ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

27 abril, 2011

ATUALIDADES - 27-4-11

Requião toma gravador de repórter no Senado
Sem argumento para justificar o fato de receber aposentadoria como ex-governador, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) optou em tentar impedir a divulgação do fato. Ele arrancou o gravador das mãos do repórter da Rádio Bandeirante que o entrevistava sobre a crise financeira de seu Estado e a mordomia questionada na Justiça.
No decorrer da entrevista, realizada no plenário do Senado, em vez de responder, o senador puxou o gravador sem dar tempo ao repórter de reagir. Fora do plenário, ele tentou apagar a gravação. Como não conseguiu, já no seu gabinete, decidiu se apossar do cartão de memória devolvendo o aparelho incompleto. No Twitter, mostrou mais destempero ao escrever: "Acabo de ficar com o gravador de um provocador engraçadinho. Numa boa, vou deletá-lo".
Ao fato inusitado, junta-se a dificuldade em dar queixa no Senado. A polícia legislativa alegou não ter competência para tratar do caso que deveria ser encaminhado à Corregedoria da Casa. Só que o cargo de corregedor está vago e, a julgar por procedimento dessa natureza, dificilmente o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), encontrará outro candidato para o cargo que não o seu amigo de muitos anos, senador João Alberto (PMDB-MA), cuja indicação foi tão bombardeada que Sarney recuou.
O secretário de Comunicação do Senado, jornalista Fernando César Mesquita, ligou para Requião pedindo que ele devolvesse o cartão de memória do gravador. Requião se recusou a atendê-lo. Sem alternativa, restou ao comitê de imprensa do Senado entrar com representação contra o senador na Mesa Diretora. "Só na ditadura é que eu presenciei fato tão ridículo como este", lamentou o presidente do comitê, jornalista Fábio Marçal.
Devolução
Na noite de hoje ligaram do gabinete de Requião avisando que iriam devolver o chip. Mas quem apareceu na porta foi seu filho, Maurício, dizendo que o pai tinha deixado a Casa e que não iria atender aos repórteres.
Esta não é a primeira vez que o senador tem problemas com perguntas de jornalistas. Durante sua administração como governador do Paraná, ele fez campanha publicitária contra veículos de imprensa, xingou jornalistas e chegou a agredir um repórter em uma viagem a Centenário do Sul, no interior do Estado. Naquela ocasião, em 2004, Requião torceu o dedo de um jornalista que insistiu em uma pergunta e só parou diante do protesto de outros repórteres presentes.
As brigas do ex-governador não se restringem à imprensa. Durante a campanha eleitoral, em 2010, ele e o agora deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) trocaram agressões em Campo Mourão, também no interior do Paraná. Requião provocou o ex-deputado dizendo que, quando era governador, muita gente vinha recebê-lo e que agora só tinha "gentinha" no aeroporto.
Bueno, que estava no aeroporto à espera de Beto Richa (PSDB-PR), partiu para cima de Requião, e os dois trocaram socos e empurrões sendo contidos por seguranças do local. Também no ano passado, o ex-governador do Paraná se envolveu em uma briga em Pontal do Paraná, no litoral, com o então diretor comercial do porto de Paranaguá, João Batista Lopes dos Santos. Na ocasião, Requião levou dois tapas do diretor depois de fazer xingamentos a Orlando Pessuti (PMDB), seu sucessor no governo.
Paraná Online

Justiça chilena ordena exumação do corpo de Salvador Allende

SANTIAGO — O juiz Mario Carroza ordenou nesta sexta-feira a exumação dos restos do ex-presidente presidente socialista chileno Salvador Allende para esclarecer se ele foi assassinado no golpe de Estado de Augusto Pinochet em 1973 ou se suicidou, como afirma a versão histórica.
O juiz ordenou a diligência depois de aceitar um pedido da família do ex-presidente e a exumação deve ser realizada durante a segunda quinzena de maio, segundo confirmou um porta-voz do Poder Judiciário à AFP.
Os restos do ex-mandatário, o primeiro e único marxista a chegar ao poder nas urnas, no dia 3 de novembro de 1970, serão analisados por peritos do Serviço Médico Legal chileno.
"Para mim parece relevante para o país e para o mundo que se possa estabelecer de uma vez por todas juridicamente as causas de sua morte e as circunstâncias que a envolveram, que foram de extrema violência", comentou nesta sexta-feira a filha do ex-presidente, a senadora socialista Isabel Allende, à televisão CNN Chile.
A investigação judicial para determinar as causas da morte de Allende foi aberta no dia 27 de janeiro, depois que a Procuradoria constatou que pelo menos 726 das mais de 3.000 vítimas que a ditadura deixou não eram objeto de investigação judicial, entre elas a de Allende.
"Não é que a família tenha mudado de opinião. Não é que agora tenhamos dúvidas que antes não tínhamos, mas apoiamos uma investigação judicial que nunca tinha sido feita", acrescentou Allende, indicando que seu pai se matou.
Depois da exumação, o corpo será submetido a perícias por parte do Serviço Médico Legal, destinadas a esclarecer as causas de sua morte.
"Isso vai permitir esclarecer definitivamente um aspecto que no curso da história não foi pacífico", afirmou a advogada da família Allende, Pamela Pereira, à AFP.
Allende foi submetido a uma necropsia no hospital Militar de Santiago depois de sua morte em meio ao bombardeio aéreo e terrestre ao palácio presidencial de La Moneda, em 11 de setembro de 1973.
Até agora a versão oficial indica que Allende se suicidou em meio ao bombardeio aéreo ao Palácio Presidencial de La Moneda na manhã de 11 de setembro de 1973, atirando contra a sua cabeça com um fuzil que havia ganhado de presente de seu amigo, o ex-presidente cubano Fidel Castro.
"Esse ato de tirar a própria vida não ocorreu porque naquela manhã o presidente Allende estava deprimido, foi resultado da extrema violência de toda a situação antes e durante o golpe", disse a senadora socialista chilena.
A declaração de seu médico pessoal Patricio Guijón -que esteve com ele momentos antes de sua morte aos 65 anos e viu o corpo- e a necropsia à qual foi submetido logo depois apoiam a versão do suicídio, aceita até agora no Chile.
Allende também havia advertido que estava disposto a morrer a se render às forças militares lideradas pelo general Augusto Pinochet.
Mas em 2008, um informe do renomado médico forense Luis Ravanal -elaborado com base na necropsia efetuada no ex-mandatário no Hospital Militar- afirmou que Allende não tinha se suicidado, e sim assassinado.
Em seu relatório, o médico ressalta que a morte de Allende teria sido ocasionada por dois tiros à curta distância de diferentes armas.
No dia seguinte a sua morte, os restos do ex-presidente Allende foram levados em um helicóptero para o Cemitério Santa Inés do balneário vizinho de Viña del Mar, onde foram sepultados diante de sua esposa, Hortensia Bussi, e de uma de suas três filhas.
Em 1990, após o fim dos 17 anos de ditadura Pinochet, seus restos foram levados para o Cemitério Geral de Santiago.
Isabel Allende confirmou que a família do ex-mandatário não viu o corpo após a sua morte. "Não deixaram minha mãe abrir o caixão", ressaltou.
Paulina Abramovich
AFP

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial