EXPOSIÇÕES - 6-12-10
São Paulo-SP - Bandeira de Mello, Retrospecto
Obras de um dos maiores ícones da pintura moderna brasileira, Bandeira de Mello, poderão ser apreciadas na CAIXA Cultural São Paulo a partir do próximo dia 04 de dezembro na exposição “Bandeira de Mello, Retrospecto”, com entrada franca e livre para todas as idades. A mostra reúne cerca de 65 obras, entre pinturas, desenhos, estudos e projetos, uma cronologia ilustrada do artista, assim como a exibição de um filme produzido pela Sambacine, um depoimento do próprio artista sobre sua vida e obra. Parte das peças selecionadas para a mostra é inédita, provenientes do acervo pessoal do artista e foram restauradas especialmente para a mostra, trazendo novas e preciosas informações acerca de seu processo criativo e sua produção artística. A mostra se caracteriza pela singularidade de sua proposta, unindo tanto a parte artística de Bandeira de Mello quanto o seu lado humano, que poucos pesquisadores, admiradores e estudantes da arte conhecem. O artista reforça ainda que o cunho desta mostra é expor o lado sentimental do homem, o lado verdadeiro e sem fachadas, sem máscaras, descortinado através de sua obra.
Até 16 de Janeiro, de terça-feira a domingo, das 9h às 21h
Caixa Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 (Centro)
Tel: (11) (11) 3321-4400 ou (11) 3321-4406
Ingressos: Grátis
Sampa Online
São Paulo-SP - Carlos Oswald – O resgate de um mestre
São 58 obras pertencentes ao Museu Nacional de Belas Artes, nove gravuras de coleções particulares e três livros ilustrados por ele em original. A mostra – que tem curadoria assinada por Paulo Leonel Gomes Vergolino e produção da Cult Arte e Comunicação –, fica aberta à visitação de 04 de dezembro de dezembro de 2010 a 20 de fevereiro de 2011. “Carlos Oswald é, sem dúvida, um dos maiores expoentes da gravura artística brasileira. Na exposição, colhi trabalhos raríssimos, passando por todas as trajetórias do artista. Os temas mais recorrentes trazem representações religiosas, de paisagens, de figuras humanas e da vida animal”, explica o curador. Quem tiver a oportunidade de visitar a exposição vai perceber o traço firme do artista e notar o jogo de claro/escuro correto que ele imprimia em suas obras, marca que o acompanhou durante sua carreira. Foi esse artista ítalo-brasileiro que a partir de 1913 empenhou-se na divulgação, no Brasil, da gravura como expressão artística e não somente como meio de reprodução. Essa característica vai imprimir a ele e à sua forma de atuar um caráter moderno, seguido de perto por outros grandes gravadores como Oswaldo Goeldi (1895–1961), Raimundo Cela (1890-1954), Lívio Abramo (1903–1992) e Lasar Segall (1891-1957). Nascido em Florença, na Itália, em 1882, Carlos Oswald foi registrado no Consulado Brasileiro e residiu no Brasil até o ano de 1971, quando faleceu no Rio de Janeiro. Tocado pelas propostas dos movimentos europeus que já viam há muitos anos a gravura como expressão artística, Carlos Oswald inaugurou a primeira oficina de gravura brasileira, no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Desde então, dedicou-se por quase 40 anos ao ensino e à difusão da gravura artística, sendo inclusive responsável pela primeira exposição de gravura realizada no Brasil, em 1919. Entre seus alunos, que hoje fazem parte da moderna e premiada gravura artística brasileira, estão Poty Lazarotto (1924-1998), Hans Steiner (1910-1974), Darel Valença Lins (1924), Henrique Carlos Bicalho Oswald (1918-1965) e Orlando da Silva (1923). Para o curador Paulo Vergolino, Carlos Oswald estava à frente do seu tempo. “Ele criou obras de cunho impressionista de extrema beleza, além de ter contribuído para a evolução da arte brasileira. Pouca gente sabe, mas seu nome também está ligado à concepção do monumento máximo brasileiro, o Cristo Redentor. Foi de seu ateliê que saíram os croquis enviados a Paris e que possibilitaram a execução da obra pelo escultor francês de origem polonesa Paul Landowski”, finaliza.
Até 20 de Fevereiro, De terça-feira a sábado, das 9h às 21h e domingos e feriados das 10h às 21h
Caixa Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 (Centro)
Tel: (11) (11) 3321-4400 ou (11) 3321-4406
Ingressos: Grátis
Sampa Online
São Paulo-SP - Entre Tantos
A mostra é parte integrante do Programa “Arte à Primeira Vista”, que tem como objetivo a formação de público para a Arte Contemporânea Brasileira por meio da realização de exposições, publicações e workshops para crianças e professores. Esta é a terceira exposição organizada especialmente para o público infanto-juvenil, realizada com o patrocínio da Caixa Econômica Federal. A parceria inédita com o SESC São Paulo possibilitou a apresentação de um recorte da importante coleção de obras de Geraldo de Barros pertencente ao Acervo SESC de Arte Brasileira. A exposição é parte das ações sobre o acervo, que tem como objetivo dar maior visibilidade às obras para além das unidades do SESC, onde estão expostas diariamente, propiciando um contato ainda maior entre as artes visuais e o público. Ao apresentar um artista fotógrafo para o público infanto-juvenil, as coordenadoras do programa, Renata Sant’Anna e Valquíria Prates, pretendem ampliar a noção de arte, restrita, normalmente, entre pintura e a escultura, para além das fronteiras dessas duas linguagens. Apesar de a fotografia estar cada vez mais presente no cotidiano das crianças por meio de máquinas digitais e telefones celulares, grande parte do público ainda não reconhece a fotografia como obra de arte. A exposição pretende facilitar o entendimento das pesquisas de Geraldo de Barros e a importância de sua obra no panorama artístico atual. Para aproximar o público do universo da fotografia, o curador convidado, Augusto Citrângulo, criou algumas surpresas na mostra, como um varal cheio de objetos, provavelmente desconhecido pelo público, mas que fascina crianças e adultos pela magia da descoberta da imagem em uma caixa tão pequena. Além dos monóculos, outra experiência que aproxima o visitante da magia da fotografia é a presença de uma câmera escura na qual as crianças poderão entrar e ver a imagem do espaço expositivo invertida, de cabeça para baixo, refletida no interior dessa grande caixa preta, por meio de uma lente que atravessa a parede externa dessa sala expositiva.
Até 20 de Fevereiro, De terça-feira a domingo, das 9h às 21h
Caixa Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 (Centro)
Tel: (11) (11) 3321-4400 ou (11) 3321-4406
Ingressos: Grátis
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São Paulo-SP - Formas Silentes
As nove obras tridimensionais que integram esta exposição incluem-se em duas séries: “A transparência da forma” e “Formas silentes”. Pertencentes à primeira, estão expostas duas obras, uma produzida em 2006 e outra em 2007, incluídas na mostra de mesmo nome realizada no MuBE. As demais pertencem à série “Formas silentes”, que dá nome a esta exposição, e criadas todas em 2010. Nestes objetos, o artista prossegue em sua pesquisa de formas, cores, texturas e materiais, criando obras quase sempre formadas por duas partes que se complementam, num diálogo plástico a curta distância, apoiadas uma na outra ou unidas formando um corpo único. Neste caso, da porção metálica, que ostenta rica textura, parte um prolongamento curvo de madeira pintada, quase sempre de vermelho. E há também a situação de duas placas de aço sobrepostas em que a superior é perfurada com eletrodos revelando, através de furos irregulares, o brilho da placa interna, num jogo bipolar de consistente resultado plástico. Numa dessas obras o artista desenha com toques leves do eletrodo, permitindo o afloramento de toda uma poética metálica. Os objetos da série “Formas silentes” são inspirados num texto de José Saramago - “O conto da ilha desconhecida” – que narra uma estória fascinante de um homem que pediu ao rei um barco para procurar uma ilha desconhecida. Num clima de realismo mágico, ao fim da viagem, “a ilha desconhecida fez-se enfim ao mar, à procura de si mesma”. Como esse homem sem nome, Luiz Martins não abre mão de suas utopias.
Até 16 de Janeiro, De terça-feira a domingo, das 9h às 21h
Caixa Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 (Centro)
Tel: (11) (11) 3321-4400 ou (11) 3321-4406
Ingressos: Grátis
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São Paulo-SP - Lágrimas de São Pedro – Acalento ao Sertão Nordestino
Com seis mil lâmpadas incandescentes cheias d’água e cuidadosamente presas ao teto em alturas diferentes, "Lágrimas de São Pedro – Acalento ao Sertão Nordestino" está centrada na relação de fé do sertanejo com a chuva. Durante a novena de São José, os fiéis oferecem ao santo cantigas e orações em troca das lágrimas de São Pedro. Quando esta vem, é motivo de festa. “É comum, neste caso, presenciar idosos, adultos e crianças banhando-se na chuva de braços abertos, sacramentando este ciclo, que traz consigo, além da água de beber e plantar, esperança e dignidade. É a esperança de permanecer no lugar que nasceram, evitando o translado histórico e recorrente deste povo para os grandes centros urbanos do Brasil”, explica Vinícius. O jovem artista plástico de apenas 27 anos foi buscar no interior da Bahia, em pequenas localidades como Ubiraitá, origem de sua família, referências para desenvolver sua obra. Além das lâmpadas ‘que fazem chover’, os pedidos a São José, o santo da chuva, pelo som das rezas coletado no interior baiano. A função imediata das lâmpadas incandescentes cheias de água é criar um ambiente no qual o visitante pode se envolver espacialmente com a obra. “É como se tivéssemos o poder de pausar a chuva, uma chuva de gotas grandes, limpas, transparentes, leves e com isso poder contemplar sua beleza, seu poder, seu símbolo, sua necessidade”, descreve Vinícius. Para ele, trazer uma instalação como esta a um ambiente urbano como Brasília proporciona ao visitante conhecer a relação lúdica que o morador da zona rural tem com a chuva. Mas o uso das lâmpadas incandescentes vai além. Vinícius utiliza esta matéria de linguagem visual pela sua re-significação. “O vidro da lâmpada incandescente é o único que não pode ser reciclado, o que o torna mudo e sem função após o uso", explica Vinícius.
Até 20 de Fevereiro, de terça-feira a domingo, das 9h às 21h Caixa Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 (Centro)
Tel: (11) (11) 3321-4400 ou (11) 3321-4406
Ingressos: Grátis
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