PATRIMÔNIO CULTURAL
A Igreja do Bom Jesus da Coluna, localizada na Avenida D. Pedro II, na Ilha do Bom Jesus - uma das nove que aterradas formam a cidade universitária, na Ilha do Fundão, Rio de Janeiro - será reaberta nesta sexta-feira, dia 15, às 10h. A obra de restauro recebeu apoio de R$ 1,4 milhão em recursos não reembolsáveis do BNDES.
A área onde a igreja se encontra pertence ao Exército, que através da sua fundação cultural, a Funceb, buscou também uma parceria com a Escola de Belas Artes da UFRJ (EBA) para revitalizar a edificação.
A igreja encontrava-se em péssimo estado de conservação, com cerca de 80% da sua estrutura danificada. A restauração incluiu o reforço estrutural, a troca da cobertura, das esquadrias, pisos, forros e elementos pétreos, assim como a modernização das instalações elétricas e hidráulicas. Também os altares, móveis e ornatos receberam nova pintura a ouro.
No período em que duraram as obras foi ministrado um curso de restauro a alunos da graduação da EBA, que recuperaram, nas aulas, todo o imaginário da igreja. O curso os preparou para a função de auxiliares de restauração em madeira e teve supervisão da diretora do Curso de Belas Artes, Ângela Luz. As aulas aconteceram no Forte de Copacabana.
A Igreja do Bom Jesus da Coluna foi construída no início do século XVIII pelos franciscanos e tombada pelo Iphan, em 1964, por ser um magnífico exemplo da arquitetura colonial. Restaurada, poderá receber visitação de turistas, pesquisadores e estudantes e cumprir seu papel de registrar a memória de época de uma construção com trezentos anos de existência.
Durante a restauração da igreja, foram feitas algumas descobertas que o abandono encobriu. Como a inscrição, 1703, no portal da entrada, uma das supostas datas de fundação do templo. Um arco, que dava passagem para a nave da igreja, também apareceu com a obra.
O BNDES é hoje o maior patrocinador de ações de preservação do patrimônio histórico e arqueológico brasileiro. Nos últimos 10 anos, já foram apoiados projetos que possibilitaram a revitalização de mais de 100 monumentos tombados em todo o país, totalizando investimentos de cerca de 100 milhões de reais. Entre esses bens históricos, podem ser citados, museus, igrejas, casas, fortes, universidades, teatros e centros históricos, entre outros, distribuídos nas diversas regiões do País.
Fator Brasil
RIO - O cidadão que decidir conhecer os mais de 200 bens tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Rio terá uma tarefa hercúlea pela frente. São tantos os acervos e tão belas as obras de arquitetura que, no final da maratona, ele vai descobrir que vive em um lugar privilegiado. O interessado pode começar o seu passeio hoje, no Dia do Patrimônio Histórico, visitando a Igreja do Convento de São Bento que, aos domingos, às 10h, oferece a já tradicional apresentação de canto gregoriano.
Dom abade Roberto Lopes gosta de dizer que a história do Rio e a do mosteiro, que tem mais de 400 anos, se confundem. – É um grande centro cultural e educacional, um dos primeiros lugares tombados em 1937, ano de criação do Iphan – explica.
Dom Roberto mostra o que pouca gente vê: as três bibliotecas, com seis mil livros. É um privilégio concedido a mulheres, que precisam de autorização especial para entrar na clausura. O jardim interno, os corredores, a capela privada, o refeitório e os imensos janelões com vista para a Baía de Guanabara formam um conjunto encantador.
Atualmente, 40 monges (o mais velho é dom Lourenço de Almeida Prado, de 97 anos) vivem no mosteiro. No fim da vida, são enterrados ali mesmo. É possível passar longos meses na “montanha”, sem descer para o Centro da cidade. Ali funcionam também o Colégio São Bento e as faculdades de filosofia e teologia.
– Esse espaço foi criado como casa de Deus e fortaleza. Foram muitas as invasões e saques – explica o religioso que considera a abadia de São Bento, entre as quatro existentes no mundo, a mais perfeita, apesar de sua sobriedade.
O baile e a ilha
Bem perto do Mosteiro fica o Espaço Cultural da Marinha, de onde sai diariamente a escuna para a Ilha Fiscal, bem tombado pelo patrimônio estadual e que passou a ser programa dos turistas a partir de 1999. Agora é possível comprar ingressos antecipados, o que acabou com as enormes filas. Situada na antiga Ilha dos Ratos, o Posto Fiscal era lugar de trabalho da princesa Isabel e de dom Pedro II.
– Ao ver o primeiro projeto assinado pelo arquiteto Adolfo José del Vecchio, o imperador mandou que ele fizesse um segundo. No fim, disse que a ilha era “um delicado estojo, digno de uma brilhante jóia” – explica a guia Maria Augusta.
Em estilo gótico, na cor verde, o castelinho atrai os olhares de quem costuma usar as lanchas entre Rio e Niterói. Mas o povo conhece pela metade a história do último baile da monarquia. Ao chegar à festa, dom Pedro se desequilibrou: “Um monarca escorregou, mas a monarquia não caiu”.
– Talvez não devesse ter tanta certeza disso – lembra a guia. – Dois dias depois, foi proclamada a República.
O piso em parquê, feito com 16 espécies de madeira da Mata Atlântica, é um destaque da visita, assim como os vitrais ingleses. No passeio, ninguém confirma o que foi encontrado no dia seguinte ao baile. Além de copos quebrados, alguns dos 4 mil convidados perderam condecorações e até peças de roupas íntimas femininas.
Rose Esquenazi, Jornal do Brasil
A assinatura do TAC realizada na manhã desta segunda-feira, 18, contou com as presenças da Procuradora-Geral de Justiça, Dra. Maria Cristina da Gama e Silva Foz Mendonça, do Promotor de Justiça, Dr. Augusto César Leite de Resende, e do Procurador-Geral do Município, Dr. Luiz Carlos Oliveira de Santana de Aracaju.
Histórico
O Ministério Público do Estado de Sergipe ajuizara Ação Civil Pública contra o município de Aracaju e da Empresa Municipal de Obras e Urbanização – EMURB, visando a completa recuperação da Ponte do Imperador, na forma, condições e prazos determinados em perícia, restabelecendo-se as condições anteriores ao início das obras, e, no caso de impossibilidade técnica de recuperação da Ponte do Imperador, a condenação dos réus a indenizarem os danos causados ao patrimônio cultural de Sergipe.
A Ação proposta pelo Ministério Público estava embasada em laudo técnico apresentado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN que concluiu que a colocação de esquadrias e vidros Ponte do Imperador retirará as características arquitetônicas da época de sua construção, alterando, o seu aspecto, e acarretando danos ao patrimônio cultural de Sergipe.
Segundo o promotor de Justiça Dr. Augusto César Leite de Resende “a celebração do termo de ajustamento de conduta reflete o pensamento da sociedade moderna que prima pelo respeito aos valores históricos e culturais do ser humano, principalmente, as obras e monumentos portadoras de mensagem espiritual do passado de cada povo, que devem perdurar no presente como o testemunho vivo de suas tradições seculares e, neste caso, proporciona a proteção adequada a um dos bens de notório valor histórico para o povo Sergipano”, ressaltou o Promotor de Justiça.
INFO Net
(Com informações do MPE/SE)
Curso: Recuperação de acervos bibliográficos molhados e atacados por microorganismos
Curso faz parte do programa de capacitação das equipes bibliotecárias do SIBi/USP e será ministrado por Norma Cianflone Cassares, da ABER, de 6 a 8 de outubro, em São Carlos
Em continuidade ao desenvolvimento da proposta de capacitação das equipes bibliotecárias do SIBi/USP, em 2008, será realizado o curso “Critérios de Higienização de Acervos Bibliográficos com Atenção Especial às Obras Molhadas e Atacadas por Microorganismos”, a ser ministrado pela Profa. Norma Cianflone Cassares, da Associação Brasileira de Encadernação e Restauro – ABER.
Título do curso: Recuperação de acervos bibliográficos molhados e atacados por microorganismos
Objetivos: 1) Dar elementos teóricos necessários para definir estratégias em planos de catástrofes para a prevenção de danos biológicos.2) Instruir os participantes em métodos e técnicas de recuperação de bens afetados por agentes biológicos.
