ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

09 setembro, 2008

CULTURA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

Filmes que chegam aos cinemas mostram as várias faces de São Paulo
'Ensaio sobre a cegueira' e 'Linha de passe' tiveram locações na cidade.Metrópole é retratada como cidade de contrastes.

Atores filmam na Ponte Octavio Frias de Oliveira, na Zona Sul de São Paulo. Quando a filmagem foi feita, a obra ainda estava inacabada (Foto: Alexandre Ermel/Divulgação)

Com cenários diversos de uma grande metrópole, a cidade de São Paulo tem sido requisitada com freqüência para filmagens cinematográficas nacionais e até estrangeiras. Nesta sexta-feira (5), estreou nos cinemas o filme "Linha de passe", que se passa na cidade, e nos próximos dias deve ganhar as telas “Ensaio sobre a cegueira”, que teve várias locações em São Paulo. Ambos apresentam lados opostos de uma mesma São Paulo.
“Ensaio sobre a cegueira”, do diretor Fernando Meirelles, filmou cenas em mais de 15 lugares da cidade, entre eles a nova ponte Octavio Frias de Oliveira, na Zona Sul, no Elevado Costa e Silva, Viaduto do Chá, Terminal Bandeira e Teatro Municipal, na região central, e também no Memorial da América Latina, na Zona Oeste.
“São Paulo foi escolhida como cenário, pois poderia representar qualquer cidade, dada sua grandeza como metrópole e variedade arquitetônica, cultural e social”, explica Bel Berlinck, co-produtora do filme. Baseado no livro homônimo do escritor português José Saramago, o filme conta a história de uma epidemia de cegueira que domina a população de uma cidade não-identificada, causando caos, tumulto e violência. O filme deve estrear no Brasil no dia 12 deste mês.Essa característica da cidade de diversas caras é o um dos fatores de destaque que a prefeitura quer usar para atrair mais produções para a capital paulista. “São Paulo tem muitas caras dentro de uma só cidade e queremos mostrar isso”, diz Thiago Rodrigues Ozelame, assessor do Escritório de Cinema de São Paulo City Film Commission (Ecine), ligado à Secretaria Municipal de Cultura.

Personagens de "Ensaio sobre a cegueira" fazem cena no Elevado Costa e Silva, conhecido como minhocão, na região central de São Paulo (Foto: Alexandre Ermel/Divulgação)

O órgão está elaborando, junto com o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) e a São Paulo Turismo (SPTuris), ambos ligados à prefeitura, uma relação de possíveis locações na cidade de São Paulo. A idéia é mostrar a diversidade da metrópole, na qual é possível encontrar, além dos prédios modernos e grandes avenidas, áreas verdes como o parque Ibirapuera, aldeias indígenas que preservam tradições das tribos, prédios históricos e inovações da arquitetura moderna. A relação será acompanhada de fotos de todos os locais. Atualmente, a região central da cidade é uma das mais requisitadas para filmagens, segundo dados do Ecine. A maior parte das cenas de “Ensaio sobre a cegueira” foi feita na região central. Entre os prédios públicos, o Teatro Municipal é o mais requisitado. As produções cinematográficas além de divulgarem a imagem da cidade em todo o país e no exterior, atraindo turistas, também fomentam a atividade audiovisual local. Toda produção internacional que quiser usar São Paulo como locação tem que ter um terço da produção contratada na cidade. O Ecine foi criado há cerca de dois anos para viabilizar e dar apoio a filmagens feitas na capital paulista. O escritório diz não censurar nenhuma filmagem, mesmo que mostre a cidade de forma negativa. “É um direito do cidadão”, diz Ozelame.
Cidade como personagem
“Linha de passe”, dos diretores Walter Salles e Daniela Thomas, foi filmado na cidade e traz São Paulo como sexto personagem da história, segundo Thomas cita no material de divulgação do filme. A diretora diz que se surpreendeu ao procurar locações na capital paulista. “Apesar de morar em São Paulo e achar que a conhecia na palma da mão, encontrei uma cidade que desconhecia, em que a cada curva parecia que havia outra, e outra, e outra", afirma, no material.

