ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

07 dezembro, 2009

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 7-12-09

Ijuí-RS - Museu preserva discos de vinil

Discos de vinil são preservados no Museu Antropológico Diretor Pestana, em Ijuí. O acervo de 2.868 peças passa por processo de higienização, por meio do projeto Imagens Históricas – Acondicionar para Preservar, que tem apoio do BNDES. Alguns desses discos integraram a discoteca da Rádio Progresso. ‘Até agora, estavam praticamente guardados’, reconhece a diretora Stela Maria Zambiazi de Oliveira, para quem o projeto permitirá a classificação antes do acondicionamento em condições mais adequadas.
A higienização começa pela remoção das impurezas contidas nos sulcos dos discos com auxílio de jato de ar. A segunda etapa do processo é a lavagem com água deionizada, que o museu obtém do Laboratório de Solos da Unijuí, com acréscimo de detergente neutro e o uso de um pincel de cerdas macias.
‘Essa etapa é importantíssima porque toda a informação sonora está nos sulcos, que podem ficar inacessíveis devido a arranhões, fungos, poeira e todo tipo de deterioração’, explica a técnica Cristina Strohschoen. Só depois da secagem é que os discos são acondicionados em embalagens alcalinas (envelopes) para assegurar a conservação correta.
Silvana Losekann
Defender

O museu sem acervo

Imagine um espaço onde a obra de arte é a própria arquitetura. Assim é o novo museu de Roma.

Foram dez anos de obras, 1,2 milhão de horas de trabalho ininterrupto e 120 mil toneladas de concreto para erguer os pouco mais de 21,2 mil metros quadrados do Museu Nacional de Arte do Século XXI, em Roma.
Recém-inaugurado, o Maxxi – como é conhecida a construção – foi projetado pela arquiteta iraquiana Zaha Hadid e custou 150 milhões de euros, o equivalente a R$ 390 milhões. Mas, diante dos espaços fluidos, dos sinuosos corredores e da complexidade da obra de engenharia executada, os números ficam em segundo plano.
O impacto do prédio projetado por Zaha, vencedora do Prêmio Pritzker, uma espécie de Oscar da arquitetura mundial, em 2004, é tamanho que a Fondazione Maxxi, que bancou a empreitada por meio do Ministério da Cultura e do Patrimônio do país, só vai expor seu acervo em meados de 2010. Até lá, a obra de arte a ser admirada é a própria edificação. “Esta é uma tendência”, diz Issao Minami, professor de comunicação visual da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). “São construções que merecem admiração.
Balanço
Formas moldadas em concreto, aço e vidro são a marca de Zaha Hadid.
E há muito que se admirar no Maxxi. Quando foi projetado, em 1999, boa parte das curvas idealizadas pela arquiteta não podia sequer ser construída. A tecnologia da época não permitia. Mas, enquanto a obra seguia seu rumo, novas soluções em mistura de concreto foram desenvolvidas para viabilizar as improváveis torções que fazem o piso virar parede e a parede virar teto. Segundo Zaha, o efeito desejado era o de criar corredores cercados por uma espécie de onda de concreto que envolvesse o visitante “como uma fita de cetim se desenrolando no espaço”.
Outra característica que deve se tornar uma das marcas registradas da obra é o enorme bloco de concreto e vidro que se projeta como uma cabeça da fachada principal. “É como se a peça se descolasse do resto da construção”, explica Celso Lomonte Minozzi, professor de arquitetura na Universidade Belas Artes de São Paulo.
João Loes
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2090/artigo157173-1.htm


Uberaba-MG - Goteiras na Santa Rita ameaçam acervo do Museu de Arte Sacra
Acervo do Museu de Arte Sacra de Uberaba, instalado na Igreja Santa Rita, e tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1939, pode estar ameaçado pelos defeitos na estrutura do prédio.
A última reforma no telhado foi realizada no ano passado e entregue em setembro de 2008, mas há aproximadamente dois meses, com a intensificação do período chuvoso, as telhas do prédio cederam e o interior da igreja, incluindo algumas peças sacras datadas de dois séculos, estão sendo atingidos por goteiras.
De acordo com a técnica responsável pela elaboração e coordenação do projeto de reforma, Marlene Maia Guimarães, a obra de substituição das telhas antigas foi proposta pela Casa do Artesão e aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). “A substituição gerou muita polêmica, mas havia necessidade de ser realizada, pois o telhado anterior era chumbado e amarrado com cimento, o que estava comprometendo toda a estrutura”, relata.
Segundo ela, a troca das telhas do prédio foi realizada pela empresa Rio Grande, sediada em Belo Horizonte. “Houve supervisão do IPHAN e prestação de contas. Além do mais, essa obra foi concluída há mais de um ano e só agora apresentou problemas, então, acredito que os defeitos no telhado não são resultantes de erro da construtora”, afirma.
Para Marlene, as fortes chuvas ocorridas no período, desde a sua entrega até agora, podem ter contribuído para a danificação das telhas. “Além disso, o IPHAN já requisitou o corte das árvores mais altas que ficam localizadas na parte de trás da igreja, porque elas também estão estragando a parte de cima do prédio. Já registramos várias quedas de galhos”, garante.
Solução. Segundo a responsável, o chefe de obras encarregado pela reforma esteve ontem no Museu, para identificar as causas do problema. “Se for de origem estrutural, a empresa construtora já se comprometeu a refazer todo o trabalho no telhado e arcar com os custos”, diz.
A expectativa é a de que o processo licitatório que prevê a liberação de R$ 120 mil para a realização de obras de paisagismo e iluminação externa do prédio seja concluído dentro de alguns dias. “Se o relatório do pedreiro confirmar que os estragos foram resultantes de causas naturais; como as chuvas, por exemplo, a reforma deve ser custeada por essa verba”, conclui.
Jornal de Uberaba

Igrejas do Sítio Histórico de Olinda fecham as portas para os turistas
No primeiro dia do Circuito das Igrejas, os santuários não abriram no horário divulgado e não havia guias para explicar a história dos locais para os visitantes.
Frustração - essa foi a sensação de alguns turistas que foram visitar as igrejas de Olinda na última segunda-feira (30), acreditando que elas estariam abertas no primeiro dia do projeto Circuito das Igrejas.
Os prédios são patrimônio histórico da humanidade e atraem milhares de visitantes todos os anos.
Pelo menos igrejas deveriam ficar abertas das 9h até as 17h. Em cada uma, estagiários da área de turismo receberiam os visitantes. Mas no primeiro dia do projeto Circuito das Igrejas, a Sé fechou para o almoço. Os turistas tinham que ser avisados de que existia uma porta lateral. “Tem a porta da frente, que está fechada, mas os visitantes podem entrar de lado enquanto a gente faz a limpeza”, disse o sacristão Gilvan Pereira.
Somente depois das 14h, uma das portas principais foi aberta e os monitores começaram a trabalhar. Só então os visitantes puderam conhecer o prédio e contemplar a bela paisagem da cidade. “Ficou na praça, comendo tapioca, ouvindo música, foi muito gostoso o clima”, eligiou o turista Ricardo Luiz.
Alguns metros depois, ainda no Alto da Sé, os turistas viveram uma situação ainda mais decepcionante na Igreja da Misericórdia - nem a porta lateral estava aberta.
No Convento de São Francisco, o cartaz com o horário tradicional de visitação foi mantido e cumprido, fechando para o almoço, do meio-dia às 14h. Não havia guias no local.
No Mosteiro de São Bento foram os monitores que tiveram problema. A igreja também fechou ao meio-dia. “Era para ela estar aberta ininterruptamente, das 9h às 17h, mas ela fechou ás 11h45 e só retornou às 14h”, comentou o monitor Jefferson Souza.
A Igreja de Nossa Senhora da Graça, que fica ao lado do seminário, foi a única que ficou aberta no horário combinado. O arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburid, explicou que os religiosos responsáveis pelas igrejas ficaram com medo de abrir os templos no horário de menor movimento de pessoas na Cidade Alta.
“Uma condição que nós colocamos é que houvesse segurança, monitores a disposição das pessoas que chegam e colocar câmeras nas igrejas, para garantir uma segurança maior”, afirmou Dom Fernando.
Além do problema com os horários, nenhum monitor distribuiu informativos turísticos, prometidos no lançamento do circuito. “Nós esperamos até sexta estar com tudo funcionando e a SDS [Secretaria de Defesa Social] ampliar a segurança e todos os estagiários com o material pronto para receber a polícia que vem nos visitar”, disse o secretário de Turismo de Pernambuco, Sílvio Costa Filho.
A assessoria de comunicação da Polícia Militar disse que o policiamento próximo das igrejas abertas para visitação está sendo feito por duplas de soldados a pé e também com carros.
Sobre a visitação, 11 igrejas estão incluídas no circuito, cinco em Olinda e as demais no Recife e em Jaboatão dos Guararapes.
pe360graus.com

