ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

31 outubro, 2007

MENSAGEM DE TELEJEGUE CONSTRANGE ANIVERSARIANTES

O lendário Zorro sai das telas de cinemas e das histórias em quadrinhos numa versão "brega" para invadir as ruas da grande João Pessoa, na Paraíba. Por trás da fantasia, está Gilberto da Silva Dias, que há sete anos, desempregado, teve a idéia de tirar o sustento animando festas e eventos e criou o serviço batizado de Telejegue. De jegue, só o nome, porque um cavalo é quem puxa a charrete do zorro paraibano.
Sempre acompanhado de uma charrete, o herói mascarado leva piadas e músicas cafonas para animar festas e eventos. Com direito a máscara, chapéu e capa pretos, o Zorro paraibano vai onde é contratado para fazer uma surpresa a um "homenageado".
Além das músicas bregas e das piadas, Gilberto decidiu se fantasiar. Primeiro, virou um cowboy americano e, há uns quatro meses, vestiu a roupa preta com capa e se escondeu atrás da máscara do Zorro. "A idéia é fazer as pessoas se divertirem", conta Gilberto Dias, acrescentando que já planeja uma nova identidade. "Vou me transformar em índio americano. Sim, americano porque aparece no cinema, é mais famoso do que o índio brasileiro".
A estudante Bárbara Meira, 16 anos, foi alvo do zorro no dia do seu aniversário. Suas amigas de turma resolveram "homenagear" a jovem com a aparição do herói mascarado. A surpresa aconteceu no final da aula, no horário de saída. O Zorro postou-se com sua carroça diante de um dos mais tradicionais colégios de João Pessoa e chamou pelo nome a aniversariante.
Bárbara Meira não acreditou e, inicialmente, não quis sair para receber o "presente". Mas acabou sendo convencida pelas amigas e encarou a brincadeira com bom humor. Ela escutou piadas, músicas "bregas", dançou com o Zorro e ouviu mensagens de parabéns das colegas de turma. "Primeiro, tive raiva, pensei no mico, mas foi muito engraçado", diz Bárbara. "Esse é o sucesso do Telejegue, é que as pessoas não querem receber o presente, mas acabam entrando na brincadeira", diz Gilberto Dias.
E por causa do mico, o "presente jegue" já chegou a ser rejeitado mesmo. "Lembro de um cara que fugiu num táxi assim que cheguei, antes mesmo de falar qualquer coisa. Os amigos dele tinham contratado. Fiquei rindo porque achei engraçado. Ele não voltou, mesmo com apelo dos amigos".
Uma apresentação do Zorro dura, em média, meia hora. É o tempo suficiente para tirar onda com homenageado e até com quem contratou o serviço. O custo, dependendo da distância para se chegar até o local da performance, varia entre R$ 35 e R$ 50. Para cidades mais distantes, o contratante fica responsável pelo transporte do Zorro, da charrete e do cavalo. Gilberto chega a fazer até quatro apresentações por dia nos finais de semana e pelo menos uma a cada dia de segunda a sexta-feira.
Michelle Sousa de João Pessoa
Redação Terra

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