ATUALIDADES
Mais de 140 morrem em acidente em Madri; feridos estão em estado grave
Morreram ao menos 140 das 173 pessoas que estavam a bordo do avião da Spanair que sofreu um acidente por volta das 15h desta quarta-feira (10h em Brasília) no aeroporto de Barajas, em Madri (Espanha).
De acordo com a rádio do governo espanhol, a RNE (Rádio Nacional Espanhola), o número de mortos chega a 146. O jornal espanhol "El Mundo" confirma haver "mais de 140" mortos; e a agência de notícias Associated Press diz que são 149.
O consenso é maior em relação ao número de feridos. Conforme a agência Reuters e o "El País", o prefeito de Madri, Alberto Ruiz Gallardon, confirmou que 28 pessoas foram socorridas com vida --a maioria em estado grave. De acordo com o "El Mundo", os feridos somam 27 porque uma menina de dois anos morreu a caminho do hospital.
Entre as pessoas que estavam no avião havia 164 passageiros e nove tripulantes, segundo a Spanair, o que totaliza 173 ocupantes. Segundo os espanhóis "El País" e "El Mundo", porém, havia mais duas crianças na aeronave, o que elevaria o número de ocupantes para 175. Os nomes dos passageiros ainda não foram divulgados.
Em nota, a Spanair confirmou que o avião realizava o vôo JK5022, de Madri a Las Palmas, e era modelo MD-82. O vôo compartilhava o código LH 255, da companhia Lufthansa.
O Itamaraty não sabe se havia brasileiros a bordo.
Para atender familiares e amigos de possíveis vítimas, a Spanair abriu um número de telefone: 00 34 800 400 200.
"O avião estava todo partido, todo cheio de corpos", afirmou ao jornal espanhol "El País" Luis Ferreras, chefe do posto de ambulâncias mais próximo do local. "É a coisa mais parecida com o inferno que eu já vi, os cadáveres estavam ardendo, nos queimamos tentando removê-los", disse um guarda também à reportagem do "El País". Outra testemunha disse ao "El Mundo" que é "um milagre que haja sobreviventes".
Fogo
Não há confirmação sobre as circunstâncias do acidente mas, conforme testemunhas ouvidas pelo "El País", o motor esquerdo pegou fogo durante o procedimento de decolagem. O piloto, então, teria realizado o pouso emergencial. Testemunhas também disseram que a aeronave ficou partida ao meio.
Helicóptero e carros de emergência trabalharam para conter fogo após acidente com avião de Spanair, no aeroporto de Barajas
Há suspeitas de que a aeronave tenha tido falhas antes de decolar, uma vez que sua saída estava marcada, originalmente, para as 13h --ou seja, a decolagem ocorria com cerca de duas horas de atraso.
Uma grande nuvem de fumaça cobre o terminal. O fogo foi dado controlado por volta das 17h, ainda conforme a imprensa espanhola.
O acidente aconteceu na pista 36 do Terminal 4, a mais apertada do aeroporto, conhecida como "ilha", conforme o "El País". Os acessos à área foram bloqueados pela Guarda Civil. Equipes de resgate também organizaram corredores para facilitar a retirada de feridos. Segundo a rede de TV CNN, todo o aeroporto foi paralisado. Não há informações sobre a retomada do funcionamento.
Investigações
De acordo com informações da agência de notícias Efe, as caixas-pretas do avião já foram recuperadas, e um juiz de Madri já determinou o início imediato de uma investigação sobre as causas do acidente. Fontes judiciais da agência informaram que o juiz foi ao aeroporto com uma comissão para dar início ao registro dos mortos.
Conforme a agência, uma equipe de quatro especialistas da americana NTSB (Conselho Nacional de Segurança em Transporte, em inglês) viaja nesta noite para a Espanha para colaborar com as investigações.
Barajas
O aeroporto de Barajas é tão extenso que possui linhas de ônibus, trem e esteiras rolantes para o deslocamento de passageiros. Somente no ano passado, ele recebeu 52 milhões de passageiros. Para efeito de comparação, o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), recebeu cerca de 18 milhões e o de Congonhas (zona sul de São Paulo), cerca de 15 milhões, no mesmo período.
O Terminal 4, onde o acidente teria ocorrido, foi inaugurado no mês de fevereiro de 2006, quando foi realizada uma ampla reforma com um projeto dos arquitetos Antonio Lamela e Richard Rogers.
Folha Online
Brasil - Fluxo cambial está positivo em US$ 3,7 bilhões
SÃO PAULO, 20 de agosto de 2008 - A entrada de dólares no Brasil superou as saídas nos primeiros 11 dias de agosto, segundo dados do fluxo cambial (saldo da entrada e saída de moeda estrangeira em operações comerciais e financeiras) divulgados hoje pelo Banco Central (BC). Até o momento, a conta ficou positiva em US$ 3,749 bilhões, puxado pelo desempenho das negociações comerciais. No ano, o saldo acumula superávit de US$ 16,189 bilhões, abaixo do montante acumulado em igual período do ano passado (US$ 68,546 bilhões).
Em agosto, de acordo com o BC, o saldo das operações comerciais de câmbio ficou positivo em US$ 3,888 bilhões, sendo que as exportações somaram US$ 9,336 bilhões e as importações atingiram US$ 5,447 bilhões.
Já as operações financeiras, que incluem, remessas de lucros ao exterior, turismo e fretes, atingiram saldo negativo de US$ 140 milhões, sendo que as compras totalizaram US$ 26,020 bilhões e as vendas alcançaram US$ 26,159.
(Vanessa Stecanella - InvestNews)
JB Online
Portugal - Horas de medo e de ansiedade
Depois de quatro horas de pânico e de ansiedade, os 18 trabalhadores da Somague, que anteontem se viram impotentes perante as ondas violentas que rebentavam em cima da obra do novo molhe do Douro, no Porto, puderam descansar 24 horas. Hoje, retomam o trabalho, no mesmo molhe, esperando que as marés-vivas não os voltem a encurralar.
"Um súbito agravamento do estado do mar", é esta a explicação da Autoridade Marítima, da empresa Somague e até dos trabalhadores, perante o incidente que levou a que não conseguissem abandonar a tempo a plataforma de obras nas águas da Foz do Douro. Apenas um operário arriscou sair pelo próprio pé, entre as violentas vagas.
"As previsões apontavam para um pico só ao final da noite. Aconteceu mais cedo", afirmou depois o comandante da Capitania do Douro, Martins dos Santos. Afinal, a natureza contrariou as previsões e os trabalhadores ficaram retidos na obra, rodeados pela fúria do mar. Dado o alerta pelas 19h15, foi decidido resgatar os homens através dos helicópteros da Protecção Civil e da Força Aérea.
"Os trabalhadores passaram momentos de tensão e de medo, mas nunca perderam o controlo", disse ao CM Luís Garcez, da Somague. Quatro horas depois, os dezassete homens eram resgatados do mar para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde foram assistidos pelo INEM. "Estavam física e emocionalmente exaustos, mas recuperaram bem", acrescentou fonte próxima dos operários. Apenas um homem teve de receber tratamento no Hospital de Santo António, devido a um ferimento ligeiro num olho.
OBRA DECORRE HÁ DOIS ANOS E NUNCA HOUVE INCIDENTES
A construção do novo molhe da Foz do Douro foi iniciada há cerca de dois anos e deverá ficar concluída até ao final de 2008. De acordo com a empresa e com o sindicato do sector, mesmo em pleno Inverno, nunca os trabalhadores foram surpreendidos pelo estado do mar. A situação é controlada pela Autoridade Marítima que avisa a empresa em caso de eventuais perigos. Desta vez, foram todos apanhados pelo mau humor repentino das marés-vivas ao final da tarde. O rebentamento das ondas assustou os operários, mas não teve o mesmo efeito nas centenas de curiosos que foram ao pontão apreciar a força do mar.
Aliás, quando o novo molhe ficar concluído, este tipo de espectáculo da natureza poderá ser apreciado em segurança. O projecto foi concebido para atenuar o choque entre o rio e o mar e para dar maior segurança às embarcações. As ondas vão rebentar no pontão à vista de todos.
SEGUNDO ACIDENTE
Foi o segundo acidente envolvendo trabalhadores da Somague em menos de dois dias. Na manhã de domingo, o barco onde seguiam dez homens naufragou a três milhas da Costa Nova, em Aveiro. Salvaram-se graças aos coletes que usavam. Conseguiram nadar até à costa e o socorro acabou por ser desnecessário.