"Virado à paulista" vira patrimônio monçoeiro

O prato, popular de Porto Feliz, agora é patrimônio monçoeiro
O popular prato “virado à paulista” agora é considerado patrimônio monçoeiro. O prefeito de Porto Feliz, Cláudio Maffei encaminhou um Projeto de Lei pedindo a legitimação do título ao prato, baseado na história dos monçoeiros e o pedido foi aprovado pela Câmara dos Vereadores da cidade.
Agora, o próximo passo é encaminhar uma solicitação ao Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para tornar o “virado à paulista” um Patrimônio Cultural Imaterial de Porto Feliz.
Contexto Histórico
De acordo com um texto de Carlos Borges Schmidt, publicado no Diário de São Paulo, no dia 21 de junho de 1959, o virado era alimento presente na dieta dos monçoeiros. E o texto cita como referência as palavras do historiador Sérgio Buarque de Holanda.
Em seu excelente ensaio histórico sobre as monções que, a partir do primeiro quartel do século XVIII, marcaram uma nova etapa na história pátria, Sérgio Buarque de Holanda dedica especial atenção às questões relacionadas com a alimentação dos monçoeiros.
O autor lembra que, a bordo das canoas "a farinha tinha em muitos pontos, papel semelhante ao que desempenhara o famoso biscoito das galeras nas antigas viagens ultramarinas. Farinha de milho principalmente, se é verdade que a mandioca só começa a ser cultivada, em escala apreciável, no planalto, em fins do século XVIII que o produto conduzido a bordo, durante o mesmo século, provinha, sobretudo, dos distritos de Itu e Araritaguaba, onde sempre foram numerosas as roças de milho".
Mas a farinha de milho não era o alimento exclusivo. Ela era complementada pelo feijão e pelo toucinho de porco. Dessa ração monçoeira, por assim dizer, o autor refere-se a informações contidas em publicações de documentos antigos, que registram a seguinte ração individual, para cálculo dos suprimentos necessários durante as longas jornadas; cento e quinze gramas de toucinho por dia; nove litros de farinha de milho por dez dias, e quatro e meio litros de feijão pelos mesmos dez dias.
Assim, sistematicamente os monçoeiros obedeciam à mesma rotina, o preparo das refeições, dias após dias. "Antes do por-do-sol, costumavam os homens arranchar-se e cuidar da ceia, que constava principalmente de feijão com toucinho, o panem nostrum quotidianum dos navegantes, segundo expressão de um deles, além da indefectível farinha de milho ou de mandioca), e algum pescado apanhado pelo caminho".A tal ponto se integrara no regime alimentar paulista o virado de feijão que, diz-se, o próprio dom Pedro, por razões óbvias, em uma de suas visitas a São Paulo, comeu à moda da terra, em banquete público, feijão preparado com toucinho e farinha.
Porto Feliz – Roteiro dos Bandeirantes
De acordo com o documentarista José Antonio Barros Freire, durante as gravações do documentário Porto Feliz - Roteiro dos Bandeirantes, a equipe realizadora ficava mais feliz quando percebia que moradores, jovens e crianças sabiam contar as origens da cidade e valorizavam o patrimônio cultural representado pelas tradições preservadas e edificações históricas. “Sobre a alimentação dos monçoeiros no século XVIII - o Virado Paulista - uma garota de uns 12 anos nos falou com um sorriso só que havia memorizado a preciosa informação ao assistir a encenação teatral Semana das Monções que acontece na cidade todos os anos no mês de outubro”, conta.
E finaliza. “Em Porto Feliz, a Educação Escolar é levada a sério e a carinhosa hospitalidade do portofelicense é herança dos seus antepassados”.
Assim, graças ao professor Sérgio Buarque de Holanda, estão sendo realizadas essas importantes conquistas históricas e culturais. E o Museu Pedagógico e Histórico das Monções segue cumprindo seu ideal.
Publicado por Guilherme Martins
www.itu.com.br

Ruínas de Pompeia podem ser vistas em tour virtual na web

As ruínas da cidade romana de Pompeia, localizadas ao lado do vulcão Vesúvio, em Nápoles, no sul da Itália, estão disponíveis a partir desta quinta-feira no Google Street View. Uma parceria entre o Ministério dos Bens Culturais italiano e o motor de buscas possibilitou o mapeamento completo de um dos patrimônios arqueológicos mais importantes do mundo.
As ruínas da cidade romana, que se mantiveram conservadas pelo gás e pelas lavas do Vesúvio após a erupção de 79 d.C, podem ser visitadas virtualmente no serviço do Google, que permite aos internautas navegarem pelo local com uma vista de 360º. As imagens incluem detalhes das casas, das ruas de pedras e até mesmo dos turistas que visitavam o local no dia que as câmeras do Google registraram a atração.
"A possibilidade de visitar virtualmente as maravilhas de Pompeia representa um extraordinário veículo promocional para o turismo italiano e um estímulo para muitos potenciais turistas virem pessoalmente visitar o centro arqueológico", afirmou em uma nota o diretor-geral para valorização do patrimônio cultural do Ministério dos Bens Culturais, Mario Resca, segundo o jornal Corriere della Sera.
"O acordo com o Google entra nos planos de relançamento e valorização das ruínas, que prevêem também a abertura do local para eventos teatrais e musicais", afirmou, por sua vez, o comissário extraordinário de Pompeia, Marcello Fiori.
Confira mais imagens e fotos através do atalho http://bit.ly/8ixcWi.
Redação Terra

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