ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

02 junho, 2010

EXPOSIÇÕES - 2-6-10

Lorena-SP - FATEA promove Exposições de Fotos

Segundo o Professor Luiz Antonio Feliciano a Mostra “Novos Olhares” tem como objetivo a busca um descondicionamento do olhar, uma tentativa de olhar além das coisas rotineiras que nos cercam. A proposta partiu da leitura do conto “Cogumelos na Cidade”, do autor Italo Calvino, no qual Marcolvaldo, personagem central, lança um olhar perceptivo, dada, sobretudo, as suas condições financeiras, sobre a realidade que o cerca. O título, Novos Olhares, tem essas dubialidade de “novo olhar”, por olhar diferente uma realidade dada, e ”novo olhar”, por serem alunos e estarem se acostumando com o olhar fotográfico.
A exposição “Cotidianidade Fotografeira” procura mostrar um pouco do cotidiano dos fotografeiros e as possibilidades comunicativas da fotografia. “Empunhar uma câmera tem o mesmo peso de segurar uma caneta, ou qualquer instrumento de produção signica. Nesse sentido, as fotografias oferecem discursos próprios dos fotógrafos, isso de uma forma diferenciada. As duas ”Mostras” trazem um pouco da “realidade” que nos cerca, mas, pela mecanicidade que a vida se torna, não conseguimos enxergar”, explica.
Para o professor, “expor é se expor” e isso é interessante tanto para os fotógrafos profissionais, quanto para os alunos.” São nesses momentos que conseguimos mostrar um pouco das nossas “falas”, nesse caso, uma fala visual. Como a fotografia é um suporte comunicacional, uma exposição fotográfica necessita oferecer vantagens para todos interlocutores. Se para o fotógrafo é importe expor seus pensamentos por meio da fotografia, para o público é importante perceber na fotografia uma possibilidade de questionamentos e de interlocuções”, ressalta.
As duas exposições podem ser visitadas até o dia 04 de junho no Saguão do Prédio Teresa D’Ávila, nas dependências da faculdade. Outras informações pelo telefone (12) 2124 2888.
Assessoria de Imprensa FATEA
DPCOM – Departamento de Comunicação e Marketing

São Paulo-SP - Cicatrizes África Marcada
São 28 obras em tinta acrílica sobre tela que retratam o universo, muitas vezes doloroso, da mulher africana. Com curadoria de Olivio Guedes, diretor cultural do museu, a mostra fica no espaço até 6 de junho, com entrada franca. Durante o ano passado, Leslie ingressou em uma fase mais profunda de sua vida e fez deste período uma transformação em seu estilo de pintar. A artista apresentará ao público pela primeira vez sua imersão no inconsciente coletivo das mulheres da África. Dentro deste tema existem duas versões explícitas nas obras: um lado, a artista deu continuidade ao seu estilo solto, de cores vibrantes e combinações inesperadas, com uma explosão de alegria e otimismo. As africanas parecem saltar para fora da tela. Do outro lado, brotaram rostos tristes, sérios e sofridos. As cores vibrantes e as largas pinceladas contrastam com o espírito sombrio das personagens retratadas. O resultado das primeiras telas é justificado pela viagem que a artista fez ao continente africano anos atrás, onde teve contato com a população e viu de perto as maravilhas da fauna do local. Leslie encantou-se com as cores, a estética, a energia pulsante das pessoas e das paisagens. O sentido para a radical mudança de expressão nas telas, a artista só descobriu após uma pesquisa mais profunda por trás daquele cenário encantador e mantido fora da vista dos turistas. A verdade ela já conhecia, estava em seu inconsciente, que guiou seus gestos, cores e texturas, e trouxe para a superfície a realidade deste continente que é a banalização da brutalidade e a violência sexual sem nexo a que são submetidas milhares de mulheres.
Até 6 de Junho, De terça a domingo, das 10h às 19h
MuBE (192 lugares)
Av. Europa, 218 (Jardim Europa)
Tel: (11) 3081-8611 (11) 3081-8611
Ingressos: Grátis
Sampa Online

São Paulo-SP - 20 Anos de Arte com Livia Bucci
A Galeria Spazio Surreale promove uma exposição com 60 artistas em homenagem à promotora das artes Livia Bucci. Entre eles Dominique LeComte, premiado com o primeiro lugar em pintura na Bienal Internacional de arte de Roma em Janeiro deste ano e Israel Macedo, premiado com o quarto lugar em escultura. Nascida em Roma - Itália e residindo no Brasil desde 1958, a posição principal de Livia Bucci nas artes é de pluralismo, o que consente à vida artística e ao intercâmbio cultural que há vinte anos estabeleceu entre o Brasil e a Itália, nos dois sentidos, conhecimento, atividades educativas e oportunos investimentos que podem gerar novas coleções particulares e museus oficiais. Na exposição 60 artistas prestam homenagem à fundadora da Galeria Spazio Surreale e uma das principais promotoras do intercâmbio cultural entre Brasil e Itália. Estes artistas passaram nos últimos 20 anos pelos perspicazes e críticos olhos da Marchand. Dominique LeComte e Israel Macedo são novas apostas de Livia Bucci que os descobriu e levou à última edição da Bienal Internacional de arte de Roma, da qual é diretora e responsável pela seleção de artistas na América do Sul. A exposição conta através de obras de 60 artistas a história de revelações desta Italiana promotora das artes.
Até 30 de Junho, de segunda a sexta, das 09h às 18h
Galeria Spazio Surreale
Rua Caconde, 238 (Jardim Paulista)
Tel: (11) 3884-8449 (11) 3884-8449
Ingressos: Grátis
Sampa Online

New York-USA - Após 15 anos, MoMA traz exposições sobre fotografias femininas
 
 Ilse Bing na foto 'Self-Portrait', de 1931

O progresso é um mundo suspeito quando aplicado à arte. Mas não sempre. Em 1995, a pintora Elizabeth Murray organizou uma exposição coletiva no Museu de Arte Moderna. Foi uma das séries de mostras A Escolha do Artista do museu, com conteúdo selecionado do acervo permanente. Murray foi a primeira mulher a participar da série. Ela escolheu cerca de uma centena de peças de quase 70 artistas e as comprimiu nos apertados espaços em volta do saguão. A seleção tinha uma coisa em comum: eram todas mulheres. A mostra, Modern Women (mulheres modernas), foi a primeira do tipo no MoMA.
Agora, 15 anos depois, e quase três anos após a morte de Murray, a demografia por gênero do museu mudou significativamente. Nesta primavera há duas mostras do acervo permanente dedicadas quase inteiramente a artistas mulheres: Pictures by Women: A History of Modern Photography (retratos por mulheres: uma história da fotografia moderna) e a menor Mind and Matter: Alternative Abstractions, 1940s to Now (mente e matéria: abstrações alternativas, da década de 1940 a hoje). Elas coincidem com a publicação de um grande, profundo e exuberante livro de ensaios, que levou vários anos para ser concluído, chamado Modern Women: Women Artists at the Museum of Modern Art (mulheres modernas: artistas mulheres no Museu de Arte Moderna).
Além disso, a muito noticiada retrospectiva de Marina Abramovic ainda está em exibição (até segunda-feira), assim como uma ótima instalação artística, Mirage, de Joan Jonas. Um estudo composto de Lee Bontecou fica em exposição durante o verão americano, assim como o programa de filmes de Maya Deren.
Acrescente um punhado de trabalhos individuais de mulheres, estrategicamente instalados ao longo das dependências -uma escultura de Louis Bourgeois introduz o grande movimento do modernismo europeu no quarto andar, uma das pinturas de Lee Lozano comanda o espaço público do quarto andar-, e a reflexão curatorial iniciada pela exposição de Murray se torna clara.
O acervo fotográfico do MoMA sempre foi forte no quesito artistas mulheres, forte o bastante para Pictures by Women: A History of Modern Photography quase estar à altura da promessa ambiciosa de seu título.
A exposição -200 obras de 120 artistas- começa com uma gravura botânica da fotógrafa britânica Anna Atkins, tirada por volta de 1850, quando a fotografia mal tinha uma história por ser tão nova. Como as curadoras -Roxaa Marcoci, Sarah Meister e Eva Respini, todas do departamento de fotografia- organizaram a exibição por data, temos uma sólida dose da época vitoriana tardia na sala de abertura, com imagens de Julia Margaret Cameron e Gertrude Kasebier.
Cameron era britânica, Kasebier, americana. As duas tendiam aos quadros com mãe e filho, mas Kasebier às vezes fazia um intervalo para brincadeiras em torno de refeições ao ar livre. Primeiro enaltecida, depois depreciada pelo todo-poderoso Alfred Stieglitz, Kasebier -que trabalhava com fotografia (Cameron não precisava trabalhar)- conhecia alguns caprichos da carreira política que conflitavam com políticas de gênero.
Como muitos fotógrafos naquela época inicial, ela estava aprendendo tudo sobre o ofício. Assim como sua contemporânea Frances Benjamin Johnston. Em suas perturbadoras e emocionantes imagens da série Hampton Album, é possivel sentir uma artista testando as dimensões éticas da fotografia, no caso de Johnston, o dilema de como olhar para a raça. Ela nunca chegou a descobrir, e seu trabalho permanece entre focar e ignorar a questão.
Em boa parte dessas primeiras fotografias, vemos um mundo através de um tipo de humildade romântica, uma neblina suave que sugere inocência no olhar. Mas, no novo século, a neblina desaparece. O foco cresce em precisão, como a natureza-morta de balas de Tina Modotti; o autorretrato engraçado e furtivamente duplo de Ilse Bing; e as imagens das fornalhas explodidas em Detroit de Margareth Bourke-White. Elas parecem retratos do poder industrial.
A mostra tem alguns retratos excelentes das décadas de 1920 e 1930. É verdade que Martha Graham faz a maior parte do trabalho na foto tirada por Imogen Cunningham em que ela aparece. Qualquer fotógrafo focando o rosto da dançarina, com sua expressão de angústia e enxaqueca, acabaria tendo bons resultados. Mas só uma pessoa poderia fazer justiça ao semblante de Claude Cahun (nascida Lucy Schwob), e essa era a própria Cahun. Vestida num terno masculino, a cabeça raspada, ela olha com suspeita para a câmera, mesmo num autorretrato.
No final dos anos 1930, estamos longe da Paris de Cahun. Estamos nas rodovias castigadas pelos ventos da América na Depressão com Dorothea Lange e encontramos mães migrantes, filhas arruinadas e ex-escravos miseráveis. Então, uma década depois (mas na mesma galeria), chegamos às ruas de Nova York com Helen Levitt e captamos a esqualidez colorida da cidade através de seus olhos imperturbáveis de pedestre.
Contribuições generosas de Levitt, Lange, Diane Arbus e Nan Goldin servem para variar o ritmo conturbado da mostra, mas algumas das experiências mais marcantes surgem no contato com fotos únicas: o retrato ao estilo "Irmãos Grimm" dos tocadores de sino de um vilarejo na Eslováquia tirado por Marketa Luskacova; a impressão de Jeanne Moutoussamy-Ashe sobre a África do Sul racialmente dividida; a Última Ceia só com mulheres de Mary Beth Edelson; e a foto que Gundula Schulze tirou de si mesma sendo atacada -o que está acontecendo?- por uma mulher furiosa em Berlim.
A despeito do conteúdo, todas essas imagens são políticas, porque em cada uma delas uma mulher estava atrás da câmera e, no momento em que ela fechou o obturador, ela fazia algo que as mulheres só recentemente começaram a fazer: usar a tecnologia para selecionar e controlar uma imagem do mundo.
Controlar imagens -fotografar, editar, revelar- era, e é, um ato intrinsecamente político. Não importa qual a imagem, você faz uma apropriação da realidade: é assim que isso é, isso é importante, isso é meu. Por essa razão, cenas da vida nos quintais suburbanos de fotógrafas como Mary E. Frey, Margaret Moulton, Sheron Rupp, Melissa Shook e Judith Joy Ross são tão radicais quanto os trabalhos extremamente engajados de Barbara Kruger, Howardena Pindell e -uma das mais jovens artistas da mostra- Rachel Harrison.
Em roteiros condensados como o que está no MoMa, ficamos basicamente livres para extrair nossos próprios temas-guia. Além da política, eu senti uma energia familiar, não o humanismo da "família do homem", mas a concretude da família da mulher. Tive a sensação de redes de intimidade entre os sujeitos fotografados (com frequência mulheres), entre os sujeitos e as fotógrafas e entre as fotógrafas e sua própria imagem. E, mais uma vez, faz pouco tempo que as mulheres podem -têm os meios para- criar autorretratos realistas.
Murray falou da sua Modern Women de 1995 como um autorretrato, uma maneira de se definir como artista e pessoa através de outros artistas. Do acervo do MoMA, ela escolheu figuras das décadas de 1950 e 1960 -Grace Hartigan, Joan Mitchell, Bontecou- que foram exemplos para ela numa época em que era difícil encontrar arte feminina.
Ela selecionou contemporâneas como Eva Hesse e Louise Fishman, que estavam lá quando chegou em Nova York. Ela escolheu santas patronas (Anni Albers, Bourgeois), pecadoras fabulosas (Frida Kahlo) e meras amigas.
O resultado de fato tinha uma personalidade, eriçada com sensibilidades variadas, mas ligadas e concretizadas por histórias em comum há muito desprezadas. O efeito foi muito comovente. Eu me lembro, porque escrevi sobre a mostra. De regra, reluto em reler o que escrevi e nunca conscientemente me citei, mas me permitam repetir as frases finais daquela crítica aqui:
"Modern Women é, com certeza, um primeiro rascunho de uma mostra abrangente ainda a ser realizada. E ninguém entende melhor do que Murray os riscos de isolar a arte que já tinha uma existência marginal. Enquanto ocorre, os muros do gueto que cercam a arte feminina são desmantelados de dentro. Ao oferecer mesmo um vislumbre das riquezas que possuem, Murray fez a coisa certa, fez bem e fez a arte avançar um passo."
Para mim, tudo isso ainda é verdade. Que esses muros continuem sendo abalados, se rompam e desabem enquanto nos movemos -progredimos- até o futuro. E nos lembremos de uma artista que foi uma mulher moderna, que lutou por essas riquezas, mudou a visão do mundo e fez história.
The New York Times
A FATEA (Faculdades Integradas Teresa D’Ávila) de Lorena promove duas Exposições concomitantes. “Novos Olhares”, Mostra de fotografias dos alunos do 3º ano de Jornalismo com apresentações de imagens do cotidiano feitas pelos alunos e “Cotidianidade fotografeira”, uma Mostra coletiva de alguns Fotógrafos do Vale do Paraíba como, Daniel Feliciano, Thiago Leon, Ronny Santos, Roosevelt Cássio, Luiz Liu, entre outros, com fotografias do cotidiano desses profissionais.

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