ATUALIDADES - 10-2-10
USP cria identificador de cores e notas de dinheiro para deficientes visuais
Batizado de Auire, o aparelho portátil literalmente "fala" o nome da cor do objeto analisado a partir de leitura óptica.
Desenvolvido pelos engenheiros de computação formados pela Poli, Fernando de Oliveira Gil e Nathalia Sautchuk Patrício, o Auire traz dois grandes diferenciais. O primeiro é o preço final para o consumidor. Os pesquisadores estimam que o aparelho possa chegar ao mercado com um valor entre R$ 100 e R$ 200. Hoje, aparelhos similares são vendidos por R$ 1,2 mil. A outra vantagem do Auire é que ele será o primeiro identificador de dinheiro a reconhecer notas de real. Importados, os outros aparelhos reconhecem apenas notas de dólar.
O público-alvo são os deficientes visuais, tanto os completamente cegos quanto os daltônicos, principalmente os de baixa renda que não têm acesso aos identificadores hoje disponíveis. "Para baixar os custos do aparelho, vamos utilizar uma eletrônica mais simplificada, com componentes disponíveis no mercado, além de uma arquitetura aberta de software livre. Queremos que o Auire possa ser reproduzido por quem possui os componentes e alguns conhecimentos de eletrônica", diz Fernando Gil.
O projeto do Auire está na etapa final da competição organizada pelo Unreasonable Institute, que tem como missão apoiar empreendedores com projetos sociais de alto impacto. A primeira fase da competição foi o desenvolvimento do plano de negócios, em que os competidores precisavam apresentar uma ideia que atingisse um milhão de pessoas; que fosse auto-sustentável no prazo de um ano; e que depois de três anos pudesse ser estendida para outros países.
Nesta última etapa, o instituto escolherá os 25 primeiros projetos que conseguirem arrecadar US$ 6.500 em doações. Os recursos serão usados para custear os desenvolvedores dos projetos durante um período de 10 semanas de treinamento na sede da instituição, no Colorado, Estados Unidos, com profissionais e especialistas na área de negócios. Passado o período de treinamento, os projetos serão expostos a investidores sociais num evento organizado pelo instituto.
As doações começaram no dia 25 de janeiro e podem ser feitas até 15 de março, pelo site oficial do Unreasonable Institute (www.unreasonableinstitute.org). Outra opção é usar o Pagseguro para fazer a doação no próprio site do Auire. As doações só serão efetivadas se o projeto for selecionado.
Carla Falcão, iG São Paulo
Novas cédulas do real vão custar R$ 1,15 bilhão
BRASÍLIA - A nova família de cédula do real vai custar cerca de R$ 1,15 bilhão ao contribuinte na substituição em três anos, informou o chefe do Departamento de Meio Circulante do Banco Central (BC), João Sidney Filho. Para a rede bancária, o custo adicional será "trocar as caixinhas" que separam as notas nos caixas eletrônicos, por onde circulam 70% do dinheiro em todo o país.
Novas cédulas de R$ 50 e R$ 100 começam a circular até junho
Sidney explicou que todo o meio circulante de 4,2 bilhões de unidades de cédulas atuais será substituído de forma gradativa, sendo que as notas de R$ 100 e R$ 50 começam em abril, com previsão de produção inicial de 200 milhões. Depois virão as notas de R$ 20 e 10, em 2011, e as de R$ 5 e R$ 2, no ano seguinte.
Ele explicou que, até agora, o BC pagava à Casa da Moeda cerca de R$ 170 por milheiro de cédula. Passará a pagar cerca de R$ 200. Dessa forma, o custo adicional estimado ficará em torno de 28%, sobre o orçamento de R$ 300 milhões previsto para este ano. Ou seja, será um adicional aproximado de R$ 84 milhões em três anos.
O técnico do BC informou ainda que todo o dinheiro em circulação tem valor aproximado de R$ 115 bilhões, sendo que 97% desse montante, ou R$ 111,5 bilhões, são cédulas e o restante, moedas.
A Casa da Moeda investiu R$ 400 milhões na modernização de seus equipamentos, dos quais R$ 230 milhões foram em novas máquinas para a produção de cédulas.
Haverá um ganho de 30% na vida útil das cédulas de menor valor (R$ 2 e R$ 5, por exemplo), que hoje duram em média um ano, por causa da envernização do papel, explicou Sidney.
Ele enfatizou que, desde 2005, o BC vem trabalhando na segunda família do real com grande foco em segurança, como novas nuances nas tonalidades da marca d'água. Cada animal da cédula será a marca d'água, como já é nas notas de R$ 2 e de R$ 20. Destaque ainda para a banda holográfica, existente na de R$ 20 e muito usada no euro.
O tamanho da cédula será reduzido, de acordo com o valor. Hoje, todas são iguais, ou seja, medem 13,5 cm por 6,5 cm. No modelo novo, a de R$ 2 medirá 12,1 cm por 6,5 cm, e a maior, a de R$ 100, terá 15,6 cm por 7 cm.
Sidney informou que 83% dos países em todo o mundo adotam cédulas de tamanhos diferentes, como o euro, por exemplo, de forma a facilitar o manuseio para os deficientes visuais. Ele também lembrou que a antiga cédula do cruzeiro, na década de 1970, também tinha tamanhos diferenciados.
O representante do BC comentou que a média atual de falsificação é de 143 em cada um milhão de cédulas em circulação. Disse também que a substituição das cédulas deverá estar concluída "já na Copa do Mundo de 2014", apenas pelo processo de saneamento, quando os bancos levam notas usadas e pegam cédulas novas no BC.
(Azelma Rodrigues Valor)
Marcadores: def. visuais, notícia
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