ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

20 julho, 2009

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 20-7-09

São Paulo-SP - Ateliê restaura vitrais com ''pedigree''
Maioria dos trabalhos do tipo no País leva grife Conrado Sorgenicht
Somados, são 300 m² de vitrais. Cerca de 200 mil peças de vidro. Quase 100 anos de história. Se os números já impressionam, a imagem se encarrega de dar beleza a um trabalho artesanal: em um pequeno cômodo no Parque Santo Antônio, perto da Estrada do M?Boi Mirim, três senhores dedicam-se, desde outubro, a restaurar os 25 belos conjuntos de vitrais do Teatro Municipal, que passa por longa e completa reforma em preparação aos festejos de seu centenário, a ser comemorado em 2011.
Os pedaços de vidro pintado evocam a memória de um homem que se tornou sinônimo da arte de vitrais: Conrado Sorgenicht Filho (1904-1994). O avô de Sorgenicht, também Conrado, trocou a Alemanha pelo Brasil em 1888, e fundou em São Paulo, perto da Estação da Luz, um ateliê dedicado à fabricação de vitrais artísticos. Com sua morte, em 1901, o negócio passou para o filho homônimo.
A terceira geração, nas mãos de Conrado Sorgenicht Filho, começou informalmente quando este, ainda moleque, ajudava o pai - costumava dizer que, aos 6 anos, o ajudara a fazer os vitrais do Teatro Municipal - e se tornou oficial em 1935, quando herdou a empresa. O trabalho da família ganhou tal notoriedade que o nome Conrado Sorgenicht virou grife do ramo, a ponto de se tornar o preferido do arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo (1851-1928), autor do projeto do Teatro Municipal, entre outros marcos paulistanos.
Estima-se que 80% dos vitrais brasileiros existentes hoje sejam da estirpe - só em São Paulo estão em cerca de 300 igrejas, no Mercado Municipal, na Fundação Armando Alvares Penteado, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e no Teatro Municipal.
A tradição corria o risco de se extinguir com a morte do último Conrado Sorgenicht, pois sua filha única não se interessou em seguir a carreira. "Então assumimos a empresa", conta Sergio Nascimento, de 51 anos - 27 deles trabalhando com o "velho Conrado", com quem aprendeu "tudo sobre vitrais".
Hoje Sergio atua na companhia do irmão, Benedito Nascimento, de 49 anos, e do cunhado, Lucio dos Santos, de 47. São os três senhores do início desta reportagem. Eles admitem que o que mais fazem atualmente é restaurar obras feitas pela família Sorgenicht no passado.
"Gostamos muito desse tipo de trabalho", diz Sergio, relembrando seu mestre, Conrado. São raros os serviços novos. Às vezes aparece uma igreja ou outra. Para nortear a tarefa de restauração das peças do Teatro Municipal - que já haviam passado por processo semelhante em 1982, quando o ateliê ainda era capitaneado por Conrado - eles se guiam por desenhos detalhados dos conjuntos.
São verdadeiros mapas, onde cada uma das 200 mil peças tem um número. Na hora de desmontar os vitrais, os pedaços de vidro são marcados com um pedaço de fita crepe, numerado com caneta. "Depois é um quebra-cabeça para montar tudo de novo", conta Lucio. "Precisa ficar do mesmo jeito que era antes."O processo todo inclui a limpeza e o polimento das peças, a substituição das que estão quebradas ou trincadas e o realce da pintura. Cada demão de tinta pede 24 horas de forno, a temperatura média de 600° C, para a cor impregnar o vidro. "Dependendo da peça, preciso colocar cinco vezes no forno", explica Benedito.
Um trabalho minucioso e paciente. Já restaurados, os primeiros quatro conjuntos de vitrais foram recolocados no Municipal há uma semana. Até o fim do ano, espera-se que todos voltem a embelezar um dos mais famosos símbolos de São Paulo. Com uma novidade. "Os que ficam na área externa ganharão uma proteção de vidro, de 4 milímetros", adianta a arquiteta Rafaela Calil Bernardes, do Departamento de Patrimônio Histórico, que acompanha a obra. Ela garante que o vidro não vai atrapalhar a visualização dos vitrais. "E serão muito úteis contra as intempéries."
Edison Veiga
Estadao.com.br


Primeira igreja 24h do país começa a funcionar neste sábado em São Paulo
SÃO PAULO - A Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, primeiro templo católico do país que manterá as suas portas abertas 24 horas por dia, será reinaugurada oficialmente às 16h deste sábado(11), com a bênção do cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer. Às 19h30m, como parte das solenidades, haverá um concerto de músicas sacras apresentado pelo grupo Arautos do Evangelho.
A realização de missas, contudo, só poderá acontecer a partir de domingo, quando ocorre novamente o rito de dedicação, às 8h. Trata-se de uma solenidade obrigatória em todas as igrejas católicas que iniciam as suas atividades pela primeira vez. Nesse caso, ela terá que ser repetida em razão da reforma.
Tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat) em 1974, a igreja da Rua do Carmo, no centro da capital, estava fechada desde outubro de 2006, para obras de restauração. No projeto, do engenheiro Olympio Augusto Ribeiro, foram investidos R$ 6,5 milhões por um conglomerado de bancos, com o apoio do governo do estado.
O templo será administrado pelos padres da Comunidade Aliança da Misericórdia, fundada há 10 anos. A igreja também prestará assistência à comunidade carente da região.
Diário de São Paulo

Justiça obriga Vale a preservar ruínas
Jair Amaral/EM/D. A Press
Onde hoje só há pedras, funcionava um complexo com fornos, forjas de ferro, malho e um engenho de socar, tudo importado da Inglaterra.
A preservação das ruínas da Fábrica Patriótica, a primeira fábrica de ferro do Brasil, fundada em 1811, no distrito de São Julião, em Ouro Preto, se transformou numa disputa judicial envolvendo o Ministério Público de Minas Gerais, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Vale, dona da área onde estão as ruínas. O mais recente round dessa disputa ocorreu na semana passada, quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve a liminar que obriga a empresa a preservar as ruínas. A liminar foi pedida numa ação civil pública proposta pelos promotores de Justiça Ronaldo Crawford, curador do patrimônio cultural e histórico de Ouro Preto, e Marcos Paulo de Souza Miranda, coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais. A Vale recorreu ao TJ para derrubar a ação, mas o recurso foi rejeitado.
Na ação, os representantes do Ministério Público alegam que vêm tentando, desde 2008, firmar um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Vale, para preservar as ruínas, mas que a empresa teria se negado a firmar o acordo. Os promotores também afirmam que "o local encontra-se abandonado e que, além de não preservar as ruínas da Fábrica Patriótica, a empresa não permite a visitação do local, privando a comunidade do contato com uma parte da história de Minas Gerais".
A Vale não destacou nenhum representante para comentar a decisão do TJMG, mas, em nota oficial enviada à imprensa, informa, por meio de sua assessoria de comunicação, que "o local é aberto à visitação pública, por meio do programa Visitas à Vale, que recebe visitantes de vários segmentos da sociedade e tem foco educativo". A empresa também afirma que "as ruínas estão em perfeito estado de conservação e são rotineiramente vistoriadas por técnicos dos órgãos de preservação do patrimônio público". Mas a nota da empresa é contestada pelos promotores.
Na ação, eles informam que "o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) fez vistoria no local e constatou a necessidade de adoção de uma série de medidas para conservação do sítio histórico".
Para o superintendente do Iphan em Minas Gerais, Leonardo Barreto, a decisão do TJMG é fundamental para a preservação do patrimônio de Minas, não apenas pela importância histórica das ruínas da Fábrica Patriótica, mas pelo valor da região onde as ruínas estão. "É um ganho. Todos os bens merecem e devem ser protegidos. No Brasil, ainda estamos engatinhando em termos de preservação e as empresas têm de participar dessa tarefa."
Álvaro Fraga - Estado de Minas


Iraque planeja recuperar documentos do período Saddam Hussein
BAGDÁ (Reuters) - O Iraque quer que os Estados Unidos ajudem a recuperar milhões de documentos do período de Saddam Hussein que foram levados pelas tropas norte-americanas ou roubados na confusão após a queda do ex-ditador em 2003, disseram autoridades nesta quarta-feira.
Os arquivos incluem documentos de inteligência sobre iraquianos mantidos pela temida polícia secreta de Saddam, informações sobre arsenais de armas, planos detalhados de massacres dos inimigos do regime e até mesmo fitas de músicas louvando Saddam, afirmaram autoridades.
Muitos documentos foram levados por autoridades dos EUA após a invasão enquanto eles buscavam evidência do inexistente programa de armas de destruição em massa iraquiano, a justificativa principal para a guerra, disseram autoridades de cultura em coletiva de imprensa.
Outros se perderam no caos nos primeiros meses após a invasão liderada pelos EUA que destituiu Saddam.
Taher al-Humoud, vice-ministro para Cultura, disse que o Iraque quer manter todos os documentos em um arquivo nacional que deverá ser aberto público.
"É relativo à soberania", ele disse. "Queremos usar todos os meios legais para recolocar os documentos nos lugares devidos... especialmente do lado norte-americano",
Autoridades na embaixada norte-americana em Bagdá não foram encontrados para comentar a informação.
"Ditadores documentam tudo, dos mais simples detalhes aos maiores eventos sobre as vidas dos cidadãos", disse Saad Eskander, diretor dos arquivos e bibliotecas nacional.
Ele disse acreditar que alguns documentos ainda estejam com a CIA.
"Esta administração é bem mais aberta que a de (George W.) Bush", disse Eskander. "Há grande esperança que o governo Obama cooperará conosco", acrescentou ele.
Aseel Kami
O Globo

