ATUALIDADES - 6-7-10
Mercado reage com euforia ao acordo entre Pão de Açúcar e Casas Bahia
Papéis da Globex disparam 20%; família Klein terá participação maior do que acertada no início do ano.
Às 11h30, as ações da Globex disparavam cerca de20%, negociadas a 15,98 reais
São Paulo - O anúncio de que o Pão de Açúcar (PCAR5)e a Casas Bahia teriam encerrado as discussões da revisão dos termos da fusão entre as duas empresas levou a uma forte alta de 20% das ações da Globex (GLOB3) na bolsa, empresa que controla as operações do Ponto Frio e também pertencente ao grupo.
Segundo os novos termos da operação, A família Klein, da Casas Bahia, terá participação maior do que acertada no início do ano e terá direito a veto em decisões do grupo que envolvam a empresa. O Pão de Açúcar vai aportar cerca de 700 milhões de reais na Globex.
Às 11h30, as ações da Globex disparavam cerca de20%, negociadas a 15,98 reais. Os papéis do Pão de Açúcar avançavam 0,98%, vendidas a 64,12 reais. As empresas convocaram uma teleconferência com analistas e jornalistas às 15h desta sexta-feira.
"A principal boa notícia é de que o acordo está finalmente concluído, sem grandes mudanças. O fim das incerteza por si só é uma boa notícias, e as ações devem reagir em conformidade", explicam as analistas da Itaú Securities, Juliana Rozenbaum e Francine Martins, em relatório. A recomendação para as ações do Pão de Açúcar "market perform" foi reiterada, com um preço-alvo de 75,80 reais.
O novo contrato entre Casas Bahia e Pão de Açúcar terá a duração de seis anos, informou ao site de EXAME uma fonte diretamente ligada às negociações. Um dos pontos que gerava discussão entre as partes era o mecanismo de saída da Casas Bahia da sociedade. Desde o primeiro contrato, foi determinado que a saída seria dada via mercado com uma oferta pública de ações.
A família Klein quis detalhar isso agora. Pelo novo contrato, a partir do segundo ano, as companhias podem realizar uma Oferta Pública de Ações (OPA). Caso não haja oferta durante o período de seis anos que vigora o contrato, ele poderá ser prorrogado por mais dois. No oitavo ano, então, caso as companhias decidam desfazer a sociedade, há três opções - todas terão de ser aprovadas pelo Pão de Açúcar.
Gustavo Kahil, de EXAME.com
Economia dos EUA fecha 125 mil postos de trabalho em junho
WASHINGTON - A geração de emprego no setor privado dos Estados Unidos foi apenas modesta e o emprego geral diminuiu pela primeira vez neste ano com o término dos trabalhos temporários para o censo, mostrando que a recuperação da economia do país não está ganhando força.
O setor privado norte-americano criou 83 mil empregos em junho, após criar somente 33 mil no mês anterior, disse o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira, muito menos que o necessário para reduzir o desemprego.
A economia em geral cortou de 125 mil empregos, o maior corte desde outubro, com a demissão de 225 mil trabalhadores temporários pelo governo.
"As empresas ainda estão contratando... mas os empregos estão sendo criados em um ritmo fraco e não são suficientes", disse Jennifer Lee, economista sênior do BMO Capital Markets em Toronto.
A taxa de desemprego caiu para 9,5 por cento, o menor nível desde julho de 2009, com pessoas deixando de procurar trabalho.
Economistas ouvidos pela Reuters esperavam que o setor privado gerasse 112 mil empregos, embora alguns tenham reduzido suas projeções nos últimos dias. A previsão para as vagas em geral era de queda de 110 mil. Esperava-se que a taxa de desemprego subisse para 9,8 por cento, de 9,7 em maio.
O Departamento do Comércio norte-americano mostrou nesta sexta-feira que as encomendas à indústria dos EUA em maio tiveram a maior queda desde março do ano passado.
Os dados sobre emprego, porém, sinalizam que o crescimento continuará, mas de forma lenta. "Nenhuma recaída (na recessão), mas nenhuma recuperação rápida também", disse John Silvia, economista-chefe da Wells Fargo em Charlotte, Carolina do Norte.
O setor de serviços gerou 91 mil empregos no mês passado, após geração de 20 mil em maio. O emprego temporário aumentou 20.500, enquanto a contratação no varejo caiu 6.600.
A indústria cortou 8 mil postos de trabalho em junho, pressionado pelos fortes declínios na construção de moradias após o fim do crédito tributário ao comprador de imóveis. O setor manufatureiro criou 9 mil empregos, após criar 32 mil em maio.
A semana média de trabalho nos EUA caiu para 34,1 horas, de 34,2 horas em maio. Salários menores podem ser um risco ao gasto do consumidor.
Com o desemprego insistentemente alto, o gasto do norte-americano desacelerou nos últimos meses, ameaçando criar um ciclo vicioso que investidores e alguns analistas temem que farão a economia voltar à recessão.
LUCIA MUTIKANI REUTERS
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