecológica dentro de uma sacola plástica (?). Tive que explicar:
– Não, não, as coisas vão dentro dessa sacola de pano mesmo. Não precisa sacola plástica. Obrigado.
Ela me olhou com a cara meio feia (deve ser filha do dono da fábrica de sacolas plásticas).
Infelizmente, percebi que eu era o único com uma sacola daquelas naquele horário. E isso que o preço era baixo. Reconheço que não sou um cara verde, no sentido ecológico do termo. Mas jamais negaria a importância e as vantagens de certas práticas ecológicas, não só para o bem geral do planeta, mas também para o meu benefício individual.
Por exemplo, o que me levou a pagar por algo que eu teria de graça?
Além de uma fisgada na consciência cada vez que via as sacolinhas acumular em casa, o frete a pé das compras foi bem melhor.
Explico: Moro perto do supermercado. Não tenho carro (e se tivesse não o usaria para caminhar uma quadra e meia com o rancho). Mas o trajeto sempre impõe seus desafios com a sacola plástica em mãos.
• Primeiro, a apreensão quanto à durabilidade. Será que esse saquinho vai agüentar a viagem ou vai jogar minha cerveja, os ovos e o refri no chão? Ficarei eu com cara de guri borrado quando isso acontecer? Vou ter que voltar e comprar mais cerveja, ovos e refri?
• Depois, se levo 10 sacolinhas entre a palma das mãos e os dedos, parece que fui castigado com reguadas nas mãos, dadas as marcas das tiras. Coloco tudo no punho... mesmo efeito, quase corta a circulação. Vou chegar em casa com as mãos detonads de novo?
• E quando chego no prédio... qual mão desocupar para pegar a chave? Será que vai dar tempo de apanhar as sacolas antes que o portão feche novamente? Vou ter que deixar os produtos de limpeza para trás como da última vez? Será que a porta vai bater e quebrar justamente a pizza pré-cozida mais uma vez?
• Além disso: e se vierem me assaltar no caminho? Ou pedir dinheiro? Como vou conseguir correr enquanto equilibro todas essas sacolas?
Sei que parecem questões irrelevantes frente ao bem universal e ambiental, mas foram essas questões que realmente me levaram a aderir à sacola retornável.
Valeu MUITO a pena deixar aquele monte de sacolinha grátis lá no mercado e chegar em casa com as mão inteiras, não precisar largar as compras no chão para pegar a chave e nem me preocupar com a integridade da minha cerva.
Nada como o conforto agora e no futuro.
Postado por Guilherme Neves às 10h51
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