ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

26 agosto, 2008

NATUREZA

Estudo mostra que animais carnívoros se adaptam às mudanças ambientais no interior paulista
Mesmo com altos índices de degradação, população de diversas espécies continua significativa.
A vegetação nativa do noroeste paulista sofreu, nas últimas décadas, com altos índices de degradação ambiental. Ainda assim, continuam significativas na região as populações de carnívoros como jaguatiricas (Leopardus pardalis) e lobos-guará (Chrysocyon brachyurus).
As duas espécies, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), estão ameaçados de extinção. Um dos principais desafios dos responsáveis pelo manejo ambiental na região é a dificuldade de adaptação desses animais às novas paisagens agroflorestais da região, cada vez mais fragmentadas.
A conclusão é dos biólogos Maria Carolina Lyra-Jorge e Giordano Ciocheti em pesquisa desenvolvida no Laboratório de Ecologia da Paisagem e Conservação (LEPaC), vinculado ao Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP). O trabalho foi publicado na revista Biodiversity and Conservation.
A região noroeste de São Paulo perdeu cerca de 60% da vegetação original entre 1962 e 1992. O que sobrou foi um mosaico de floresta, cerrado e áreas cultivadas, sobretudo cana-de-açúcar e eucaliptos. Em trabalho de campo, os pesquisadores identificaram dez espécies de carnívoros, entre felinos e canídeos, em 18 meses de coleta de dados.
Do total de espécies encontradas, quatro estão ameaçadas de extinção: onça-parda (Puma concolor), jaguatirica (Leopardus pardalis), gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) e lobo-guará (Chrysocyon brachyurus).
- Registramos cerca de 130 animais em 18 meses. É um número alto, considerando que os pontos de coleta de dados não tinham nenhum tipo de isca ou atrativo artificial. A idéia foi trabalhar com a freqüência espontânea dos animais – diz Ciocheti.
Câmeras e canteiros
O trabalho, orientado pela professora Vânia Regina Pivello, do Departamento de Ecologia do Instituto Biológico, envolveu uma área agroflorestal de 50 mil hectares nos municípios de Santa Rita do Passa Quatro e Luís Antônio, onde foram espalhadas 21 câmeras fotográficas para o registro dos bichos e mais 21 canteiros de areia para o registro de pegadas dos animais.
O critério de distribuição levou em conta a área total das diferentes classes de vegetação amostradas, entre as quais estão o cerradão, o cerrado em sentido estrito, a floresta semidecídua e a monocultura de eucalipto. Os autores verificaram que os carnívoros encontrados na região têm utilizado a paisagem alterada pelo homem no interior paulista de maneira flexível. Uma adaptação a mudanças ambientais que causou surpresa aos pesquisadores.
Ciocheti observou um número elevado de jaguatiricas se locomovendo pelos eucaliptais para alcançar outros fragmentos florestais. Foram identificados também lobos-guará que morreram por causa da fumaça da queimada da cana-de-açúcar, recurso ainda usado para a colheita. Outra causa de morte é o atropelamento em pequenas estradas próximas às plantações de cana e eucalipto.
Outras espécies que circulam na área estudada são jaritataca (Conepatus semistriatus), quatis (Nasua nasua), guaxinins (Procyon lotor), cangambás (Mephitis mephitis) e iraras (Eira barbara).
Segundo os pesquisadores, em relação à diversidade das espécies encontradas não foram verificadas diferenças significativas na ocupação dos fragmentos florestais, de modo que a comunidade carnívora como um todo explorou todas as áreas de estudo, independentemente da cobertura vegetal.
O estudo aponta ainda que as plantações de monoculturas conectam trechos de vegetação original permitindo, assim, a sobrevivência das espécies e a melhor locomoção dos indivíduos. Mas quando há corte de eucalipto, por exemplo, a cada cinco anos, a paisagem fica isolada. Com isso, os animais podem habitar apenas um fragmento de vegetação, correndo o risco de exaurir os recursos naturais.
Giordano Ciocheti afirma que a idéia da pesquisa é chamar a atenção para a necessidade de parcerias entre o meio científico, as empresas agroindustriais e os órgãos estaduais para a criação de mais áreas de proteção ambiental. Também para que o manejo dessas áreas agrícolas tenha o menos impacto possível, diminuindo o risco de mortalidade dos animais.
Os dados coletados serviram como base para a dissertação de mestrado de Ciocheti e para a tese de doutorado de Maria Carolina, defendidas recentemente no Instituto de Biociências da USP.
AGÊNCIA FAPESP
Espirito Santo - Beleza de fazer inveja
O internauta Wagner Lima saiu de Vitória com destino a Cachoeiro do Itapemirim, local onde fotografou a vista do monumento natural "O Frade e A Freira" - reconhecido como um marco representativo do Espírito Santo e declarado como Patrimônio Histórico-Cultural.
Da Redação:Duas montanhas formam a figura de dois religiosos. Conta a lenda que há muitos anos um padre apaixonou-se por uma freira. Como o amor entre eles era impossível, foram transformados em pedra para que esse amor fosse eternizado. Está localizado na divisa dos municípios de Rio Novo do Sul, Cachoeiro de Itapemirim e Vargem Alta.
Por uma estrada chega-se ao pé do Frade e da Freira, a uma altitude de 670 metros e a três quilômetros da BR 101 Sul. A escalada dura 60 minutos e é acessível a qualquer pessoa. O final é no topo do Frade. Lá no alto, em meio à vegetação rasteira e à presença de pássaros, dá para apreciar o mar e as cordilheiras do Caparaó. Os alpinistas saem dali para um rapel de 300 metros até o "colo" da Freira.
Gazeta Online



Eucalipto pode ajudar a preservar onças e lobos
A árvore que é motivo de discórdia na esfera ambiental pode ter algum benefício para natureza.
Segundo uma pesquisa do Instituto de Biociências da Universida de São Paulo (USP), plantações de eucaliptos no interior de SP podem servir de passagem entre áreas de preservação e ajudar na sobrevivência de espécies como lobo-guará, onça-parda, irara e jaguatirica.
Os biólogos responsáveis pelo estudo defendem que os eucaliptais não oferecem recursos necessários à fauna nativa, os biólogos descobriram que eles são o que chamam de matrizes permeáveis – um meio para os bichos chegarem a locais onde podem encontrar esses recursos. Funcionam como um tipo de corredor entre diferentes regiões de mata
.
O Laboratório de Ecologia da Paisagem e Conservação (Lepac) registrou, durante 18 meses, entre 2005 e 2007, imagens desses animais. Eles estudaram uma área de 50 km² nos municípios de Santa Rita do Passa Quatro, a 248 km de São Paulo, e Luís Antônio, a 273 km da capital paulista. O local foi escolhido por causa das características das áreas de preservação.
Para registrar os animais no local, eles usaram câmeras fotográficas que disparam ao detectar movimentos de corpos quentes. De acordo com a pesquisadora, havia 21 pontos de coletas, onde as máquinas ficaram penduradas em troncos de árvores. A tecnologia é usada há muitos anos pelos ecologistas.
O estudo mostra que os eucaliptais são melhores para esses animais como áreas de passagem do que as plantações de cana-de-açúcar, por exemplo.
– O eucalipto é protegido pelas empresas contra os incêndios. Ainda que seja uma monocultura, existe uma situação de proteção ali. Mas, se só tivesse eucalipto, não ia adiantar nada, porque nossos animais não vivem apenas no eucaliptal – afirmou a bióloga Maria Carolina Lyra-Jorge.
Paula Sperb
clicrbs.com.br




Portugal - Parques temáticos de natureza multiplicam-se

De carácter histórico, fantástico ou científico, desportivo, geológico ou natural, os parques temáticos multiplicam-se ao longo do território português. Do Minho ao Algarve, existem para todos os gostos: prometem aventura, descanso, animação e contacto com a natureza, inseridos nos habituais destinos turísticos ou escondidos nos locais mais recatados, longe das grandes cidades.
Apesar de não ser um fenómeno recente, a proliferação de parques temáticos em Portugal ao longo dos últimos quinze anos reflecte, na opinião do arquitecto paisagista João Ceregeiro, «uma tendência cultural crescente para as actividades ao ar livre, a sua diversificação e um conhecimento de realidades estrangeiras muito bem conseguidas». O investimento no sector é feito cada vez mais por promotores privados, ainda que haja uma interligação entre privado e público nas respectivas vertentes de concessão, exploração e gestão.
Maior aposta nos Zoo
Os parques temáticos que privilegiam a ligação com a Natureza chegam quase às duas dezenas em Portugal. Os espaços com maior relevo, para além das áreas protegidas das Reservas e Parques Naturais, são os que se relacionam com a vida animal, nomeadamente os Zoo em espaço aberto, explica João Ceregeiro.
No domínio dos parques animais, destacam-se nomes como o Badoca Safari Park (Vila Nova de Santo André, Sines), o Krazy World (Silves), o Zebra Safari (Albufeira) ou o Monte Selvagem (Montemor-o-Novo). O objectivo é semelhante ao do Jardim Zoológico de Lisboa ou do Zoo da Maia, por exemplo: a preservação das espécies animais, muitas delas em vias de extinção, mas, no caso dos Safari, permitindo aos visitantes uma maior aproximação e percepção do comportamento dos animais no seu habitat, onde circulam com maior liberdade, dentro dos limites dos parques.
Aos parques animais juntam-se os jardins botânicos, nomeadamente no Porto, Coimbra e Lisboa, vocacionados para a conservação da biodiversidade, bem como para a educação e sensibilização ambientais.
Promover o geoturismo
Com o mesmo objectivo, a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, empresa que gere o Parque de Natureza de Noudar, situado a 8 km de Barrancos, disponibiliza programas específicos de passeio, apoiados por soluções de alojamento em regime de turismo rural.
O geoturismo é o conceito em que se baseia o Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional, que engloba os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão. Criado para preservar o património geológico da zona envolvente, o Naturtejo oferece uma rede de mais de 260 km de percursos, por rotas temáticas que podem incluir desportos de natureza ou até gastronomia regional.
No arquipélago da Madeira, o Parque Temático da Madeira promete “uma viagem pelos sentidos”, através de atracções típicas da região, privilegiando os recursos naturais das ilhas, o artesanato e várias actividades lúdicas.
Ambiente Online
Marisa Soares

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1 Comentários:

  • Às 9:24 PM , Anonymous Anônimo disse...

    Obrigada pela referência e parabéns pelo blog!

     

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