ATUALIDADES
Mulher conta como sobreviveu ao acidente aéreo de Madrid
A edição de hoje do jornal espanhol “El Pais” relata a história de uma das pessoas que sobreviveu ao acidente no aeroporto de Barajas, Madrid, quando o voo JK 5022, com destino a Las Palmas e 172 pessoas a bordo, caiu logo a seguir à descolagem.
Lígia, uma médica espanhola de 41 anos, seguia para uma semana de férias nas Ilhas Canárias na companhia do marido, José, e da cunhada, Gema. Os três iam celebrar os 42 anos de Lígia, no próximo domingo. Durante a conversa com o jornalista do “El País” Lígia ainda estava sobre o efeito da medicação e da emoção. Pouco depois da descolagem sentiu “um ruído terrível”, conta. Foi então projectada para fora do avião e ficou inconsciente durante um momento. De repente uma “enorme explosão despertou-me”. Eram os tanques de combustível do avião que acabavam de explodir. “Virei a cabeça para olhar ao meu redor, à procura de José e de Gema, e vi vários corpos espalhados. Senti um calor enorme. À minha volta ouvi pessoas a gritar e a chorar, entre elas uma criança de tenra idade.
Tentei pôr-me em pé para ajudar as pessoas à minha volta, mas voltei a cair. Só então me apercebi que tinha o fémur direito partido”, relatou ao “El País” Lígia é médica do SEMUR (o equivalente ao INEM português) e está habituada a prestar assistência a vítimas de acidentes. Quando os médicos do SEMUR chegaram para a socorrer o que encontraram à volta era mais horrível do que aquilo que haviam imaginado. “Primeiro mostraram-se horrorizados, depois choraram”.
A bordo da ambulância que a transportou para o hospital Ramón y Cajal os tripulantes emprestaram-lhe um telemóvel de onde ligou para a irmã. “Tocou o meu telefone e era ela. Disse-me que o avião tinha explodido, mas que ela estava bem para não nos preocuparmos”, afirmou Fernanda, que de seguida telefonou para a mãe, para a tranquilizar. Quanto a José, o marido de Lígia, está internado no hospital de La Paz, com várias lesões nas vértebras, mas não corre risco de vida. Da cunhada Gema nada sabiam às 23h00 de ontem, segundo o “El Pais”.
Cristina Sambado, RTP.pt
Abadía será extraditado para os EUA em no máximo 10 dias
Prazo é necessário para os EUA providenciarem o esquema de segurança para receber o traficante colombiano.
Abadía foi preso em SP em agosto de 2007
BRASÍLIA - O traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia deve ser mandado para os Estados Unidos no prazo de uma semana ou dez dias, segundo o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma. A decisão para que o traficante fosse extraditado foi tomada duas semanas depois de a Polícia Federal (PF) ter descoberto que Abadía articulava a formação de uma quadrilha dentro do Presídio de Campo Grande (MS).
As duas portarias, com as decisões do ministro Tarso Genro, da Justiça, foram publicadas na edição de ontem do Diário Oficial da União. O prazo é necessário para o Departamento de Justiça dos Estados Unidos providenciar o esquema de segurança e de transporte do traficante e entregá-lo ao Judiciário e ao FBI, a polícia federal americana, explica Romeu Tuma.
Tuma confirmou que, antes de o ministro Tarso assinar as portarias de expulsão e extradição, o governo americano se comprometeu formalmente a cumprir a regra da cooperação penal internacional: a punição máxima do sistema judiciário brasileiro, que é de 30 anos, tem de ser respeitada pelo Judiciário americano.
A decisão do ministro foi adotada com base em um parecer do secretário Tuma, recuando da posição inicial, que era obrigar Abadía a cumprir a pena de 30 anos no Brasil. "O combate ao crime organizado ganha mais aqui dentro, no Brasil, e lá fora com a extradição do traficante. Ele cumpriria pena e ficaria livre. Nos Estados Unidos, há um enorme rol de crimes, incluindo assassinatos, que permitem à polícia continuar as investigações. Ele pode vir a falar e dar muitas informações, por meio de algum programa de delação, e nós podemos nos beneficiar com detalhes sobre os negócios do traficante e seus parceiros no Brasil ainda desconhecidos", disse Tuma, justificando a decisão.
Um dos comparsas do crime de formação de quadrilha era ninguém menos que o traficante brasileiro Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que também está preso em Campo Grande. As articulações de Abadía no Presídio de Mato Grosso do Sul foram descobertas pela Operação X, da Polícia Federal.
Abadía planejava a fuga da prisão mediante extorsão e seqüestro de autoridades dos governos federal e estadual - até um filho de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) estava na lista de possíveis alvos do traficante. A extradição de Abadía não precisa mais passar pela sanção do presidente da República. Por delegação presidencial, o ministro pode tomar essa decisão sozinho. O governo dos EUA decide agora se transporta Abadía em vôo especialmente fretado para a missão ou embarca o traficante em um vôo de carreira - o que não é comum, por questões de segurança.
Estadão.com.br
São Paulo - Seguro de teatro Cultura Artística não cobre custo de reconstrução
O seguro do teatro Cultura Artística, destruído num incêndio no último domingo, não cobre os custos de reconstrução do prédio, informa a sociedade mantenedora da casa de espetáculo, no centro de São Paulo. Estimada em cerca de R$ 5 milhões, a apólice do prédio foi reavaliada no ano passado.
"Não se faz uma apólice de seguro para, se incendiar, o que é preciso para construir. Isso não existe", diz Gérald Perret, superintendente do teatro.
Segundo Perret, a entidade não tem expectativa dos custos de construção de um novo teatro nem está em processo de captação de recursos.
Depois do incêndio, a sociedade mantenedora da casa de espetáculo pensa agora numa integração do teatro com a praça Roosevelt, que fica próxima, caso seja decidida a reconstrução do prédio no mesmo lugar -a rua Nestor Pestana-, o que ainda não está definido. "Isso foi muito colocado na reunião de hoje [ontem], fazer uma entrada pela Roosevelt. No momento em que estivesse o Cultura Artística agregado à praça Roosevelt, seria uma consagração", diz Perret.
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
Folha Online
Lígia, uma médica espanhola de 41 anos, seguia para uma semana de férias nas Ilhas Canárias na companhia do marido, José, e da cunhada, Gema. Os três iam celebrar os 42 anos de Lígia, no próximo domingo. Durante a conversa com o jornalista do “El País” Lígia ainda estava sobre o efeito da medicação e da emoção. Pouco depois da descolagem sentiu “um ruído terrível”, conta. Foi então projectada para fora do avião e ficou inconsciente durante um momento. De repente uma “enorme explosão despertou-me”. Eram os tanques de combustível do avião que acabavam de explodir. “Virei a cabeça para olhar ao meu redor, à procura de José e de Gema, e vi vários corpos espalhados. Senti um calor enorme. À minha volta ouvi pessoas a gritar e a chorar, entre elas uma criança de tenra idade.
Tentei pôr-me em pé para ajudar as pessoas à minha volta, mas voltei a cair. Só então me apercebi que tinha o fémur direito partido”, relatou ao “El País” Lígia é médica do SEMUR (o equivalente ao INEM português) e está habituada a prestar assistência a vítimas de acidentes. Quando os médicos do SEMUR chegaram para a socorrer o que encontraram à volta era mais horrível do que aquilo que haviam imaginado. “Primeiro mostraram-se horrorizados, depois choraram”.
A bordo da ambulância que a transportou para o hospital Ramón y Cajal os tripulantes emprestaram-lhe um telemóvel de onde ligou para a irmã. “Tocou o meu telefone e era ela. Disse-me que o avião tinha explodido, mas que ela estava bem para não nos preocuparmos”, afirmou Fernanda, que de seguida telefonou para a mãe, para a tranquilizar. Quanto a José, o marido de Lígia, está internado no hospital de La Paz, com várias lesões nas vértebras, mas não corre risco de vida. Da cunhada Gema nada sabiam às 23h00 de ontem, segundo o “El Pais”.
Cristina Sambado, RTP.pt
Abadía será extraditado para os EUA em no máximo 10 dias
Prazo é necessário para os EUA providenciarem o esquema de segurança para receber o traficante colombiano.
Abadía foi preso em SP em agosto de 2007
BRASÍLIA - O traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia deve ser mandado para os Estados Unidos no prazo de uma semana ou dez dias, segundo o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma. A decisão para que o traficante fosse extraditado foi tomada duas semanas depois de a Polícia Federal (PF) ter descoberto que Abadía articulava a formação de uma quadrilha dentro do Presídio de Campo Grande (MS).
As duas portarias, com as decisões do ministro Tarso Genro, da Justiça, foram publicadas na edição de ontem do Diário Oficial da União. O prazo é necessário para o Departamento de Justiça dos Estados Unidos providenciar o esquema de segurança e de transporte do traficante e entregá-lo ao Judiciário e ao FBI, a polícia federal americana, explica Romeu Tuma.
Tuma confirmou que, antes de o ministro Tarso assinar as portarias de expulsão e extradição, o governo americano se comprometeu formalmente a cumprir a regra da cooperação penal internacional: a punição máxima do sistema judiciário brasileiro, que é de 30 anos, tem de ser respeitada pelo Judiciário americano.
A decisão do ministro foi adotada com base em um parecer do secretário Tuma, recuando da posição inicial, que era obrigar Abadía a cumprir a pena de 30 anos no Brasil. "O combate ao crime organizado ganha mais aqui dentro, no Brasil, e lá fora com a extradição do traficante. Ele cumpriria pena e ficaria livre. Nos Estados Unidos, há um enorme rol de crimes, incluindo assassinatos, que permitem à polícia continuar as investigações. Ele pode vir a falar e dar muitas informações, por meio de algum programa de delação, e nós podemos nos beneficiar com detalhes sobre os negócios do traficante e seus parceiros no Brasil ainda desconhecidos", disse Tuma, justificando a decisão.
Um dos comparsas do crime de formação de quadrilha era ninguém menos que o traficante brasileiro Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que também está preso em Campo Grande. As articulações de Abadía no Presídio de Mato Grosso do Sul foram descobertas pela Operação X, da Polícia Federal.
Abadía planejava a fuga da prisão mediante extorsão e seqüestro de autoridades dos governos federal e estadual - até um filho de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) estava na lista de possíveis alvos do traficante. A extradição de Abadía não precisa mais passar pela sanção do presidente da República. Por delegação presidencial, o ministro pode tomar essa decisão sozinho. O governo dos EUA decide agora se transporta Abadía em vôo especialmente fretado para a missão ou embarca o traficante em um vôo de carreira - o que não é comum, por questões de segurança.
Estadão.com.br
São Paulo - Seguro de teatro Cultura Artística não cobre custo de reconstrução
O seguro do teatro Cultura Artística, destruído num incêndio no último domingo, não cobre os custos de reconstrução do prédio, informa a sociedade mantenedora da casa de espetáculo, no centro de São Paulo. Estimada em cerca de R$ 5 milhões, a apólice do prédio foi reavaliada no ano passado.
"Não se faz uma apólice de seguro para, se incendiar, o que é preciso para construir. Isso não existe", diz Gérald Perret, superintendente do teatro.
Segundo Perret, a entidade não tem expectativa dos custos de construção de um novo teatro nem está em processo de captação de recursos.
Depois do incêndio, a sociedade mantenedora da casa de espetáculo pensa agora numa integração do teatro com a praça Roosevelt, que fica próxima, caso seja decidida a reconstrução do prédio no mesmo lugar -a rua Nestor Pestana-, o que ainda não está definido. "Isso foi muito colocado na reunião de hoje [ontem], fazer uma entrada pela Roosevelt. No momento em que estivesse o Cultura Artística agregado à praça Roosevelt, seria uma consagração", diz Perret.
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
Folha Online
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