CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 16-03-09
Santos-SP - Patrimônio nacional tomba prédio da Bolsa do Café
Um dos prédios mais simbólicos da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, foi tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O tombamento do palácio da Bolsa do Café, de 1922, foi publicado quinta-feira (12) no "Diário Oficial" da União.
Um dos prédios mais simbólicos da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, foi tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O tombamento do palácio da Bolsa do Café, de 1922, foi publicado quinta-feira (12) no "Diário Oficial" da União.
A Bolsa do Café já era tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) e, na esfera estadual, pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico)."[O tombamento] significa a garantia da preservação da memória do café e sua importância no desenvolvimento cultural, econômico e social do país. Além disso, uma vez tombado, o edifício terá que ser utilizado para fins compatíveis com seu valor histórico, impossibilitando qualquer outra exploração que não seja histórica ou cultural", disse Guilherme Braga Abreu Pires Filho, presidente da Associação dos Amigos do Museu do Café.
Para a entidade, com o tombamento o prédio e o Museu do Café podem tornar-se mais visíveis, já que passam a ser incluídos em catálogos oficiais dos patrimônios tombados e de interesse cultural.
História
O edifício da Bolsa do Café foi construído em 1922 para centralizar, organizar, e controlar as operações cafeeiras. Construído em homenagem ao centenário da independência do Brasil, o prédio possui estilo arquitetônico eclético, com painéis de Benedito Calixto e abriga a tradicional Sala dos Pregões, usadas para definir as cotações das sacas de café no mercado interno. O último pregão realizado no edifício aconteceu em 1957, quando os negócios do café foram transferidos para São Paulo. Em 1998, o prédio passou por restauração e passou a abrigar o Museu do Café.
Com o tombamento, o prédio da bolsa se junta a outros seis bens tombados pelo Iphan em Santos: igreja e mosteiro de São Bento; ruínas do engenho dos Erasmos; Casa da Frontaria Azulejada; Casa de Câmara e Cadeia; igreja da Ordem Terceira do Carmo e Casa do Trem Bélico.
Folha Online.
Minas dá exemplo de proteção ao patrimônio cultural
Procuradores de Justiça de todo o país reunidos em Ouro Preto divulgam carta em defesa dos bens históricos e culturais, citando ações desenvolvidas no estado.
No encontro, o promotor de Justiça de Minas Marcos Paulo de Souza Miranda considera a Carta de Ouro Preto um marco histórico na preservação.
Grande avanço na proteção do patrimônio cultural do país, a partir de iniciativa pioneira de Minas Gerais. Documento apresentado na quinta-feira, em Ouro Preto, a 95 quilômetros de Belo Horizonte, defende a necessidade de criação de uma política nacional para os bens históricos e de promotorias de Justiça específicas para tratar dos casos de furtos de peças sacras e obras de arte, preservação e outros aspectos.
Minas dá exemplo de proteção ao patrimônio cultural
Procuradores de Justiça de todo o país reunidos em Ouro Preto divulgam carta em defesa dos bens históricos e culturais, citando ações desenvolvidas no estado.
No encontro, o promotor de Justiça de Minas Marcos Paulo de Souza Miranda considera a Carta de Ouro Preto um marco histórico na preservação.
Grande avanço na proteção do patrimônio cultural do país, a partir de iniciativa pioneira de Minas Gerais. Documento apresentado na quinta-feira, em Ouro Preto, a 95 quilômetros de Belo Horizonte, defende a necessidade de criação de uma política nacional para os bens históricos e de promotorias de Justiça específicas para tratar dos casos de furtos de peças sacras e obras de arte, preservação e outros aspectos.
A Carta de Ouro Preto, com a assinatura de integrantes do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos (MP) dos Estados e da União (CNPG) e da Associação Brasileira do MP de Meio Ambiente (Abrampa), foi lançada durante o 4º Encontro Nacional do MP em Defesa do Patrimônio Cultural, que termina esta sexta-feira na cidade, com a presença de 300 profissionais. Segundo o presidente do CNPG e Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Leonardo Azeredo Bandarra, Minas dá um exemplo a ser seguido – há dois anos, o estado dispõe da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico, sob responsabilidade de Marcos Paulo de Souza Miranda. “Queremos que a sociedade veja o comprometimento do MP com a preservação do acervo. Reconhecemos a importância do assunto e o tratamos como prioridade.
Estamos vendo aqui o que deve ser em todo o país para garantirmos a integridade dos patrimônios material e imaterial”, disse Bandarra. Mesmo que as promotorias de Justiça específicas não sejam criadas de imediato, o presidente do CNPG recomenda que os processos mereçam atenção especial.
Na Carta de Ouro Preto, os procuradores-gerais estaduais e federais fazem “a defesa intransigente do valioso patrimônio cultural brasileiro, mediante a adoção de todas as medidas extrajudiciais e judiciais cíveis e criminais necessárias para coibir qualquer tipo de ameaça ou dano em detrimento dos bens culturais”. Indicam também a unificação das atribuições cível, criminal e de improbidade administrativa, envolvendo lesões ao patrimônio cultural brasileiro, a fim de permitir maior efetividade e na defesa desse bem jurídico.
Para Souza Miranda, o dia de ontem foi um marco na preservação dos bens culturais brasileiros, em especial por mostrar o que vem sendo feito em Minas. “É um dia histórico, e esperamos muitos avanços”, disse. Outros pontos fundamentais do documento tratam do combate com vigor do tráfico e do comércio ilícito de bens culturais, mediante parceria entre os órgãos de proteção e defesa do patrimônio, receitas Federal e Estadual, polícias e Interpol (Polícia Internacional).
