SAÚDE
Portugal - Hospital adia cirurgia a doente com bactéria
Por quatro vezes Helena Pina deu entrada no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, para ser operada ao joelho esquerdo. Por quatro vezes viu adiada a intervenção cirúrgica. A operação visa eliminar uma bactéria que se alojou no joelho, mas que pode mover-se com facilidade para outras partes do corpo. A explicação que recebeu para o adiamento sucessivo da cirurgia é a "falta de tempo operatório". A administração hospitalar garante um esclarecimento ao CM para breve.
"Já estive quatro vezes preparada para a cirurgia, dentro do bloco operatório, em jejum desde a véspera. Entro às 08h00 e, ao final da tarde, mandam-me embora porque não têm tempo de bloco. Estou desgastada, física e psicologicamente", refere em declarações ao CM.
Segundo conta, os médicos ortopedistas do Hospital Egas Moniz, onde está a ser seguida, vão operar ao Hospital de São Francisco Xavier e deviam poder usar quatro blocos operatórios durante as 24 horas do dia. O que não acontecerá, relata: "Estão a usar apenas dois dos quatro blocos, porque os outros estão fechados. Além disso, dizem que não têm enfermeiros instrumentistas a partir das 16h00 e não podem operar."
Esta funcionária da Faculdade de Medicina de Lisboa, que tem nova cirurgia marcada para segunda-feira, para uma artroscopia com anestesia geral, conta que os problemas começaram em Maio. "Fui à consulta de ginecologia do Hospital Santa Maria para me retirarem o dispositivo intra-uterino – método anticoncepcional – mas o médico não conseguiu e mandou-me para a cirurgia."
A partir daí, Helena Pina desenvolveu uma "septicémia provocada pela bactéria streptococcus Grupo A, que causou artrite do joelho esquerdo e pneumonia".
Helena Pina garante ter "os nervos completamente arrasados" com os sucessivos adiamentos dos tratamentos cirúrgicos. E diz não perceber porque são os pacientes a pagar com as dificuldades financeiras dos hospitais .
NOVA FORMA DE DESINFECTAR MÃOS
A bactéria streptococcus Grupo A pode ser contraída no meio hospitalar e na comunidade. Para evitar as infecções hospitalares, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) vai lançar, a 8 de Outubro, uma campanha de prevenção da infecção nosocomial (hospitalar), seguindo as directrizes da Organização Mundial de Saúde. Ana Cristina Costa, da DGS, diz ao CM que o programa passa por promover estratégias de reforço das medidas de controlo e prevenção da infecção hospitalar nas unidades de saúde. "Uma das medidas passa por optar pela aquisição de antisséptico de base de álcool para as mãos, que é um desinfectante que dispensa toalhetes, lavatórios e a água." Este método reduz em metade o tempo da desinfecção das mãos e um profissional de saúde pode chegar a lavar as mãos vinte vezes numa hora.
ADMINISTRAÇÃO QUER COBRAR TAXA
Helena Pina não percebe por que é que a administração do SãoFrancisco Xavier, que integra o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, quer cobrar a taxa moderadora relativa ao internamento nos quatro dias em que foi à unidade para ser operada. "Não paguei a taxa moderadora do internamento porque não quis ficar lá durante a noite. Ora, se não me operaram, por que razão havia de ficar lá internada durante a noite? Além disso, passei jejum durante o dia e não me deram uma refeição", critica. Helena Pina assegura que a administração hospitalar "deu orientações para não me ser dada alta clínica, para passar lá a noite e ter de pagar a taxa." A taxa moderadora de internamento, criada pelo antigo ministro da Saúde, Correia de Campos, tem o valor de 5,10 euros/dia, sendo paga apenas nos primeiros dez dias.
APONTAMENTOS
O QUE É A ARTROSCOPIA
Uma vez o doente anestesiado, o cirurgião faz duas a três pequeníssimas incisões, de meio centímetro cada, à volta do joelho para, através delas, introduzir os instrumentos com que vai observar ou operar o interior do joelho e efectuar todo o procedimento cirúrgico que o problema exigir.
CINCO DESINFECÇÕES
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o profissional de saúde deve desinfectar as mãos antes do contacto com o doente, antes da técnica asséptica, depois do contacto com o doente, depois do contacto com fluídos orgânicos e ainda após o contacto com o ambiente do doente (cama ou mesa de cabeceira).
NOVE EM CEM DOENTES
A taxa de prevalência da infecção hospitalar é de 9,8 por cento, semelhante à média europeia, o que significa que quase dez em cem doentes adquirem infecção no internamento.
Por quatro vezes Helena Pina deu entrada no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, para ser operada ao joelho esquerdo. Por quatro vezes viu adiada a intervenção cirúrgica. A operação visa eliminar uma bactéria que se alojou no joelho, mas que pode mover-se com facilidade para outras partes do corpo. A explicação que recebeu para o adiamento sucessivo da cirurgia é a "falta de tempo operatório". A administração hospitalar garante um esclarecimento ao CM para breve.
"Já estive quatro vezes preparada para a cirurgia, dentro do bloco operatório, em jejum desde a véspera. Entro às 08h00 e, ao final da tarde, mandam-me embora porque não têm tempo de bloco. Estou desgastada, física e psicologicamente", refere em declarações ao CM.
Segundo conta, os médicos ortopedistas do Hospital Egas Moniz, onde está a ser seguida, vão operar ao Hospital de São Francisco Xavier e deviam poder usar quatro blocos operatórios durante as 24 horas do dia. O que não acontecerá, relata: "Estão a usar apenas dois dos quatro blocos, porque os outros estão fechados. Além disso, dizem que não têm enfermeiros instrumentistas a partir das 16h00 e não podem operar."
Esta funcionária da Faculdade de Medicina de Lisboa, que tem nova cirurgia marcada para segunda-feira, para uma artroscopia com anestesia geral, conta que os problemas começaram em Maio. "Fui à consulta de ginecologia do Hospital Santa Maria para me retirarem o dispositivo intra-uterino – método anticoncepcional – mas o médico não conseguiu e mandou-me para a cirurgia."
A partir daí, Helena Pina desenvolveu uma "septicémia provocada pela bactéria streptococcus Grupo A, que causou artrite do joelho esquerdo e pneumonia".
Helena Pina garante ter "os nervos completamente arrasados" com os sucessivos adiamentos dos tratamentos cirúrgicos. E diz não perceber porque são os pacientes a pagar com as dificuldades financeiras dos hospitais .
NOVA FORMA DE DESINFECTAR MÃOS
A bactéria streptococcus Grupo A pode ser contraída no meio hospitalar e na comunidade. Para evitar as infecções hospitalares, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) vai lançar, a 8 de Outubro, uma campanha de prevenção da infecção nosocomial (hospitalar), seguindo as directrizes da Organização Mundial de Saúde. Ana Cristina Costa, da DGS, diz ao CM que o programa passa por promover estratégias de reforço das medidas de controlo e prevenção da infecção hospitalar nas unidades de saúde. "Uma das medidas passa por optar pela aquisição de antisséptico de base de álcool para as mãos, que é um desinfectante que dispensa toalhetes, lavatórios e a água." Este método reduz em metade o tempo da desinfecção das mãos e um profissional de saúde pode chegar a lavar as mãos vinte vezes numa hora.
ADMINISTRAÇÃO QUER COBRAR TAXA
Helena Pina não percebe por que é que a administração do SãoFrancisco Xavier, que integra o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, quer cobrar a taxa moderadora relativa ao internamento nos quatro dias em que foi à unidade para ser operada. "Não paguei a taxa moderadora do internamento porque não quis ficar lá durante a noite. Ora, se não me operaram, por que razão havia de ficar lá internada durante a noite? Além disso, passei jejum durante o dia e não me deram uma refeição", critica. Helena Pina assegura que a administração hospitalar "deu orientações para não me ser dada alta clínica, para passar lá a noite e ter de pagar a taxa." A taxa moderadora de internamento, criada pelo antigo ministro da Saúde, Correia de Campos, tem o valor de 5,10 euros/dia, sendo paga apenas nos primeiros dez dias.
APONTAMENTOS
O QUE É A ARTROSCOPIA
Uma vez o doente anestesiado, o cirurgião faz duas a três pequeníssimas incisões, de meio centímetro cada, à volta do joelho para, através delas, introduzir os instrumentos com que vai observar ou operar o interior do joelho e efectuar todo o procedimento cirúrgico que o problema exigir.
CINCO DESINFECÇÕES
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o profissional de saúde deve desinfectar as mãos antes do contacto com o doente, antes da técnica asséptica, depois do contacto com o doente, depois do contacto com fluídos orgânicos e ainda após o contacto com o ambiente do doente (cama ou mesa de cabeceira).
NOVE EM CEM DOENTES
A taxa de prevalência da infecção hospitalar é de 9,8 por cento, semelhante à média europeia, o que significa que quase dez em cem doentes adquirem infecção no internamento.
Cristina Serra
Correio da Manhã
Correio da Manhã
Fumo passivo mata sete pessoas por dia, diz estudo
Todos os dias, ao menos sete brasileiros que nunca fumaram na vida morrem por doenças decorrentes da exposição à fumaça do tabaco. Por ano, são 2.655 mortos. Os dados constam no estudo "Mortalidade Atribuível ao Tabagismo Passivo na População Urbana do Brasil", realizado por pesquisadores do Inca (Instituto Nacional de Câncer) e do Iesc/UFRJ (Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Os números preocupam a pesquisadora Valeska Figueiredo, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca. "São mortes que poderiam ser facilmente evitadas. Isso mostra a necessidade de termos uma legislação mais rígida em relação ao cigarro", afirma.
Ela defende, porém, que as estimativas são "conservadoras". É que a pesquisa considera como fumantes passivos apenas os habitantes de áreas urbanas com mais de 35 anos, que nunca fumaram e moram com pelo menos um fumante. Ficaram de fora do cálculo, portanto, aqueles expostos à fumaça no ambiente de trabalho e os moradores de áreas rurais.
O estudo inclui apenas as três principais causas de morte por tabagismo passivo: câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração (como infarto e angina) e acidentes vasculares cerebrais. Outros problemas, como síndrome da morte súbita da infância e doenças respiratórias crônicas, não foram computados. "O número de óbitos provavelmente está subestimado", diz Figueiredo.
Segundo a pesquisa, de cada mil mortes por câncer de pulmão no país, sete podem ser atribuídas ao fumo passivo. No caso de doenças isquêmicas do coração, essa proporção sobe para 25 -e chega a 29 nos acidentes vasculares cerebrais.
Dependendo da doença, as mortes de mulheres são de 1,3 a três vezes mais elevadas que as de homens. Das 2.655 vítimas anuais, 1.601 ou 60,3% são de mulheres. A faixa etária que registra maior ocorrência, tanto em homens quanto em mulheres, é de 65 anos ou mais.
Segundo o Inca, o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável do mundo, atrás só do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool.
No Brasil, onde cerca de 16% da população é fumante, o fumo em ambientes públicos ou privados de uso coletivo é regulado pela lei federal 9.294, de 1996. O texto permite a criação de áreas reservadas para esse fim, o que é criticado por associações antitabagistas.
Os fumódromos, porém, podem estar com os dias contados. O Ministério da Saúde propôs emenda que proíbe o fumo em qualquer ambiente fechado ou semi-fechado. O texto já foi aprovado pela Casa Civil e aguarda envio ao Congresso.
"A lei atual está defasada e expõe as pessoas ao risco, especialmente os garçons que trabalham nessas áreas de fumantes. Não existe sistema de ventilação capaz de dissipar a fumaça, assim como não existem níveis seguros de exposição", diz a chefe da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca, Tânia Cavalcante.
DENISE MENCHEN
Todos os dias, ao menos sete brasileiros que nunca fumaram na vida morrem por doenças decorrentes da exposição à fumaça do tabaco. Por ano, são 2.655 mortos. Os dados constam no estudo "Mortalidade Atribuível ao Tabagismo Passivo na População Urbana do Brasil", realizado por pesquisadores do Inca (Instituto Nacional de Câncer) e do Iesc/UFRJ (Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Os números preocupam a pesquisadora Valeska Figueiredo, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca. "São mortes que poderiam ser facilmente evitadas. Isso mostra a necessidade de termos uma legislação mais rígida em relação ao cigarro", afirma.
Ela defende, porém, que as estimativas são "conservadoras". É que a pesquisa considera como fumantes passivos apenas os habitantes de áreas urbanas com mais de 35 anos, que nunca fumaram e moram com pelo menos um fumante. Ficaram de fora do cálculo, portanto, aqueles expostos à fumaça no ambiente de trabalho e os moradores de áreas rurais.
O estudo inclui apenas as três principais causas de morte por tabagismo passivo: câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração (como infarto e angina) e acidentes vasculares cerebrais. Outros problemas, como síndrome da morte súbita da infância e doenças respiratórias crônicas, não foram computados. "O número de óbitos provavelmente está subestimado", diz Figueiredo.
Segundo a pesquisa, de cada mil mortes por câncer de pulmão no país, sete podem ser atribuídas ao fumo passivo. No caso de doenças isquêmicas do coração, essa proporção sobe para 25 -e chega a 29 nos acidentes vasculares cerebrais.
Dependendo da doença, as mortes de mulheres são de 1,3 a três vezes mais elevadas que as de homens. Das 2.655 vítimas anuais, 1.601 ou 60,3% são de mulheres. A faixa etária que registra maior ocorrência, tanto em homens quanto em mulheres, é de 65 anos ou mais.
