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s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

28 março, 2011

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 28-3-11

Teresina é a capital brasileira que pior cuida dos prédios históricos
Um levantamento aponta que a cidade tem somente 1,5 mil prédios históricos, que podem desaparecer


Teresina é a capital que pior cuida do seu patrimônio edi-ficado. A informação, do arquiteto e urbanista Olavo Pereira, especialista em restauração e conservação de monumentos históricos, se baseia em números. Segundo ele, um levantamento aponta que em Teresina há somente 1,5 mil prédios históricos, número considerado baixo e que tente a cair nos próximos anos, se levarmos em consideração a destruição desenfreada desses imóveis. "De 1998 até então tivemos uma perda grande de prédios históricos. Muito do que restou está descaracterizado. Falta uma política efetiva e urgente. Enquanto isso assistimos passivamente essa destruição", afirmou.
O arquiteto é coordenador do projeto Inventário de Proteção do Acervo Cultural de Teresina (IPAC-TE), que está sendo executado pela prefeitura, através da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves. Sobre o tema, Olavo Pereira ministra hoje, às 19 horas, uma palestra no Conselho Estadual de Cultura e Educação. O objetivo do estudo, de acordo com o especialista, é mostrar os bens do acervo, oferecer uma base para implantação de políticas de restauração, servir de subsídio para estudos e pesquisas e evitar a perda desse patrimônio.
O arquiteto cita exemplos de outras capitais, como São Luís, no Maranhão, onde os prédios históricos são valorizados e preservados. Por aqui, ele diz que além da falta de conscientização há uma ineficácia nas leis de proteção. "A população desconhece a importância desse patrimônio", ressalta. Sem a preservação adequada, a cidade vai perdendo parte de suas características e deixa de lado suas referências históricas.
Para ele, a preservação desse patrimônio exige vontade e esforço político. "Em breve, será disponibilizado ao público o trabalho de identificação e caracterização destes imóveis, mas falta decisão política para enfrentar o problema. Isso deve ser um objetivo político. Por tudo, é um fato de natureza social, de relações entre pessoas e não entre objetos", disse.
Entre os 1,5 mil imóveis históricos apontados pelo inventário, Olavo cita a Casa da Cultura e o Museu do Piauí entre os que ainda mantêm parte de suas características originais, inclusive no interior dos prédios. Por outro lado, ele aponta o prédio do Theatro 4 de setembro e o da Prefeitura de Teresina como aqueles onde só se levou em consideração a preservação da fachada. "Esse conceito de preservação está totalmente errado. As características existentes no interior desses prédios foram alteradas, quando na verdade deveria ser feita uma restauração de ve rdade", diz.
Museu do Piauí

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