CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 25-4-11
Chifres de rinoceronte roubados de museu de Coimbra
O produto do roubo destinar-se-á ao mercado negro asiático
Dois chifres de rinoceronte, do século XVIII, foram furtados, na última terça-feira, do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra. Presumivelmente, os chifres destinam-se ao mercado negro asiático, revelou fonte da instituição, citada pela Lusa.
João Gabriel Silva, Reitor da universidade, adiantou que os assaltantes, durante a tarde, arrombaram uma porta para se apropriarem das duas peças, que se encontravam num setor só acessível ao público através de visitas programadas e guiadas. Paulo Gama Mota, diretor do museu, explicou que o maior dos chifres tem 75 centímetros de comprimento e pesaria entre quatro a cinco quilos.
Este último responsável referiu que, no mercado negro asiático, o quilo de chifre de rinoceronte atinge os 40 a 50 mil euros e é utilizado para a produção de poções alegadamente com funções afrodisíacas. «Consumir o pó destes chifres é veneno», sublinhou Paulo Gama Mota, frisando que, ao longo dos anos, foram tratados com produtos químicos venenosos para os proteger.
O responsável presume que o assalto foi executado por estrangeiros e que terão utilizado uma das visitas guiadas para obter informações sobre a forma de o executar.
O assalto foi praticado durante a tarde, num dos setores de ampliação do Museu da Ciência, no Colégio de Jesus, onde ainda funcionam dois departamentos universitários e atividades letivas. Paulo Gama Mota referiu que o alarme nessa altura não estava a funcionar porque o edifício tinha ainda muitas pessoas, pelas atividades que aí se desenvolvem.
Este responsável admite que os assaltantes possam fazer parte de um gangue internacional, «pelo modus operandi», dado que nos últimos três meses foram assaltados o Museu de Rouen, França, e um antiquário em Inglaterra, para furtar apenas chifres de rinoceronte.
Paulo Gama Mota adiantou que todos os dados recolhidos foram fornecidos à Polícia Judiciária, que se encontra a investigar o caso.
Portugal Diário
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