ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

28 junho, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 28-5-10

Vaticano anunciará novas descobertas arqueológicas
Cidade do Vaticano, 19 jun (RV) - Na próxima terça-feira, dia 22, realizar-se-á uma entrevista coletiva, no curso da qual serão apresentadas as novas descobertas arqueológicas no interior das catacumbas romanas de Santa Tecla.
O evento terá lugar às 11h30 (hora local) nas dependências da Basílica de São Paulo "Fora dos Muros", e terá a participação do presidente da Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra, Dom Gianfranco Ravasi, e do secretário do mesmo organismo vaticano, Mons. Giovanni Carrú, além do Superintendente Arqueológico das Catacumbas de Santa Tecla, prof. Fabrizio Bisconti, e da especialista em restauração, Drª. Barbara Mazzei.
As catacumbas de Santa Tecla têm sido um local propício para descobertas; recordamos que foi ali que se encontrou o ícone mais antigo de São Paulo.
A Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra tem estendido sua ação – além de Roma – a regiões como Nápoles, Sicília e Siracusa.
Após a apresentação, na terça-feira, das novas descobertas, será possível visitar as mesmas. (AF)
Rádio Vaticano

Templo esotérico vira patrimônio cultural de São Paulo
Nascida da vontade de um operário imigrante português na virada do século 20, estruturada como as tradicionais sociedades secretas e fortalecida por um caldeirão espiritual onde cabem espiritismo, cristianismo, teosofia, filosofia, budismo e hinduísmo, a primeira ordem esotérica do Brasil atravessou o século e manteve seguidores.
O prédio que abriga a ordem, no entanto, resistiu menos ao tempo. A fachada, que ostenta símbolos ocultistas que intrigam os passantes de uma rua secundária do bairro da Liberdade, região central de São Paulo, é sustentada com a ajuda de arames.
Há um mês, veio a boa nova: a Secretaria de Estado da Cultura publicou resolução que tomba, por decisão do Condephaat, o edifício da rua Rodrigo Silva onde está instalado o Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento.
"O tombamento ajuda na esperança de conseguirmos patrocínio", afirma Élcio Lima, representante do círculo.
Os ornamentos tombados incluem estátuas, baixos relevos, quatro atlantes --seres gigantes que, segundo a teosofia, viveram há 18 milhões de anos na Atlântida-- e três mísulas (enfeites) com cabeças de mulher, símbolos de fraternidades ocultistas.
CRIAÇÃO
O prédio foi erguido em 1925, mas o círculo foi criado em 1909 por Antonio Olivio Rodrigues, tido como a principal referência da ordem.
Há outros três patronos: o escritor ocultista francês Eliphas Lévi (1810-1875), o líder espiritual americano Prentice Mulford (1834-1891) e o monge e filósofo hindu Swami Vivekananda (1863-1902).
A linha mestra é a força do pensamento em comunhão. Há rituais de meditação coletiva, em sintonia com centros em todo o país, chamados "tattwas" ou "pontos de luz".
"No plano espiritual, não há distância", diz Lima. O lema da ordem é "Harmonia, Amor, Verdade e Justiça".
Outra questão importante é a da simbologia. O círculo esotérico utiliza símbolos que considera universais, que não pertencem a religiões ou seitas, embora sejam usadas por elas.
Na biblioteca, eles estão em toda a parte, rejuvenescidos por uma reforma feita em 2009, centenário do círculo.
Nos anos 1940, a ordem teve 70 mil filiados, inclusive em outros países. Hoje, tem cerca de 5.000. Na quinta-feira, 16 participavam de uma das reuniões do círculo.
Um deles era o comerciante Vitor Moreira, 55. Católico, já frequentou grupos de gnose e de teosofia, além da Seicho-No-Iê. "Venho pela ânsia de conhecimento do divino que há dentro da gente."
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO

Arte dos scrapbookings cresce no país
Brasil está entre os 10 maiores mercados mundiais da técnica

O hobby de fazer à mão álbuns personalizados de fotografias que guardam as memórias da família em meio a textos e recortes movimenta no Brasil um promissor mercado. Já são cerca de 2 mil lojas oferecendo produtos específicos para a técnica, sendo 500 delas especializadas nesta espécie de colcha de retalhos, costurada com papel. O chamado scrapbooking nasceu nos Estados Unidos e chegou ao Brasil há cerca de cinco anos, tempo suficiente para colocar o país entre os 10 maiores consumidores mundiais desse artesanato.
Em Belo Horizonte, uma ampla papelaria que a cada mês lança novidades para abastecer os ávidos decoradores de álbuns passou a rechear o mercado convencional, se desdobrando em produtos para confecção também de cartões, porta-retratos, caixas personalizadas, livros com encadernações artesanais, convites e lembranças, tudo com o toque do scrapbooking. A construção de um álbum custa a partir de R$ 150 e quem se dedica ao hobby garante que investe, no mínimo, R$ 200 por mês na compra de peças para confecção das páginas artesanais. E, na esteira de produtos, o hobby ainda abriu espaço para um novo mercado: o de cursos sobre a técnica. As aulas custam a partir de R$ 80, com três horas de duração e material incluído. A procura é tanta que o espaço reservado para as oficinas já integra o ambiente de várias papelarias da cidade.
Com cinco anos no mercado a Rota do Papel, papelaria especializada na arte do scrapbooking, dobrou o tamanho inicial da loja, de 100 para 200 metros quadrados. Segundo as empresárias Dorinha Santos e Marta Bethônico, o investimento na ampliação foi de R$ 200 mil e a expectativa é que este ano o faturamento cresça cerca de 30%. “O scrapbooking não é uma colagem simples. Existem técnicas para decorar os álbuns e várias artesãs estão se especializando e comercializando os produtos que aprendem a fazer”, observam.
Como todo hobby, geralmente quem se inicia na técnica não para na primeira experiência. A artista plástica Teuda Jácome de Melo diz que sua média mensal de gastos com material é de R$ 200, mas chega a investir até mais de R$ 500 na construção de páginas personalizadas para toda a família. Ela ressalta que consegue trabalhar com a sua “terapia” sem que os desembolsos pesem no orçamento. Teuda, que já produziu cerca de 500 páginas de scrapbooking contando a história de suas viagens e de sua família, também comercializa miniálbuns, cartões e folhas personalizadas, trabalho que faz sob encomenda. “É um artesanato autossustentável”, garante.
Pronto, um álbum pode chegar a custar R$ 1,5 mil, dependendo do trabalho e do material usado. Segundo Dorinha Santos, um item que agrega valor aos produtos é usar material livre de ácido. “O que permite guardar as fotos sem risco de perda das imagens ou de mudança de cor.” Especialistas do segmento apontam que 90% do material usado hoje no país é importado, feito na China, mas comprado dos Estados Unidos.
Mauro Antônio Garcia, diretor comercial da Craft & Scrap Brasil, empresa que representa cerca de 60 marcas nacionais e internacionais, diz que o mercado vem crescendo ao ritmo de 20% ao ano. “Acredito que no Brasil o scrapbooking ocupa cerca de 40% de seu potencial. Antes de haver uma estabilização, o mercado vai mais que dobrar.” Segundo Garcia, Minas Gerais ocupa o segundo lugar no consumo da papelaria especializada, depois de São Paulo, tendo cerca de 100 lojas revendendo centenas de produtos como furadores, papéis lisos e decorados, álbuns, adesivos, livros, carimbos, carimbeiras, canetas, gabaritos e ferramentas próprias.
FESTA
Nos últimos cinco anos, a Papelaria Rex, no Ponteio Lar Shopping, mais que dobrou o tamanho dedicado a produtos da arte, que ganhou força com o hábito dos mórmons nos Estados Unidos, os primeiros a organizar as memórias dentro de uma técnica da decoração. Andrea Guerra, proprietária da loja, diz que um andar inteiro foi dedicado à papelaria especializada e também aos cursos de formação das chamadas scrapers. “Percebemos o crescimento do mercado pelo número de pessoas que passaram a trabalhar com a comercialização do produto.” A empresária aponta ainda a moda de festas de aniversário movida ao artesanato. “É comum meninas entre 10 e 12 anos se reunirem para comemorar o aniversário em uma tarde de scrapbooking.” O preço é a partir de R$ 35 por pessoa.
A loja Papel Picado também reforçou a papelaria especializada e de olho na demanda do mercado criou cursos que ocorrem semanalmente na própria loja do BH Shopping e do Shopping 5ª Avenida. “Esse mercado chegou ao Brasil há uns cinco anos e experimentou um verdadeiro boom”, comenta Alélia Fonseca, dona da loja.
Marinella Castro - Estado de Minas

Obras do VLT são embargadas pelo Iphan em Brasília
As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foram embargadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na tarde desta sexta-feira (18). O Iphan alega que o órgão responsável pela construção, a Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF), não entrega os projetos solicitados há três meses e que as obras não estão de acordo com a legislação que determina os limites de construções em áreas tombadas. O Metrô-DF informou que deve enviar o projeto para o Iphan nesta segunda-feira (21) e , com isso, tem a expectativa de que as obras retomem ainda na próxima semana.

Enfim, o aguardado tombamento do Oficina
Será tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nesta quinta-feira, no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, o Teatro Oficina, na Rua Jaceguai, no bairro do Bexiga, em São Paulo. Projeto moderno de revitalização da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, o Teatro Oficina é um dos mais importantes espaços de experimentação teatral do País desde os anos 1960.
O tombamento nacional do Oficina foi um pedido do diretor teatral José Celso Martinez Correa, de 72 anos, ao então Ministro da Cultura Gilberto Gil, em 2003. Correa temia que a anunciada construção de um shopping center de posse do grupo do empresário Silvio Santos, na área vizinha. O empresário chegou mesmo a tentar adquirir o teatro, mas enfrentou resistência do diretor. "Construir o shopping aqui é como fechar o vão livre do Masp", disse. Com o tombamento, qualquer edificação na vizinhança, a partir de agora, deverá ter seu projeto submetido ao Iphan e não poderá ultrapassar certas dimensões, além de não poder impedir a iluminação no teatro.
O estudo de tombamento ressalta, além do caráter artístico do espaço, a importância histórica para o teatro brasileiro e seu papel de resistência durante o regime militar no Brasil. Em 1984, Lina Bo Bardi fez o projeto de reformulação arquitetônica do antigo imóvel que abrigava o Teatro Oficina, atingido por incêndio em 1966 ? a arquiteta, 11 anos antes, já tinha feito cenários para peça de Brecht em montagem do mesmo José Celso Martinez Correa. A fachada típica das residências do Bexiga foi mantida, mas a mudança no interior foi revolucionária, com o palco longitudinal e a parede envidraçada de 150m².
Segundo o Iphan, o plano de tombamento determina os padrões para a preservação das características do espaço que abriga as atividades do Oficina, estabelecendo como entorno sua área de proteção visual. "A vegetação existente também deve ser protegida, para que permaneça emoldurando a visão externa existente a partir do interior do teatro. Qualquer construção realizada no lote vizinho deverá respeitar parâmetros predefinidos."
O local foi transformado em teatro público em 1984, sob administração do Oficina, com o prédio cedido pelo governo do Estado. Seu pedido de preservação, no entanto, vai além do espaço físico do imóvel e pretende resguardar o ambiente de criação artística, a paisagem local no tradicional bairro paulistano.
Jotabê Medeiros - O Estado de S.Paulo
A empresária Marta Bethônico aposta na expansão desse tipo de artesanato personalizado no Brasil

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