A personagem principal, Cleuza, assiste a jogo no estádio do Morumbi (Foto: Paula Prandini/Divulgação)

“Linha de passe” conta a história de uma família pobre que vive na periferia da Zona Leste e tenta sobreviver apesar das dificuldades de uma grande cidade. Cleuza (Sandra Corveloni), uma mãe corintiana que se desdobra para cuidar dos quatro filhos trabalhando como doméstica. Dario (Vinícius de Oliveira) é um craque do futebol e tenta conseguir lugar num grande time da cidade. Denis (João Baldasserini) trabalha como motoboy, vive duro e já tem um filho pequeno para sustentar. Dinho (José Geraldo Rodrigues) tem um passado negro, mas encontrou Jesus e se converteu. O caçula, Reginaldo (Kaique de Jesus Santos), sofre com a ausência do pai, motorista de ônibus.
As filmagens da casa da família foram feitas no bairro Cidade Líder. Além do local, houve cenas em várias partes da cidade como a região de Aricanduva, na Zona Leste, a Avenida Cidade Jardim, na Zona Oeste, o bairro de Higienópolis, na região central, além da Freguesia do Ó, na Zona Norte, e do estádio do Morumbi, na Zona Sul.
Luísa Brito Do G1, em São Paulo

Especialistas debatem arqueologia e denunciam risco de destruição
Encontro busca respostas para situações ocorridas há 11,5 mil anos, mostrará riquezas do setor e recomendará preservação.
BELÉM, PA – Para discutir a pesquisa arqueológica na região amazônica, especialistas brasileiros e estrangeiros reúnem-se a partir desta terça-feira, dia 2, no Teatro Maria Sylvia Nunes, da Estação das Docas, à beira da Baía do Guajará, em Belém. Apresentarão investigações representativas do estado da arte da arqueologia durante o 1º Encontro Internacional de Arqueologia Amazônica, que irá até o dia 5 de setembro. Eles vão denunciar o risco de destruição desse patrimônio. O encontro é uma parceria do Museu Goeldi com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a Secretaria Estadual de Cultura do Pará. Conta com o patrocínio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior; e o apoio da Petrobras.
Atualidade e passado
Se desde o final do século XIX de estudos arqueológicos na Amazônia, o Museu Goeldi – referência mundial na área – se dedicou a pesquisar uma variedade de temáticas e contribui de forma sistemática para a construção de conhecimento nas áreas, será no Encontro Internacional, a oportunidade principal para mostrar o que de mais atual se faz na região sobre esse assunto, essencial para a compreensão do seu passado. São 12 grandes temas de pesquisa distribuídos em sessões que abordarão processos de povoamento antigo, ocupação histórica e pré-histórica tanto na Costa como no interior, além de estudos genéticos revelam padrões de sociabilidade e a diversidade dos povos da Amazônia. “Povoamento antigo da Amazônia: contextos e processos”,“Ocupação em sítios arqueológicos históricos e pré-históricos registrados no litoral amazônico” e “Populações Humanas na Amazônia”, três das sessões programadas, trazem especialistas que esclarecem e revelam aspectos do elemento humano na paisagem regional.
Clima, manejo e interferência humana
As mudanças climáticas, a domesticação de plantas, o manejo de ecossistemas e a transformação da paisagem pela interferência humana são temas de estudos a serem apresentados durante o evento. A tônica dessas pesquisas é a da interdisciplinaridade. Arqueologia; Lingüística Histórica; Etnobotânica – ciência, que estuda as interações entre pessoas e plantas em sistemas dinâmicos e revela as aplicações e os usos tradicionais dos vegetais pelo gênero humano –; Paleoecologia – ramo da Paleontologia que visa o entendimento das relações entre os organismos antigos e seus ambientes –; e Biogeografia – distribuição geográfica dos seres vivos –; se propõem, por meio de esforços conjuntos, a responder questões. Por exemplo: existem dados comuns em estudos dessas disciplinas para esclarecer o que ocorreu na região no Holoceno – período do tempo geológico iniciado há 11.500 anos e que se estende até o presente? Até onde as paisagens são naturais ou resultantes de processos de seleção cultural, para o que o elemento de influência maior é a espécie humana?
JIMENA FELIPE BELTRÃO

Em busca de reconhecimento, usuários divulgam estudo pró-chá de ayuhuasca
Pesquisa tenta descaracterizar que chá tenha efeitos de drogas. Religiões desejam transformar bebida em patrimônio cultural

Enquanto espera a avaliação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre a transformação do chá de ayuhuasca em patrimônio da cultura brasileira, as religiões que utilizam o vegetal divulgaram um estudo destacando "vantagens" de quem bebe o chamado "chá do Santo Daime". Na semana passada, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, encaminhou o processo que transforma o vegetal em patrimônio cultural para o Instituto.A pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia em parceria com a Universidade Federal de São Paulo observou 40 jovens de 15 a 19 anos que usavam a bebida e outros 40 que não a consumiam. Os estudos mostraram desempenho em várias atividades semelhante entre os jovens. Para James Allen, presidente da União do Vegetal, religião que reúne cerca de 80% dos usuários do chá, a pesquisa comprova que, apesar de provocar alucinações durante o uso, o chá não tem qualquer característica de droga. "As drogas dispersam psicologicamente o usuário, desagregam o indivíduo da família e da sociedade e geram dependência, com crises de abstinência. Com o chá de ayuhuasca nada disso acontece e ficou comprovado", disse Allen, que toma a bebida há 28 anos. Além de buscar destacar que o chá não é droga, os usuários afirmam que o vegetal afasta os jovens do álcool e dos entorpecentes. O médico Otávio Castello de Campos Pereira, que participou do estudo, ressalta que a menor propensão ao consumo de álcool pode, inclusive, se dever a propriedades químicas do próprio chá. "Uma outra pesquisa já mostrou que uma substância existente no chá age no corpo como inibidor do consumo."Pereira afirma ainda que os jovens que tomam o chá apresentaram tendência a ter mais concentração e dão mais valor à família. "Foi registrada uma tendência dos jovens da União do Vegetal de melhores vínculos familiares, especialmente o paterno." O pesquisador é adepto do vegetal, mas afirma que o coordenador do trabalho, Charles Grob, da Universidade da Califórnia, não toma o chá. O médico destaca que também apareceu na pesquisa uma tendência negativa para os jovens que tomam chá. Segundo o estudo, eles demonstraram ter maior dificuldade nos chamados "testes robustos", que exigem a utilização de várias áreas do cérebro ao mesmo tempo. Assim como nos casos positivos, o médico enfatiza a necessidade de mais estudos. Ao divulgar a pesquisa no 2º Congresso Internacional da Ayuhuasca, os adeptos da bebida ressaltam que não têm a intenção de popularizar o chá. "Queremos apenas que respeitem o nosso direito de ter uma religião, que tem um chá e não faz sentido sem ele", afirma Allen. O presidente da União do Vegetal afirma também que o reconhecimento do Iphan do chá como um patrimônio imaterial da cultura brasileira é um desejo dos usuários, mas que não deve servir como incentivo para que se consuma o vegetal fora dos rituais. "Existe um perigo se o uso for inadequado. Nós não usamos o chá em festas, por exemplo. Apenas para os rituais religiosos."Fonte: G1, em Brasília, Eduardo Bresciani

24 Hour Comics Day já tem data marcada – inclusive no Brasil
Quadrinistas do mundo todo produzirão uma HQ de 24 páginas em 24 horas.
Se você gosta de desenhar quadrinhos, anote: 18 de outubro. É a data da maratona 2008 do 24 Hour Comics Day, dia em que quadrinistas do mundo inteiro criarão gibis de 24 páginas em até 24 horas.
A idéia é produzir uma HQ, desde o roteiro até a encadernação, em apenas um dia. A brincadeira foi inventada pelo autor de
Desvendando os Quadrinhos, Scott McCloud, e instituída como desafio internacional a partir de 2004. A cada ano, o número de participantes só cresce. Em 2007, foram 1.200 desenhistas em 17 países - incluindo quatro cidades do Brasil.
Os organizadores do 24 Hour Comics Day pedem que todos grupos participantes se inscrevam
no seu site, para terem um controle de quantas pessoas no mundo estão envolvidas na brincadeira. Já está cadastrado lá, para este ano, o Centro Universitário Belas Artes, de São Paulo (rua José Antônio Coelho, 879, Consolação), onde a brincadeira vai começar às 9 da manhã do dia 18.
Curiosidade deste ano: o evento ganhou o patrocinador oficial nos EUA, o energético Bawls, com base em... guaraná. Ou seja, o produto brasileiro vai manter vários quadrinistas norte-americanos acordados no 24 Hour Comics Day 2008.
Érico Assis
Omelete

Açores - Vila do Porto
A mais antiga das vilas do Arquipélago dos Açores, Vila do Porto, situa-se na bonita Ilha de Santa Maria, constituindo igualmente a capital da Ilha e sede de um pequeno município. De facto, Vila do Porto recebe o seu primeiro foral cerca de 1470. Este é um local tranquilo e histórico, onde se situa também, a 590 metros, o ponto mais alto da Ilha, o Pico Alto, de onde se têm panoramas de grande beleza, onde sobressaem os campos agrícolas, os núcleos habitacionais e o vasto Oceano Atlântico. De facto, daqui se contempla a surpreendente diferença de paisagem num espaço físico de reduzidas dimensões, oscilando num dos lados com montes e densa vegetação, e no outro com uma costa árida de plano relevo. Vila do Porto tem sabido manter o seu património histórico, tradicional e arquitectónico, dona de um centro histórico de grande beleza e valor, de ruas medievais e monumentos de grande valor. Em Vila do Porto destacam-se monumentos como o Forte de São Brás, as Igrejas da Misericórdia, de Nossa Senhora da Vitória, de Nossa Senhora do Ar, de Santo Antão, de Nossa Senhora da Assunção, de Santo António ou de Santa Maria Madalena, a Capela do Senhor dos Passos, ou bonitas Ermidas como a de Nossa Senhora da Boa Viagem, da Conceição, de Nossa Senhora dos Anjos ou de Nossa Senhora da Boa Nova, ou mesmo o Convento de São Francisco de princípios do século XVII.
Guia da Cidade

Bahia - Feira de Arte e Cultura em Serrinha (BA) começa sexta
Começa na sexta-feira (5/9) e termina domingo, em Serrinha (município a 174 km de Salvador), a Feira de Arte e Cultura da Bahia, no Parque Maria do Carmo, com acesso gratuito aos visitantes. Paralelo aos estandes dos municípios, haverá mostras de dança, música, artes cênicas e outras manifestações culturais de cada região. Farão parte dessas apresentações grupos artísticos dos municípios que tenham interesse em participar da programação das apresentações. Outras informações sobre a feira estão no endereço eletrônico http://www.feiradearteecultura.com.br/. Os organizadores esperam mobilizar as comunidades não só dos municípios da região, como de todo o Estado da Bahia. "Foi pensando em reunir as mais diversas manifestações culturais do Estado que surgiu a Feira de Arte e Cultura da Bahia. O objetivo é de proporcionar aos municípios baianos a oportunidade de divulgar sua história, permitindo o intercâmbio de informações entre as comunidades, democratizando o acesso ao patrimônio cultural baiano", destaca Augusta Serra, organizadora da feira.
Informe Sergipe

Corumbá_MS - Ladrilho exposto no RJ resgata história da cidade
A partir do dia 11 de setembro, o Museu do Folclore Edison Carneiro, no Rio de Janeiro, recebe a exposição “Ladrilhos Hidráulicos de Corumbá”. As peças ficam expostas por um mês na Sala do Artista Popular do Museu. A produção de ladrilhos é resultado da Oficina Escola de Ladrilho Hidráulico, iniciado no ano passado. A Oficina Escola durou de julho de 2007 a março de 2008 e formou 50 pessoas entre 16 e 24 anos, de baixa renda, para produção artesanal do ladrilho, que recebe o nome “hidráulico” devido à técnica utilizada em seu feitio. “As peças ficam um dia secando na sombra, e mais 24 horas dentro d’água para tomar forma e consistência”, explica Jéssica Marcelle de Souza, coordenadora da Oficina Escola. As peças têm 15 ou 20 centímetros quadrados, e são utilizadas no revestimento de pisos. A maioria do Casario do Porto de Corumbá, e as residências mais antigas possuem o piso formado por ladrilhos hidráulicos. Introduzidos na cidade pelos comerciantes europeus que visitavam Corumbá nos anos 30, os ladrilhos são produzidos de maneira totalmente artesanal, e são diferenciados um do outro, de acordo com a criatividade do artesão. “Utilizamos tintas em pó de diversas cores. Não há limites nas tonalidades usadas, o que confere originalidade e criatividade nas peças. Depois de formados, os alunos montaram uma cooperativa e já estão comercializando os ladrilhos, agora com outras aplicações, como fundos de cestas de palha, barrados de parede, porta-copos, porta-panelas, entre outros”, antecipa Jéssica. A Cooperativa Corumbaense de Ladrilhos Hidráulicos expõe na Sala do Artista Popular até o dia 10 de outubro. O Museu do Folclore Edison Carneiro fica na Rua do Catete 179, bairro do Catete, no Rio de Janeiro. A exposição fica aberta de terça a sexta-feira, de 11 às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, de 15 às 18h, com entrada franca. Há intenção para que a Oficina continue em 2009, com novas turmas. O projeto contou com a parceria da Prefeitura Municipal de Corumbá, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Mato Grosso do Sul (Iphan/MS), MMX e Fundação Cândido Rondon.
MS Notícias

Construção de prédio de Niemeyer é embargada em Brasília
Desde o início de agosto, algumas dezenas de centímetros opõem o pai da arquitetura modernista brasileira à Agência de Fiscalização (Agefis) do GDF e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A construção da sede do Conselho da Justiça Federal, no Setor de Clubes Esportivos Sul, foi embargada por não estar de acordo com as normas de gabarito de Brasília. O projeto de Oscar Niemeyer ultrapassou os 12 metros de altura permitidos para os edifícios da área, o que justificou a paralisação das obras por tempo indeterminado.
Para Carlos Magalhães, representante do escritório de Niemeyer em Brasília, a diferença entre o permitido e o que foi projetado é “ridícula”. “São 1,3 metros. Isso não é o suficiente para afetar o tombamento de Brasília”, justifica Magalhães, acrescentando que pretende buscar um acordo com os órgãos de fiscalização (Agefis e Iphan) para que o projeto de Niemeyer seja mantido.
Já de acordo com a fita métrica do Iphan, o prédio, se construído de acordo com o projeto original, estaria dois metros acima da altura permitida para as edificações do Setor de Clubes Esportivos Sul. “Não podemos abrir exceção. Nossa tarefa é fazer as leis serem cumpridas”, sustenta o superintendente do Iphan-DF, Alfredo Gastal.
Além de ferir o gabarito de Brasília, o projeto do Conselho da Justiça Federal tem contra si outra restrição. A área a ser construída — 24,6 mil m² — é maior do que o conveniente para o tamanho total do terreno. De acordo com o projeto, o complexo da Justiça avançaria o espaço destinado aos estacionamentos em pelo menos 800 m². Sem garagens, os motoristas provavelmente usariam as áreas verdes para estacionar seus veículos. “Seria o mesmo caos da falta de vagas que já vemos em outras partes de Brasília. É isso que queremos evitar”, afirma o superintendente do Iphan, Alfredo Gastal.
Carlos Magalhães não vê problemas em cumprir essa segunda exigência. “No projeto original, a área estava reservada para estacionamentos. Fizemos a alteração a pedido do Conselho da Justiça Federal. Eles queriam mais espaço para salas e escritórios, mas podemos voltar à idéia inicial”, afirma o representante do escritório Niemeyer. Procurado pela reportagem Oscar Niemeyer disse não se lembrar do projeto, mas considerou natural os embargos feitos pela Agefis e pelo Iphan. “São coisas que fazem parte da rotina de trabalho de um arquiteto”, disse.
Desperdício
As obras do Conselho da Justiça Federal estão paradas desde o embargo do Iphan, na terça-feira da semana passada. Cada dia em que os operários ficam de braços cruzados significa R$ 5,7 mil de prejuízo para os cofres públicos. Ou seja, até aqui, descontados os domingos, a conta já estaria em R$ 57 mil. “ Independentemente de a obra estar sendo feita ou não, eles deixam os operários e as máquinas à nossa disposição”, explica o engenheiro Lúcio Castelo Branco, do quadro do Conselho da Justiça Federal.
A única possibilidade de esse dinheiro não ir para o ralo é se a obra for construída no prazo contratado. A obra do Conselho da Justiça Federal começou em 13 de dezembro e tem conclusão prevista para maio do ano que vem. A Construtora Paulo Octávio, que ganhou a licitação, tinha 140 homens trabalhando no local até antes do embargo.
Na tarde desta sexta-feira (05/09), o Iphan avisou a Carlos Magalhães que o embargo seria parcial. Apenas as obras do prédio principal (bloco A) estariam paralisadas, sendo permitido que os operários trabalhem na construção dos prédios anexos. Segundo o engenheiro Aldo Rezende, da Paulo Octávio, a rotina de trabalho recomeçaria na segunda-feira. O projeto de Oscar Niemeyer custou R$ 2,1 milhões, já a Paulo Octávio venceu a licitação para construir o prédio por R$ 52,6 milhões.
Visão do horizonte
O tombamento do Plano Piloto feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) obriga as construções da área central do DF a obedecerem às regras criadas pelo urbanista Lucio Costa. Por conta da portaria de tombamento e das normas que a regulamentaram, foi possível preservar a visão do horizonte que os moradores de Brasília possuem. A manutenção das escalas criadas pelo urbanista também serviu para realçar os edifícios que Oscar Niemeyer desenhou para a cidade.
Dezoito anos depois do tombamento, a principal preocupação dos defensores de Brasília é com o crescimento desordenado das cidades próximas. Numa imagem citada pelo pioneiro Ernesto Silva, existe o temor de que o centro do DF acabe cercado por um “agulheiro” de edifícios.
No encontro que tiveram com o superintendente do Iphan-DF, Alfredo Gastal, os mebros do Conselho Gestor do Compromisso com Brasília (Combras) cobraram o estabelecimento de uma zona tampão ao redor do conjunto urbanístico de Brasília. A área serviria para preservar a ambiência e a visibilidade do conjunto tombado. A criação dessa área de proteção foi recomendada pela missão da Unesco em sua última visita a Brasília, em 2001. “O entorno imediato do Plano Piloto não pode ofuscar a cidade considerada obra-prima”, opina a arquiteta e urbanista Vera Ramos, conselheira do Combras e integrante do Instituto Histórico e Geográfico do DF. “Já foram apresentadas propostas urbanísticas que podem interferir na paisagem urbana de Brasília. Precisamos estar atentos a isso”, completa.
Érica Montenegro - Correio Braziliense

