ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

23 novembro, 2009

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 23-11-09

Origens dos nomes dos estados do Brasil
Acre: vem de áquiri, touca de penas usada pelos índios munducurus
Alagoas: o nome é derivado dos numerosos lagos e rios que caracterizam o litoral alagoano.
Amazonas: nome de mulheres guerreiras que teriam sido vistas pelo espanhol Orellana ao desbravar o rio. Para Lokotsch, vem de amasuru, que significa águias retumbantes.
Bahia: o nome foi dado pelos descobridores em função de sua grande enseada.
Ceará: vem de siará, canto da jandaia, uma espécie de papagaio.
Espírito Santo: denominação dada pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho que ali desembarcou em 1535, num domingo dedicado ao Espírito Santo
Goiás: do tupi, gwa ya, nome dos índios guaiás, gente semelhante, igual.
Maranhão: Do tupi, mba'ra, mar, e nã, corrente, rio que semelha o mar, primeiro nome dado ao rio Amazonas.
Mato Grosso: o nome designa uma região com margens cobertas de espessas florestas, segundo antigos documentos.
Minas Gerais: o nome deve-se às muitas minas de ouro espalhadas por quase todo o estado.
Pará: do tupi, pa'ra, que significa mar, designação do braço direito do Amazonas, engrossado pelas águas do Tocantins.
Paraíba: do tupi, pa'ra, rio, e a'iba, ruim, impraticável.
Paraná: do guarani pa'ra, mar, e nã, semelhante, rio grande, semelhante ao mar.
Pernambuco: do tupi, para'nã, rio caudaloso, e pu'ka, gerúndio de pug., rebentar, estourar. Relativo ao furo ou entrada formado pela junção dos rios Beberibe e Capibaribe.
Piauí: do tupi, pi'au, piau, nome genérico de vários peixes nordestinos. Piauí é o rio dos piaus.
Rio de Janeiro: o nome deve-se a um equívoco: Martim Afonso de Souza descobriu a enseada a 1º de janeiro de 1532 e a confundiu com um grande rio.
Rio Grande do Norte: derivado do rio Potengi, em oposição a algum rio pequeno, próximo, ou ao estado do Sul.
Rio Grande do Sul: vem do canal que liga a lagoa dos Patos ao oceano.
Rondônia: o nome do estado é uma homenagem ao marechal Rondon.
Santa Catarina: nome dado por Francisco Dias Velho a uma igreja construída no local sob a invocação daquela santa.
São Paulo: denominação da igreja construída ali, pelos jesuítas, em 1554 e inaugurada a 25 de janeiro, dia da conversão do santo.
Sergipe: do tupi, si'ri ü pe, no rio dos siris, primitivo nome do rio junto à barra da capitania.
Tocantins: nome de tribo indígena que habitou as margens do rio. É palavra tupi que significa bico de tucano.
http://poeiraecantos2.blogspot.com/search?updated-max=2009-11-11T03%3A11%3A00-08%3A00&max-results=20

Cachaça – um patrimônio histórico e cultural do Brasil
A cachaça é um destilado alcoólico produzido exclusivamente através da cana-de-açúcar, bebida genuinamente brasileira que durante toda sua vida foi discriminada, perseguida e até proibida pelas elites e pela classe média.
Esta saga tem início juntamente com a História do Brasil, surgindo como consequência do interesse no açúcar produzido no país. Além dessa relação a cachaça foi agente de vários acontecimentos, desde momentos tristes às celebrações por conquistas.
Muitas vezes, a produção da cachaça foi estimulada, em outras proibida, mas sempre esteve presente na construção de nosso país, afirmando o seu sabor e a sua autenticidade.
Expressão cultural brasileira
A cachaça foi descoberta por acaso, pois os escravos perceberam que a espuma que sobrava da garapa e era jogada nas cocheiras deixava os animais revigorados. Assim, passaram a consumir essa espuma. Chegando aos ouvidos dos senhores de engenho – que, por sua vez, já conheciam técnicas de destilação -, estes decidiram aplicá-las ao mosto fermentado da cana-de-açúcar, dando origem à cachaça.
Dessa forma a bebida passou a figurar tanto na colônia, como também nas futuras conquistas, nos negócios do reino e em épocas mais contemporâneas.
Antes de ser um produto econômico, é uma das mais belas expressões da cultura brasileira. A prova da vitalidade e permanência cultural da cachaça está no patrimônio lingüístico que criou e continua a criar. Para se ter uma ideia, existe um acervo disponível de cerca de mil sinônimos da palavra cachaça.
A degustação com certeza é uma arte, pois constitui a mais poderosa ferramenta, o caminho mais legítimo e confiável para se conhecer a cachaça e construir sabedoria crítica sobre a bebida. Degustar e beber são atos culturais distintos.
Os passos de uma boa degustação são: o ambiente, o copo, a mente, o corpo, a boca, as mãos, os olhos, o nariz, o gole, o gosto e a avaliação.
Cultura e turismo andando juntos
De acordo com o Ministério do Turismo a diversidade da cultura brasileira tem sido aclamada pela sociedade como uma das principais características do patrimônio do país e o turismo pode ser um dos indutores na promoção e preservação da nossa cultura. Nesse caso, a cultura e o turismo caminham juntos e, bem articulados, podem motivar os turistas a se deslocarem especialmente com a finalidade de vivenciar aspectos e situações que podem ser considerados particulares.
O turismo cultural compreende as atividades turísticas relacionadas às vivências do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico cultural, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.
Considera-se patrimônio histórico e cultural os bens de natureza tangível e intangível que revelam ou expressam a memória e a identidade das populações e comunidades. Valorizar e promover o patrimônio significa difundir o conhecimento sobre esses bens e facilitar seu acesso e utilização por habitantes locais e turistas.
Releitura da História
Para que exista uma conscientização maior por parte da população é necessário que se compreenda o valor histórico da cachaça, vendo-a como um símbolo de nacionalidade e da nossa identidade cultural. Por isso, deve ser valorizada de acordo com a sua importância para a formação e o desenvolvimento do Brasil pois, mesmo com as diferenças sociais existentes, a cachaça funciona como elo cultural relacionado ao imaginário popular, fazendo de sua produção uma arte.
Estudiosos e a sociedade, em geral, têm de compreender os aspectos que envolvem a cachaça, interpretando e lançando um novo olhar acerca da história da mesma. A partir dessa releitura, uma nova forma de observar valores culturais que fazem parte da nossa identidade nos levará a uma nova concepção do que é a cachaça.
Essa interpretação possibilita ainda o interesse tanto da população local como também do turista pelo patrimônio cultural, resgatando e incentivando a preservação dos costumes e da cultura regional.
Artigo remixado de José da Paz Dantas
Nivia de Oliveira Castro
http://cachacaaraci.wordpress.com/2009/11/15/cachaca-um-patrimonio-historico-e-cultural-do-brasil/

São Paulo-SP - MPF pede que Faculdade de Direito da USP tire placa de livraria da fachada
Mudança no prédio, que é tombado, precisa passar por aprovação.Inquérito civil foi aberto para investigar reforma da biblioteca.
Todas as alterações no edifício da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, deverão ser aprovadas pelos órgãos de preservação do patrimônio histórico, Condephaat, na esfera estadual, e Conpresp, no âmbito municipal.
A recomendação é do Ministério Público Federal, resultado de um inquérito civil aberto em maio para investigar mudanças feitas na biblioteca da faculdade. O documento foi enviado ao diretor da faculdade, João Grandino Rodas, novo reitor da universidade. Segundo mais votado nas eleições, ele foi o escolhido de uma lista tríplice pelo governador José Serra. A decisão foi publicada na edição desta sexta-feira (13) no “Diário Oficial do Estado”.
O motivo da abertura do inquérito foi a reforma realizada no 1º andar do edifício histórico tombado para transformar a sala do fichário da biblioteca em um auditório.
Segundo o MPF, o tombamento estadual do conjunto arquitetônico da Faculdade de Direito da USP e da Tribuna Livre do Largo de São Francisco, prevê que “a Biblioteca, incluindo a sala de consulta, a chapelaria, a sala e móveis do fichário, o depósito e escada de acesso às ´celinhas de estudo´, as estantes de metal, os elevadores, os carrinhos de transporte e monta-cargas” devam ser preservados.
A procuradoria recomenda ainda que seja retirada a placa comercial de uma livraria da fachada do prédio, caso não haja autorização do Condephaat e Conpresp. Segundo o MPF, a autorização para a colocação da placa não costa dos autos. O G1 procurou a direção da faculdade na noite desta sexta-feira, mas ainda não obteve retorno.
Silvana Losekann
Defender

Aracaju-SE - Governo reabre Museu Histórico de São Cristóvão após restauração
O governador em exercício, Belivaldo Chagas, participou da solenidade que marcou a reabertura de um dos mais importantes patrimônios históricos do estado, o Museu Histórico de Sergipe (MHS), situado na praça São Francisco, candidata a Patrimônio Histórico da Humanidade, na cidade de São Cristóvão.
A restauração do Museu, realizada durante dois anos, se inseriu no ´Monumenta´, programa estratégico de recuperação do patrimônio cultural urbano brasileiro, executado pelo Ministério da Cultura, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e o apoio da Unesco.
Hoje é um dia importante em que o Governo está buscando exercer o seu papel de despertar o interesse cultural na população. Esta ação é fruto da decisão política e do envolvimento de diversas esferas de governo para mostrar a nossa gente e a todos os visitantes a história do nosso estado. Vamos buscar estimular os jovens, subretudo os alunos da rede pública, a conhecer esse patrimônio, disse o governador em exercício, Belivaldo Chagas.
Restauração
Foram realizados os serviços de pintura interna e externa, recuperação de piso frio e restauração de assoalhos em madeira com aplicação de sinteco, restauração de forros em madeira sem pintura artística, substituição total das instalações elétricas e hidráulicas e sanitárias, recuperação da cobertura com reforço estrutural e colocação de manta de proteção, sistema de combate a incêndio, recuperação com pintura de esquadrias, instalação de sistema de pararraios.
Ao todo, foram investidos R$ 588.834,06, sendo R$ 147.406,02 do Governo do Estado, e R$ R$ 411.428,04 do Governo Federal. O MHS dispoá de auditório, que recebeu o nome da historiadora e museóloga Maria Thétis Nunes, sala de souvenires e sala de exposições temporárias. Todas as inovações estão previstas em um Plano Museográfico, feito pela primeira vez na história do museu, que passará a diferenciar o MHS como um espaço planejado e funcional e não apenas como um local de exposição de peças antigas.
“Esta ação integrada é fruto de uma determinação expressa do governador Marcelo Déda para que o Governo promova ações de valorização de São Cristóvão e da cultura sergipana de maneira geral. Queremos continuar implementando ações que valorizem a cultura rumo ao cinquentenário do Museu Histórico de Sergipe, que vamos comemorar em março de 2010. Isto é fundamental porque o Museu é um espaço que contribui para a formação da cidadania das pessoas, declarou a secretária de Estado da Cultura e presidente do Fórum de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura do Nordeste, Eloísa Galdino.
Reconhecimento
Para o membro do Fórum e secretário de Cultura do Rio Grande do Norte, Crispiniano Neto, Sergipe dá um passo decisivo na vanguarda do novo entendimento que é proposto pelo Governo Federal, incluindo-se entre os primeiros a implementar um plano museográfico, e consolidando uma nova etapa na valorização e proteção do patrimônio histórico.
Este foi um dos temas que discutimos com todos os secretários do nordeste aqui reunidos, e Sergipe, graças à condução competente da secretária Eloísa Galdino, nos dá o exemplo de como consolidar um projeto vitorioso. O Governo Federal já anunciou um PAC voltado às cidades históricas, onde estarão disponíveis R$ 600 milhões para preservação e valolrização cultural. esta é a hora de elaborarmos projetos coerentes, associando essa oportunidade ao crecimento do turismo, atividade que nasceu justamente pela busca de alguns povos à cultura de outros, argumentou Crispiniano.
Já o prefeito do município, Alex Rocha, destacou sua alegria em constatar o novo momento vivenciado pela cidade que foi a primeira capital sergipana. São Cristóvão foi incendiada pelos holandeses e renasceu das cinzas. Podemos dizer que hoje estamos renascendo novamente, pois é a primeira vez na história que um governador vem duas vezes na mesma semana ao município. Isto só ocorre graças a um empenho de um governo que pensa e age para transformar e melhorar a realidade do povo, disse o prefeito, lembrando da assinatura da ordem de serviço para a estrada de Rita Cacete, no início da semana.
Presenças
Participaram da solenidade, o deputado federal Iran Barbosa, os deputados estaduais, Ana Lúcia Menezes e Wanderlê Correia, o arcebispo auxiliar de Aracaju, Dom Henrique Costa, a secretária de Cultura de São Cristóvão, Aglaé Fontes de Alencar, o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, Ibarê Dantas, a superintedente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-SE), Terezinha Oliva, dentre outras autoridades, pesquisadores, secretários de Cultura de diversos estados e profissionais da área.
Plenário

Bauru-SP - Museu ferroviário fecha hoje para o controle do seu acervo
O Museu Ferroviário Regional de Bauru, que fica na rua Primeiro de Agosto, s/nº, vai fechar a partir de hoje(17) e só reabre no dia 8 de dezembro. O motivo é a contagem, higienização e eventual restauração de peças que necessitam de cuidados especiais. A última contagem do acervo, com os demais procedimentos de preservação do patrimônio ferroviário em exposição no Museu de Bauru foi feita no ínício de 2005. Segundo explica Edneia Ferreira Lima Pires, diretora de Museus e Memória da Secretaria de Cultura (SMC), o processo envolve um trabalho minucioso de observação das peças e seu acondicionamento em novas embalagens. “Vamos verificar o estado das peças, eliminar insetos nocivos, principalmente traças e cupins, entre outros procedimentos preconizados na área de Museologia”, assinala Pires.

Para realizar a contagem e limpeza das cerca de 2 mil peças existentes no Museu Ferroviário de Bauru, uma equipe de oito funcionários vai se mobilizar e fazer o serviço que inclui limpeza geral das dependências que abrigam os objetos do Museu. Segundo a diretora responsável, cada peça será analisada e limpa de acordo com critérios e técnicas específicas.
O período de fechamento do Museu Ferroviário é imprescindível à realização do trabalho para preservação da memória da ferrovia, enolvendo peças e objetos que foram resgatados e não se perderam no tempo. “É preciso cuidar desse patrimônio com o trabalho de conservação e limpeza do acervo existente”, observou Jair Aceituno, diretor do Departamento de Patrimônio Cultural da SMC, lembrando a recente realização, em Bauru, de um Curso de Museologia promovido no mês de setembro em parceria com o Governo Federal, que atualizou e ampliou conhecimentos na área. O Museu Ferroviário reabrirá no próximo dia 8, no horário normal de funcionamento, de terça a sábado, das 8h30 às 17h30.
Jornal da Cidade de Bauru

Oi PRORROGA INSCRIÇÕES PARA SEU PROGRAMA DE PATROCINIOS CULTURAIS INCENTIVADOS
O edital para seleção dos projetos estará disponível até 30 de novembro para todo o País
Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2009 – A Oi prorrogou para até o dia 30 de novembro as inscrições dos projetos culturais que concorrem a patrocínios da empresa no próximo ano. O Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados 2010 destinará recursos para o financiamento, total ou parcial, de projetos em todo o País aprovados em leis de incentivo à cultura. O objetivo da iniciativa é estimular a produção artística no País, valorizando a diversidade como elemento fundamental da identidade nacional.

As inscrições para o processo de seleção estarão disponíveis por meio do site https://correio.telemar.com.br/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://www.oifuturo.org.br/
ou https://correio.telemar.com.br/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://www.oi.com.br/. Artistas e produtores culturais podem concorrer com mais de um projeto.
Apoiado em conceitos como "acesso” e "inovação”, o programa incentiva iniciativas que valorizem talentos regionais e que possibilitem o intercâmbio de idéias e a convergência entre arte e tecnologia. Também são considerados como aspectos relevantes a capacidade de formação de novas platéias, a criação de novas oportunidades de trabalho e de formação de artistas.
Desde 2001, a Oi investiu cerca de R$ 222 milhões na cultura brasileira. Mais de 680 projetos em segmentos variados, como teatro, dança, festivais, artes visuais e cinema, já foram contemplados, atingindo um público estimado de 13 milhões de espectadores.
Seguindo o mesmo modelo das últimas edições, o Oi Futuro será responsável pela gestão do programa. As propostas serão avaliadas por comissões especializadas em cada uma das áreas culturais e o resultado será divulgado no site do Oi Futuro, em data a ser definida. Os projetos terão a confirmação do patrocínio condicionada à apresentação dos certificados válidos nas Leis de Incentivo à Cultura.
Em 2009, a Oi selecionou por meio do programa 132 projetos culturais, com investimento total de R$ 29,2 milhões, nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte e São Paulo. Entre as iniciativas selecionadas, há mostras de cinema e artes visuais, longas-metragens, obras de teatro, shows de música, festivais de dança, novas tecnologias, cultura popular, literatura e patrimônio. Os projetos selecionados na edição passada do programa concorreram com mais de 4,3 mil propostas inscritas dos diferentes estados da área de atuação da companhia.
Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados 2010
Inscrições: de 15 de outubro até 30 de novembro de 2009
https://correio.telemar.com.br/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://www.oi.com.br/ ou https://correio.telemar.com.br/exchweb/bin/redir.asp?URL=http://www.oifuturo.org.br/
Mais informações:
faleconosco@oifuturo.org.br
Sobre o Oi Futuro
Presente em várias cidades do país, o Oi Futuro tem a missão de democratizar o acesso ao conhecimento para acelerar e promover o desenvolvimento humano. Os programas do instituto têm como foco principal a promoção de um futuro melhor para as crianças e jovens do Brasil, reduzindo distâncias geográficas e sociais. São mais de 3 milhões de jovens atendidos pelos programas Tonomundo, Oi Kabum! Escolas de Arte e Tecnologia, NAVE, Oi Conecta e Novos Brasis. Na área cultural, O Oi Futuro atua como gestor do Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, mantém dois espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ) e em Belo Horizonte (MG), além do Museu das Telecomunicações nas duas cidades. O Oi Futuro apoia ainda projetos aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte. Com isso, a Oi foi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos sócio-educativos inseridos na nova Lei.
Mais informações:
Comunicação Corporativa – Oi
Mariana Pitta
(21) 3131-3095
(21) 8876-6493
mariana.pitta@oi.net.br

Fortaleza-CE - Prefeitura tomba casa onde morou Rachel de Queiroz

Preservação cultural: pesquisadores asseguram que a escritora Rachel de Queiroz escreveu sua obra-prima "O Quinze" na casa, localizada no bairro Henrique Jorge
Foto: Juliana Vasquez


No antigo Sítio Pici, há famílias morando. A permanência das pessoas está sendo negociada pela Prefeitura.

À primeira vista, parece uma casa comum, como as demais do bairro. Porém, poucos sabem que na residência da Rua Antônio Ivo, 290, no Henrique Jorge, morou a célebre escritora cearense Rachel de Queiroz. E, mais, que nela a cearense escreveu sua obra-prima "O Quinze".
A simples edificação com o telhado desgastado, de cor verde e rodeada por árvores, diferencia-se das outras e ganha de vez reconhecimento da sua importância para a história e memória do Estado. Afinal, no último dia 22 de outubro, a Prefeitura de Fortaleza publicou, no Diário Oficial do Município, o tombamento definitivo da casa."Fica tombado, em caráter definitivo, o imóvel localizado na Rua Antônio Ivo, nº 290, Bairro Henrique Jorge, denominado Casa da Raquel de Queiroz, haja vista o seu alto valor histórico, cultural e simbólico, portador de inelutável referência à identidade e à memória da sociedade fortalezense", consta o artigo 1º do documento, que oficializa o decreto de número 12.582/2009 de 15 de outubro.
Conhecida popularmente como Casa da Rachel de Queiroz, o antigo Sítio Pici ou Casa dos Benjamins, abrigou a família Queiroz, a partir de 1927. No local, há notícias de que a escritora cearense escreveu, aos 20 anos, seu primeiro romance regionalista e obra-prima "O Quinze", em 1930. Além de, como descreve a escritora Socorro Acioli no livro "Raquel de Queiroz", foi o local onde a autora de "O Quinze" também se casou com José Auto, em 1932, e teve sua filha Clotildinha, no ano seguinte, que veio a falecer dois anos depois, 1935.
"Esse tombamento é importante porque Rachel é uma das principais representantes da literatura brasileira. Ela é uma grande escritora, mas que o Ceará ainda deve muito. Ainda não há estudos necessários, não existe um memorial. Fortaleza não sabe bem preservar sua história. No entanto, o tombamento já é um começo", avalia a professora da Universidade Estadual do Ceará, Cleudeni de Oliveira Aragão, doutora em Literatura.
Entretanto, como indica o documento que baseou o processo pelo Prefeitura "Instrução de tombamento municipal para a casa Rachel de Queiroz", realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC); prefeitura e Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), a casa precisa de reparos. Até porque, segundo reforçam os moradores das proximidades, como a educadora popular Lúcia Vasconcelos, 56, e o pedagogo Leonardo Sampaio, 57, o local, há algumas décadas, abriga três famílias e está cada vez mais deteriorada.
"Atualmente, três famílias habitam a antiga casa, tendo cada uma efetuado intervenções segundo as suas necessidades, e desta forma, alterando completamente a concepção original da edificação. Afora isso, a edificação se encontra em péssimo estado de conservação, sem qualquer tipo de manutenção realizada nas últimas décadas", identifica o "Instrução de tombamento municipal para a casa Rachel de Queiroz".
Conforme o morador Leonardo Sampaio, integrante da Associação de Organizadores Sociais e Serviço (Amora), que desde 1983 luta pelo tombamento da residência, no final da década de 1970 o sítio foi loteado. Entretanto, a casa permaneceu e, pelo que se sabe, um funcionário da imobiliária responsável permaneceu e começou a dividi-la com a família.
"Ainda tem famílias morando. Era uma que foi crescendo e dividindo o espaço com os filhos, netos. A casa está desprovida de cuidados e está no espaço bem menor do que era. Ficou praticamente só a casa e está bastante deteriorada. Lutamos pela preservação das três árvores de benjamins e que lá seja construído um espaço cultural. Há essa necessidade de lazer para o bairro. Como ainda resta verde, queríamos preservá-lo", complementa Lúcia Vasconcelos, que compõe o Espaço Cultural Tito de Alencar (Escuta), que também lutava pelo tombamento da casa.
Além disso, Lúcia também antecipou que é interesse do movimento que o bairro, hoje conhecido por Jóquei Clube, volte a ser chamado de Daniel Queiroz, pai da autora de "O Quinze". "A ideia é resgatar a história, até mesmo porque o jóquei que deu nome ao bairro não existe mais", justificou.
Procurada pela reportagem, a Coordenação de Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) confirmou o tombamento da residência. Porém, de acordo com o setor, o uso do espaço pelas famílias que lá vivem ainda está em fase de negociação. A reportagem também tentou entrar em contato com a sede do Iphan em Fortaleza, mas ninguém atendeu às ligações.
Histórias de vida
Adquirido pelo pai da escritora cearense, Daniel de Queiroz, em 1927, para facilitar o acesso dos filhos aos estudos, o Sítio Pici ficava perto da lagoa da Parangaba, que, nesse tempo, pronunciava-se "Porangaba", e também do Rio Pici ou "Picy". Pertenceu à família do padre Rodolfo Ferreira Gomes e foi vendido depois a um industrial, José Guedes, de quem Daniel comprou o imóvel e fez uma nova casa para atender às suas necessidades. Assim, Rachel de Queiroz ingressa no curso Normal do Colégio Imaculada Conceição, aos dez anos, e, tempo depois, ajuda seu irmão Flávio no exame de admissão do Colégio Militar. No local, ela escreve o livro "O Quinze", aos 20 anos de idade, casou-se com José Auto, em 1932, teve sua filha Clotildinha (1933), que faleceu dois anos depois, 1935
PROTAGONISTA
Literatura
Rachel de Queiroz
Romancista, professora e cronista, Rachel de Queiroz nasceu na Capital cearense, no dia 17 de novembro de 1910. Filha de intelectuais, despertou paixão pelas letras desde pequena. Aos cinco anos, já se arriscava a ler algumas páginas de "Ubirajara", de José de Alencar. Em 1930, projetou-se como escritora ao publicar "O Quinze", romance de cunho social, que explora o drama da seca. Reconhecida pelos belos textos e temáticas sociais que abordava, Rachel foi a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras. Morreu no Rio de Janeiro, em 4 de novembro do ano de 2003
JANINE MAIA
REPÓRTER
Diário do Nordeste


Manaus-AM - Prefeitura anuncia projeto para revitalização do centro
MANAUS - O centro histórico de Manaus, abandonado pelo poder público, finalmente deverá receber um alento. A Prefeitura de Manaus e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), firmaram na manhã de hoje (17) termo de compromisso com o objetivo de viabilizar projetos sobretudo do Programa de Revitalização do Centro de Manaus (ProManaus).

Com o termo, técnicos dos dois órgãos terão um prazo de até 90 dias para desenvolver um Plano de Trabalho que antecederá a celebração do termo de cooperação técnica entre Implurb e Iphan. - Percebemos que as ações não estavam sendo integradas. Com esse termo, teremos a oportunidade de compartilhar as ações e unificar nossos esforços de forma que ganharemos mais agilidade na concretização de muitos projetos que temos em comum com o Implurb, declarou o superintendente do Iphan no Amazonas, Juliano Valente.
No centro de Manaus, centenas de camelôs integram à paisagem, oferecendo um visual nada agradável, proncipalmente aos turistas que esperam contar com espaços adequados, confortáveis e limpos.
O local também conta com o descaso com o patrimônio histórico. Diversas casas construídas no tempo áureo da borracha, quando Manaus foi uma das cidades mais prósperas do Brasil, estão abandondas não só pelo poder público como também pelos herdeiros dessas construções.
Para a funcionária pública Adriana Peixoto, o centro da cidade deveria merecer atenção especial.- O centro da cidade deveria ser um dos locais mais bonitos da cidade. Infelizmente não é o que acontece em Manaus. Com exceção do Largo São Sebastião e da Praça da Polícia, todo o resto está degradado, cheio de camelôs.
Se a prefeitura vai cuidar da área, está mais do que na hora, diz. -Não dá para pensar em revitalizar o Centro de Manaus sem ouvir o Iphan. Essa discussão passa diretamente pelas atribuições do Instituto e é por isso que ficamos muito felizes em poder trocar experiências de forma que possamos tomar decisões acertadas visando o desenvolvimento da Capital rumo ao mundial de 2014, justificou o presidente do Implurb, Bosco Saraiva.
Sinalização turística
Além do Programa de Revitalização do Centro de Manaus, que reúne ações no campo da acessibilidade, mobilidade urbana, recomposição das fachadas, reordenamento dos estacionamentos, recuperação das praças e a construção de galerias para receber os camelôs, outro projeto que deverá ser desenvolvido entre Implurb e Iphan é o que trata da sinalização turística para a Copa 2014.
Portal Amazônia.com


A casa das obras raras
História
Fotos: Pollianna Milan

A “Carta de guia de casados”, de 1651: mulheres deveriam tomar cuidado com as suas empregadas

Seção de raridades da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro é um baú cheio de preciosidades. São dois quilômetros de livros preciosos.
A Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro recebe – por exigência da Lei de Depósito Legal – pelo menos um exemplar de tudo o que é publicado no Brasil. Isso dá uma ideia do tamanho do acervo: uma estimativa de oito anos atrás rondava a casa dos dez milhões de obras. Além de livros sobre assuntos dos mais variados tipos, jornais e revistas, a biblioteca guarda ainda obras que são consideradas verdadeiras joias – desde manuscritos até livros que são exemplares únicos no mundo. As edições especiais são guardadas literalmente a sete chaves – em cofres especiais – e não estão disponíveis ao público em geral para consultas.
Manusear uma edição impressa no século 16, por exemplo, é privilégio para poucos: pesquisadores começam a pesquisa a partir de microfilmagens ou arquivos digitalizados e apenas no fim podem ter acesso ao livro original. A restrição acontece porque grande parte das edições está em condições precárias; e mesmo as que já foram restauradas precisam de cuidado especial na hora do contato físico. “O projeto Fênix, de recuperação destas obras, está preocupado em fazer com que o livro possa ser novamente tocado”, explica a chefe de divisão de Obras Raras da Biblioteca Nacional, Ana Virgínia Pinheiro. “Não é uma questão estética – tentar deixá-lo bonito – mas sim uma forma de tratá-lo e higienizá-lo para que possa sobreviver por mais tempo”, diz. Pelo menos 129 peças serão recuperadas no projeto, que tem o patrocínio do BNDES. Com exclusividade, Ana Virgínia contou para a Gazeta do Povo a história e o conteúdo de algumas delas.


Imagem de Mantua no sistema “vista de pássaro”:
livro do século 15 inovou o modo de representar uma cidade


Reprodução de obras raras garante maior acesso
Uma inciativa do setor de Obras Raras tem tornado acessível os livros antigos ao público em geral: algumas peças foram reproduzidas como um fac-símile e estão à venda – o custo aproximado é de R$ 20. O primeiro livro restaurado no projeto Fênix, Divina proporção (1514), do italiano Luca Pacioli, fala do sistema de partidas dobradas que é usado na contabilidade. O que mais chama a atenção, porém, é que a obra foi totalmente ilustrada com xilogravuras de Leonardo da Vinci, que seria amigo próximo de Pacioli.
Há ainda um fac-símile do livro Medicina teológica (1794), de Francisco de Melo Franco, que é considerado um precursor da psicanálise. Ele descreve o comportamento das pessoas e ensina aos padres como eles devem proceder diante de uma pessoa que apresenta angústia, já que eram os sacerdotes que antigamente tinham acesso a informações de foro mais íntimo, por meio do confessionário.
Os livros proibidos que foram para o “inferno”
Se o setor de Obras Raras da Biblioteca Nacional guarda livros publicados até 1720, por que edições do século 20 estão armazenadas ali? A chefe do departamento, Ana Virgínia Pinheiro, explica que o local já foi usado para esconder obras consideradas proibidas em determinadas épocas. “Não tínhamos a informação de que elas estavam aqui. Quando começamos a catalogar as peças, nos perguntamos o que aconteceu? Então notamos que elas não passariam despercebidas aos olhos de um censor, por isso foram escondidas”, conta. São livros escritos por pessoas exiladas durante o período militar no Brasil. Há ainda obras com forte apelo pornográfico. “Tem um livro que fala de técnicas de desenho que parece inocentíssimo. Lá pelas tantas, as páginas começam a mostrar imagens nitidamente homoeróticas”, explica Ana Virgínia.
São cerca de 40 obras que foram retiradas de circulação no passado e que agora serão catalogadas e receberão a designação “inferno”. (PM)
O setor de Obras Raras tem cerca de dois quilômetros de livros enfileirados: grande parte pertenceu à Biblioteca Real. Entre as raridades está a Emblemata, publicada em 1624, em Amsterdã, escrita por Johan de Brune. As emblematas tratavam de orientações morais e ensinavam, por exemplo, como a pessoa deveria se comportar diante de um amigo. “O livro traz imagens de mães em condição de maternidade, uma coisa inédita no século 17. Não era de praxe retratar a vida cotidiana das pessoas. O que existia neste período sobre maternidade eram somente imagens da virgem Maria segurando o menino Jesus. Mas este livro mostra a imagem de uma mulher evidentemente nobre, com roupas de gola alta e renda, que está trocando a fralda suja de uma criança”, diz Ana Virgínia.
A publicação é considerada rara porque também tem características das edições flamengas, da região de Flandres, como a impressão em papel de baixíssima qualidade para aumentar as tiragens. “É um papel áspero e marrom não comum para o período”, conta Ana Virgínia.
Outro tesouro é O Fênix de Minerva: o livro fala de técnicas de memorização e deve ser o primeiro livro deste gênero publicado em língua espanhola – a edição de 1626 (Madri) está na fila para ser restaurada pelo projeto Fênix. A obra ensina os estudantes a decorar textos, dados e ainda como fazer para não esquecê-los.
Manuais
No século 17 já havia a preocupação em se criar manuais para quem fosse casar. A Carta de guia de casados, de 1651, foi escrita por Francisco Manuel de Melo – ela tem formato estreito, como se fosse uma edição para se ter sempre à mão – e estabelece regras bastante rígidas para as mulheres. E outras bem flexíveis para os homens. “A obra alcançou popularidade na época e causou uma certa indignação, porque as mulheres eram as mais prejudicadas com as tais leis. Imagine que o autor nunca se casou na vida e escreveu recomendações para um matrimônio porque o amigo dele iria casar”, diz Ana Virgínia. Uma parte do manual (leia nesta página) sugeria às mulheres tomar cuidado com as empregadas, porque elas poderiam lhes roubar o marido.
Algumas edições do setor de Obras Raras são pioneiras na utilização de certas técnicas. A Cosmografia, de Petri Apiani (1551), impressa em Paris (França), traz nas páginas algumas pequenas peças que se movem – denominadas semoventes. “Os livros infantis atuais, que usam este recurso, devem ser uma imitação de Apiani”, afirma Ana Virgínia. Outro livro raro é o de Schedel – escrito na Europa no século 15 –, que foi o primeiro a retratar mapas com a técnica “vista de pássaro”. É algo semelhante ao que se vê hoje no Google Maps: a imagem das casas aparece em três dimensões – o teto e pelo menos duas laterais.
Pollianna Milan
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=887095

Portugal pede proteção a restos de nau achada no RJ
Lisboa, 17 nov (Lusa) - O arqueólogo português Francisco Alves destacou, nesta terça-feira, a importância de se assegurar a "integral salvaguarda e valorização dos vestígios" da nau portuguesa do século 18, descoberta no litoral do Rio de Janeiro, segundo a convenção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), não ratificada pelo Brasil.

Uma equipe de mergulhadores encontrou, recentemente, perto do litoral do Rio de Janeiro, restos de uma nau portuguesa que seria a "Rainha dos Anjos", que naufragou em junho de 1722, com um carregamento avaliado em 670 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão, ao câmbio atual).
Francisco Alves, chefe da Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática do Instituto de Gestão do Patrimônio Arquitetônico e Arqueológico (Igespar), subordinado ao Ministério da Cultura de Portugal, afirmou à Agência Lusa ter "tomado conhecimento da situação", e adiantou que está "a analisar e a recolher informações sobre o achado, e a desenvolver os contatos necessários".
Ele ressaltou que, "partindo do princípio de que se trata desse navio", Portugal tem "todas as razões para se regozijar"."O nome do navio em questão não é desconhecido, faz parte dos imaginários mundiais dos tesouros e tem um forte interesse histórico", disse o especialista, que explicou que, apesar de "mais ou menos bem descritos nas fontes da época, em termos arqueológicos, estes vestígios são sempre uma novidade e trazem conhecimentos únicos".
O arqueólogo, que foi um dos responsáveis por periciar uma nau portuguesa descoberta na Namíbia em abril de 2008, destacou que, "mesmo sem carga valiosa", este tipo de descoberta "não deixaria de integrar o patrimônio cultural subaquático português".
O especialista ressalvou, porém, a necessidade de "esperar pelos testes laboratoriais que confirmem sua origem".
Unesco
Lembrando que Portugal ratificou a convenção da UNESCO sobre a proteção do patrimônio cultural subaquático e, portanto, tem "legitimidade para exigir as normas do estado da arte, das boas práticas e da ética aplicada a este tipo de bens", Francisco Alves mostrou preocupação com o fato de o Brasil não ter assinado este convênio, o que significa que a salvaguarda e valorização da descoberta podem ser feitos consoante jurisprudência brasileira, e não segundo parâmetros internacionais.
A convenção da Unesco, de 2001 e que foi ratificada por Portugal cinco anos depois, foi uma resposta da comunidade internacional às atividades de caçadores de tesouros, que procuram as lacunas jurídicas para, na falta de proteção legal, explorarem e se apropriarem de objetos para conseguir lucro.
"Há quem procure nesses vestígios tesouros, e há os arqueólogos cujo interesse está ligado ao estudo e ao conhecimento", disse, antes de destacar que, no Brasil, "já existe uma geração de arqueólogos subaquáticos que são exemplo da evolução da tomada de consciência dessas riquezas do ponto de vista cultural, científico e patrimonial, e não do ponto de vista do lucro".
Nesse sentido, ele se mostrou "otimista" e lembrou a importância de Portugal e Brasil estabelecerem uma "cooperação no domínio do diálogo científico e patrimonial para trabalharem em conjunto para salvaguardar o patrimônio cultural que têm em comum".
Segundo o coordenador do Igespar, a comissão interministerial formada pelos ministérios portugueses da Cultura, Relações Exteriores e Defesa já está acompanhando a situação.
Lusa

Mais de 2 mil livros são danificados por ano na Universidade Federal do Espirito Santo

Nem mesmo um local reconhecido como fonte de instrução e conhecimento, como uma biblioteca universitária, escapa de ações de vandalismo. Prova disso é o fato de que mais de 2 mil livros são retirados de circulação, por ano, do acervo da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) por mau uso dos próprios frequentadores. "Os danos são os mais variados, desde a utilização de exemplares como guarda chuva e apoio para assento, até casos em que páginas são rabiscadas ou arrancadas", conta a diretora da Divisão de Formação e Tratamento do Acervo da Biblioteca Central da Ufes, Arlete Franco.
A diretora-geral da biblioteca, Raquel Madeira, explica que quando o dano é mais grave, o reparo não pode ser feito na Universidade. "Nesses casos temos que terceirizar o serviço, o que representa um custo de, aproximadamente, R$ 15,00 por livro". Segundo Raquel, sempre são feitas campanhas de conscientização para evitar os danos. "Fazemos orientações, mas o problema é que é difícil descobrir e punir os vândalos", justifica.
Reforma
Funcionária da Ufes há 28 anos, há mais de 18 Vera Lúcia Trancoso trabalha no setor de reparos de livros. "Fui colocada nessa função por força da necessidade. Entrei aqui como auxiliar de administração, e fiz dois cursos para trabalhar consertando livros", diz.
Vera confidencia que cada vez que uma obra danificada chega às suas mãos, a sensação é de frustração. "Tenho a impressão de que o meu trabalho não dá resultado, pois quanto mais eu conserto, mais livros estragados aparecem", desabafa. Segundo a funcionária, ainda assim ela sente prazer realizando o trabalho. "Já teve mês em que mais de 450 livros foram reparados aqui" diz. O setor possui três funcionárias e duas bolsistas do curso de Artes.
Processo de restauração requer estudo e leva até cinco anos
Os trabalhos realizados dentro do setor de reparos na Ufes, não podem ser considerados restauração. É o que explica o professor Tércio Gaudêncio, membro fundador da Associação Brasileira de Encadernação e Restauro (Aber), que participou, ontem, de um seminário na Universidade. "É apenas uma conservação para trazê-los de volta às prateleiras". Segundo ele, o trabalho de restauração requer todo um estudo técnico que, no total, pode levar mais de cinco anos. "Restaurar não é colar papel. É entrar na parte físico-química do livro, descobrir o que está causando os danos e as formas de recuperá-lo", diz.
"Todo esse processo é composto por três etapas. Na primeira é realizado um diagnóstico. É descoberto o tipo do papel, entre os 49 possíveis, e a tinta entre as 17 possíveis. "É aí que se descobrir o que deverá ser feito", explica o professor. Em seguida é executado tudo o que for planejado. "Esse processo é composto por 52 etapas, entre elas: o tratamento físico-químico", esclarece.
Por último é escrito um relatório de garantia de que o processo foi todo feito respeitando os padrões internacionais de restauração de papéis e livros.
O que não se deve fazer com os livros
Dobrar as pontas das páginas ou o livro ao meio
Fazer anotações e grifos
Se alimentar, fumar sobre o livro, ou manuseá-lo com as mãos sujas
Expor os livros ao excesso de calor, luz e umidade
Usar grampos e clipes para marcação
Colar plástico adesivo e fitas para reparos
Virar páginas com o auxílio da saliva
Puxar o livro pela parte superior da lombada e guardá-lo na estante com a voltada para cima
Biblioteca Estadual vai restaurar 3 mil livros
Cerca de 3 mil obras raras, que fazem parte do acervo da Biblioteca Pública Estadual, serão restauradas no ano que vem.
De acordo com a diretora da instituição, Rita Maia, entre os itens que entrarão em reforma, estão: uma obra de William Shakespeare, que possui uma tiragem de apenas 300 exemplares do Brasil; e a Constituição do Espírito Santo, totalmente manuscrita. "No geral são livros que foram danificados com o tempo, muitos deles datam do início do século XX", explica.
Raquel diz não ter uma estimativa de custo, mas espera que até o final de 2010 parte das obras já estejam de volta ao acervo.
De acordo com a diretora, na Biblioteca Estadual não há o mesmo problema de vandalismo encontrado na Ufes. "Isso talvez seja explicado pelo fato de que lá, o número de usuários é cerca de 100 vezes maior", avalia. "Até um tempo atrás nosso maior problema era a defasagem em relação à devolução dos livros, mas ultimamente isso foi reduzido", afirma.
Para aluna, faltam controle e conscientização De acordo com a aluna do 4º período do curso de Farmácia da Ufes, Waléria Pereira, de 23 anos, deveria haver mais rigor, por parte da universidade, na conscientização e controle sobre quem usa os livros da Biblioteca da Ufes. "Não tenho percebido um trabalho de esclarecimento, para orientar os alunos sobre como tratar os livros", diz. Para ela uma opção de segurança seria a utilização de câmeras de vigilância. "Isso poderia ajudar na identificação dos vândalos". Waléria diz que, por várias vezes, já pegou livros danificados. "É um absurdo esse desleixo com o patrimônio público. Os livros deveriam ficar para várias gerações", ressalta. Walesca lembra, também, que a biblioteca da Ufes é um local aberto à toda a população. "Isso é bom, mas também prejudica a conservação", diz.
Coleção corre risco em laboratório
Da Redação Multimídia
Milhares de exemplares de insetos correm o risco de desaparecer dos arquivos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O motivo é a degradação da sala onde funciona o catálogo entomológico. Há cinco meses, o teto cedeu e nenhum tipo de reparo foi providenciado. Pela fresta, outros insetos e pragas invadem a sala e acabam danificando o material que é utilizado pelos alunos da graduação ao doutorado. De acordo com o doutor em Biologia e curador da coleção, Celso Oliveira Azevedo, a prefeitura universitária foi informada do problema por diversas vezes, mas nenhuma solução foi apontada. Com isso, armários, gavetas e equipamentos tiveram que ser retirados da sala, representando mais dificuldade para os pesquisadores e prejuízo para a Ufes."O maior prejuízo é do patrimônio biológico, que são os insetos guardados aqui. Não dá para calcular o valor em dinheiro que esta coleção vale. De bem físico, nós temos talvez R$ 1,5 milhão investidos aqui", destacou.
A prefeitura universitária da Ufes afirmou que ainda esta semana a sala do catálogo entomológico receberá uma visita técnica que avaliará a necessidade de reformas estruturais e pintura. A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos até o fim do ano. (Eduardo Fachetti)
Biblioteca na Fafi - Acervo municipal tem reserva on-line
A Biblioteca Municipal Adelpho Poli Monjardim, vinculada à Secretaria de Cultura de Vitória, já está disponibilizando para a comunidade mais de 15 mil obras para a pesquisa na internet. O endereço para acesso é biblioteca. vitoria.es.gov.br. No entanto, para ter acesso ao acervo e fazer reservas, por exemplo, o interessado deve primeiro procurar a biblioteca, quando será cadastrado e receberá uma senha. De acordo com a coordenadora da biblioteca, Eugênia Broseguini, os usuários podem fazer reservas, renovações e consultas de livros pela internet.
A biblioteca municipal funciona na Escola de Teatro e Dança Fafi, no Centro.
Mais informações: (27) 3381- 6926.
Frederico Goulart
A Gazeta Online

Marcadores: , ,

1 Comentários:

  • Às 11:39 PM , Anonymous Nivia de Oliveira Castro disse...

    Obrigada, Silvio, por aproveitar a postagem sobre a importância histórica e cultural da Cachaça. Bacana que você tenha esta compreensão. Seja sempre bem-vindo. Sucesso procê.

     

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial