ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

21 agosto, 2008

SAÚDE

Rega com águas residuais traz riscos para a saúde

Água. Escassez e saneamento vão estar em debate na semana internacional da água que começou no domingo em Estocolmo. Logo no início deste encontro, especialistas alertam para os perigos do uso das águas residuais sem tratamento adequado na rega de zonas agrícolas junto às grandes cidadesAs águas residuais ameaçam a qualidade dos terrenos agrícolas situados nas zonas urbanas e põem em risco a saúde das populações que se alimentam dos produtos aí cultivados. Por isso, alertam os investigadores, é urgente retirar os poluentes destas águas geradas pelos esgotos domésticos e industriais e usadas na rega de áreas agrícolas das grandes cidades.Um estudo agora divulgado pela BBC News, a propósito de um encontro internacional sobre gestão da água que está a decorrer em Estocolmo, diz que 85% das cidades despejam as suas águas residuais sem tratamento adequado. Os investigadores do Instituto Internacional de Gestão da Água afirmam ainda que há um aumento do risco de doenças devido à crescente urbanização nos países em desenvolvimento. O director geral do instituto, Colin Chartres, afirmou que, apesar de se saber que muitas cidades usam águas residuais na rega das suas hortas, não há dados sobre a forma como esta água é usada nem quais os riscos que acarreta.O estudo analisou a situação de 53 cidades de países em desenvolvimento. Foi avaliada a forma como as águas residuais são geradas, as quantidades utilizadas na agricultura urbana e o seu grau de tratamento.
O aumento do preço dos alimentos e a crescente preocupação com a escassez de água leva os investigadores a sublinhar os benefícios que advêm do uso de águas residuais na rega das culturas. Com isto é possível produzir alimentos onde há falta de água ou onde não há fontes potáveis, e ainda reciclar os nutrientes do solo, fazendo com que os agricultores poupem na aquisição de fertilizantes.
80% das cidades que participaram no estudo utilizam as águas residuais, ou seja, mais de cinco milhões de agricultores e familiares dependem desta prática para ganhar a vida.Contudo, estes benefícios ambientais não apagam os riscos para a saúde. "Se esta prática se tornar mais comum, haverá cada vez mais pessoas a comer alimentos produzidos desta forma. Há necessidade de haver uma maior preocupação no que diz respeito aos metais pesados e a outros contaminantes", diz o responsável do instituto.
Colin Chartres afirma ainda que as nações em desenvolvimento não têm meios para tratar as águas devidamente, o que leva alguns agricultores a aplicar-lhes apenas um teste de cheiro e sabor. "Se sabe e cheira muito mal não a utilizam para irrigar as culturas, mas esta parece uma forma um pouco perigosa de fazer as coisas", acrescenta o investigador.Os autores do estudo sublinham por isso a necessidade da comunidade internacional adoptar medidas e políticas que reduzam os riscos ambientais e para a saúde causados pelo uso de águas residuais.
- R.C.
Diário de Notícias - Lisboa



ONU quer explicação sobre alcoolismo e saúde de índios
Relator da ONU visita aldeias com problemas de saúde, segurança e terra.
Entre os locais que serão visitados está a reserva Raposa Serra do Sol.
O relator especial das Nações Unidas (ONU) sobre Direitos Humanos e Liberdades Fundamentais dos Povos Indígenas, James Anaya, pediu explicações ao governo brasileiro sobre o alto índice de suicídio e alcoolismo entre índios da etnia guarany kaiwá, em Mato Grosso do Sul, e também sobre o avanço de epidemias como hepatite e malária nas aldeias do Vale do Javari, no Amazonas.
Em missão oficial de 12 dias no País, Anaya foi recebido nesta sexta-feira (15) por dirigentes da Fundação Nacional da Saúde Indígena (Funasa) e na segunda-feira (18) começará a fase de visita a aldeias com problemas de saúde, segurança e terra.
Entre os locais a serem visitados, ele dedicará atenção especial à reserva
Raposa Serra do Sol, cuja demarcação sofre contestação de fazendeiros e terá um teste decisivo nos próximos dias no Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da ação dos arrozeiros da região, que desejam a demarcação da reserva em ilhas e não em área contínua.
Mas nesta sexta-feira, o foco ficou concentrado nos problemas de saúde, como os do Javari, onde vivem 3.587 índios de seis etnias pouco integradas, mas constantemente agredidas por madeireiros.
Eles fizeram chegar à ONU um relatório em que denunciam que índios "estão condenados" pelas epidemias de hepatite (A, B, C e D), pneumonia, malária e pelo agravamento de outras doenças, como desnutrição infantil, tuberculoses, câncer uterino, Aids e problemas relacionados à "falta de atendimento" nas aldeias.
Em relação aos guaranys kaiwás, o dirigente da ONU quis saber o que o governo brasileiro está fazendo para deter o elevado índice de suicídios, de 45 índios ao ano (quase a totalidade cometidos por jovens), combater o alcoolismo e ajudar na reabilitação dos viciados. O problema foi detectado desde a década de 60, quando os índios, privados de suas terras, doadas pelo governo a colonos assentados, entraram em depressão. Apesar das várias iniciativas do governo e pressões externas, o drama dos caiuás permanece sem solução.
Ações do governo
O diretor de Saúde Indígena da Funasa, Wanderley Guenka, reconheceu que o governo trava uma luta para conter o alcoolismo na região de Dourados, onde existem 14 destilarias de cachaça em volta das aldeias indígenas.
O agravamento das epidemias na região, segundo Guenka, deve-se às incursões de invasores não-índios, sobretudo madeireiros ilegais. A PF e as Forças Armadas, segundo a Funasa, têm intensificado ações para expulsão dos invasores e para o combate ao desmatamento.
Globo.com

Saúde integra cirurgia de mudança de sexo a procedimentos do SUS
Portaria publicada na edição desta terça-feira do "Diário Oficial" da União integra a cirurgia de mudança de sexo a procedimentos bancados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A medida oficializada hoje já havia sido anunciada no
mês de junho deste ano pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
O texto publicado hoje menciona o direito ao atendimento humanizado e livre de discriminação devido à orientação sexual. "A orientação sexual e a identidade de gênero são fatores reconhecidos pelo Ministério da Saúde como determinantes e condicionantes da situação de saúde, não apenas por implicarem práticas sexuais e sociais específicas, mas também por expor a população GLBTT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) a agravos decorrentes do estigma, dos processos discriminatórios e de exclusão que violam seus direitos humanos, dentre os quais os direitos à saúde, à dignidade, à não discriminação", informa trecho do documento.
Nas justificativas para determinar a medida, o texto assinado por Temporão cita que o transexualismo é desejo de viver e ser aceito. "Considerando que o transexualismo trata-se de um desejo de viver e ser aceito na condição de enquanto pessoa do sexo oposto, que em geral vem acompanhado de um mal-estar ou de sentimento de inadaptação por referência a seu próprio sexo anatômico, situações estas que devem ser abordadas dentro da integralidade da atenção à saúde preconizada e a ser prestada pelo SUS", menciona trecho da portaria.
O texto não cita a data exata para início das atividades. A portaria prevê que haja uma articulação entre o Ministério da Saúde, secretarias Estaduais e municipais de saúde para que o tratamento seja integral e não fique restrito apenas ao procedimento cirúrgico, que seja livre de discriminação e cita ainda a necessidade de orientação aos profissionais de saúde "para o respeito às diferenças".
Caberá à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde as tratativas para implantação do serviço.
Erro
O texto traz a nomenclatura de referência do movimento de forma errada. Em vez de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), anunciada em
junho, o texto informa a denominação anterior, a GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), grafada com um "T" a mais, mencionando a sigla GLBTT. Procurado para comentar o assunto, o Ministério da Saúde informou que o erro já havia sido detectado e haverá uma retificação.
Luta
As formas de credenciamento ainda serão detalhadas. A previsão inicial anunciada pelo governo era de centralizá-las em hospitais universitários.
Temporão anunciou a medida em junho, durante a 1ª Conferência Nacional GLBT, realizada em Brasília (DF).
Uma decisão de 2007 do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) obrigava o SUS a fazer esse tipo de cirurgia. A decisão do TRF determinava que o governo federal tomasse todas as medidas que possibilitem aos transexuais a realização da cirurgia de mudança de sexo pelo SUS. A União recorreu então ao STF (Supremo Tribunal Federal), alegando que as operações gratuitas trariam prejuízo aos cofres públicos.
Em 12 de dezembro do ano passado, a então presidente do STF, ministra Ellen Gracie, suspendeu os efeitos da decisão do TRF-4. Agora, o próprio Ministério da Saúde decidiu incluir a cirurgia na tabela do SUS.
Folha Online

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