Ementa: Conservação de documentos
Responsável : Norma Cianflone Cassares Formação em Química Industrial com atuação em conservação-restauro de acervos em papel pelo curso SENAI-ABER. Realizou treinamento avançado no Laboratório de Preservação de Papel da Biblioteca do Congresso americano. Faz parte da equipe de profissionais da Associação Brasileira de Encadernação e Restauro. Atua há 15 anos na área de arquivos e bibliotecas desenvolvendo atividades de conservação, preservação e restauro. Na área de capacitação de profissional, vem atuando através da ABER com parceria com o Senai Theobaldo de Nigris em cursos de formação profissional que abrangem conservação/preservação de acervos em papel e encadernação de conservação.
Conteúdo: Serão desenvolvidos os seguintes temas:
1- Desastres provocados por água .- Efeitos da água nos materiais de coleções de museus, bibliotecas e arquivos* imediatos : danos físicos e químicos* a curto prazo: biodeterioro ( fungos e bactérias )
2- Biodeterioro- Proliferação de microorganismos e de insetos
3- Os fungos e bactérias como contaminadores microbiológicos.- Como identificar uma infestação?
4- Como controlar fungos* Prevenção* Controle não tóxico
6- Biodeterioro por ataque de insetos: anobídeos e termitas- Características de ataque- Tipos de danos- Controle não tóxico: atmosfera controlada e Sistema Sentricon de Dow AgroScience
7- Proteção das pessoas durante o manuseio de materiais contaminados.
Material de suporte: datashow.
Público-alvo: Bibliotecários , arquivistas e profissionais que atuam na area.
Carga horária: 12 horas
O treinamento foi planejado para atender uma turma na cidade de São Paulo (bibliotecas de São Paulo, São Sebastião, Lorena) - treinamento realizado em agosto - e outra turma na cidade de São Carlos (bibliotecas dos campi do interior), em datas diferentes, com duração de três dias (18 horas) para cada turma, de acordo com as especificações que seguem. Datas: 06 a 08 de outubro de 2008 (São Carlos) Horário: das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h Local: São Carlos: Cidade Universitária
Número de vagas: São Carlos: 50
Cada Biblioteca das localidades já mencionadas dispõe de 03 vagas (evento na Capital) e 05 vagas (evento no interior) para profissional bibliotecário. Recomenda-se que uma das vaga seja destinada ao diretor da Biblioteca. Havendo possibilidade, serão oferecidas mais vagas por Biblioteca. Assim, para as Bibliotecas interessadas, pedimos indicar mais nomes de bibliotecários, em ordem de prioridade de atendimento.
Contato: e-mail capacitacao@sibi.usp.br
Data de início: 06/10/2008
Data final: 08/10/2008
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Obra centenária é furtada
Pegadas brancas de quatro pares de pés descalços e calçados sobre o carpete verde foram as únicas marcas deixadas por ladrões que furtaram, no último fim de semana, o busto secular do ex-diretor da Faculdade de Medicina da Ufba Augusto Viana (exercício 1911 a 1913) que adornava, com outras três obras semelhantes, o salão nobre da instituição de ensino, no Terreiro de Jesus.
A escultura, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é de autoria do célebre artista italiano Pasquale Chirico, que foi professor na Escola de Belas Artes e autor de vários monumentos que enfeitam praças de Salvador.
Pesando 18 quilos e feito em bronze, o busto foi modelado há 102 anos. A peça foi removida por no mínimo dois homens, mas a porta de onde provêm as pegadas não apresenta sinal visível de arrombamento. Os pares de pegadas vêm em direção ao palco onde fica a mesa principal do sala. Atrás desta, estavam colocados os bustos sobre pedestais de madeira há muito anos. As pegadas vão nessa direção e em seguida saem juntas em direção à porta. O salão foi reinaugurado há pouco mais de um mês.
O atual diretor da instituição, Dr. José Tavares, informou o crime ao reitor da Ufba, Naomar Almeida, tendo enviados fax à Polícia Federal e ao Iphan. Mas declarou que os problemas do imóvel estão associados à falta de segurança no Centro Histórico.
De acordo com ele, além do busto, ladrões já furtaram nos últimos tempos: uma calha de cobre que protegia o telhado da biblioteca, além de vários metros de canos de distribuição de água ao redor do edifício que estavam expostos, um sistema de pára-raios, e até esquadrias de alumínio recém-fixadas foram levadas pelos bandidos.
Perícia - Apesar das providências tomadas pelo diretor da faculdade, que determinou o isolamento da área onde estão as pegadas, até o final da tarde de ontem o local ainda não havia sido periciado. Três outros bustos que formavam um conjunto com o item furtado, retratando ex-diretores da instituição, foram levados para um local seguro, sendo deixadas no salão duas esculturas de mármore que pesam cada uma 250 quilos. “Acho muito difícil que os ladrões consigam sair com tanto peso”, disse.
A instituição, espalhada em diversos imóveis espalhados num vasto terreno, é protegida diariamente apenas por três vigilantes. Num terreno que pertencia à faculdade, denominado atualmente como Rocinha, moram diversas famílias, desde que foi ocupado por invasores há alguns anos. Além disso, empregados de duas empresas que trabalham em obras de recuperação das edificações circulam livremente pela área.
“Acredito que os ladrões desconheçam o valor artístico da obra e temo que o objetivo deles seja vender o busto para que o bronze seja derretido”, lamentou José Tavares. O diretor da faculdade disse ainda que o imóvel que abriga o estabelecimento de ensino superior cresceu com a cidade e abriga um acervo documental valioso desde 1804, com informações sobre a história da Salvador desde este período.
“Mas a minha maior preocupação é com a segurança de estudantes e professores que diariamente vêm para aulas de graduação e pós-graduação na faculdade. Temo que sejam agredidos porque não temos como impedir a ação de bandidos nas ruas do Centro Histórico”, acrescentou o diretor José Tavares.
Marjorie Moura, do A Tarde
São Paulo - Recuperada última obra roubada da Pinacoteca
Gravura "Minotauro, Bebedouro e Mulheres", do espanhol Pablo Picasso, foi levada do museu no dia 12 de julho
Pressionados pela polícia, que fez uma operação na Favela de Paraisópolis, os bandidos que mantinham escondida a gravura "Minotauro, Bebedor e Mulheres", feita em 1933 pelo pintor Pablo Picasso, resolveram devolvê-la. Um telefonema anônimo avisou os policiais do 34º Distrito Policial, no Morumbi, zona sul de São Paulo, que a obra estava em uma passarela na Rua Jacó Salvador Sveibel, perto do km 13 da Rodovia Raposo Tavares. Isso foi na noite de sexta-feira. "Só revelamos agora porque antes era necessário constatar a autenticidade da obra", disse o delegado André Antiqueira, do 34º DP. A gravura de Picasso era uma das quatro obras que assaltantes roubaram da Estação Pinacoteca, em 12 de junho. Além dela, haviam sido levados outra gravura de Picasso (O Pintor e seu Modelo, de 1963) e dois quadros - Mulheres na Janela (1926), de Di Cavalcanti, e Casal (1919), de Lasar Segall. Essas três já haviam sido recuperadas pela Polícia Civil, que procurava a última gravura ainda em poder dos bandidos.
Avaliada em US$ 5 mil, Minotauro, Bebedor e Mulheres estava embrulhada em plástico bolha e num papel marrom quando foi encontrada pelos investigadores do 34º DP. "Eles tiveram muito cuidado com a obra", afirmou o delegado. Desde que o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) e a Delegacia Seccional de Guarulhos recuperaram as outras obras, a polícia havia conseguido identificar seis acusados de participar do roubo e esconder as peças. Três deles permanecem foragidos.
A pressão dos policiais fez os acusados, que se escondiam na zona leste, procurarem abrigo na favela da zona sul. "Recebemos, na manhã de sexta-feira, a informação de que estavam escondendo em Paraisópolis uma obra roubada de museu", contou o delegado. Equipes da delegacia foram até a favela e fizeram uma operação durante todo o dia para tentar encontrar o esconderijo da quadrilha. Ainda divulgaram no local o telefone da delegacia para quem quisesse passar alguma informação. No começo da noite, a operação foi suspensa.