Para o presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG), Carlos Roberto Noronha, a leitura de uma carta em defesa do patrimônio do Brasil é mais do que louvável. “Todos nós, envolvidos nas ações de preservação e divulgação do patrimônio, sabemos o quanto é difícil essa missão. É mais do que válida a proposta de criação de promotorias exclusivas para lidar no setor, a exemplo da que temos em Minas, que busca soluções conciliadoras para ações em prol da preservação, conservação e divulgação do patrimônio.”
Alex Lanza/Divulgação
No encontro, o promotor de Justiça de Minas Marcos Paulo de Souza Miranda considera a Carta de Ouro Preto um marco histórico na preservação
No encontro, o promotor de Justiça de Minas Marcos Paulo de Souza Miranda considera a Carta de Ouro Preto um marco histórico na preservação
Grande avanço na proteção do patrimônio cultural do país, a partir de iniciativa pioneira de Minas Gerais. Documento apresentado na quinta-feira, em Ouro Preto, a 95 quilômetros de Belo Horizonte, defende a necessidade de criação de uma política nacional para os bens históricos e de promotorias de Justiça específicas para tratar dos casos de furtos de peças sacras e obras de arte, preservação e outros aspectos. A Carta de Ouro Preto, com a assinatura de integrantes do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos (MP) dos Estados e da União (CNPG) e da Associação Brasileira do MP de Meio Ambiente (Abrampa), foi lançada durante o 4º Encontro Nacional do MP em Defesa do Patrimônio Cultural, que termina esta sexta-feira na cidade, com a presença de 300 profissionais. Segundo o presidente do CNPG e Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Leonardo Azeredo Bandarra, Minas dá um exemplo a ser seguido – há dois anos, o estado dispõe da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico, sob responsabilidade de Marcos Paulo de Souza Miranda. “Queremos que a sociedade veja o comprometimento do MP com a preservação do acervo. Reconhecemos a importância do assunto e o tratamos como prioridade. Estamos vendo aqui o que deve ser em todo o país para garantirmos a integridade dos patrimônios material e imaterial”, disse Bandarra. Mesmo que as promotorias de Justiça específicas não sejam criadas de imediato, o presidente do CNPG recomenda que os processos mereçam atenção especial. Na Carta de Ouro Preto, os procuradores-gerais estaduais e federais fazem “a defesa intransigente do valioso patrimônio cultural brasileiro, mediante a adoção de todas as medidas extrajudiciais e judiciais cíveis e criminais necessárias para coibir qualquer tipo de ameaça ou dano em detrimento dos bens culturais”. Indicam também a unificação das atribuições cível, criminal e de improbidade administrativa, envolvendo lesões ao patrimônio cultural brasileiro, a fim de permitir maior efetividade e na defesa desse bem jurídico.
Para Souza Miranda, o dia de ontem foi um marco na preservação dos bens culturais brasileiros, em especial por mostrar o que vem sendo feito em Minas. “É um dia histórico, e esperamos muitos avanços”, disse. Outros pontos fundamentais do documento tratam do combate com vigor do tráfico e do comércio ilícito de bens culturais, mediante parceria entre os órgãos de proteção e defesa do patrimônio, receitas Federal e Estadual, polícias e Interpol (Polícia Internacional).
Para o presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG), Carlos Roberto Noronha, a leitura de uma carta em defesa do patrimônio do Brasil é mais do que louvável. “Todos nós, envolvidos nas ações de preservação e divulgação do patrimônio, sabemos o quanto é difícil essa missão. É mais do que válida a proposta de criação de promotorias exclusivas para lidar no setor, a exemplo da que temos em Minas, que busca soluções conciliadoras para ações em prol da preservação, conservação e divulgação do patrimônio.”
Gustavo Werneck - Estado de Minas
Roseana comemora título de Capital Brasileira da Cultura para São Luís
Gustavo Werneck - Estado de Minas
Roseana comemora título de Capital Brasileira da Cultura para São Luís
Representantes do Bureau Internacional de Capitais Culturais e dos Ministérios da Cultura e do Turismo elegeram a cidade de São Luís como "Capital Brasileira da Cultura 2009".
A senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) comemorou a conquista e destacou que o título coloca a cidade na rota turística mundial. Esta é a quarta edição do projeto "Capital Brasileira da Cultura", que tem como objetivo valorizar e promover o patrimônio histórico, artístico, cultural e ambiental das cidades, além de divulgar a cultura de cada região do país e estimular o crescimento turístico.
- Hoje, nessa manifestação de orgulho pelo merecido título recebido, faço também uma profissão de fé: a São Luís Capital da Cultura Brasileira vai voltar a merecer dos governantes e de todos os que a amam o carinho e a atenção que ela merece. E vai restaurar-se mais forte e mais bonita do que nunca, para alegria de nós, maranhenses, e o encanto dos milhares de turistas que a visitam anualmente - afirmou Roseana Sarney.
A senadora destacou várias manifestações culturais que contribuíram para a vitória de São Luís, que concorreu com Montenegro (RS), Mariana (MG), Areia (PB) e Senador Pompeu (CE). O bumba-meu-boi, o tambor de crioula, o cacuriá e o tambor de mina são celebrações tradicionais afro-brasileiras e afro-indígenas que movimentam a capital maranhense nos meses de junho e julho. Ela também falou sobre o carnaval, o reggae, o samba, a poesia, a literatura, a cultura da praia e do esporte ao ar livre e a culinária, em que predominam os frutos do mar.
- Temos principalmente o precioso Centro Histórico - 250 hectares com suas 3.500 construções de sobrados, escadas e calçadas da memória do Brasil colonial. Aqui registro um particular orgulho: em 1997, em meu primeiro governo, depois de dois anos de incansável trabalho, conseguimos o título de Patrimônio Histórico Mundial, concedido pela Unesco - lembrou a senadora Roseana.