Porto Alegre-RS - Edifício de 1930 é revitalizado no Centro Histórico
O Edifício Eduardo Secco, inaugurado em 1930, foi restaurado e entregue nesta quarta-feira à Capital. Localizado na esquina das ruas Pinto Bandeira e Voluntários da Pátria, no Centro Histórico da cidade, o prédio foi recuperado com recursos da iniciativa privada.

O prefeito José Fogaça acompanhou a entrega da obra e destacou o investimento como fator de influência para o restauro de outros prédios situados no entorno.
Listado como prédio de valor histórico pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico Cultural (Compahc), o prédio teve a reforma iniciada há três anos e recebeu acompanhamento dos órgãos municipais em todas as etapas da obra, que obedeceu à orientação e às regras do Compahc.
Com projeto do arquiteto austríaco Egon Wiederhöfer, o mesmo que projetou o Viaduto Otávio Rocha, o prédio abrigava apartamentos nos três pavimentos superiores, desocupados desde a década de 70, e lojas no andar térreo.
Com a reforma, foram recuperados os sistemas de iluminação, hidráulica, sonorização e climatização, recuperação dos ladrilhos hidráulicos dos pisos, fachada, ornamentos da fachada, corrimões, gradis, lustre do hall de entrada e vitrais.
As aberturas são novas, preservando o estilo original. No total, foram investidos R$ 6 milhões na restauração total dos quatro pavimentos do edifício, que somam 2,4 mil metros quadrados. As informações são da Prefeitura de Porto Alegre.
Zero Hora

Caxias do Sul-RS - No lugar da história, os carros
No lugar do imenso vazio, onde haverá uma rua, ficava a Vinícola Antunes.

Foto: Roni Rigon
Caxias tem ou não interesse na valorização de seu patrimônio histórico? A discussão tornou-se forte a partir do recente episódio da descaracterização da Chácara dos Eberle. Existe quem discorde quanto ao desinteresse sob justificativa de que houve e há iniciativas. O que até está correto. Mas o que importa é o resultado final. E essa resultante aponta para a desvalorização.
Um desses resultados é a chácara descaracterizada. Outro, anterior, é a demolição do prédio onde funcionou a Vinícola Antunes, na Rua Tronca, extremidade da Visconde de Pelotas. A edificação histórica ocupava o lugar do imenso vazio da foto acima.
No lugar da antiga vinícola, sobre as obras subterrâneas de ampliação da rede coletora de esgoto para despoluição do Arroio Pinhal, surgirá uma moderna via que ligará a Avenida São Leopoldo à Rua Visconde de Pelotas.
No lugar da história da cidade, mais espaço para os automóveis. Afinal, Caxias não pode parar.
Ciro Fabres

Igrejas históricas de Santa Catarina passam por obras de restauração
Dois convênios foram assinados no fim de semana.Mais de R$ 3 milhões devem ser gastos em duas reformas.

Convênio deve beneficiar Igreja Nossa Senhora da Lapa (Foto: Neiva Daltrozo/SECOM)
Pelo menos duas igrejas histórias da região de Florianópolis serão restauradas por meio de convênios assinados no fim de semana pelo governador Luiz Henrique.
A Igreja Nossa Senhora da Lapa, que fica na Freguesia do Ribeirão da Ilha, deve receber mais de R$ 1,5 milhão. A primeira etapa da reforma da Igreja Matriz de São José deve custar R$ 1,8 milhão.
Segundo nota da administração estadual, as duas igrejas são tombadas como patrimônio histórico. A Igreja Nossa Senhora da Lapa foi construída em 1763 por imigrantes açorianos e é a terceira mais antiga de Florianópolis.
A matriz de São José é de 1750 e, em 1845, recebeu a visita do imperador Dom Pedro II. Na época, ele destinou recursos para a restauração do templo. O governo lembra que a Catedral de Florianópolis foi restaurada, recebendo obras de estrutura e iluminação.
G 1

Rota alternativa entre Ouro Preto e Rio de Janeiro completa 300 anos

Leonardo Costa/Esp. EM/D. A Press
Associação quer transformar imóvel da primeira alfândega do Brasil colônia, em Simão Pereira, em centro de conhecimento.
Último trecho da Estrada Real, construído 10 anos após o primeiro traçado, o Caminho Novo completou na terça-feira 300 anos. A Associação Cultural Portal do Caminho Novo promoveu um evento com forte apelo simbólico para marcar a data da conclusão das obras da estrada, criada pela coroa portuguesa como alternativa segura ao escoamento do ouro de Minas Gerais. Por 27 cidades fluminenses e mineiras, a via ligava o Rio de Janeiro a Ouro Preto, onde se unia ao antigo trajeto até Diamantina.
O tricentenário foi festejado em conjunto por autoridades dos dois estados, que descerraram dois marcos comemorativos. Um deles foi erguido em frente ao casarão do Registro do Paraibuna, em Simão Pereira, na Zona da Mata, a poucos metros da ponte que separa Minas do Rio. Uma placa semelhante foi instalada no lado fluminense, em frente ao Museu Rodoviário, no distrito de Mont Serra, em Levy Gasparian (RJ).
A homenagem aos 300 anos do Caminho Novo teve a participação de cavaleiros e amazonas de Minas e uma fanfarra de estudantes fluminenses. Segundo o arquiteto, historiador e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Nireu Cavalcanti, a data foi consagrada por causa de uma carta do então rei de Portugal, dom João IV, postada em 14 de julho de 1709, em que agradecia ao bandeirante Garcia Rodrigues, contratado para abrir a estrada, e declarava encerrados os trabalhos.
“É a grande obra de integração de Minas com a corte. O Caminho Novo significou para a colônia como a CSN, de Volta Redonda, para a indústria brasileira”, assinalou o historiador. Nireu explicou que o grande motivador da construção do acesso foi o risco de ataques piratas a navios portugueses que transportavam ouro de Paraty (RJ), primeira cidade do Caminho Velho da Estrada Real, para o Rio de Janeiro, onde ficava um dos portos da colônia, autorizados a embarcar a riqueza para Portugal. O secretário da Associação Cultural Portal do Caminho Novo, João Carlos Mendes, revelou que, até 14 de julho do ano que vem, serão realizados atos cívicos em todos os municípios que integram o percurso, além de um fórum de desenvolvimento turístico em local e data a definir. A entidade vem lutando para restaurar o casarão do Registro do Paraibuna, um dos principais marcos da Estrada Real. O imóvel estava sob cuidados de particulares, mas foi adquirido pela Prefeitura de Simão Pereira, no ano passado, por R$ 60 mil.
O município, por sua vez, por meio de um contrato de comodato de 30 anos, repassou o prédio à associação, que se tornou responsável por administrar a revitalização do prédio histórico, único das cinco alfândegas do Brasil-colônia que sobreviveu ao tempo. Por meio de leis de incentivo à cultura e contatos políticos, a entidade busca recursos para a reforma, estimada em mais de R$ 4 milhões, sendo R$ 380 mil somente para o projeto executivo. “A ideia é transformar o Registro do Paraibuna num centro de pesquisa do Caminho Novo. Um local que também abrigue acervo histórico sobre a Estrada Real, doados por particulares e governos brasileiro e português”, afirmou João Carlos.
Rachaduras
O prédio de dois pavimentos está em péssimas condições, com várias rachaduras e buracos nas paredes. Antes de ser adquirido pela Prefeitura de Simão Pereira, foi utilizado como restaurante, hotel e granja de aves. Antigos proprietários emboçaram as paredes externas frontais do prédio, originalmente constituídas por pedras sobrepostas e argamassa rústica, formada de terra, areia, cal e gordura animal.
A mudança contribuiu para a descaracterização do prédio No primeiro andar, por outro lado, onde funcionava a pesagem do ouro, cozinha e uma cela para prisioneiros provisórios, ainda restam ladrilhos hidráulicos originais. As portas da fachada têm um curioso dispositivo de segurança, com duas trancas, que também foram preservados. Além de posto fiscal, chefiado por um regente, o Registro do Paraibuna contava com a proteção de uma milícia do império. O casarão hospedou Tiradentes e dom Pedro I.
No local, nasceu a mãe do duque de Caxias, Mariana Cândida de Oliveira Bela. UNESCO Durante a cerimônia dos 300 anos do Caminho Novo, o representante do Ministério da Cultura nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Adair Rocha, revelou que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) receberá, até setembro, um dossiê sobre a Estrada Real, que será elaborado pelas secretarias de cultura de Minas, Rio e São Paulo.
A intenção é que a via seja contemplada com o título de Patrimônio Cultural da Humanidade na reunião que a Unesco realizará no Brasil, em julho de 2010.
Ricardo Beghini - Estado de Minas