"Quando voltamos à delegacia, o telefone tocou. Um homem que não se identificou disse que a obra que nós procurávamos estava na passarela", disse o delegado. Para ele, os bandidos, com medo de serem apanhados e sob pressão da polícia, resolveram se desfazer da obra. "Sabemos que eles não cometeram o crime por encomenda, pois é isso que mostram as investigações do Deic. Eles pegaram os quadros para depois encontrar algum comprador", afirmou o delegado-geral, Maurício Lemos Freire. "Há 11,5 mil obras de arte roubadas no mundo e o tempo médio de investigação desses tipo de crime é de 5 a 10 anos. Nós fizemos isso em tempo recorde", comemorou o delegado-geral.
Os três acusados que permanecem foragidos são Marcelo Dias de Souza, Paulo César Soares e Diego Constantino de Oliveira. Os dois primeiros são acusados pelos policiais do Deic de participar diretamente do roubo. Acompanhados por Uéslei Teobaldo Barros, eles entraram armados na Estação Pinacoteca, depois de comprar ingressos. Do lado de fora do prédio, eram aguardados por Edmílson Silva do Nascimento, responsável por dirigir o carro usado na fuga pelo bando.
Uéslei foi preso e revelou a participação dos colegas. Foi ainda por meio dele que os policiais recuperaram a primeira gravura de Picasso. Em seguida, foram detidos Silva e Alex Santana dos Santos - acusado de ajudar Uéslei a esconder a gravura em uma Cohab, em Itaquera, na zona leste de São Paulo. Por meio de Silva, os investigadores encontraram os quadros de Di Cavalcanti e Lasar Segall, também escondidos na zona leste da capital.
Todas as obras foram levadas à Estação Pinacoteca, que teve a segurança reforçada por guardas armados e detectores de metal. As obras só voltarão a ser expostas após exames técnicos. "Esse também será o destino da gravura", adiantou Marcelo Araújo, diretor do museu. Aparentemente, Minotauro, Bebedor e Mulheres estava em bom estado. "Até a moldura é a original", revelou Araújo.
Marcelo Godoy, de O Estado de S.Paulo
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Oficina será realizada pela Associação de Arquivistas de São Paulo, dentro do projeto "Como fazer". Será realizada em 4 e 5 de setembro, em São Paulo
PROJETO "COMO FAZER"
Oficina 5/2008: "Como digitalizar documentos de arquivo"
Data: 04 e 05 de setembro de 2008 (5ª e 6ª feira).
Horário: das 9:00 às 12:00 e das 13:30 às 16:30 horas.
Carga horária: 16 horas-aula
Local: Centro Paula Souza - Escola Técnica Estadual Parque da Juventude.Avenida Cruzeiro do Sul, 2.630 – AUDITÓRIO
Bairro: Santana - Estação Carandiru do Metrô
São Paulo - SPSite: http://www.etecparquedajuventude.com.br/
Docente: Alex Ricardo Brasil
Bacharel e licenciado em História pela Universidade de São Paulo e especialista em organização de arquivos pela mesma instituição. Foi Chefe do Setor de Arquivo do TRE-SP de 1997 a 2007. Atualmente ocupa, no Tribunal, o cargo de Assistente de Arquivo, preside a Comissão Permanente de Avaliação de Documentos e coordena o projeto de digitalização de documentos no Arquivo Geral. É, também, membro do Centro de Memória Eleitoral, além de integrar comissão nacional do Tribunal Superior Eleitoral - TSE, designada para definir políticas de arquivo para a Justiça Eleitoral. Por conta de sua formação e experiência na área, tem proferido palestras e ministrado cursos sobre gestão documental, documento eletrônico e, digitalização de documentos.
Objetivo: Fornecer aos participantes informações necessárias para compreender e situar a digitalização de documentos de arquivo como parte integrante de um programa de gestão documental, introduzindo conceitos arquivísticos que regem a produção, o gerenciamento, o acesso e a preservação da informação registrada em papel e migrada para o meio digital.
Público-alvo: Profissionais que trabalham em arquivos públicos e privados, centros de documentação, centros de memória, bibliotecas, cientistas da informação, estudantes e interessados em geral.
Metodologia: Aula expositiva com uso de recursos áudio-visuais e atividades práticas dos alunos.
