CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 27-7-09
O tombamento dividiu a opinião de alguns membros da igreja, tendo gerado polêmica. Porém, segundo o pároco, a contrariedade foi alimentada por um mal entendido. Pensaram que se perderia o direito sobre o prédio, mas depois foi explicado. Na verdade, manter as características da igreja já é uma consciência nossa, observou. Para o padre, o tombamento foi uma medida positiva para a igreja. É um instrumento a mais para preservar todo esse patrimônio, por isso dei um parecer favorável, explicou. Diego Ortiz
A Comarca Online
Primeira vila de São Paulo muda de dono
A Vila Itororó, primeira vila urbana construída em São Paulo (SP), deve deixar de ser moradia para se transformar em pólo cultural. O projeto, de 2006, prevê a restauração dos imóveis e pode ter novidades ainda neste ano. No momento, a Secretaria do Estado da Cultura aguarda decisão judicial que permita a troca da posse dos imóveis.
Erguida na década de 20, a vila tem 4,5 mil m², idealizados pelo tecelão português Francisco de Castro. Ele mandou construir uma piscina, também a primeira particular da cidade, que era abastecida por um riacho do Vale Itororó. Trinta e sete casas circundam a construção, que é uma das mais extravagantes da Bela Vista.
Estátuas de leões e rostos de deusas gregas davam um toque solene à construção, hoje em processo avançado de deterioração. Colunas que sobem a altura de três andares e portões de ferro desenhado faziam a vila destoar desde o seu surgimento. Depois da morte do proprietário, as casas mudaram de dono e de moradores. Chegaram a ser tombadas em 2005 Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), mas o desgaste não foi evitado. Em um estudo feito em 2006, foram contabilizados 250 residentes no local.
De acordo com a Prefeitura, a responsabilidade pela conservação é da Fundação Leonor de Barros Camargo, proprietária do conjunto de imóveis. O tombamento, que também foi feito pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), não mudou esse fato. Desde 2007, no entanto, a área foi declarada de propriedade pública para desapropriação.
Casas subdivididas e instalações precárias
As famílias que moram na vila, algumas há mais de 30 anos, aguardam, entre idas e vindas, a evolução dos planos dos governos. Por meio de um blog comunitário, a Associação de Moradores e Amigos da Vila Itororó conta o seu lado da história e diz que "desde 1997 a proprietária da Vila Itororó não se comunica com os moradores, que até então pagavam o aluguel normalmente".
Segundo a associação, quase todas as casas da vila foram subdivididas, e mais de dez foram adicionadas à construção inicial. Para os moradores, os principais problemas são a falta de estabilidade das estruturas e instalações precárias de água e luz. Eles não concordam com o projeto que prevê a sua saída da vila. "Queremos que seja feito o restauro e a revitalização, mas com a manutenção do moradores", diz a presidente da associação, Antonia Souza Candido.
Atualmente, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) trabalha na construção de dois conjuntos habitacionais para relocar os moradores. O primeiro, com 158 apartamentos, tem previsão de entrega para dezembro deste ano. Ambos estarão situados na rua Conde de São Joaquim, também na Bela Vista. A informação é contestada por Antonia, que afirma se tratar de "um prédio em ruínas, cujos maiores apartamentos têm 37 m²".
Diálogo difícil
Segundo ela, os órgãos do governo não entram em contato com os residentes da vila desde 2006, quando foram oferecidas cartas de crédito para compra de imóveis. A proposta não foi aceita pelos moradores porque a maioria não se encaixava nas condições exigida, diz Antonia. Agora, o grupo quer garantir a propriedade dos imóveis por tempo de uso. "Entramos com uma ação de uso capião no final do ano passado", explica.
O processo de desapropriação, que não tem prazo para ser concluído, é o primeiro passo para qualquer transformação, diz a Secretaria Municipal de Cultura, responsável pelo novo espaço cultural. Somente depois que as famílias saiam, segundo o órgão, é que poderá ser feito o estudo do local e elaborado um projeto.
O internauta Fernando Candia, de São Paulo(SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, vc repórter - Terra
Caminho Inca pode se tornar Patrimônio Cultural da Humanidade
LIMA, Peru — Os representantes de seis países sul-americano se reunirão a partir de segunda-feira com funcionários da Unesco em Lima para apresentar seus avanços técnicos para que o 'Qhapaq Ñan', Caminho Inca, seja incluído na lista do Patrimônio Cultural da Humanidade, informou a autoridade cultural do Peru.
Os Comitês Nacionais do Qhapaq Ñan de Argentina, Bolívia, Chile, Peru, Colômbia e Equador se reunem entre 20 e 26 de julho com os funcionários do Centro de Patrimônio da Unesco, para que a declaração de Patrimônio Cultural da Humanidade se torne efetiva em 2011.
O processo de nomeação do Qhapaq Ñan começou em 2001, quando o Peru teve a iniciativa de inscrever o Caminho Inca na lista dos candidatos a Patrimônio Mundial da Unesco, destacou Cecilia Bákula, Diretora Nacional do Instituto Nacional de Cultura (INC).
AFP
Iluminação do Palácio da Justiça de São Paulo é inaugurada
Prédio da década de 1930 é a sede do Tribunal de Justiça. Reforma na fachada do imóvel do Centro durou dois anos.
A iluminação do Palácio da Justiça, no Centro de São Paulo, foi inaugurada na noite desta terça-feira (21). A fachada do prédio, localizado na Praça da Sé, foi toda restaurada. O trabalho de reforma durou dois anos para ser concluído e foi projetado Ramos de Azevedo, que se inspirou no Palácio da Justiça de Roma.
A pedra fundamental da construção foi lançada em 1920 e a inauguração ocorreu só 13 anos depois, em 1933. O Palácio da Justiça, considerado monumento histórico de valor arquitetônico e interesse cultural, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) em dezembro de 1981.
G 1
Brasileira ganha prêmio de encadernação na França
A Xa. Bienal Mundial de Encadernação de Arte (Biennales de la Reliure d'Art) vai entregar um dos seus prêmios à brasileira Beatriz Rabello. Patrocinado pela União Europeia e pelo Ministério da Cultura da França, o concurso reuniu mais de 500 participantes, de 30 países, com encadernações da peça "Le Mariage de Figaro", de Beaumarchais, que inspirou Mozart.
A premiação ocorrerá em 19 de setembro, em Saint-Remy lès Chevreuse.
Especialista em encadernação, Beatriz compôs uma capa inspirada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde já trabalhou. "Como não sei pintar e desenhar, imaginei uma cortina, um palco. Escolhi um couro bem fininho, pra fazer o movimento da cortina. No meio, abrindo, o título do livro".
Ela explica que para "conseguir passar uma ideia através do couro é muito difícil". Trouxe o material da Argentina. "Queria o Teatro Municipal do Rio, que tem um arco bonito, muito dourado. Fiz exatamente com a cor do teatro".
Para a guarda do livro - as primeiras páginas -, usou a partitura da ópera de Mozart, cedida por um amigo. A organização do evento envia previamente as folhas. No acabamento, a douração do couro.
"Eu me inscrevi nessa Bienal porque faço a Oficina de Encadernação, no Rio, e meu professor indicou este evento. Não esperava ser premiada", comemora Beatriz Rabello.
A revista francesa Art & Métiers du Livre dedicará uma edição especial aos trabalhos premiados, que também serão incluídos em um catálogo da Bienal.
Claudio Leal
Terra Magazine
São Paulo-SP - Igreja do Pátio do Colégio passa por reforma após 30 anos
Obra em ponto turístico de SP deve ser concluída no final de setembro. Trabalho visa recuperar ‘esplendor do barroco’ diz padre.
Após 30 anos de sua construção, a Igreja do Beato José de Anchieta, no Pátio do Colégio, Centro de São Paulo, terá seu interior totalmente reformado. A primeira etapa das obras, que é feita no altar, começou há um mês e será concluída nesta semana. A chamada nave da igreja, onde ficam os fiéis, deve começar a ser modificada no dia 27 deste mês e ficar pronta no final de setembro.
Com a reforma, o altar ganhou um painel de azulejos dourados, piso de granito cor de vinho e terá uma cruz de madeira do século 16 feita em Portugal. A cruz, que atualmente está exposta no museu que fica ao lado da igreja, tem cerca de 1,90 metro e ficará suspensa por um cabo de aço em frente ao painel dourado.
O altar contará ainda com colunas de madeira, conhecidas como colunas salomônicas, do século 17, que ficavam no altar da antiga igreja que existia no local. Os azulejos foram encomendados a uma empresa de Curitiba e têm o brasão dos jesuítas no centro. Na área do Pátio do Colégio foi erguida a primeira construção de São Paulo, uma cabana de pau-a-pique, na frente da qual foi celebrada uma missa no dia 25 de janeiro de 1554, o que marcou a fundação da cidade. Dois anos depois, foi erguida uma igreja no local, que posteriormente foi ampliada com estrutura de pedra e taipa de pilão. A construção foi demolida no final do século 19 e a edificação que existe hoje foi inaugurada só em 1979. O prédio não é tombado pelo patrimônio histórico.
Durante a reforma do altar, a igreja não precisou ser fechada. Foi colocada uma lona para separar a parte que está em obras e as missas continuaram a ser realizadas. Nesta quinta (23), sexta-feira (24) e sábado (25), não haverá missa para a igreja ser limpa e organizada após a conclusão da primeira fase dos trabalhos. De acordo com o padre Contieri, na segunda fase de reforma talvez seja necessário fechar o local durante dois dias para pintar o interior da igreja. O local fica aberto ao público para visitação de terça-feira a domingo das 8h às 16h30. Da terça à sexta-feira são realizadas missas ao meio-dia e aos domingos, às 10h.
Luísa Brito
G 1
Lula lança projeto de lei que cria o Vale-Cultura
Cartão permitirá gastos de até R$ 50 em cinema, shows e teatro.Benefício será concedido a trabalhadores que ganham até 5 salários.
O projeto será enviado ao Congresso Nacional e, segundo o presidente, deverá ser votado em 45 dias. Durante a cerimônia de lançamento, Lula sugeriu o nome do senador Romeu Tuma como relator do projeto.
O programa também prevê que as empresas que concederem o cartão Vale-cultura aos seus funcionários terão direito a deduzir até 1% no imposto de renda. O Ministério da Cultura espera aumentar em até R$ 600 milhões por mês o consumo cultural no país.
Dados do ministério indicam que apenas 14% dos brasileiros vai regularmente ao cinema, 96% não frequenta museus, 93% nunca viu uma exposição de arte e 78% nunca assistiu a um espetáculo de dança.
O projeto tem a chancela de "urgência urgentíssima" para ter sua votação agilizada no Congresso. Em 45 dias, segundo Lula, terá de ser votado na Câmara dos Deputados, depois segue para o Senado.
"Espero que a gente consiga votar esse projeto para ver se começa o ano com as coisas prontas. E, depois de aprovado, também tem um processo que vai ter que passar pelos empresários e os sindicatos, na divulgação na porta de fábrica. Porque, se as pessoas não souberem que tem, vão continuar não usando", disse Lula.
Em discurso, o ministro Juca Ferreira afirmou que o projeto é uma “luta antiga” de Gilberto Gil, que ao assumir o ministério declarou que sua “missão era fazer da cultura um item da cesta básica do brasileiro”. Ferreira também prestou homenagem a outro grande incentivador do Vale-cultura, o intelectual Antônio Cândido, que estava presente no evento.
Lula também reverenciou o professor. “Vou falar do nosso querido colega Antonio Cândido, pelo que esse homem simboliza para a cultura brasileira. Posso dizer para vocês que certamente nosso querido professor Antonio Cândido, que não gosta que a gente chame nem de professor, nem de senhor, mas eu penso que é a maior figura, o maior intelectual que temos no país na atualidade, com uma dimensão cultural invejável e, sobretudo, com uma solidez socialista".
Tetê x Zizi
A cerimônia, comandada pela atriz Zezé Motta, teve apresentações dos cantores Chico César, Roberta Sá, Vitor Ramil, Tetê Espíndola, da banda de congo Amores da Lua, do coral indígena Guarani e da Cia de Dança Ivaldo Bertazzo. Ao agradecer a presença dos artistas, o presidente cometeu uma gafe e confundiu o nome de Tetê Espíndola com a da cantora Zizi Possi. "Isso é coisa de velho depois dos 50, depois dos 60 anos...", desculpou-se, bem humorado.
O ator Sérgio Mamberti, a coreógrafa Débora Colker, o diretor de teatro José Celso Martinez Correa, o cineasta Luís Carlos Barreto – que está produzindo um filme sobre a vida do presidente -, entre outros artistas, também marcaram presença na cerimônia.
Entre os políticos, estavam o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
O presidente brincou com a atriz Zezé Motta, que destacou a presença da ministra por mais de três vezes durante a cerimônia. “A Zezé leu tantas vezes o nome da Dilma aqui, que se tivesse um juiz eleitoral, a Dilma já estaria prejudicada”.
Lula deixou o teatro no começo da noite e informou que estava de partida para o Paraguai, onde participaria de uma reunião do Mercosul.
G 1
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
1 Comentários:
Às 1:08 PM , Unknown disse...
Argentina tem muitos patrimônios culturais da humanidade.
Perto de meu aluguel temporada Buenos Aires tirei muitas fotos de lugares incríveis.
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