Como surgiram os nomes das cores?
SORRISO AMARELO
Na Antiguidade, pensava-se que a icterícia, uma doença que deixa as crianças amareladas, vinha da bílis, secreção produzida pelo fígado que era chamada "humor amargo". No latim, amargo era amargus, que no diminutivo virava amarellus, que acabou virando amarelo
AGENTE LARANJA
Quando os árabes resolveram fazer uma "visitinha" à Europa, trouxeram na bagagem a fruta laranja - nárandja, em árabe. De lambuja, acabaram batizando a cor
CARTA BRANCA
Em geral, dizemos que algo bem liso e brilhante é "branquinho". Os latinos também achavam isso e pegaram o germânico blank, que significa polido, para falar da cor. Aliás, o termo "armas brancas", usado para facas e punhais, vem daí: branco de polido, reluzente
NO "APRETO"
O nome da cor preta vem do latim appectoráre, que queria dizer "comprimir contra o peito". Como assim? É que, com o tempo, o appectorár virou apretar. E, por uma analogia muuito criativa, deu no preto, querendo dizer algo denso, espesso, "apertado"
SANGUE AZUL
Foi uma pedra preciosa chamada lápis-lazúli que batizou a cor azul. Lápis não conta, porque já queria dizer pedra em latim, mas o lazúli veio do árabe lázúrd, nome da rocha azulada. Em latim, o que era pedra continuou pedra, e a cor ficou simplesmente azul
MARROM-GLACÊ
A castanha portuguesa, aquela do Natal, chama-se marron, em francês. E foi da cor desse fruto que veio o nosso marrom. Aliás, o marrom-glacê é isso: um doce escuro feito de castanha portuguesa
MASSA CINZENTA
O cinza nasceu daquela massa de pó misturado com brasas que sobra no fim das fogueiras. Por associação, a palavra latina cinisia, que queria dizer cinzas, transformou-se também no nome do tom preto-claro
VERMELHO-SANGUE
Antigamente, como ninguém conhecia urucum nem pau-brasil na Europa, o único jeito de fazer tinta vermelha era usar um inseto - hoje chamado de cochonilha - que, esmagado, virava um vermelhão. O nome dessa cor vem do latim vermiculum, vermezinho
VERDES ANOS
Aqui chegamos a uma das poucas cores que já nasceu cor. O verbo latino vivere significava estar verde, verdejar. Dele é que nasceu a associação do verde com algo que está nascendo, que ainda não está pronto
Rita Loiola
CONSULTORIA - Mário Viaro, filólogo da Universidade de São Paulo (USP)
http://mundoestranho.abril.uol.com.br/cultura/como-surgiram-nomes-cores-481148.shtml

UMA VIDA ENTRE LIVROS
ORLANDO DA SILVA KERN
Orlando da Silva Kern começou como encadernador por acaso: precisava trabalhar, pediu um emprego a um vizinho e logo estava renovando livros antigos. Isso foi em 1951. Hoje, aos 78 anos, ele é seu próprio chefe e segue entre as páginas.
À frente da Encadernação Kern, que funciona nos fundos de sua casa, no bairro Niterói, ele criou cinco filhos. Um deles, o advogado Renato, ainda reserva algumas horas do dia para ajudar o pai. Além de se orgulhar de ter encadernado livros que agora estão na Espanha, em Portugal ou no Vaticano, Kern lista uma grande vantagem de seu ofício: ficar sempre perto da família.– Pude ajudar na educação dos filhos – orgulha-se.
Nascido em Lajeado, Kern chegou a trabalhar com a atividade em Porto Alegre. Seu negócio foi aberto em 1961, e está desde 1968 no mesmo endereço.
Entre as peças mais curiosas que já encadernou, está uma Bíblia gigante, com 23 centímetros de espessura e pesando 25 quilos. A peça pode ser vista na Comunidade Evangélica Luterana Cristo, na Rua Pandiá Calógeras.
Ele já renovou publicações dos séculos 17 e 18. A maioria dos clientes, afirma, são colecionadores. Também faz serviços para empresas, universidades e alunos que concluem graduação ou pós-graduação.
Sua rotina é pesada: das 8h às 18h, fica na oficina. Às vezes, faz hora extra. Depois, volta para a casa (basta atravessar um pequeno pátio), janta e vai ler. Lamenta que sobra pouco tempo para devorar histórias.
Há poucas semanas, em viagem a São Paulo, aproveitou para comprar couro de porco, material necessário e pouco encontrado por aqui.– Gosto muito do que faço – declara.
Zero Hora