Programa:
1. Documento de arquivo e gestão documental: conceitos fundamentais
2. Por dentro do documento digital
3. História da digitalização
4. Imagens vetoriais e imagens rasterizadas: diferenças fundamentais
5. Gerenciamento Eletrônico de Imagens de Documentos: fundamentos e etapas.
6. Seis razões para digitalizar documentos
7. Tipos de scanner
8. Usos, limitações e durabilidade dos diferentes suportes documentais: analógicos, magnéticos, ópticos e “flash ram”
9. Entendendo os formatos digitais para imagens: BMP, TIF, JPEG e PDF
10. A importância da indexação para o acesso ao documento digitalizado;
11. Formatos digitais para intercâmbio de bancos de dados e preservação dos índices: XML, CSV
12. Conferindo valor probatório ao documento de arquivo digitalizado
13. Os desafios da preservação e as soluções possíveis para obsolescência dos formatos de mídia e formatos de arquivo digital
Informações e inscrições:Associação de Arquivistas de São Paulo – ARQ-SP
Avenida Prof. Liineu Prestes, 338 – Sala N – ButantãTel: (11) 3091-3795, com Hilda Vieira Taxa de Inscrição:Sócios - R$150,00
Não-Sócios - R$200,00(incluindo material didático em CD-R e cafés intermediários)
O pagamento deverá ser feito através de depósito bancário a favor de:
Associação de Arquivistas de São Paulo - ARQ-SPBanespa - Agência 0204 - C/C 13.002106-3
Ficha de inscrição: disponível no site http://www.arqsp.org.br/OficFicha2008.htm
Enviar ficha de inscrição preenchida com o comprovante de depósito até 05 dias antes da realização da Oficina para ARQ-SP: arqsp@hotmail.comou (11) 3091-3795 (fax).
Site: http://www.arqsp.org.br/temas2008.htm
Data de início: 04/09/2008
Data final: 05/09/2008
http://www.aber.org.br/
III Encontro Tratamento de Bens Culturais em Exposições Temporárias
III Encontro Tratamento de Bens Culturais em Exposições Temporárias, promovido pelo Centro Cultural da Espanha em São Paulo, será realizado entre 1º e 4 de outubro de 2008, na Pinacoteca do Estado de São Paulo
O Centro Cultural da Espanha em São Paulo/AECID – Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento – dentro de seu Programa ACERCA – e o Grupo Espanhol do IIC, organizam o III Encontro Tratamento de Bens Culturais em Exposições Temporárias que será realizado entre os dias 1 e 4 de outubro de 2008, na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
O Encontro tem como objetivo promover a reflexão sobre o tema e consolidar um documento que unifique e sistematize os procedimentos usados na realização de exposições temporárias na Espanha e em toda a América Latina.
A proposta do III Encontro é reunir em São Paulo os representantes de Instituições envolvidos na realização de exposições temporárias como Museus, Fundações, Institutos, Centros Culturais, Produtoras e Montadoras de Exposições, bem como os profissionais envolvidos na realização dessas exposições como museólogos, museógrafos, curadores, conservadores, especialistas em transporte e técnicos em produção.
III Encontro Tratamento de Bens Culturais em Exposições Temporárias
[Seleção de participantes para composição do Grupo de trabalho Brasileiro]
O III Encontro Tratamento de Bens Culturais em Exposições Temporárias dá seqüência aos trabalhos realizados em dois encontros anteriores, em 2006 na Cidade do México e em 2007 no Museu Nacional-Centro de Arte Reina Sofia em Madrid, neste último foi elaborada a primeira versão do documento Proposta de sistematização de procedimentos de gestão e conservação dos bens culturais em exposições temporárias, ponto de partida para as atividades a serem realizadas nas mesas de trabalho de São Paulo. O principal objetivo do Programa ACERCA é apoiar e impulsionar processos de formação e capacitação de recursos humanos no setor cultural com o intuito de contribuir para o esenvolvimento e bem estar coletivos.
Os resultados esperados são:· Contribuir para o desenvolvimento, profissionalização e capacitação dos conservadores, restauradores, técnicos de produção e montagem de exposições, curadores e produtores do âmbito ibero-americano;· Contribuir para a criação de um espaço cultural ibero-americano e para os demais aspectos citados na Carta Cultural Ibero-americana (ex.: fomentar a proteção e difusão do patrimônio natural e cultural, material e imaterial por meio da cooperação entre os países).· Elaborar um Protocolo Ibero-americano para as questões relativas à conservação de obras e documentos em exposições temporárias, acordado pelos profissionais e instituições da área, a partir do que já foi elaborado pela Espanha e México com apoio do ICOM e CCE México.
O Encontro de São Paulo acontecerá em dois momentos:· O primeiro, consiste em três jornadas de trabalho. As jornadas contarão com a participação do grupo de trabalho presente nos encontros anteriores e de um novo grupo a ser constituído por brasileiros e representantes dos países do MERCOSUL e Chile;· O segundo consiste em uma plenária aberta ao público interessado para a divulgação do trabalho realizado nas mesas.
Os interessados em participar do processo seletivo que formará o grupo de trabalho brasileiro devem preencher o formulário disponível no site: http://www.ccebrasil.org.br/acerca%20e enviar um currículo de no máximo duas páginas para o e-mail: acerca@ccebrasil.org.br.
A seleção será realizada pelo comitê organizador formado por representantes do Centro Cultural da Espanha em São Paulo, bem como de participantes dos I e II Encontros, cujos currículos podem ser consultados no site acima mencionado.
INFORMAÇÕES GERAIS
ORGANIZAÇÃO: Grupo Espanhol do IIC (International Institute for Conservation of Historic and Artistic Works) e Centro Cultural de Espanha em São Paulo - Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) nos marcos do Programa de Formación y Capacitación en Cultura – ACERCA
APOIO: Pinacoteca do Estado de São Paulo
OBJETIVOS: Discutir um documento guia que sistematize os procedimentos de conservação em exposições temporárias, integrando modos e protocolos usados na Espanha e América Latina para futura adoção espontânea por parte de instituições e profissionais iberoamericanos.
PROGRAMA:A metodologia consiste na realização de uma seqüência de seminários em diferentes países ibero-americanos, utilizando como base o documento elaborado a partir dos encontros anteriores.
Organização do seminário:3 jornadas fechadas nas quais os participantes selecionados se dividirão em mesas de trabalho.Uma plenária aberta ao público interessado para apresentação das conclusões.
· 01/10 - 1ª Jornada: apresentação dos conteúdos, organização dos grupos de trabalho, definição de objetivos e metodologia de trabalho de cada grupo.
· 02 e 03/10 - 2ª e 3ª Jornadas: trabalhos dos grupos e reunião conjunta no final de cada jornada.
· 04/10 - Plenária: sessão aberta ao público interessado para apresentação das conclusões das jornadas de trabalho e do Documento guia resultado dos encontros I (México) e II (Espanha).
Pauta do III Encontro:- Revisão dos protocolos e formulários propostos pelo documento guia resultante dos Encontros anteriores (I e II) e que será a base para os trabalhos do III Encontro.- Adaptação dos mesmos à realidade do país / região (Brasil –MERCOSUL e Chile).- Debate sobre procedimentos em exposições temporárias de obras realizadas sobre suportes que incorporam novas tecnologias, arte contemporânea e instalações (tema não debatido nos encontros anteriores).
COORDENADORES DOS GRUPOS DE TRABALHO:
LOCAL DO EVENTO:
PÚBLICO-ALVO:
NÚMERO DE PARTICIPANTES:
RECURSOS:
MATERIAIS E SERVIÇOS Jornadas:Material didático: Documento-guia dos Encontros I e II- Certificado de Participação- Coffee-Break e almoços- Jantar de confraternização para todos os participantes
CARGA HORARIA: 25 horas (21h jornadas e 4h plenária aberta)
DATA LIMITE PARA INSCRIÇÃO E ENVIO DE CURRÍCULO: 27 de agosto de 2008
INSCRIÇÃO PARA O PROCESSO DE SELEÇÃO -JORNADAS- Preencher o formulário no site: www.ccebrasil.org.br/acerca- Enviar currículo de no máximo duas páginas para:acerca@ccebrasil.org.br
AJUDAS DE CUSTO
DIVULGAÇÃO DA LISTA DE SELECIONADOS: Até 05 de setembro
DÚVIDAS: acerca@ccebrasil.org.br
Data de início: 01/10/2008
Data final: 04/10/2008
Seu Perduca é um senhor de estatura mediana, pele clara e cabelo grisalho que mora lá na Rua Tabajaras. Ele conhece todo mundo do bairro pelo nome e, aonde quer que vá, sempre encontra alguém para animadas conversas, com o volume de voz acima do habitual, o inconfundível sotaque e muita gesticulação. Para se divertir, não precisa ir muito longe.
Sábado – como já era de esperar – é dia de futebol na Rua Javari. Ele dificilmente perde uma partida do Juventus, o time do bairro – e o segundo mais querido da cidade (atrás apenas do Corinthians). À noite, a pizza de mussarela da São Pedro completa a programação. Seu Perduca – na verdade, o economista Pedro Felice Perduca, 58 anos – é um legítimo moquense. E, como todo bom morador antigo, tem orgulho do bairro onde nasceu e vive, e acha que não é necessário sair de lá para quase nada. “Não existe lugar melhor. Temos tudo aqui”, diz. Com tanta fidelidade, não é de estranhar que, segundo uma pesquisa realizada pelo Datafolha no ano passado, a Mooca tenha sido eleita o melhor bairro para morar. Essa paixão pode parecer um tanto exagerada para quem é de fora. Entretanto, basta um passeio para perceber que se trata realmente de um lugar único na cidade. Ou, como bem define o proprietário do Giba’s Bar, Gilberto Luizetto, 58 anos, “uma ilha no meio de São Paulo”. E o que diferencia o bairro de tantos outros da capital não é apenas o modo de falar mais italianado e exagerado. Suas ruas também exalam um odor próprio, um cheirinho de “macarronada da mamma” capaz de abrir qualquer apetite. Sem contar as pessoas, é claro. “Temos nossas próprias tradições e raízes, que são passadas de pais para filhos”, diz Rosana, mulher de Luizetto. “Todo mundo se conhece e se protege. Por causa do moquense – e não da polícia –, aqui tem o menor índice de violência da cidade”, afirma Perduca. O único distrito policial que não registrou nenhum homicídio em 2007 foi o do Alto da Mooca, a parte mais nobre do bairro. De acordo com a Polícia Militar, a população participa em peso das reuniões mensais do Conselho Comunitário de Segurança, o Consag.
LUCIANA MATTIUSSI
Epoca
Construção de 1910 foi sede da Custódia da Polícia Federal até 2003; local apresenta sinais de abandono e está em processo de tombamento.
A Polícia Militar quer transferir um de seus batalhões para a antiga Custódia da Polícia Federal em São Paulo, um casarão da década de 1910 que recebeu presos ilustres, como o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto e o ex-senador Luiz Estevão, na esquina das Ruas Piauí e Itacolomi, em Higienópolis. Na semana que vem, a PM vai formalizar a proposta por ofício, solicitando a cessão do espaço a seu proprietário, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A idéia é instalar ali a 3ª Companhia de Policiamento, hoje na Praça Roosevelt, ou a Companhia de Força Tática do 7º Batalhão, na Rua Bela Cintra."Tivemos as primeiras conversas há 20 dias, e a gerência do órgão foi favorável à idéia", disse o major Benjamin Francisco Neto, comandante interino do 7º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, responsável pela área. A expectativa da corporação é de que o termo de cessão de uso, válido por 30 anos, esteja legalizado em quatro meses. "Depois, será elaborado o projeto executivo da reforma, que deve durar três meses. Se tudo der certo, dentro de pouco mais de um ano o novo batalhão estará funcionando."
O INSS, porém, não revela o destino que dará ao imóvel. Por meio de nota, diz que o casarão será colocado à venda assim que forem resolvidas pendências judiciais da década de 1990, quando tentou repassá-lo à Construtora Encol - mas o negócio foi cancelado após ação civil pública. "Ainda não está fechado, mas garanto que a idéia foi bem recebida pelo INSS. Nos disseram que o órgão já tem outros imóveis que não utiliza e teme o risco de invasões", afirmou o major.Após cinco anos desocupado, o casarão - de arquitetura eclética, pintado nas cores azul e branca e adornado com vitrais coloridos - apresenta sinais de abandono, com vitrais quebrados na porta da frente e infiltrações no alto. Em processo de tombamento pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico (Conpresp) desde 2004, foi propriedade de um barão do café - o terreno dos fundos, antigo estacionamento de viaturas da PF e hoje depósito de móveis, foi da família do ex-presidente Rodrigues Alves.
1916 - 1918: construção do casarão, para ser residência de um fazendeiro de café.
Estadão.com.br
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