CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 6-4-10

Egito quer a Pedra de Roseta de volta

A Pedra de Roseta, um dos tesouros da Antiguidade, vem se tornando alvo de disputa entre Inglaterra e Egito. A peça, datada de 196 a.C. e tida como a chave para a decifração dos hieróglifos, foi descoberta em 1799, por uma expedição militar organizada pelo imperador francês Napoleão Bonaparte. Mais tarde a pedra foi capturada pelos ingleses.

Desde 1802, a relíquia encontra-se exposta no Museu Britânico, de onde o Conselho Supremo de Antiguidades do Egito está disposto agora a retirá-la. Para isso, o arqueólogo egípcio Zahi Hawass prepara uma requisição formal à instituição inglesa, solicitando a restituição da peça ao seu país de origem. Sua intenção é que a Pedra da Roseta esteja de volta ao Egito a tempo da inauguração de um novo museu, próximo às pirâmides de Guizé, prevista para 2013. A briga promete, já que os ingleses se dispõem apenas a emprestar a peça, mas se recusam a entregá-la em definitivo.

Graziela Costa Pinto

Wikimedia Commons

Lei tornará cachaça patrimônio cultural da Paraíba

A Paraíba produziu no ano de 2008 13 milhões de litro/safra de cachaça de alambique e com o devido apoio governamental deve alcançar o patamar de 16 milhões até 2010. É com objetivo de preservar e divulgar esse patrimônio cultural do Estado que o deputado estadual Carlos Batinga (PSC) apresentou na tarde de terça-feira (30), o projeto de lei 1.662 /2010, tornando a cachaça como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado da Paraíba.

A Paraíba tem uma tradição secular na produção de cachaça de alambique desde 1811. Ao longo dos anos, apesar de alguns engenhos estarem de “fogo morto”, várias marcas vêm se mantendo no mercado, como também outras surgiram. O resultado disso foi visto recentemente na edição de 17 de fevereiro de 2010 da vista, onde a produção de cachaça paraibana recebeu um merecido reconhecimento nacional.

Três cachaças produzidas no estado ficaram entre as cinco melhores do Brasil no guia da revista Veja. A cachaça Serra Limpa e a Volúpia dividiram a primeira colocação no ranking nacional. Já a Serra Preta conquistou o quarto lugar. As três cachaças vencedoras integram o projeto Cachaça de Alambique no Brejo Paraibano, articulado pelo Sebrae/PB com o apoio da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Aspeca e Sindibebebidas. O projeto desenvolve ações focadas na melhoria produtiva, acesso a novos mercados e melhoria da gestão dos engenhos.

De acordo com o deputado, a produção de cachaça é um setor importante da economia paraibana e o trabalho integrado pelo governo do Estado e outras instituições conseguiram revitalizar a região do Brejo com a retomada de vários engenhos anteriormente fechados. Segundo Batinga, isso representa geração de emprego e renda por uma atividade que valoriza a própria cultura do povo da região.

Click-PB

Após mais de dois séculos, o tesouro do mundo antigo pode sair da Inglaterra e retornar a sua terra natal.