Encadernador procura livros.
Hoje continuo o trabalho de restaurar e encadernar os livros do Cartório Leão, em Curitiba. É o primeiro cartório da cidade, com magníficos livros do século 19 em diante que, por ser constituído de excelentes papéis ingleses e encadernações em couro, estão em excelente estado de conservação. O mesmo não se pode dizer daqueles livros dos anos 50 em diante, feitos com papéis de pouca qualidade e que foram muito mais manuseados. Ao contrário dos mais antigos, com 200 páginas em formato médio, os mais recentes foram feitos com 300 folhas e formato 0,45 X 0,33 cm, logo, mais pesados e precários.
Acordei com o titular três livros por semana, sem prazo para terminar, acreditando em seu bom gosto e senso de responsabilidade para fazer todos aqueles livros que inspiram cuidados. Os livros estariam em melhores condições se não tivessem passado pelo trabalho de um “encadernador” que atuou sobre os volumes com irresponsabilidade. Como é infelizmente comum, os livros foram apenas GUILHOTINADOS para limpar as bordas puídas, acrescentado cola na lombada e protegidos precariamente por capas em vulcapel. Assim, limpar a cola que penetrou profundamente no rasgado torna o trabalho muito mais demorado e meticuloso. Parece que o trabalho foi feito por uma instutuição de caridade.
Assim, apesar do trabalho que dão, tenho espaço para mais livros por semana.
É grande o interesse de alguns cartórios, como o antigo Cartório Antunes e o Cartório do Cajuru, contudo, a indefinição legal atualmente assombra os titulares e os obriga a adiar investimentos desse porte.
Assim, aqueles que querem trabalhar estão indecisos.
http://blig.ig.com.br/pedromalanski2/author/pedromalanskisuperigcombr/


Rio de Janeiro - Ilha do Governador - Igreja da Freguesia faz 299 anos
O Movimento SOS Freguesia prepara uma grande festa em comemoração aos 299 anos da Igreja Nossa Senhora da Ajuda e ainda vai prestar uma homenagem ao Padre Celso, pároco da igreja, falecido no último dia 9.A festa, que vai acontecer no dia 2 de agosto na Praça Calcutá, vai lembrar a trajetória de vida do Padre Celso e ainda destacar a importância histórica da igreja colonial construída em 1710, que é um patrimônio histórico do bairro tombado pelo Iphan desde 1938.
Além da programação da própria paróquia, o evento será um encontro cultural e artístico, com a presença da maioria dos artistas do bairro e enriquecido com as atividades que serão propostas pelos artistas, como exposição e oficina de artes plásticas, intervenções poéticas, apresentação de números de dança, entre outras intervenções.
A expectativa dos diretores do movimento, é que a festa seja o início de um projeto cultural maior, chamado de Cinturão Cultural da Freguesia. O projeto pretende valorizar a implantação de atividades culturais e artísticas por todo o bairro, valorizando os artistas, num processo de revitalização cultural, fomentando novas iniciativas.Para criar o Cinturão Cultural da Freguesia, os organizadores farão um mapeamento dos artistas do bairro e suas diversas formas de expressão, única maneira de criar uma estratégia que possa atrair a implementação de novos aparelhos culturais na região. A idéia é pleitear a implantação de centros culturais no bairro, seja junto à iniciativa privada e também à Secretaria Municipal de Cultura, através da subprefeitura ou de sua Administração Regional. O projeto também quer dar vida a todos os espaços hoje existentes e que precisam de incentivo e conservação.Os organizadores aproveitarão o aniversário da igreja para serem ouvidos em outra reivindicação: reclamam que não basta o Iphan tombar, mas que precisa haver a iniciativa de restaurar e conservar o patrimônio, bem como de facilitar todo o processo, pois reclamam da demora em receber retorno de um simples ofício, conforme aponta Alexandre Assis, um dos coordenadores do Movimento SOS Freguesia.
- A Freguesia tem muitos artistas anônimos e no bairro residiram alguns que ganharam repercussão, como Dalma de Oliveira e Renato Russo. Também temos a escola de samba Boi da Ilha. Queremos valorizar nosso patrimônio, resgatar a auto-estima dos moradores e manter uma cultura bairrista positiva.
A Praça Calcutá também foi tombada pelo fato de abrigar a igreja. O prédio tem valor não apenas para o nosso bairro, mas para todo o Brasil, pois foi uma das primeiras igrejas coloniais construídas. Nosso movimento é apartidário e abraçamos qualquer idéia ou pessoa que queira, de fato, contribuir com a Freguesia. Por isso, o pessoal que milita no SOS Freguesia não se consolida como uma diretoria que delega funções, todos os organizadores são o movimento e estão juntos por um ideal comum. Se as pessoas não se manifestarem, as coisas podem não acontecer - finaliza Dora Antunes, uma das organizadoras do movimento.
Jornal da Ilha

Línguas nativas estão ameaçadas de desaparecer
A maioria das línguas conta com poucos falantes.
Das cerca de 150 línguas nativas atualmente em uso no Brasil – aquelas empregadas tradicionalmente por povos indígenas antes do contato com os não-indígenas –, pelo menos 21% estão seriamente ameaçadas de desaparecer em curto prazo, devido ao número reduzido de falantes e à baixa taxa de transmissão para novas gerações, segundo pesquisadores.
Um caminho para tentar reverter esse quadro seria a formulação e aplicação de uma Política Linguística e Científica. Essa foi uma das principais conclusões da mesa-redonda Línguas Nativas da Região Norte: perspectivas para a sua documentação, manutenção e pesquisa, realizada na 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Manaus.
De acordo com os participantes, essa política poderia contribuir para: definir parâmetros de documentação (trabalhar por família linguística ou por áreas etnográficas como a calha dos rios, por exemplo, seguindo o que pensam os falantes ou membros dos povos envolvidos); criar mecanismos que ajudem a suprir a falta de recursos humanos interessados nessa área de pesquisa; e promover a valorização das línguas nativas, contribuindo com o desenvolvimento de estratégias de transmissão desses idiomas.
– O processo de documentação é fundamental para ampliar o conhecimento sobre a diversidade e transmissão das línguas nativas –, destacou Frantomé Pacheco, professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas, que presidiu a mesa-redonda.
Para Dennis Albert Moore, curador da Coleção Linguística e coordenador da área de linguística do Museu Paraense Emílio Goeldi, um dos desafios da documentação é que idiomas que são registrados como diferentes às vezes são dialetos de uma mesma língua, reflexo de divisões étnicas e políticas.
Moore, que contribuiu com a produção de um atlas das línguas em extinção, usa como exemplo o caso da família linguística Mondé, do tronco Tupi.
– A fala dos Gavião, de Rondônia, e a fala dos seus vizinhos Zoró são geralmente listadas como línguas distintas, quando, na realidade, são dialetos tão próximos como o português de Salvador e o português do Rio de Janeiro –, disse.
Em artigo publicado na revista Scientific American, em setembro de 2008, intitulado O desafio de documentar e preservar as línguas amazônicas, Moore, juntamente com outros especialistas, explica que na coleta de dados há uma tendência de confundir a população de um grupo com o número de indivíduos que falam a língua.
– Certamente, o número de falantes é muito menor do que se pensava e a situação das línguas é, portanto, mais grave –, afirmou.
Além de ser a região com maior concentração de populações indígenas no Brasil, a Amazônia concentra dois terços das línguas indígenas faladas no país.
Apenas no Estado do Amazonas o número de línguas ainda faladas está entre 50 e 56. Entre as que desapareceram diante do contato com os não-indígenas estão Baré, Mura, Kokama e Torá. Há pessoas que se identificam etnicamente como pertencentes a essas etnias, mas que empregam uma variedade regional/indígena do português.
A Língua Geral Amazônica (Nhenngatu) é empregada por muitas etnias, identificando seus membros como indígenas pertencentes a elas (como os Baré, cuja língua tradicional já não é mais falada).
Segundo dados apresentados por Pacheco, a maioria das línguas conta com poucos falantes (abaixo de 100). Entre as com maior número (acima de 4 mil) estão: Sateré (6.219), Baniwa (5.811), Tikuna (cerca de 35 mil), Tukano (8 mil), Yanomami (6 mil), Yanomam (4 mil) e Língua Geral Amazônica (6 mil).
No Pará há cerca de 26 idiomas nativos, número semelhante ao de línguas faladas na Europa Ocidental, apontou Moore. Dessas 26, duas não têm pesquisas sobre elas. Das demais, 50% têm estudo em nível de doutorado e muitos artigos publicados, 31% têm estudo em nível de mestrado e 12% têm boa descrição.
Segundo o pesquisador do Museu Goeldi, o futuro de uma língua é determinado pela transmissão à geração subsequente, o que é difícil de apurar. No Pará, foram identificadas cinco línguas (19%) com índice zero de transmissão. Outras duas (8%) têm pouca transmissão, três (12%) têm índice médio e 16 (62%) têm boa ou alta transmissão.
Em Roraima, de acordo com Maria Odileiz Sousa Cruz, da Universidade Federal de Roraima, há 61 povos indígenas com menos de 200 falantes do idioma nativo e cinco povos que variam de 10 mil a 20 mil falantes.
O número de falantes em cada uma das
famílias linguísticas no Estado, sem contabilizar o grupo Yanomami, que vive isolado, é: Makuxí (cerca de 12 mil falantes), Taurepang (600), WaiWai (2.500), Ingarikó (1.170), Waimiri-Atroari (970), Ye’kuana (426), Wapixana (4.000), Atoraiú (1) e Sapará (1).
A demanda por documentação por parte dos grupos indígenas tem aumentado rapidamente, de acordo com os participantes da mesa-redonda na reunião da SBPC. Um deles, Euclides Pereira,
gerente técnico do Projetos Demonstrativos para Povos Indígenas, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, reforçou essa preocupação como representante do povo Makuxí.
Segundo Pereira, não adianta só proteger a língua, é preciso difundi-la. Mas como se trata de uma língua oral, para ensinar é preciso conhecer sua estrutura. Há palavras, por exemplo, que só são ditas por homens e outras só por mulheres, assim como estão surgindo novas no contato com outros povos e com não-indígenas.
– Não funciona ensinar Makuxí da mesma forma que se ensina o português. A universidade poderia contribuir no assessoramento da produção de materiais que explorem não só a escrita, mas também imagens que envolvam os
alunos com histórias, mitos e fundamentos da língua. Talvez possa produzir vídeos e CDs que facilitem o entendimento e a difusão –, sugeriu.
No Brasil, a digitalização e a anotação de gravações de amostras naturais de línguas estão em fase inicial. O Museu Goeldi monta arquivos digitais modernos em servidores. Arquivos desse tipo têm como beneficiários principais os grupos indígenas, tal como na Austrália, onde 95% das consultas aos arquivos são feitas por aborígenes.
Há ainda programas de alfabetização e revitalização, mas os resultados não são levantados e avaliados sistematicamente. Uma das iniciativas que visam ao levantamento da situação de todas as línguas é o Inventário Nacional da Diversidade Linguística, planejada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com a Associação Brasileira de Linguística (Abralin).
Em Roraima, destacam-se algumas iniciativas de instrumentalização dos falantes nativos que têm como objetivo trabalhar com a história das línguas em seus diversos estágios. É o caso de duas emissoras de rádio que transmitem programas educativos em línguas nativas. A Universidade Federal de Roraima também criou o Núcleo Insikiran de Formação Superior Indígena, hoje com 240 alunos, entre outros cursos criados por outras instituições do Estado.
Agência Fapesp
Correio do Brasil