São Luís foi a quarta cidade, e a primeira capital do país, a receber o título de "Capital Brasileira da Cultura". Já receberam a honraria: Olinda (PE), em 2006; São João Del Rey (MG), em 2007; e Caxias do Sul (RS), no ano passado.
Roberto Homem / Agência Senado
Salvador-BA - Peças-chave em construções antigas, gradis estão sob ameaça
Peça de destaque na ornamentação dos casarões e templos históricos da Salvador antiga, os gradis estão desaparecendo do cenário da cidade. Pesquisa mostra que, além de serem alvo da falta de manutenção, eles também estão sendo roubados, numa clara demonstração de que o patrimônio histórico e cultural da cidade está ameaçado.
- Hoje, nessa manifestação de orgulho pelo merecido título recebido, faço também uma profissão de fé: a São Luís Capital da Cultura Brasileira vai voltar a merecer dos governantes e de todos os que a amam o carinho e a atenção que ela merece. E vai restaurar-se mais forte e mais bonita do que nunca, para alegria de nós, maranhenses, e o encanto dos milhares de turistas que a visitam anualmente - afirmou Roseana Sarney.
A senadora destacou várias manifestações culturais que contribuíram para a vitória de São Luís, que concorreu com Montenegro (RS), Mariana (MG), Areia (PB) e Senador Pompeu (CE). O bumba-meu-boi, o tambor de crioula, o cacuriá e o tambor de mina são celebrações tradicionais afro-brasileiras e afro-indígenas que movimentam a capital maranhense nos meses de junho e julho. Ela também falou sobre o carnaval, o reggae, o samba, a poesia, a literatura, a cultura da praia e do esporte ao ar livre e a culinária, em que predominam os frutos do mar.
- Temos principalmente o precioso Centro Histórico - 250 hectares com suas 3.500 construções de sobrados, escadas e calçadas da memória do Brasil colonial. Aqui registro um particular orgulho: em 1997, em meu primeiro governo, depois de dois anos de incansável trabalho, conseguimos o título de Patrimônio Histórico Mundial, concedido pela Unesco - lembrou a senadora Roseana.
São Luís foi a quarta cidade, e a primeira capital do país, a receber o título de "Capital Brasileira da Cultura". Já receberam a honraria: Olinda (PE), em 2006; São João Del Rey (MG), em 2007; e Caxias do Sul (RS), no ano passado.
Roberto Homem / Agência Senado
Salvador-BA - Peças-chave em construções antigas, gradis estão sob ameaça
Peça de destaque na ornamentação dos casarões e templos históricos da Salvador antiga, os gradis estão desaparecendo do cenário da cidade. Pesquisa mostra que, além de serem alvo da falta de manutenção, eles também estão sendo roubados, numa clara demonstração de que o patrimônio histórico e cultural da cidade está ameaçado.
Mestre em arte visual, o professor de história da arte Ilber Ascis pesquisou os gradis existentes no perímetro que vai do Forte de São Pedro a Santo Antônio Além do Carmo e ficou preocupado com o que constatou. “Dois meses depois, voltei aos locais e percebi que parte deles havia desaparecido”, contou o pesquisador, que fotografou as peças antes do sumiço.
Além de serem alvo da falta de manutenção, eles também estão sendo roubados
Mogi das Cruzes-SP - Imagem histórica é danificada
Entre os gradis “desaparecidos”, ele cita o de uma casarão na Rua Rodrigues Alves, no Comércio; os das janelas do nº 8 da Rua da Oração, na Sé; e o da janela do casarão nº 28, da Ladeira de São Bento, onde funcionava a Casa Esperanto. “Os padres do Mosteiro de São Bento viram chegar um caminhão, que estacionou na porta do nº 28. Balançaram o alpendre, colocaram o gradil no caminhão e deram a partida. Os padres ligaram para a polícia, mas não foi possível recuperá-lo”, informou o professor e especialista no tema. Rosário dos Pretos
Além dos furtos, um gradil histórico foi degradado no ano passado: o da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho. Complexo arquitetônico-histórico originário do século XVIII, detentor de valor nacional e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938, a igreja teve o gradil danificado após um caminhão da prefeitura chocar-se contra ele. De acordo com a assessoria de imprensa do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), o gradil será recuperado durante as obras de revitalização do conjunto, que devem ser iniciadas nos próximos dias. Para especialistas, o que mais choca é quando as peças são retiradas por atos de vandalismo ou furtos. “O mais grave é que muitas vezes são retirados por nada. Nos prédios de origem eles têm mais valor, mais sentido. Às vezes são tirados para serem comercializados como ferro velho. O mais relevante não é o gradil individual, é o conjunto”, avalia o arquiteto e historiador Francisco Sena. Segundo ele, na Rua da Independência, que liga Nazaré à Praça dos Veteranos, haviam muitos gradis. Porém, foram saqueados ao longo dos anos. Aos olhos de um transeunte desavisado, as peças podem não dizer muita coisa. No entanto, para os conhecedores, elas dizem muito. Tidos como elementos artísticos de significação histórica e simbólica, os gradis são considerados relíquias que costumam encher os olhos de colecionadores, decoradores e arquitetos e são peças comuns nos antiquários.
Eles representam o estilo e arte de um tempo. “É um dos elementos que mais se destacam nas composições do século XIX. Vejo com tristeza essa perda. A cidade fica sem um pedaço da sua identidade cultural”, completa Francisco Sena. Apesar de informarem que são muitos os gradis espalhados pela cidade, os especialistas não sabem quantificá-los. Na pesquisa defendida como tese de mestrado pela Escola de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Ilber Ascis não catalogou a quantidade. Ele buscou rever os gradis não como elementos coadjuvantes da arquitetura, mas como obras de arte. Pela atenção dada, pode se deduzir que não é assim que o poder público olha para os gradis. “É uma questão cultural de uma sociedade que não costuma conservar o seu patrimônio histórico. O Estado não oferece uma política de preservação e, consequentemente, os donos não reparam porque acham que é obrigação do poder público”, critica Ilber Ascis.
Molduras da cidade
Na capital baiana, os gradis estão presentes tanto na arquitetura religiosa quanto na civil, principalmente nas construções erguidas a partir do século XIX. Somado ao advento da Revolução Industrial que trouxe à tona o modismo dos gradis de ferro, demandando muitas encomendas à Europa, uma lei municipal veio contribuir para a profusão do elemento nos casarões da Salvador antiga. Ela determinava a substituição das grades de madeira por ferro. Inicialmente, as encomendas vinham da Inglaterra mas, depois de um tempo, os gradis passaram a ser produzidos também em Valença. O pesquisador Ilber Ascis esclarece que os gradis são expressões estéticas e históricas importantes, que oferecem uma leitura política, social e religiosa de uma época, funcionando como marco cultural e não apenas elemento decorativo. “As grades dos templos tinham a função de segregação. Separavam os homens das mulheres, os abastados da plebe e o alto clero dos leigos”, explica o professor. Já os das construções civis serviam como guarda-corpo das janelas, proteção para sacadas e balcões, facilitando a ventilação, a iluminação e a visão da paisagem. Do ponto de vista da arquitetura religiosa, entre as preciosidades encontradas, ele cita os gradis do conjunto da Igreja de Santana, em Nazaré, e o da Ordem Terceira do Carmo. “São magníficos como conjunto”, diz. Já o arquiteto Francisco Sena destaca o gradil do Hospital Santa Isabel, em Nazaré, e o do casarão Amado Bahia, na Ribeira, como os mais belos.
Proprietários são os responsáveis
Órgãos públicos de preservação do patrimônio dizem não serem responsáveis pela fiscalização e preservação dos gradis. De acordo com o presidente do Iphan na Bahia, Carlos Amorim, a legislação do patrimônio estabelece que a responsabilidade pelo imóvel e, consequentemente, pela sua preservação, é do proprietário. “É dever do proprietário preservar e, se há roubo, quem cuida disso não somos nós, é a polícia”, esclarece Amorim. Mesma justificativa foi dada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), através da assessoria de imprensa.
Reportagem Publicada na edição impressa do CORREIO de 12 de março de 2009
Perla Ribeiro / CORREIO DA BAHIA Fotos: Antonio Queirós/CORREIO
Florianópolis-SC - Obra em rua estraga casa centenária na Capital
Imóvel é tombado pelo patrimônio histórico municipal.
Há cerca de um mês, a aposentada Maria Dolores Heidenreich, 72 anos, espera que a prefeitura de Florianópolis conserte os estragos em sua casa centenária. Uma parede caiu e outras apresentam rachaduras. Os problemas surgiram depois de obras de asfaltamento no Ribeirão da Ilha, no Sul de Florianópolis. Quem passa pela Rua Baldicero Filomeno pode ver os danos: estacas sustentam folhas de madeira no lugar antes ocupado por uma parede com janela. O compartimento era usado como depósito até o dia em que uma retroescavadeira cavou o solo e parte da casa, tombada pelo patrimônio histórico municipal, cedeu. A escavação foi feita para drenar a rua. — Quando parte da casa caiu, eu estava fora, com minha filha. Vizinhos escutaram o barulho e vieram para frente ver. O pior é que ninguém dá uma satisfação de quando isso será arrumado — indigna-se Maria Dolores. Moradora da casa desde a época em que era habitada pelos avós, não bastasse o medo de desabamento, agora a aposentada convive com alagamentos. Se a chuva chega com vento sul, ela diz que vai dormir na casa de um dos filhos. Na sala de TV, é possível colocar dois dedos entre a parede e o teto. Maria Dolores comenta que isso aconteceu depois do acidente. Segundo ela, "a casa trabalhou e agora a água entra como em um chuveiro". Cerca de vinte dias antes, rachaduras decorrentes das mesmas obras causaram problemas na casa em frente, que é do filho da aposentada. Zuélio Ari Alves, 44, afirma que recebeu o secretário de Obras do município, que sugeriu que ele enviasse um orçamento de conserto de ambas as casas para a secretaria. Zuélio contou que não enviou o orçamento porque alega que a responsabilidade pela porta sem fechar e pelas rachaduras no chão e paredes deve ser da prefeitura. Prefeitura diz que demora é por causa do tombamento O engenheiro Antônio Simões Neto, coordenador dos serviços de pavimentação de ruas da secretaria de Obras, garantiu que as duas casas deverão ser reparadas nos próximos dias: — Como uma delas é tombada, o processo se torna moroso, pois precisamos de um projeto de recuperação elaborado pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), que nos prometeu que a documentação está em fase de conclusão. Antônio também disse que a casa de Zuélio será reparada junto com a da mãe.
Mariana Ortiga
Diário Catarinense
Perla Ribeiro / CORREIO DA BAHIA Fotos: Antonio Queirós/CORREIO
Florianópolis-SC - Obra em rua estraga casa centenária na Capital
Imóvel é tombado pelo patrimônio histórico municipal.