OBRA INSPECCIONADA
A construção de um molhe exige meios de protecção de trabalhadores adicionais. A Inspecção-Geral do Trabalho fiscaliza frequentemente esta obra.
Correio da Manhã - Porto
De acordo com a rádio do governo espanhol, a RNE (Rádio Nacional Espanhola), o número de mortos chega a 146. O jornal espanhol "El Mundo" confirma haver "mais de 140" mortos; e a agência de notícias Associated Press diz que são 149.
O consenso é maior em relação ao número de feridos. Conforme a agência Reuters e o "El País", o prefeito de Madri, Alberto Ruiz Gallardon, confirmou que 28 pessoas foram socorridas com vida --a maioria em estado grave. De acordo com o "El Mundo", os feridos somam 27 porque uma menina de dois anos morreu a caminho do hospital.
Entre as pessoas que estavam no avião havia 164 passageiros e nove tripulantes, segundo a Spanair, o que totaliza 173 ocupantes. Segundo os espanhóis "El País" e "El Mundo", porém, havia mais duas crianças na aeronave, o que elevaria o número de ocupantes para 175. Os nomes dos passageiros ainda não foram divulgados.
Em nota, a Spanair confirmou que o avião realizava o vôo JK5022, de Madri a Las Palmas, e era modelo MD-82. O vôo compartilhava o código LH 255, da companhia Lufthansa.
O Itamaraty não sabe se havia brasileiros a bordo.
Para atender familiares e amigos de possíveis vítimas, a Spanair abriu um número de telefone: 00 34 800 400 200.
"O avião estava todo partido, todo cheio de corpos", afirmou ao jornal espanhol "El País" Luis Ferreras, chefe do posto de ambulâncias mais próximo do local. "É a coisa mais parecida com o inferno que eu já vi, os cadáveres estavam ardendo, nos queimamos tentando removê-los", disse um guarda também à reportagem do "El País". Outra testemunha disse ao "El Mundo" que é "um milagre que haja sobreviventes".
Fogo
Não há confirmação sobre as circunstâncias do acidente mas, conforme testemunhas ouvidas pelo "El País", o motor esquerdo pegou fogo durante o procedimento de decolagem. O piloto, então, teria realizado o pouso emergencial. Testemunhas também disseram que a aeronave ficou partida ao meio.
Helicóptero e carros de emergência trabalharam para conter fogo após acidente com avião de Spanair, no aeroporto de Barajas
Há suspeitas de que a aeronave tenha tido falhas antes de decolar, uma vez que sua saída estava marcada, originalmente, para as 13h --ou seja, a decolagem ocorria com cerca de duas horas de atraso.
Uma grande nuvem de fumaça cobre o terminal. O fogo foi dado controlado por volta das 17h, ainda conforme a imprensa espanhola.
O acidente aconteceu na pista 36 do Terminal 4, a mais apertada do aeroporto, conhecida como "ilha", conforme o "El País". Os acessos à área foram bloqueados pela Guarda Civil. Equipes de resgate também organizaram corredores para facilitar a retirada de feridos. Segundo a rede de TV CNN, todo o aeroporto foi paralisado. Não há informações sobre a retomada do funcionamento.
Investigações
De acordo com informações da agência de notícias Efe, as caixas-pretas do avião já foram recuperadas, e um juiz de Madri já determinou o início imediato de uma investigação sobre as causas do acidente. Fontes judiciais da agência informaram que o juiz foi ao aeroporto com uma comissão para dar início ao registro dos mortos.
Conforme a agência, uma equipe de quatro especialistas da americana NTSB (Conselho Nacional de Segurança em Transporte, em inglês) viaja nesta noite para a Espanha para colaborar com as investigações.
Barajas
O aeroporto de Barajas é tão extenso que possui linhas de ônibus, trem e esteiras rolantes para o deslocamento de passageiros. Somente no ano passado, ele recebeu 52 milhões de passageiros. Para efeito de comparação, o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), recebeu cerca de 18 milhões e o de Congonhas (zona sul de São Paulo), cerca de 15 milhões, no mesmo período.
O Terminal 4, onde o acidente teria ocorrido, foi inaugurado no mês de fevereiro de 2006, quando foi realizada uma ampla reforma com um projeto dos arquitetos Antonio Lamela e Richard Rogers.
Folha Online
Brasil - Fluxo cambial está positivo em US$ 3,7 bilhões
SÃO PAULO, 20 de agosto de 2008 - A entrada de dólares no Brasil superou as saídas nos primeiros 11 dias de agosto, segundo dados do fluxo cambial (saldo da entrada e saída de moeda estrangeira em operações comerciais e financeiras) divulgados hoje pelo Banco Central (BC). Até o momento, a conta ficou positiva em US$ 3,749 bilhões, puxado pelo desempenho das negociações comerciais. No ano, o saldo acumula superávit de US$ 16,189 bilhões, abaixo do montante acumulado em igual período do ano passado (US$ 68,546 bilhões).
Em agosto, de acordo com o BC, o saldo das operações comerciais de câmbio ficou positivo em US$ 3,888 bilhões, sendo que as exportações somaram US$ 9,336 bilhões e as importações atingiram US$ 5,447 bilhões.
Já as operações financeiras, que incluem, remessas de lucros ao exterior, turismo e fretes, atingiram saldo negativo de US$ 140 milhões, sendo que as compras totalizaram US$ 26,020 bilhões e as vendas alcançaram US$ 26,159.
(Vanessa Stecanella - InvestNews)
JB Online
Portugal - Horas de medo e de ansiedade
Depois de quatro horas de pânico e de ansiedade, os 18 trabalhadores da Somague, que anteontem se viram impotentes perante as ondas violentas que rebentavam em cima da obra do novo molhe do Douro, no Porto, puderam descansar 24 horas. Hoje, retomam o trabalho, no mesmo molhe, esperando que as marés-vivas não os voltem a encurralar.
"Um súbito agravamento do estado do mar", é esta a explicação da Autoridade Marítima, da empresa Somague e até dos trabalhadores, perante o incidente que levou a que não conseguissem abandonar a tempo a plataforma de obras nas águas da Foz do Douro. Apenas um operário arriscou sair pelo próprio pé, entre as violentas vagas.
"As previsões apontavam para um pico só ao final da noite. Aconteceu mais cedo", afirmou depois o comandante da Capitania do Douro, Martins dos Santos. Afinal, a natureza contrariou as previsões e os trabalhadores ficaram retidos na obra, rodeados pela fúria do mar. Dado o alerta pelas 19h15, foi decidido resgatar os homens através dos helicópteros da Protecção Civil e da Força Aérea.
"Os trabalhadores passaram momentos de tensão e de medo, mas nunca perderam o controlo", disse ao CM Luís Garcez, da Somague. Quatro horas depois, os dezassete homens eram resgatados do mar para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde foram assistidos pelo INEM. "Estavam física e emocionalmente exaustos, mas recuperaram bem", acrescentou fonte próxima dos operários. Apenas um homem teve de receber tratamento no Hospital de Santo António, devido a um ferimento ligeiro num olho.
OBRA DECORRE HÁ DOIS ANOS E NUNCA HOUVE INCIDENTES
A construção do novo molhe da Foz do Douro foi iniciada há cerca de dois anos e deverá ficar concluída até ao final de 2008. De acordo com a empresa e com o sindicato do sector, mesmo em pleno Inverno, nunca os trabalhadores foram surpreendidos pelo estado do mar. A situação é controlada pela Autoridade Marítima que avisa a empresa em caso de eventuais perigos. Desta vez, foram todos apanhados pelo mau humor repentino das marés-vivas ao final da tarde. O rebentamento das ondas assustou os operários, mas não teve o mesmo efeito nas centenas de curiosos que foram ao pontão apreciar a força do mar.
Aliás, quando o novo molhe ficar concluído, este tipo de espectáculo da natureza poderá ser apreciado em segurança. O projecto foi concebido para atenuar o choque entre o rio e o mar e para dar maior segurança às embarcações. As ondas vão rebentar no pontão à vista de todos.
SEGUNDO ACIDENTE
Foi o segundo acidente envolvendo trabalhadores da Somague em menos de dois dias. Na manhã de domingo, o barco onde seguiam dez homens naufragou a três milhas da Costa Nova, em Aveiro. Salvaram-se graças aos coletes que usavam. Conseguiram nadar até à costa e o socorro acabou por ser desnecessário.
OBRA INSPECCIONADA
A construção de um molhe exige meios de protecção de trabalhadores adicionais. A Inspecção-Geral do Trabalho fiscaliza frequentemente esta obra.
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