CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 8-2-10
Após um mês, moradores de São Luiz tentam retomar a rotina e o que sobrou das imagens religiosas
Em duas semanas, os desabrigados terão que deixar as escolas, por causa da volta às aulas.
Um mês depois da enchente em São Luiz de Paraitinga, os moradores tentam retomar a rotina. Mas os desabrigados continuam sem destino e o trabalho de restauração das imagens religiosas ainda nem começou.
As imagens foram resgatadas dos escombros da igreja Matriz de São Luiz do Paraitinga. Estão sujas de barro e danificadas. Das dez, apenas duas têm valor artístico e histórico. Uma delas é a de São Luiz de Tolosa, o padroeiro da cidade. O santo perdeu os braços e a base. A imagem é do século 18, feita de madeira. A outra, da mesma época e do mesmo material, é a de Nosso Senhor dos Passos. “A gente precisa, nessa fase, esperar a secagem natural das peças, ir monitorando para ver se não está tendo nenhum problema maior, um desprendimento de policromia e, sim, depois, entrar um processo mais invasivo de conservação e restauro”, diz a restauradora Cristiana Antunes.
Um mês depois da enchente que destruiu o centro da cidade, as ruas ainda estão desertas. Restaurantes, lojas e padarias estão fechados. Edson Anacleto conseguiu reabrir o ponto comercial. “Sorte que a gente tem os funcionários como uma família pra gente, né? Então, um se fazia de pedreiro, outro de eletricista, outro de pintor… É um alívio para gente e pros fregueses, pra cidade. Vai dando ânimo novo e assim por diante”, diz.
Quem não tem parentes na cidade para ajudar, está em abrigos da prefeitura. No maior deles, há um mês, 60 pessoas vivem e dividem o espaço com colchões e roupas doadas. Em duas semanas, os desabrigados terão que deixar as escolas, por causa da volta às aulas. “O que eu queria era saber se eu vou ter o direito ou não vou ter o direito pra eu poder ir com meus filhos pra outro lugar e por meus filhos para estudar”, diz uma abrigada.
“Serão construídos abrigos provisórios até que as casas definitivas sejam construídas” , diz o diretor de turismo, Eduardo Coelho.
A prefeitura informou que o critério de entrega das casas será estabelecido pela Defesa Civil e pela Assistência Social do município.
Silvana Losekann
Defender
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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