Há cerca de um mês, a aposentada Maria Dolores Heidenreich, 72 anos, espera que a prefeitura de Florianópolis conserte os estragos em sua casa centenária. Uma parede caiu e outras apresentam rachaduras. Os problemas surgiram depois de obras de asfaltamento no Ribeirão da Ilha, no Sul de Florianópolis. Quem passa pela Rua Baldicero Filomeno pode ver os danos: estacas sustentam folhas de madeira no lugar antes ocupado por uma parede com janela. O compartimento era usado como depósito até o dia em que uma retroescavadeira cavou o solo e parte da casa, tombada pelo patrimônio histórico municipal, cedeu. A escavação foi feita para drenar a rua. — Quando parte da casa caiu, eu estava fora, com minha filha. Vizinhos escutaram o barulho e vieram para frente ver. O pior é que ninguém dá uma satisfação de quando isso será arrumado — indigna-se Maria Dolores. Moradora da casa desde a época em que era habitada pelos avós, não bastasse o medo de desabamento, agora a aposentada convive com alagamentos. Se a chuva chega com vento sul, ela diz que vai dormir na casa de um dos filhos. Na sala de TV, é possível colocar dois dedos entre a parede e o teto. Maria Dolores comenta que isso aconteceu depois do acidente. Segundo ela, "a casa trabalhou e agora a água entra como em um chuveiro". Cerca de vinte dias antes, rachaduras decorrentes das mesmas obras causaram problemas na casa em frente, que é do filho da aposentada. Zuélio Ari Alves, 44, afirma que recebeu o secretário de Obras do município, que sugeriu que ele enviasse um orçamento de conserto de ambas as casas para a secretaria. Zuélio contou que não enviou o orçamento porque alega que a responsabilidade pela porta sem fechar e pelas rachaduras no chão e paredes deve ser da prefeitura. Prefeitura diz que demora é por causa do tombamento O engenheiro Antônio Simões Neto, coordenador dos serviços de pavimentação de ruas da secretaria de Obras, garantiu que as duas casas deverão ser reparadas nos próximos dias: — Como uma delas é tombada, o processo se torna moroso, pois precisamos de um projeto de recuperação elaborado pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), que nos prometeu que a documentação está em fase de conclusão. Antônio também disse que a casa de Zuélio será reparada junto com a da mãe.
Mariana Ortiga
Diário Catarinense
Mogi das Cruzes-SP - Imagem histórica é danificada
RARA Única imagem conhecida de São Longuinho no Brasil fica na Igreja de Nossa Senhora da Escada, em Guararema. Reforma no templo religioso causou dano ao ícone histórico, que agora está passando por restauração com artista de São Paulo
A dois dias do início da sétima edição da Festa de São Longuinho, em Guararema, uma notícia se propagou pela Cidade incomodando os religiosos guararemenses: a imagem do santo, que é a única do Brasil, fora quebrada. Segundo o relato de alguns fiéis, o objeto caíra no chão durante os serviços de revitalização da Igreja de Nossa Senhora da Escada e, com isso, o rosto de São Longuinho foi rachado.
"Fui até à Igreja e vi que a imagem estava quebrada. Não perguntei aos funcionários como isso aconteceu, porque logo soube que a peça seria levada para o restauro em São Paulo", relatou a colaboradora da Igreja, Ângela Rosa.
Há garantias da Diocese de que a imagem voltará devidamente restaurada para a abertura das festividades, na quinta-feira. Mas para quem vive em Guararema, o fato de ter a imagem de São Longuinho estragada é extremamente desoladora. Inicialmente, porque o santo é cultuado e preservado na Igreja de Nossa Senhora da Escada, principal templo da Cidade. Depois, porque os cidadãos se vangloriam da proeza de deter a peça raríssima e única que simboliza o santo e que, por isso, tem valor cultural e histórico inestimável.
A comunidade ficou tão abalada com a notícia que, logo pela manhã de ontem, começou a visitar a Igreja para saber o que acontecera com a peça. "Fui até a Freguesia da Escada e um funcionário me disse que o objeto realmente quebrou e estava com a face e a cabeça prejudicadas", afirmou Joaquim da Silva Constantino.
Ele, assim como outros guararemenses, foram até o local saber do incidente. Houve, inclusive, uma colaboradora que tirou fotografias dos estragos causados à imagem. No entanto, a reportagem não conseguiu entrar em contato com a autora dos retratos, até porque a maioria dos devotos adotou a postura de não comentar o assunto.
Segundo o padre Antônio Carlos Fernandes, responsável pela Comissão de Bens Culturais da Diocese de Mogi das Cruzes, há mais de um ano, a empresa Formart responde pela execução de um projeto de revitalização e que, de fato, houve a indicação para que a imagem de São Longuinho fosse restaurada. "A imagem não foi danificada, simplesmente foi levada para limpeza, para passar por serviços de melhorias", disse o religioso, ao informar ainda que o responsável pelos reparos é o artista plástico Júlio Moraes, de São Paulo.
Fernandes explicou que a Igreja de Nossa Senhora da Escada passa pela segunda etapa de obras, mas ainda não há previsão de quando os serviços poderão ser finalizados, já que a conclusão dos trabalhos depende da captação de recursos e patrocínio. "A maior parte da verba vem das empresas que nos ajudam. Entre os serviços, está ainda o conserto do telhado e a pintura", salientou o padre.
Como a igreja é de pau-a-pique, todas as intervenções se tornaram necessárias para a conservação do espaço. Mas além da manutenção, estão nos planos da Diocese implantar um anfiteatro para convenções e eventos, a criação de uma cozinha e almoxarifado. "Mas tudo isso depende de autorização do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)", afirmou.
JULIANA NAKAGAWA
O Diário
Berlin - Com fim de reforma, Ilha dos Museus fica completa
"Fui até à Igreja e vi que a imagem estava quebrada. Não perguntei aos funcionários como isso aconteceu, porque logo soube que a peça seria levada para o restauro em São Paulo", relatou a colaboradora da Igreja, Ângela Rosa.
Há garantias da Diocese de que a imagem voltará devidamente restaurada para a abertura das festividades, na quinta-feira. Mas para quem vive em Guararema, o fato de ter a imagem de São Longuinho estragada é extremamente desoladora. Inicialmente, porque o santo é cultuado e preservado na Igreja de Nossa Senhora da Escada, principal templo da Cidade. Depois, porque os cidadãos se vangloriam da proeza de deter a peça raríssima e única que simboliza o santo e que, por isso, tem valor cultural e histórico inestimável.
A comunidade ficou tão abalada com a notícia que, logo pela manhã de ontem, começou a visitar a Igreja para saber o que acontecera com a peça. "Fui até a Freguesia da Escada e um funcionário me disse que o objeto realmente quebrou e estava com a face e a cabeça prejudicadas", afirmou Joaquim da Silva Constantino.
Ele, assim como outros guararemenses, foram até o local saber do incidente. Houve, inclusive, uma colaboradora que tirou fotografias dos estragos causados à imagem. No entanto, a reportagem não conseguiu entrar em contato com a autora dos retratos, até porque a maioria dos devotos adotou a postura de não comentar o assunto.
Segundo o padre Antônio Carlos Fernandes, responsável pela Comissão de Bens Culturais da Diocese de Mogi das Cruzes, há mais de um ano, a empresa Formart responde pela execução de um projeto de revitalização e que, de fato, houve a indicação para que a imagem de São Longuinho fosse restaurada. "A imagem não foi danificada, simplesmente foi levada para limpeza, para passar por serviços de melhorias", disse o religioso, ao informar ainda que o responsável pelos reparos é o artista plástico Júlio Moraes, de São Paulo.
Fernandes explicou que a Igreja de Nossa Senhora da Escada passa pela segunda etapa de obras, mas ainda não há previsão de quando os serviços poderão ser finalizados, já que a conclusão dos trabalhos depende da captação de recursos e patrocínio. "A maior parte da verba vem das empresas que nos ajudam. Entre os serviços, está ainda o conserto do telhado e a pintura", salientou o padre.
Como a igreja é de pau-a-pique, todas as intervenções se tornaram necessárias para a conservação do espaço. Mas além da manutenção, estão nos planos da Diocese implantar um anfiteatro para convenções e eventos, a criação de uma cozinha e almoxarifado. "Mas tudo isso depende de autorização do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)", afirmou.
JULIANA NAKAGAWA
O Diário
Berlin - Com fim de reforma, Ilha dos Museus fica completa
Getty Images
No último fim de semana, alemães viraram turistas em sua própria capital. Após sete décadas exibindo apenas cicatrizes de destruição, foi aberto à visitação o Novo Museu (Neues Museum), em Berlim. Mais de 10 mil pessoas enfrentaram bravamente o frio da sexta-feira para visitar o edifício, originalmente inaugurado em 1859 e pertencente ao complexo cultural da Ilha dos Museus. Às vésperas da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os cinco museus da ilha foram fechados e, com os bombardeios, cerca de 70% dos prédios, destruídos. Desde então, nunca mais todos estiveram abertos ao público ao mesmo tempo. Os trabalhos de restauração começaram principalmente após a queda do Muro de Berlim. Depois da virada do milênio, foram entregues a Antiga Galeria Nacional (Alte Nationalgalerie), em 2001, e o Museu Bode (Bode-Museum), em 2006. O Novo Museu era a peça que faltava para completar o conjunto de edifícios neoclássicos, considerado Patrimônio Cultural da Humanidade. A maneira como o arquiteto David Chipperfield executou a reforma foi recebida com controvérsia. Em vez de recuperar totalmente as feições originais do prédio, o britânico não quis maquiar as marcas da guerra, optando por releituras. Uma das mais chamativas é a escadaria do saguão de entrada. Chipperfield manteve os tijolos aparentes nas laterais do prédio, mas projetou entre eles uma moderna escada com três vãos. As filas de visitantes se formaram para visitar um espaço vazio, que ficou aberto somente no último fim de semana. O Novo Museu voltará a funcionar a todo vapor em outubro deste ano, exibindo acervo egípcio e pré-histórico. Entre suas peças famosas, ele trará novamente o busto da rainha Nefertitim, que tem 3.300 anos.Mesmo com todos os espaços abertos, Berlim ainda não se livrará de seus guindastes. Outros museus, embora funcionando, seguem em reforma, e uma nova galeria está sendo construída. Todos os prédios serão interligados por passagens subterrâneas.
Gisele Lobato
Especial para Terra
Atenas - Greve fecha a Acrópole
Atenas, 11 mar (EFE).- O acesso aos monumentos da Acrópole de Atenas, Patrimônio Cultural Mundial de 2,5 mil anos, permaneceu fechado hoje a milhares de turistas devido a uma greve dos funcionários do Ministério da Cultura grego.
Em comunicado, o ministério condenou hoje a ação, atribuída a "uma pequena parte dos empregados que faz pouco caso do custo nacional que representa o fechamento da Acrópole".
O órgão reiterou que o Governo apresentará "nos próximos dias uma emenda de lei ao Parlamento para satisfazer as reivindicações trabalhistas" dos funcionários, que convocaram para hoje uma paralisação de 24 horas, com o objetivo de pressionar a troca dos atuais contratos provisórios de trabalho por permanentes.
O ministro da Cultura, Antonis Samaras, afirmou, após uma reunião realizada ontem, que "só 350 funcionários (3% de todo o quadro) têm contratos provisórios. Além disso, prometeu que situação de todos "será regularizada".
EFE
Curitiba-Paranaguá-PR - Natureza nos trilhos
Passeio de trem pela serra paranaense é o segundo roteiro turístico mais visitado daquele Estado. Em média, são transportados 150 mil passageiros por ano
Curtir a paisagem da Serra do Mar do Paraná é um dos principais atrativos para os turistas da região. O passeio, promovido pela Serra Verde Express há quase 12 anos, já encantou mais de 1 milhão de pessoas desde seu início, uma média de 150 mil passageiros por ano. Nos percursos, que vão da Estação Ferroviária de Curitiba até Morretes ou até Paranaguá, o visitante aproveita as mais belas vistas do Estado no único trem regular turístico do Brasil.A procura é tão grande que as passagens devem ser compradas antecipadamente.– Tendo um ou tendo mil passageiros, que é a ocupação máxima, a gente opera todos os dias – explica Larissa Remonato, gerente comercial e de marketing da Serra Verde Express.O valor varia de R$ 32 a R$ 250, dependendo da classe escolhida: econômica, turística, com guia e lanche, ou executiva, com guia bilíngue e lanche.O roteiro até a cidade de Morretes tem 70 quilômetros de distância e duração de três horas, enquanto o mais longo, até Paranaguá, abrange 110 quilômetros em quatro horas. O passeio de trem é considerado o segundo atrativo turístico mais visitado no Paraná, superado em número de visitantes no Estado apenas por Foz do Iguaçu. Os 19 vagões chegam a lotar em época de alta temporada, como os meses de janeiro e fevereiro, até o Carnaval. De acordo com a gerente, nesses meses o grupo registra demanda média de quase 40 mil passageiros.Em pacotes da BWT, operadora oficial da Serra Verde Express, há opções para complementar o passeio, como sala vip, almoço (com o barreado, prato típico do Estado) e city tour em Morretes e Antonina.Na Ponta da Pita, em Antonina, os turistas podem conferir uma bela vista para o mar. Como alternativa de retorno há a Estrada da Graciosa (PR-410, rodovia pavimentada mais antiga do Estado, e que passa pelo trecho mais preservado da Mata Atlântica do Brasil), percorrida por van para que os turistas conheçam o outro lado da Serra. De volta a Curitiba, os visitantes que adquiriram o pacote com a BWT são deixados em seus hotéis.Também no Paraná, há litorinas. Para o passeio, o turista pode escolher entre a litorina convencional e duas de luxo, o primeiro trem de luxo do Brasil, percorrendo o trecho de Curitiba a Morretes, pela Great Brazil Express. Esses veículos operam apenas nos fins de semana e feriados.Com vista de janela panorâmica e parada de 15 minutos na serra para tirar fotos, o visitante conhece o Mirante do Cadeado e tem o auxílio de comissários bilíngues, além do serviço de bordo.Outra opção de passeio é o Pantanal Express, em Mato Grosso do Sul, que vai operar trecho de 220 quilômetros a partir de 8 de maio, percorrendo as cidades de Campo Grande, Aquidauana e Miranda. Em dezembro, foi aberta a filial da BWT no Estado para operar os passeios e oferecer outras alternativas de turismo. O Pantanal Express faz parte do grupo Higiferv de serviços, concessão do governo federal há mais de 30 anos e conta com mais de quatro mil colaboradores.
Correio Braziliense
Iraque reabre museu em Bagdá
O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, reabriu nesta segunda-feira o Museu do Iraque, que documenta a trajetória do Homem das cavernas ao berço da civilização, a Mesopotâmia.
Quando os americanos invadiram o Iraque, em 2003, cerca de 15 mil objetos foram roubados do museu, alguns deles incomparáveis e de valor incalculável, durante a onda de saques em Bagdá.
As tropas americanas não receberam ordens para intervir.
Representantes do museu afirmam que cerca de um terço dos artefatos roubados foi recuperado no país.
Embora alguns considerem a reabertura prematura, a mostra é impressionante, de acordo com o correspondente da BBC em Bagdá, Jim Muir.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2009/02/090224_videomuseuiraqueebc.shtml
O Neues Museu, na Alemanha, foi reformado por David Chipperfield
No último fim de semana, alemães viraram turistas em sua própria capital. Após sete décadas exibindo apenas cicatrizes de destruição, foi aberto à visitação o Novo Museu (Neues Museum), em Berlim. Mais de 10 mil pessoas enfrentaram bravamente o frio da sexta-feira para visitar o edifício, originalmente inaugurado em 1859 e pertencente ao complexo cultural da Ilha dos Museus. Às vésperas da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os cinco museus da ilha foram fechados e, com os bombardeios, cerca de 70% dos prédios, destruídos. Desde então, nunca mais todos estiveram abertos ao público ao mesmo tempo. Os trabalhos de restauração começaram principalmente após a queda do Muro de Berlim. Depois da virada do milênio, foram entregues a Antiga Galeria Nacional (Alte Nationalgalerie), em 2001, e o Museu Bode (Bode-Museum), em 2006. O Novo Museu era a peça que faltava para completar o conjunto de edifícios neoclássicos, considerado Patrimônio Cultural da Humanidade. A maneira como o arquiteto David Chipperfield executou a reforma foi recebida com controvérsia. Em vez de recuperar totalmente as feições originais do prédio, o britânico não quis maquiar as marcas da guerra, optando por releituras. Uma das mais chamativas é a escadaria do saguão de entrada. Chipperfield manteve os tijolos aparentes nas laterais do prédio, mas projetou entre eles uma moderna escada com três vãos. As filas de visitantes se formaram para visitar um espaço vazio, que ficou aberto somente no último fim de semana. O Novo Museu voltará a funcionar a todo vapor em outubro deste ano, exibindo acervo egípcio e pré-histórico. Entre suas peças famosas, ele trará novamente o busto da rainha Nefertitim, que tem 3.300 anos.Mesmo com todos os espaços abertos, Berlim ainda não se livrará de seus guindastes. Outros museus, embora funcionando, seguem em reforma, e uma nova galeria está sendo construída. Todos os prédios serão interligados por passagens subterrâneas.
