ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

01 dezembro, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 1-12-10

Ouro Preto terá moeda comemorativa de prata no valor de R$ 5
Moeda comemorativa dos 300 anos de fundação de Ouro Preto (MG)

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou o lançamento de moeda comemorativa em homenagem aos 300 anos de fundação de Ouro Preto (MG). A moeda será de prata e terá valor de face de R$ 5. O custo de produção será de cerca de R$ 110. Como é uma moeda comemorativa, ela não é usada em transações normais de compra e venda e serve apenas para colecionar.
A moeda deve ser lançada em meados de 2011, segundo a assessoria de imprensa do Banco Central. A tiragem inicial será de 2.000 peças, podendo chegar no máximo a 10 mil.
No anverso da moeda (conhecida como "coroa"), há uma composição representando a arquitetura da cidade, com seu casario e igrejas, destacando-se a igreja de São Francisco de Assis, ao centro, e Nossa Senhora das Mercês e Perdões, à esquerda. A face tem ainda a inscrição "Patrimônio da Humanidade – Unesco".
No reverso (chamado de "cara"), há um conjunto de três anjos e volutas (ornamento em forma de espiral) tipicamente barrocos, retirados do medalhão da fachada da igreja de São Francisco de Assis.
Ouro Preto foi a primeira cidade brasileira a ser declarada patrimônio da humanidade pela Unesco.
A moeda de Ouro Preto faz parte da série numismática Cidades Patrimônio da Humanidade no Brasil. Serão ainda contempladas as cidades e centros históricos brasileiros que detêm o título da Unesco: centro histórico de São Luís, centro histórico de Diamantina, centro histórico de Salvador, Olinda e centro histórico da Cidade de Goiás (não confundir com o Estado de Goiás).

Joias do patrimônio mineiro ganham proteção do Iepha
Maciço que emoldura a famosa cidade mineira abriga nascentes e cursos d'água, além de tesouros históricos, como o calçamento conhecido como Caminho dos Escravos
Dois importantes monumentos de Minas ganham proteção legal do estado e entram na rota da preservação. O conjunto paisagístico da Serra dos Cristais, em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, e o Casarão do Registro do Paraibuna, em Simão Pereira, na Zona da Mata, expoentes da Estrada Real, acabam de ser tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG), com aprovação do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep). A medida vai impedir a descaracterização dos bens, sendo necessária a avaliação dos técnicos do instituto em caso de qualquer intervenção, informa a gerente de Patrimônio Material do Iepha, Rosana Marques de Souza.
Integrante do maciço do Espinhaço e protegido em caráter provisório desde 2000, o conjunto paisagístico da Serra dos Cristais abriga nascentes, cursos d’água, mirante, cruzeiro, igreja e um trecho histórico calçado com pedras, o Caminho dos Escravos. “Ele se encaixa no conceito de paisagem cultural, pois tem grande importância na formação da identidade local e regional de Diamantina”, afirma Rosana, explicando que o perímetro protegido corresponde às duas vertentes da serra – a área não urbanizada, que emoldura a cidade, e a outra voltada para o lado das propriedades rurais. Nos estudos, foram destacadas as questões histórica, física e geomorfológica, a relevância como paisagem e a sua relação com o entorno.
O principal benefício do tombamento está na conservação, diz o turismólogo Luciano Amador, coordenador do laboratório de turismo e artesanato do Centro Vocacional Tecnológico de Diamantina, vinculado à prefeitura. “Há muita pressão habitacional e acreditamos que serão traçadas diretrizes para impedir irregularidades, especialmente quanto à ocupação habitacional. Hoje há muita pressão nesse setor”, afirma Luciano. Outro ponto positivo é o fortalecimento do título de Diamantina como patrimônio da humanidade, concedido em 1999 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Registro
Erguido entre 1704 e 1724 e um dos dois postos fiscais “sobreviventes” em Minas, entre dezenas de alfândegas controladas pela coroa portuguesa – o outro é a Fazenda do Registro Velho, em Barbacena, na Região do Campo das Vertentes –, o Casarão do Registro do Paraibuna recebeu votação unânime, pelo tombamento, do conselho. Com dois pavimentos e 39 metros de fachada, fica a 100 metros da divisa de Minas com o Rio de Janeiro, à beira da antiga rodovia União Indústria e do Rio Paraibuna.
Nessa construção, hoje bastante degradada, tombada pelo município há 10 anos e desapropriada há dois pela prefeitura, ocorria, até o fim do Império, a fiscalização das mercadorias que entravam e saíam da Capitania de Minas. Lá cobrava-se o quinto do ouro e, muito mais, procurava-se impedir o contrabando das riquezas.
Para o secretário de Turismo de Simão Pereira, Geraldo Nascimento, o tombamento representa uma conquista para a cidade, que tem no casarão sua menina dos olhos, e mostra também a responsabilidade do estado com um bem que é do país. Ele adianta que até o fim do ano deve ser fechado contrato para elaboração do projeto de restauro da edificação, para, na sequência, buscarem-se os recursos. A ideia é de transformar o imóvel em centro de referência e estudos da Estrada Real ou em escola técnica para formação de restauradores com espaço para atividades ambientais. Há três anos, o Ministério Público Estadual (MPE) e a prefeitura assinaram termo de ajustamento de conduta (TAC) para recuperação e proteção do sobrado.
Gustavo Werneck
O Estado de Minas


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