PARA PENSAR - 23-03-09
Briga de Marido e Mulher
Disse o Marido:
Disse o Marido:
Tu nasceste mulher para ser puta,
E puta da ralé não é assim,
Velha, não vês que já chegaste ao fim?
Por que não deixas esta insana luta,
Esta carcaça velha e corrupta,
Embucada de lama e de carmim?
Bem demonstra que és a prostituta
Que o lupanar expulsou por ser ruim,
Dar-te-ei um conselho, não te ofendas
Nesta idade em que muitas fazem rendas,
E que o povo as despreza e não as quer,
Se não serves para a filha de Maria,
Procuras engomar para outra mulher...
E a Mulher:
Tu disseste que nasci para ser puta,
Desdenhaste de minha pouca sorte,
Pois Zuza, serei puta até a morte,
Mas um macho qual tu não me desfruta,
E que entre as pernas Deus me deu gruta,
Fenda, talhe, lasca ou corte,
Para um macho viril esbelto e forte,
Que preze esta mulher que chamaste corrupta,
Serei puta, meretriz, fubana,
Levarei até o fim o meu destino cru,
Vendendo a minha pobre carne humana,
Menos a um macho escroto como tu,
Fresco, impotente, sem tesão, sacana,
Que vive dando a todo mundo o cu...
(Autor anônimo)
Esse poema foi atribuído ao poeta cearense Quintino Cunha, entretanto o seu único filho e herdeiro intelectual Plautus Cunha, nega veementemente.
Marcadores: reflexão
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