Gisele Lobato
Especial para Terra
Atenas - Greve fecha a Acrópole
Atenas, 11 mar (EFE).- O acesso aos monumentos da Acrópole de Atenas, Patrimônio Cultural Mundial de 2,5 mil anos, permaneceu fechado hoje a milhares de turistas devido a uma greve dos funcionários do Ministério da Cultura grego.
Em comunicado, o ministério condenou hoje a ação, atribuída a "uma pequena parte dos empregados que faz pouco caso do custo nacional que representa o fechamento da Acrópole".
O órgão reiterou que o Governo apresentará "nos próximos dias uma emenda de lei ao Parlamento para satisfazer as reivindicações trabalhistas" dos funcionários, que convocaram para hoje uma paralisação de 24 horas, com o objetivo de pressionar a troca dos atuais contratos provisórios de trabalho por permanentes.
O ministro da Cultura, Antonis Samaras, afirmou, após uma reunião realizada ontem, que "só 350 funcionários (3% de todo o quadro) têm contratos provisórios. Além disso, prometeu que situação de todos "será regularizada".
EFE
Curitiba-Paranaguá-PR - Natureza nos trilhos
Passeio de trem pela serra paranaense é o segundo roteiro turístico mais visitado daquele Estado. Em média, são transportados 150 mil passageiros por ano
Curtir a paisagem da Serra do Mar do Paraná é um dos principais atrativos para os turistas da região. O passeio, promovido pela Serra Verde Express há quase 12 anos, já encantou mais de 1 milhão de pessoas desde seu início, uma média de 150 mil passageiros por ano. Nos percursos, que vão da Estação Ferroviária de Curitiba até Morretes ou até Paranaguá, o visitante aproveita as mais belas vistas do Estado no único trem regular turístico do Brasil.A procura é tão grande que as passagens devem ser compradas antecipadamente.– Tendo um ou tendo mil passageiros, que é a ocupação máxima, a gente opera todos os dias – explica Larissa Remonato, gerente comercial e de marketing da Serra Verde Express.O valor varia de R$ 32 a R$ 250, dependendo da classe escolhida: econômica, turística, com guia e lanche, ou executiva, com guia bilíngue e lanche.O roteiro até a cidade de Morretes tem 70 quilômetros de distância e duração de três horas, enquanto o mais longo, até Paranaguá, abrange 110 quilômetros em quatro horas. O passeio de trem é considerado o segundo atrativo turístico mais visitado no Paraná, superado em número de visitantes no Estado apenas por Foz do Iguaçu. Os 19 vagões chegam a lotar em época de alta temporada, como os meses de janeiro e fevereiro, até o Carnaval. De acordo com a gerente, nesses meses o grupo registra demanda média de quase 40 mil passageiros.Em pacotes da BWT, operadora oficial da Serra Verde Express, há opções para complementar o passeio, como sala vip, almoço (com o barreado, prato típico do Estado) e city tour em Morretes e Antonina.Na Ponta da Pita, em Antonina, os turistas podem conferir uma bela vista para o mar. Como alternativa de retorno há a Estrada da Graciosa (PR-410, rodovia pavimentada mais antiga do Estado, e que passa pelo trecho mais preservado da Mata Atlântica do Brasil), percorrida por van para que os turistas conheçam o outro lado da Serra. De volta a Curitiba, os visitantes que adquiriram o pacote com a BWT são deixados em seus hotéis.Também no Paraná, há litorinas. Para o passeio, o turista pode escolher entre a litorina convencional e duas de luxo, o primeiro trem de luxo do Brasil, percorrendo o trecho de Curitiba a Morretes, pela Great Brazil Express. Esses veículos operam apenas nos fins de semana e feriados.Com vista de janela panorâmica e parada de 15 minutos na serra para tirar fotos, o visitante conhece o Mirante do Cadeado e tem o auxílio de comissários bilíngues, além do serviço de bordo.Outra opção de passeio é o Pantanal Express, em Mato Grosso do Sul, que vai operar trecho de 220 quilômetros a partir de 8 de maio, percorrendo as cidades de Campo Grande, Aquidauana e Miranda. Em dezembro, foi aberta a filial da BWT no Estado para operar os passeios e oferecer outras alternativas de turismo. O Pantanal Express faz parte do grupo Higiferv de serviços, concessão do governo federal há mais de 30 anos e conta com mais de quatro mil colaboradores.
Iraque reabre museu em Bagdá
O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, reabriu nesta segunda-feira o Museu do Iraque, que documenta a trajetória do Homem das cavernas ao berço da civilização, a Mesopotâmia.
Quando os americanos invadiram o Iraque, em 2003, cerca de 15 mil objetos foram roubados do museu, alguns deles incomparáveis e de valor incalculável, durante a onda de saques em Bagdá.
As tropas americanas não receberam ordens para intervir.
Representantes do museu afirmam que cerca de um terço dos artefatos roubados foi recuperado no país.
Embora alguns considerem a reabertura prematura, a mostra é impressionante, de acordo com o correspondente da BBC em Bagdá, Jim Muir.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2009/02/090224_videomuseuiraqueebc.shtml
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