Segundo o Inca, o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável do mundo, atrás só do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool.
No Brasil, onde cerca de 16% da população é fumante, o fumo em ambientes públicos ou privados de uso coletivo é regulado pela lei federal 9.294, de 1996. O texto permite a criação de áreas reservadas para esse fim, o que é criticado por associações antitabagistas.
Os fumódromos, porém, podem estar com os dias contados. O Ministério da Saúde propôs emenda que proíbe o fumo em qualquer ambiente fechado ou semi-fechado. O texto já foi aprovado pela Casa Civil e aguarda envio ao Congresso.
"A lei atual está defasada e expõe as pessoas ao risco, especialmente os garçons que trabalham nessas áreas de fumantes. Não existe sistema de ventilação capaz de dissipar a fumaça, assim como não existem níveis seguros de exposição", diz a chefe da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca, Tânia Cavalcante.
DENISE MENCHEN
Folha de S.Paulo, no Rio
Casos de sarampo nos EUA deixam em alerta saúde pública no paraná
A Secretaria estadual da Saúde está reforçando a importância da vacina dupla viral, que além de proteger contra a rubéola também evita casos de sarampo. Segundo o secretário Gilberto Martin, o Paraná acompanha uma tendência nacional de preocupação depois da divulgação de Nota Técnica do Ministério da Saúde ressaltando a importância da vacinação após um surto de sarampo nos Estados Unidos. A vacina é a mesma que está sendo aplicada na campanha de vacinação contra a rubéola e que segue até o dia 12 de setembro. “A dose de vacina não protege somente contra a rubéola, mas também contra o sarampo. Quanto maior for a nossa cobertura vacinal, menores são as chances do vírus ser reintroduzido no Estado”, explica o secretário da Saúde, Gilberto Martin, lembrando que desde 1999 o Paraná não registra casos de sarampo. Em 2000, ocorreu o registro de dois casos, mas onde não foi possível confirmação laboratorialmente. No Brasil, há dois anos não há registros de casos de sarampo. Os 67 últimos casos tiveram origem em um caso importado e ocorreram em quatro municípios da Bahia – onde a cobertura vacinal era baixa. A última ocorrência confirmada do Paraná corresponde a um caso remanescente de vários registros ocorridos durante 1998.
A Secretaria estadual da Saúde está reforçando a importância da vacina dupla viral, que além de proteger contra a rubéola também evita casos de sarampo. Segundo o secretário Gilberto Martin, o Paraná acompanha uma tendência nacional de preocupação depois da divulgação de Nota Técnica do Ministério da Saúde ressaltando a importância da vacinação após um surto de sarampo nos Estados Unidos. A vacina é a mesma que está sendo aplicada na campanha de vacinação contra a rubéola e que segue até o dia 12 de setembro. “A dose de vacina não protege somente contra a rubéola, mas também contra o sarampo. Quanto maior for a nossa cobertura vacinal, menores são as chances do vírus ser reintroduzido no Estado”, explica o secretário da Saúde, Gilberto Martin, lembrando que desde 1999 o Paraná não registra casos de sarampo. Em 2000, ocorreu o registro de dois casos, mas onde não foi possível confirmação laboratorialmente. No Brasil, há dois anos não há registros de casos de sarampo. Os 67 últimos casos tiveram origem em um caso importado e ocorreram em quatro municípios da Bahia – onde a cobertura vacinal era baixa. A última ocorrência confirmada do Paraná corresponde a um caso remanescente de vários registros ocorridos durante 1998.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), dos 50 estados do Estados Unidos (EUA), 17 já apresentaram casos de sarampo. Até o momento, houve a confirmação de 131 surtos – o início das manifestações de sarampo foi devido a um caso importado.Com a presença do vírus do sarampo nos EUA a recomendação é que sejam reforçados os cuidados referentes à cobertura vacinal, não só com o turista que vai até aquele país, mas também com a população em geral. “Uma vez que o vírus pode ser trazido de lá e transmitido para a população que não está protegida, iniciando assim a circulação do vírus pelo nosso território”, destaca a consultora estadual de doenças exantemáticas (causadas por vírus), Gisleine Zanoni Carvalho.
Até o momento, no Paraná, a cobertura vacinal dentro da Campanha Estadual contra a Rubéola é de 44%. A campanha segue até o dia 12 de setembro, em todos os postos de saúde.
Paraná Online
Paraná Online
Marcadores: saúde
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial