CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 19-7-10
Descoberta a Cidade do Gigante Golias
Uma escavação arqueológica em curso, em Tel Tzafit continua a desenterrar as ruínas do que outrora foi a cidade de Gat- descrita na Bíblia como a cidade natal de Golias. O professor Aren Maier, que dirige a escavação, está sendo procurado por vários jornais para discutir as últimas descobertas. A Rede de TV BBC, gravou em 13 de julho um documentário sobre a expedição arqueológica para exibir em um programa sobre a história Bíblica de David e Golias.
Os achados recentes das escavações Tzafit Tel, são fascinantes, disse Maeir. O local, habitado três vezes pelos filisteus, tem vestigios de vários períodos da história: Estamos nos concentrando no período cananeu, o período dos filisteus e dos israelitas. Um dos achados mais interessantes foi um pedaço de escrito que contem, entre outras coisas, os nomes dos filisteus, alguns dos quais muito semelhantes a "Golias".
Os resultados mostram que a cidade foi cercada por exércitos, até que seus moradores esgotaram a fonte de alimento, em seguida atacou. Dezenas de edificios foram demolidos pelo exército invasor, mostram os relatos da escavação. Outros edificios parecem ter desmoronado por um terremoto.
Site oficial da expedição arqueologica Tzafit Tel, é atualizado diariamente: http://gath.wordpress.com/
Quem é o arqueólogo Aren Maeir? http://faculty.biu.ac.il/~maeira/ArenCV.htm
Noticiado em Israel: http://www.israelnationalnews.com/
A Narrativa Bíblica sobre o pequeno Davi vencendo o gigante Golias se encontra no Livro de I Samuel Cap 17 no Antigo Testamento. No século VII a.C., os filisteus simplesmente somem das páginas da Bíblia, de Canaã e da história. Daí em diante, tudo o que se sabe sobre os filisteus se deve ao trabalho de arqueólogos, que a partir da metade do século passado se empenharam em recuperar a memória dos filisteus e de todo o mundo micênico, desenterrando achados sensacionais como Tróia, o palácio de Cnossos em Creta e a própria cidade de Micenas. No caso da Palestina nome da região vem da transliteração hebraica de Philistia , o declínio da influência egípcia transformaria os filisteus em seus herdeiros naturais como senhores da região. Durante a fase dos Juízes, eles reinaram absolutos. O poder de suas cidades, Ashkelon, Gaza, Ashdod, Gath e Ekron, era incontestável, assim como sua cultura, que aos poucos deixou de lado a reprodução da arte micênica para se tornar uma espécie de amálgama cultural com as mais variadas influências. A existência de Gath, contudo era um mistério para os estudiosos.
Por: Wilma Rejane
Egipto: encontrada tumba com mais de 4000 anos que mantém intactas as suas cores originais
A cerca de 25 quilómetros a sul do Cairo, a capital do Egipto, foi encontrada uma tumba com mais de 4000 anos que mantém bem vivas as cores das pinturas e dos hieróglifos gravados na pedra.
O chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do Egipto, Zahi Hawass, indicou que “são as cores mais incríveis alguma vez encontradas numa tumba”, cita um repórter da EFE que se deslocou ao local.
Na tumba estão os restos mortais de dois altos funcionários da V dinastia faraónica (2500-2350 a.C.), pai e filho.
O mais extraordinário é que a porta que permite a entrada para o túmulo do filho, Jonso, sepultado numa sala adjacente à do pai, e o umbral através do qual - acreditavam os egípcios - a alma do defunto entrava no mundo dos mortos, estão ambos pintados com uns tons de rosa, amarelo, vermelho, azul e preto que, ainda hoje - 4200 anos depois - permanecem bem vivos.
“A tumba do filho, Jonso, é única e incrível”, explicou Zahi Hawass, acrescentando que na “porta falsa” há um “altar sacrificial” no qual foi representado Jonso “em distintas posturas nas quais se evidencia a beleza” das cores. “Uma beleza que possivelmente nunca antes tinha sido encontrada noutra tumba”, indicou o mesmo especialista.
Estes sepulcros “formam parte de um enorme cemitério que foi descoberto recentemente na zona de Saqara por uma missão arqueológica egípcia que trabalha na área desde 1988”, explicou ainda Hawas.
publico.pt
Arqueólogos estudam práticas sexuais de civilizações pré-colombianas
Homossexualidade e masturbação estavam ligadas a ritos de passagem e fertilização da terra
Um grupo de arqueólogos mexicanos publicou uma série de ensaios sobre os costumes sexuais das civilizações pré-colombianas do México e da América Central, revelando segredos que permaneceram ocultos por quase 500 anos.
