CULTURA
Mudanças na Lei Rouanet devem modernizar e simplificar financiamentos, diz ministro
Brasília - O ministro interino da Cultura, Juca Ferreira, confirmou hoje (19) a previsão de mudanças na Lei Rouanet. Ao participar da abertura da terceira reunião ordinária do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), ele destacou que a estratégia representa um processo de “modernização e simplificação” para o acesso ao financiamento cultural.
“A idéia é facilitar o acesso a esses recursos, distribuí-los por todo o Brasil sem nenhuma discriminação ou preconceito e facilitar o processo de financiamento em todas as dimensões da cultura brasileira.”Em entrevista concedida em junho, Juca Ferreira já havia adiantado à Agência Brasil que o governo estuda a possibilidade de substituir a Lei Rouanet pelo Programa Brasileiro de Financiamento e Fomento da Cultura.
Sobre a parceria com o Ministério da Justiça, o ministro interino reforçou a relação entre cultura, segurança pública e direitos humanos. Ele destacou que a cultura pode contribuir “para constituir uma ordem democrática no Brasil”.
“O ministro [da Justiça] Tarso Genro tem desenvolvido a idéia de que o Brasil só terá segurança, paz social e justiça com o reconhecimento e a valorização das comunidades que vivem nas periferias das grandes cidades. Em vez de a polícia entrar atirando e gerando pânico na população, ela tem que buscar se tornar um instrumento de fortalecimento da segurança dos brasileiros.
Na avaliação de Juca Ferreira, para isso ocorra é necessário fortalecer os próprios membros da comunidade, para que eles se sintam participantes. “Isso é papel da educação e da cultura.”O ministro destaca que a parceria representa “uma das mais importantes relações” que o Ministério da Cultura já estabeleceu com outras política públicas “no sentido de dar uma contribuição para a qualificação do ambiente social no Brasil.”
Ele também confirmou que, na próxima sexta-feira (22), participará de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas negou que sua posse esteja prevista para a mesma ocasião.
“É uma reunião que o presidente sempre tem antes de nomear um ministro. Ele certamente vai determinar como vê a gestão do ministério. O Palácio do Planalto é quem determina [a posse] a partir da agenda dele. Eu serei um ministro de continuidade, então, não tem nenhum trauma essa espera pela posse.”
O ministro da Justiça, Tarso Genro, também participou da abertura da reunião do CNPC e disse que a parceria com o Ministério da Cultura é “estratégica” para a implementação da nova proposta de segurança pública no país.
Para Tarso, as ações conjuntas são importantes "particularmente no Rio de Janeiro, onde as questões culturais e de segregação social estão muito identificadas em regiões de maior perigo e de maior instabilidade na segurança”.
Paula Laboissière
Agência Brasil
Paula Laboissière
Agência Brasil
Arte de rua marca os 120 anos de Uberlandia
Trabalhos de 13 artistas da cidade poderão ser vistos em vários espaços.
A interferência do cotidiano desafia o olhar de quem passa pelas ruas de Uberlândia. É o projeto Arte Urbana, que começa a deixar seus traços pelos espaços públicos por meio das mãos de 13 artistas, empenhados em preparar a aniversariante para a festa em comemoração aos seus 120 anos de emancipação. São esculturas, pinturas, performances, objetos diversos que começam a ser espalhados e seguem em uma surpresa diária até a próxima segunda-feira. No dia 29 será realizada uma exposição na Galeria Geraldo Queiroz e Sala de Experimentações Visuais da Casa da Cultura, onde serão apresentados estudos dos projetos, registros do processo de criação e do resultado das intervenções, assim como depoimentos dos artistas. A abertura neste dia será às 20h.
Trabalhos de 13 artistas da cidade poderão ser vistos em vários espaços.
A interferência do cotidiano desafia o olhar de quem passa pelas ruas de Uberlândia. É o projeto Arte Urbana, que começa a deixar seus traços pelos espaços públicos por meio das mãos de 13 artistas, empenhados em preparar a aniversariante para a festa em comemoração aos seus 120 anos de emancipação. São esculturas, pinturas, performances, objetos diversos que começam a ser espalhados e seguem em uma surpresa diária até a próxima segunda-feira. No dia 29 será realizada uma exposição na Galeria Geraldo Queiroz e Sala de Experimentações Visuais da Casa da Cultura, onde serão apresentados estudos dos projetos, registros do processo de criação e do resultado das intervenções, assim como depoimentos dos artistas. A abertura neste dia será às 20h.
A exposição estará aberta até 24 de setembro, das 12h às 18h. “Neste dia, o espectador vai ter acesso a um mapa que orientará onde estão todas as obras na cidade”, disse o organizador do projeto Arte Urbana, João Virmondes, que faz parte da equipe do setor de Artes Visuais, da Secretaria Municipal de Cultura.
No sábado passado, a pista de caminhada do Parque do Sabiá, a rampa superior do Terminal Central e a plataforma de embarque do Terminal Planalto foram os primeiros locais a receber novas cores. O trabalho exposto se chama ”Sombras da cidade: outras memórias”, do artista plástico Paulo Augusto. Trata-se de silhuetas ou sombras que foram feitas a partir da fotografia de um catador de papel. Essas fotografias foram impressas no asfalto a partir de uma matriz com tinta que se desbota com o tempo. Dentro da sombra, o catador escreveu, também com tinta, sua história. As imagens foram feitas para serem mais bem visualizadas de cima de edifícios, mas podem também ser vistas pelo pedestre.Ontem o artista Edinardo Rodrigues deixou seu “rastro” na praça Coronel Carneiro. No local foi colocado um toten (uma espécie de banner feito em lona) em frente à casa recentemente demolida, conhecida como a casa Migliorini - sobrenome da família que ali morava. “Estou levantando a discussão sobre a importância do patrimônio histórico e da memória de Uberlândia”, disse Edinardo.
Hoje os freqüentadores da feira livre do bairro Brasil podem conferir a instalação da exposição “Lavação”, do artista Francisco de Assis. No local serão colocados trechos referentes à obra de Ítalo Calvino, chamada “Cidades Invisíveis”, que aborda uma cidade crescendo em torno de feiras e comércios. Algo parecido poderá ser visto também amanhã e dia 24, nas feiras dos bairros Saraiva e Aparecida. Algumas intervenções são efêmeras, ou seja, acabam com o tempo, outras poderão ser vistas permanentemente em alguns locais. “Enquanto não comprometer a cidade e estiverem conservados, alguns trabalhos vão ficar lá”, disse João Virmondes.
Cronograma de intervenções
Dia: 16/8 – “Sombras da cidade: outras memórias ”Artista: Paulo Augusto Local: Parque do Sabiá, Terminal Central e Terminal do Planalto Aplicações de tintas no chão lembrando a silhueta de um catador de papel e material reciclável, onde também são escritos textos sobre a vida desse trabalhador.
Dia 19/8 – “De agora em diante”Artista: Edinardo Lucas Praça Coronel CarneiroToten de frente para a casa recentemente demolida da família Migliorini.
Cronograma de intervenções
Dia: 16/8 – “Sombras da cidade: outras memórias ”Artista: Paulo Augusto Local: Parque do Sabiá, Terminal Central e Terminal do Planalto Aplicações de tintas no chão lembrando a silhueta de um catador de papel e material reciclável, onde também são escritos textos sobre a vida desse trabalhador.
Dia 19/8 – “De agora em diante”Artista: Edinardo Lucas Praça Coronel CarneiroToten de frente para a casa recentemente demolida da família Migliorini.
Quem olha para dentro do toten verá a imagem que existia há algumas semanas. O artista vai fazer outros marcos, que são pinturas no chão de outras construções de relevância histórica e arquitetônica da cidade.
Dia 20/8 – “Lavação”Artista: Francisco de Assis Feira livre do bairro Brasil (avenida Mato Grosso) Das 7h30 às 13h O artista vai colocar textos sobre o asfalto fazendo referência à obra “Cidades Invisíveis”, do escritor Itálio Calvino, que aborda uma cidade crescendo em torno de feiras e comércio.
Dia 21/8 - “Piabinha” Artista: Hélio de Lima Em frente à Biblioteca Pública Municipal (rua XV de Novembro, Centro ) Montagem: às 8h É uma biruta em forma de carpa (uma espécie de capanga que indica a posição do vento). Em seu mastro tem a indicação para entrar na Biblioteca, onde será disponibilizado o livro brinquedo, também do artista, criado especialmente para o projeto.
Dia 21/8 – “Lavação” Artista: Francisco de Assis Feira livre do bairro Saraiva (rua Timbiras) Das 7h30 às 12h30
Dias 21 e 22/8 — “Ambigüidade do olhar” Artista: Darli de Oliveira Guarita do Parque do Sabiá (avenida Anselmo Alves dos Santos)Montagem das 9h às 12h e das 14h às 17h. Permanente A instalação será uma obra permanente, sendo utilizadas as paredes interna e externa, revestidas de pequenas pastilhas cerâmicas que representam elementos da fauna e da flora do parque.
Dia 22/8 — “Anjo Congadeiro” Artista: Alexandre França Praça Rui Barbosa, Centro, no fundo da Igreja do Rosário Das 14 h às 16h. Permanente A peça é uma escultura em chapa de ferro crua, onde se identifica a imagem de um anjo trajando vestes e elementos que se relacionam aos utilizados pelos participantes dos ternos de congada.
Dia 22/8 — “Agora e sempre” Artista: Rafael TannúsNa parede externa do Teatro Municipal (avenida Rondon Pacheco) Das 8h às 10h. PermanenteUma gravura gigante do Mickey com as palavras ‘agora e sempre’ em português e latim. Uma brincadeira com a cultura de massa, com um ícone que faz parte do universo infantil, do desenho, mas que também é um animal nocivo. O lado bom e ruim de coisas, mesmo sendo importadas. Dia 22/8 — “A Porta do céu” Artista: Marcilene Silveira Jardim praça Clarimundo Carneiro, CentroMontagem das 9h às 12h. Será permanenteUma escultura utilizando as tramelas de portas antigas colocadas em antenas de TV. Uma obra de ficção e fantasia que simboliza a junção da informação e a abertura.
Dia 20/8 – “Lavação”Artista: Francisco de Assis Feira livre do bairro Brasil (avenida Mato Grosso) Das 7h30 às 13h O artista vai colocar textos sobre o asfalto fazendo referência à obra “Cidades Invisíveis”, do escritor Itálio Calvino, que aborda uma cidade crescendo em torno de feiras e comércio.
Dia 21/8 - “Piabinha” Artista: Hélio de Lima Em frente à Biblioteca Pública Municipal (rua XV de Novembro, Centro ) Montagem: às 8h É uma biruta em forma de carpa (uma espécie de capanga que indica a posição do vento). Em seu mastro tem a indicação para entrar na Biblioteca, onde será disponibilizado o livro brinquedo, também do artista, criado especialmente para o projeto.
Dia 21/8 – “Lavação” Artista: Francisco de Assis Feira livre do bairro Saraiva (rua Timbiras) Das 7h30 às 12h30
Dias 21 e 22/8 — “Ambigüidade do olhar” Artista: Darli de Oliveira Guarita do Parque do Sabiá (avenida Anselmo Alves dos Santos)Montagem das 9h às 12h e das 14h às 17h. Permanente A instalação será uma obra permanente, sendo utilizadas as paredes interna e externa, revestidas de pequenas pastilhas cerâmicas que representam elementos da fauna e da flora do parque.
Dia 22/8 — “Anjo Congadeiro” Artista: Alexandre França Praça Rui Barbosa, Centro, no fundo da Igreja do Rosário Das 14 h às 16h. Permanente A peça é uma escultura em chapa de ferro crua, onde se identifica a imagem de um anjo trajando vestes e elementos que se relacionam aos utilizados pelos participantes dos ternos de congada.
Dia 22/8 — “Agora e sempre” Artista: Rafael TannúsNa parede externa do Teatro Municipal (avenida Rondon Pacheco) Das 8h às 10h. PermanenteUma gravura gigante do Mickey com as palavras ‘agora e sempre’ em português e latim. Uma brincadeira com a cultura de massa, com um ícone que faz parte do universo infantil, do desenho, mas que também é um animal nocivo. O lado bom e ruim de coisas, mesmo sendo importadas. Dia 22/8 — “A Porta do céu” Artista: Marcilene Silveira Jardim praça Clarimundo Carneiro, CentroMontagem das 9h às 12h. Será permanenteUma escultura utilizando as tramelas de portas antigas colocadas em antenas de TV. Uma obra de ficção e fantasia que simboliza a junção da informação e a abertura.
Dias 23 e 24 /8 – Sem títuloArtista: Weber Gléria Banheiros da praça Sérgio PachecoMontagem às 14h e término às 18h do dia 24. Permanente É um grafite na parte externa dos sanitários com vários elementos correspondentes aos significados da praça e outros objetos conhecidos na história da arte.
Dia 24 /8 - “Planta-se placas”Artista: Beatriz RauscherÀs 8h por toda a cidadeUm trabalho sobre o sistema de comunicação que tem um elemento surpresa durante sua formação. Depois vão ser divulgados os locais da ação para não tirar o impacto.
Dia 24/8 – “Lavação”Artista: Francisco de AssisFeira livre do bairro Aparecida (avenida Monsenhor Eduardo)Das 7h30 às 13h
Dia 25 /8 – Sem títuloArtista: Eliete VilelaCanteiro em frente ao Centro Administrativo (avenida Anselmo Alves dos Santos) Das 14h às 17h - permanenteÉ uma escultura de um pássaro vermelho. A idéia é integrar arte, meio ambiente e a frieza do metal e do concreto.
Dia 25/8 – “Se esta rua fosse minha” Artista: Aloísio DinizTerminal Santa LuziaA partir do início do funcionamento, ele vai fotografar.
Dia 24 /8 - “Planta-se placas”Artista: Beatriz RauscherÀs 8h por toda a cidadeUm trabalho sobre o sistema de comunicação que tem um elemento surpresa durante sua formação. Depois vão ser divulgados os locais da ação para não tirar o impacto.
Dia 24/8 – “Lavação”Artista: Francisco de AssisFeira livre do bairro Aparecida (avenida Monsenhor Eduardo)Das 7h30 às 13h
Dia 25 /8 – Sem títuloArtista: Eliete VilelaCanteiro em frente ao Centro Administrativo (avenida Anselmo Alves dos Santos) Das 14h às 17h - permanenteÉ uma escultura de um pássaro vermelho. A idéia é integrar arte, meio ambiente e a frieza do metal e do concreto.
Dia 25/8 – “Se esta rua fosse minha” Artista: Aloísio DinizTerminal Santa LuziaA partir do início do funcionamento, ele vai fotografar.
Dia 25 /8 – Sem títulos Artista: Valtênio SpíndolaNo pátio da Oficina Cultural de Uberlândia Das 14h às 17h. Permanente Dois grandes painéis com cartoons do artista, tratando das questões do cotidiano do cidadão que se reveste da arte das relações urbanas. Um trocadilho sobre o próprio projeto. No mesmo dia será aberta exposição de cartoons do artista na Oficina Cultural.
Dia 29/8 — Abertura da Exposição Arte Urbana
Dia 29/8 — Abertura da Exposição Arte Urbana
Às 20h
Casa da Cultura
Fica até 24 de setembro, das 12h às 18h
Mais informações: 3214-3266 (setor de artes visuais)
Núbia Mota
Correio de Uberlandia
Mais informações: 3214-3266 (setor de artes visuais)
Núbia Mota
Correio de Uberlandia
Língua Portuguesa: Ministros português e brasileiro da Cultura acertam política comum
Brasília, 19 Ago (Lusa) - Os ministros da Cultura de Portugal e do Brasil reuniram-se hoje, em Brasília, para acertar projectos para o desenvolvimento de uma política comum da cultura baseada na Língua Portuguesa.
"Queremos criar práticas e políticas culturais que nos aproximem daquilo que cada um de nós é, que facilitem o nosso conhecimento, a nossa relação, a nossa expansão, partindo do desenvolvimento da língua enquanto instrumento de liberdade e de expressão e instrumento de identidade", disse à agência Lusa o ministro português.
Na avaliação de José António Pinto Ribeiro, uma política de articulação causa "maior impacto e melhor efeito".
"Eu farei tudo o que puder politicamente para que nós consigamos aprofundar o conhecimento da Língua Portuguesa e a sua divulgação enquanto língua de instrução, de comércio, de contacto, de relação, de identidade e de expressão", sublinhou.
Questionado, entretanto, sobre as resistências que existem em Portugal em relação ao Acordo Ortográfico, o ministro disse que este movimento não é tão forte.
"Há resistências de algumas pessoas, e não são muitas, que têm uma relação emocional, clássica, física e sensorial com a Língua. Mas ninguém será abatido, preso ou punido se não aderir às novas normas. O Acordo é uma simplificação da Língua", assinalou.
Pinto Ribeiro lembrou que em Portugal a palavra "mãe" foi escrita com 'e' até 1931, desta data até 1946, a grafia passou a ser com 'i', voltando depois a palavra a ser escrita com 'e'.
"E a mãe era sempre a mesma. Não mudou. Se nós queremos ter um instrumento de política comum de toda Língua Portuguesa nas organizações internacionais, nas relações com outros países como segunda língua, temos que ter uma escrita comum", explicou.
Na avaliação do ministro português, o Acordo Ortográfico fortalece a cooperação entre os países de Língua Portuguesa e também beneficia as diásporas na manutenção e conservação da sua identidade.
"Neste momento, nós percebemos não só que o Brasil é muito maior, mais importante, mais rico e mais poderoso do que nós mas que, independentemente das dimensões e dos tamanhos, somos, todos os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, iguais", destacou.
Nesta perspectiva, Pinto Ribeiro defendeu uma política concertada em que "se evite a redundância e se obtenha uma grande eficácia na actuação".
Quanto à nova política do governo português para o património, o ministro instou as empresas lusas instaladas no Brasil a participarem no projecto.
A proposta inspira-se em soluções adoptadas em outros países europeus que cobram uma taxa sobre todas as empreitadas de obras públicas, montante que se destina ao restauro do património classificado.
"Como não há uma conjuntura económica favorável em Portugal para o lançamento de uma taxa, pensamos ser possível pedir aos empresários que, voluntariamente, entreguem esses valores em obras, usando os seus recursos já instalados, para fazer o restauro do património imobiliário", explicou.
Pinto Ribeiro disse que, ao mesmo tempo, o governo pretende recuperar o património não material, a memória e investir na digitalização de livros.
"As empresas portuguesas instaladas no Brasil que quiserem colaborar serão muito bem-vindas", salientou.
Após o encontro com o novo ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira, Pinto Ribeiro retornou ao Rio de Janeiro, onde passava férias.
O ministro interrompeu as férias para atender a um pedido de Juca Ferreira, que propôs o encontro em Brasília, visando discutir políticas comuns para o fortalecimento da Língua Portuguesa.
Lusa
Jornal de Notícias
Brasília, 19 Ago (Lusa) - Os ministros da Cultura de Portugal e do Brasil reuniram-se hoje, em Brasília, para acertar projectos para o desenvolvimento de uma política comum da cultura baseada na Língua Portuguesa.
"Queremos criar práticas e políticas culturais que nos aproximem daquilo que cada um de nós é, que facilitem o nosso conhecimento, a nossa relação, a nossa expansão, partindo do desenvolvimento da língua enquanto instrumento de liberdade e de expressão e instrumento de identidade", disse à agência Lusa o ministro português.
Na avaliação de José António Pinto Ribeiro, uma política de articulação causa "maior impacto e melhor efeito".
"Eu farei tudo o que puder politicamente para que nós consigamos aprofundar o conhecimento da Língua Portuguesa e a sua divulgação enquanto língua de instrução, de comércio, de contacto, de relação, de identidade e de expressão", sublinhou.
Questionado, entretanto, sobre as resistências que existem em Portugal em relação ao Acordo Ortográfico, o ministro disse que este movimento não é tão forte.
"Há resistências de algumas pessoas, e não são muitas, que têm uma relação emocional, clássica, física e sensorial com a Língua. Mas ninguém será abatido, preso ou punido se não aderir às novas normas. O Acordo é uma simplificação da Língua", assinalou.
Pinto Ribeiro lembrou que em Portugal a palavra "mãe" foi escrita com 'e' até 1931, desta data até 1946, a grafia passou a ser com 'i', voltando depois a palavra a ser escrita com 'e'.
"E a mãe era sempre a mesma. Não mudou. Se nós queremos ter um instrumento de política comum de toda Língua Portuguesa nas organizações internacionais, nas relações com outros países como segunda língua, temos que ter uma escrita comum", explicou.
Na avaliação do ministro português, o Acordo Ortográfico fortalece a cooperação entre os países de Língua Portuguesa e também beneficia as diásporas na manutenção e conservação da sua identidade.
"Neste momento, nós percebemos não só que o Brasil é muito maior, mais importante, mais rico e mais poderoso do que nós mas que, independentemente das dimensões e dos tamanhos, somos, todos os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, iguais", destacou.
Nesta perspectiva, Pinto Ribeiro defendeu uma política concertada em que "se evite a redundância e se obtenha uma grande eficácia na actuação".
Quanto à nova política do governo português para o património, o ministro instou as empresas lusas instaladas no Brasil a participarem no projecto.
A proposta inspira-se em soluções adoptadas em outros países europeus que cobram uma taxa sobre todas as empreitadas de obras públicas, montante que se destina ao restauro do património classificado.
"Como não há uma conjuntura económica favorável em Portugal para o lançamento de uma taxa, pensamos ser possível pedir aos empresários que, voluntariamente, entreguem esses valores em obras, usando os seus recursos já instalados, para fazer o restauro do património imobiliário", explicou.
Pinto Ribeiro disse que, ao mesmo tempo, o governo pretende recuperar o património não material, a memória e investir na digitalização de livros.
"As empresas portuguesas instaladas no Brasil que quiserem colaborar serão muito bem-vindas", salientou.
Após o encontro com o novo ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira, Pinto Ribeiro retornou ao Rio de Janeiro, onde passava férias.
O ministro interrompeu as férias para atender a um pedido de Juca Ferreira, que propôs o encontro em Brasília, visando discutir políticas comuns para o fortalecimento da Língua Portuguesa.
Lusa
Jornal de Notícias
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