ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

14 fevereiro, 2011

EXPOSIÇÕES - 14-2-11

São Paulo-SP - Cuba Te Quiero


O espaço Serralheria oferece a exposição fotográfica “Cuba Te Quiero”, de Rodrigo Melleiro. O fotógrafo se aventurou pela primeira vez em terras cubanas no ano de 2008, em plenas comemorações dos 50 Anos da Revolução. Cruzou a ilha e foi seduzido por sua gente, seus costumes. Voltando no final de 2009, para mais vinte dias de descobertas, encantamentos e registros. “Cuba Te Quiero” é uma pequena seleção de imagens em preto e branco, entre centenas, que mostram de maneira despretensiosa fragmentos do cotidiano, de vidas e do convívio público.
Até 19 de Fevereiro, diariamente, das 21h às 23h59.
Serralheria
Rua Guaicurus, 857 (Lapa)
Tel: (11) 8538-8408 / 6794-0124
Não aceita cartões
Ingressos: R$ 10,00
Sampa Online

Ribeirão Preto-SP - Paulo Camargo realiza exposição com telas e desenhos em nanquim
Avesso a publicidade e computadores, artista monta página no Facebook para divulgar o trabalho


Existe uma história curiosa envolvendo o artista plástico Paulo Camargo. Diz a lenda que o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein conheceu o trabalho de Camargo e gostou do que viu.
Tanto que teria pedido a um funcionário da embaixada em Brasília que encomendasse um painel retratando os bombardeios americanos sobre Bagdá. Com a promessa de receber 10 mil dólares, Paulinho trabalhou por meses e mandou a tela para a embaixada iraquiana. Mas Saddam foi preso pelos americanos e enforcado após a Guerra do Golfo. Camargo nunca recebeu pelo trabalho. "É verdade. Mandei o painel pra Brasília e não sei mais o que aconteceu. Nunca vi a cor do dinheiro", conta.
Ficção ou não, o fato é que a vida de Paulinho é cheia de histórias que beiram o surrealismo, a exemplo de muitos de seus quadros. A mais recente é a página do artista no Facebook, montada para divulgar seu trabalho.
Nascido na região de Rio Claro e vindo de uma família pobre, encontrou no desenho uma forma de escapar da fome e da marginalidade. Porém, até hoje, a pintura não lhe garante o sustento devido. "Eu não vivo da arte. É a arte que vive de mim", brinca, sarcástico. Mas ele não pensa em deixar os pincéis. Pelo contrário, realiza na próxima semana uma exposição com trabalhos inéditos no Espaço Cultural Bauhaus.
São, ao todo, 90 trabalhos. Dez telas coloridas e 80 desenhos feitos à nanquim. Paulo refez os desenhos que estão em seu primeiro e único livro "O Portal dos Desabitados" e os transformou em quadros.
Daí a exposição receber o mesmo nome da publicação. "Telas feitas em nanquim exigem muito mais. Você não pode errar um risquinho. Tem que ser um traço perfeito", informa. Paulo expõe muito pouco e dificilmente coloca seus quadros em galerias. "Ribeirão não tem um espaço adequado para exposições", comenta o artista, que também não poupa os museus locais.
"O Marp [Museu de Arte de Ribeirão Preto] nunca me convida, mas também se me convidar, não vou. Aquilo está sempre vazio. Prefiro expor em locais onde tem público", afirma.
O que explica o fato de Paulinho expor em universidades, escolas, shoppings e até mesmo no Fórum de Ribeirão. "Pelo menos, o movimento é maior. As pessoas passam lá, veem o seu trabalho, mesmo que não comprem", acredita.
Paulinho fica particularmente incomodado quando o assunto é venda e compra de seus quadros. "Raramente consigo vender um quadro, mas não vou parar. É o que sei fazer. Pra mim é reconfortante", comenta.
O pintor sabe que sua arte não é mera decoração e muitas vezes, incompreensível para os leigos. "Uma vez, numa exposição, ouvi o sujeito dizer à esposa que não iria comprar meu quadro porque não combinava com o tapete da casa", diz.
Régis Martins
A Cidade

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