Canoas-RS - Leilão de carros antigos da Ulbra causa discórdia em Canoas
Antigomobilistas e prefeitura tentam impedir venda de automóveis.
Canoas - Parte do patrimônio da Comunidade Evangélica Luterana São Paulo (Celsp), mantenedora da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), será leiloado na segunda-feira para saldar dívidas e injetar dinheiro na instituição. A venda judicial acontece no Canoas Parque Hotel, às 18 horas, e o objeto da discórdia que levanta os ânimos de admiradores de carros antigos está na lista de 40 automóveis do Museu de Tecnologia, que poderão render mais R$ 1 milhão à universidade.
A Prefeitura também se coloca disposta a ser fiel depositária do patrimônio como forma de garantir sua integralidade no município. Em carta distribuída pelo sócio do Veteran Car Club do Rio Grande do Sul do Ford V8, Paulo Roberto Renner, os antigomobilistas, como são chamados os apreciadores de carros antigos, se dizem preocupados com a retirada do patrimônio automobilístico do Estado. Ele ainda diz que não importa se os veículos são da Ulbra ou da família do ex-reitor Ruben Becker. "A Justiça decidirá, mas este patrimônio cultural já está incorporado ao nosso Estado. Em questão de diversidade podemos considerá-lo como dos melhores do mundo e no hemisfério Sul não existe nada igual."
Suspensão
O prefeito de Canoas Jairo Jorge concorda e afirma que haverá ainda uma tentativa de suspensão do leilão com um pedido que seria encaminhado à Justiça Federal. "Entendemos que a venda destes automóveis desconstitui o museu, por isso estamos pleiteando a questão. Os outros 560 automóveis são uma questão a ser discutida também, pois queremos manter o patrimônio. A decisão da Justiça é soberana, mas não há nada decidido ainda. Estamos só mobilizados", disse o prefeito. O juiz Guilherme Pinho Machado, da Justiça Federal de Canoas, afirmou que o leilão sairá, pois há urgência em capitalizar a Ulbra, que precisa reabrir 90 leitos do Hospital Universitário em função da gripe A(H1N1) e saldar dívidas. Sobre os automóveis, o magistrado informou que foram oferecidos pela própria Ulbra para ir a leilão.
Foto: Luciano Bergamaschi/GES
Letícia B. De Castro
Diário de Canoas

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