Os documentos apontam para práticas que escandalizaram os espanhóis, que chegaram à região no século 16.
O conceito de sexualidade dos habitantes originais das Américas era muito diferente do europeu, que tinha uma visão moral e religiosa sobre o tema. Nas culturas mesoamericanas (como eram conhecidas as civilizações indígenas da região que vai do centro do México à América Central), o sexo era um elemento de ordem social, explica Enrique Vale, editor da revista Arqueologia Mexicana, que publicou os ensaios.
"A sexualidade ia além da função reprodutiva, era vista como uma maneira de assegurar a marcha do mundo", disse Vale à BBC.
Salão secreto
Durante centenas de anos, as práticas sexuais das civilizações mesoamericanas foram praticamente ocultadas, e mesmo na época moderna o tema foi abordado sob um ponto de vista moral.
Em 1926, por exemplo, o antropólogo Ramón Mena reuniu uma mostra de esculturas fálicas e outros objetos das civilizações pré-colombianas que faziam referência à sexualidade.
A coleção, no entanto, nunca foi aberta ao público e permaneceu escondida durante várias décadas em um salão secreto do antigo Museu Nacional de Antropologia na Cidade do México.
Muitas peças eram falsas, mas as que tiveram sua legitimidade confirmada foram distribuídas depois em mostras das diferentes culturas pré-colombianas.
Rito de passagem
Os ensaios publicados na revista Arqueologia Mexicana revelam, por exemplo, que a homossexualidade era uma prática comum na civilização maia.
Este era um elemento a mais na formação dos jovens, explicam os antropólogos Stephen Houston e Karl Taube no ensaio "A sexualidade entre os antigos maias".
"As relações entre pessoas do mesmo sexo eram próprias do tempo dos ritos de passagem, em que um menino se transformava em um homem", explicam.
A homossexualidade está presente em quase todas as culturas pré-colombianas, mas foi abordada de maneiras diferentes pelas diferentes civilizações.
Por exemplo, entre os astecas, que dominavam a região central do que é hoje o México, as relações entre pessoas do mesmo sexo não eram bem vistas.
Este elemento se refletia também nas divindades pré-colombianas, muitas das quais tinham, em maior ou menor escala, aspectos femininos e masculinos, explica o historiador Guilhem Olivier em seu ensaio "Entre o pecado nefando e a integração. A homossexualidade no México antigo".
Masturbação ritual
Em algumas culturas, a masturbação era um tema vinculado à fertilização da terra.
Os maias, como outras civilizações mesoamericanas, praticavam a masturbação como uma maneira de fecundar a terra, que em algumas civilizações era considerada um símbolo feminino.
"Há indícios de que os maias tinham objetos sexuais de madeira, usados como consolos e descritos pudicamente em um relatório arqueológico como uma efígie fálica", afirmam.
A atitude frente à masturbação é uma das práticas que torna mais evidente a diferença entre as culturas pré-colombiana e espanhola, diz Vela.
Há ainda outro elemento: em algumas culturas mesoamericanas, o erotismo não era um elemento central na sexualidade, mas era visto como uma forma de ordenar o planeta, que tem um lado feminino e um lado masculino, assim como existia o em cima e o embaixo, afirma o editor.
Fogo e sal contra os adúlteros
Em termos gerais, as transgressões sexuais eram castigadas com severidade nas culturas mesoamericanas.
O adultério, por exemplo, era castigado com a morte em algumas civilizações, e em outras, como a dos astecas, permitia ao marido traído arrancar a mordidas o nariz dos adúlteros.
Os purepechas tinham outro castigo: no caso dos adúlteros terem assassinado o marido, o amante era queimado vivo enquanto água com sal era jogada sobre ele até sua morte.
O adultério era castigado por uma forte razão: em algumas culturas, acreditava-se que a prática causava desequilíbrio para a comunidade e o cosmos, destacam Miriam López e Jaime Echeverría em seu ensaio "Transgressões sexuais no México antigo".
A presença do transgressor provocava desgraças, como a perda de colheitas ou a morte de crianças, e em alguns casos chegava-se a acreditar que ela poderia provocar o fim de uma época.
Como exemplo, eles citam que o líder asteca Moctezuma destruiu um local de prostituição, porque acreditava que as transgressões públicas das prostitutas teriam feito com que os deuses permitissem que os espanhóis chegassem e impusessem seu domínio.
BBC Brasil
Os sepulcros formam parte de um enorme cemitério que foi descoberto recentemente na zona de Saqara (EFE) Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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