IV Encontro de Arquivos e Bibliotecas da Administração Pública Federal
Encontro de Bibliotecas Públicas Federais, que ocorre a cada três anos, será realizado entre os dias 3, 4 e 5 de setembro em Brasília
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão sob a direção da Coordenação de Documentação e Informação - CODIN, realiza, a cada três anos, o Encontro de Arquivos e Bibliotecas da Administração Pública Federal. O tema deste ano é: "A Ciência da Informação como instrumento para excelência em Gestão Pública".
O IV Encontro será realizado entre os dias 3, 4 e 5 de setembro, de 8h às 18h. As atividades serão realizadas no DNIT, localizado no Setor de Autarquias Norte, Quadra 03, Edifício Núcleo de Transportes, Entrada Sul - Auditório, Brasília/DF.
Inscrições (gratuitas) a partir de 11 de agosto no site: http://www.informacao.planejamento.gov.br/
Programação:
1º Dia
8h - 9h Entrega do Material
h - 10h Abertura
0h - 10h30 O papel estratégico das áreas de Informação na melhoria da gestão pública e na preservação da memória brasileira - Aldino Graef
Coffee-break11h - 11h30
FÓRUM SPOA e as estratégias para tratamento da informação no âmbito da Administração Pública Federal - Ulysses Melo
11h30 - 12h Ações da Instituição Arquivísticas Pública frente às tendências de um Brasil Presente - Jaime Antunes
INTERVALO
Painel 1
14h - 14h30 Plano Nacional de Livro e Leitura - Jéferson Assunção
14h30 - 15h Programa de Desenvolvimento da Educação - Héliton Tavares
15h - 15h30 Governo que aprende: gestão do conhecimento em organizações do executivo federal - Fábio Batista
15h30 - 16h Debate
Coffee-break
Painel 2
16h30 - 17h O impacto da disseminação da informação no processo de inclusão digital - Emir Suaiden
17h - 17h30 Função social ou responsabilidade social das áreas de documentação e informação na Administração Pública - Paulo Daniel Lima
17h30 - 18h Debate
2º Dia
Painel 3
8h - 8h30 Programa ambiente eletrônico de documentos para a APF - Rogério Santanna
8h30 - 9h Programa software livre e comunidades virtuais - Marcos Mazoni
9h - 9h30 Governança de tecnologia da informação: novas direções - Carlos Moreira
9h30 - 9h45 Debate
Coffee-break
Painel 4
10h15 - 10h45 Arquitetura da informação organizacional: tendências para organizações de excelência - Mamede Marques
10h45 - 11h45 Das Bibliotecas convencionais às digitais: diferença e convergências - Murilo Cunha
11h15 - 11h45 A era digital nas instituições de guarda brasileira - a experiência da rede memória virtual brasileira - Paulo Fonseca
11h45 - 12h Debate
INTERVALO
Painel 5
14h - 14h25 Central de relacionamento e serviços - Neuza Arantes
14h25 - 14h50 Gestão eletrônica de documentos: a experiência da Unicamp - Neire Martins
14h50 - 15h15 A atuação do Centro de Informações Nucleares na difusão da informação - Teodora Neves
15h15 - 15h40 A Biblioteca Louis Braille: os olhos para aquele que não vê - Ana Ferreira
15h40 - 16h Arquivos físicos e digitais - Andresa Castro
16h - 16h15 DebateCoffee-break
Painel 6
16h45 - 17h15 Estudo comparativo: Tesauros, Taxonomia e Ontologias - Marisa Brasher
17h15 - 17h45 Marketing e Endomarketing como excelência no serviço de Informação - Cel. Davi Teixeira
17h45 - 18h Debate
3º Dia
Painel 7
8h - 8h30 A preservação digital e seus mandamentos - Humberto Innarelli
8h30 - 9h A classificação como função matricial do que-fazer arquivístico - Rentato Barbosa
9h - 9h30 A prática arquivística em tempos de gestão do conhecimento - Vanderlei dos Santos
9h30 - 9h45 Debate
Coffee-break
Painel 8
10h15 - 10h45 Teoria, epistemologia e interdisciplinaridade da ciência da informação - Lena Pinheiro
10h45 - 11h15 Aprendizado ao longo da vida como instrumentos para a excelência em Gestão Pública - Kira Taraponoff
11h15 - 11h45 Estratégico é o Conhecimento - Antoninho TrevisanINTERVALO
Painel 914h - 14h30 Interoperabilidade, coleta de meta dados e rede de bibliotecas digitais - Ana Pavani
14h30 - 15h A eficácia probatória dos documentos digitais - Christiano Lacorte
15h - 15h30 Arquitetura e implementação de conteúdos através da tecnologia EVM.NET - Antonio Miranda
15h30 - 16h Debate
Coffee-break
Painel 10
16h30 - 17h Arquivos governamentais do período da ditadura brasileira - Beto Vasconcelos
17h - 17h30 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil - Alberto C. Silva
Campinas - Justiça ordena saída de famílias da Manoel Freire
As 17 famílias que ocupam a área deverão deixar as casas por decisão do juiz da 2ª Vara Cível da cidade.
Casas da Vila Manoel Freire terão de ser desocupadas(Foto: César Rodrigues/AAN)

As 17 famílias que ocupam o que restou da Vila Manoel Freire terão que deixar as casas, por decisão do juiz da 2ª Vara Cível, Fábio Toledo, que concedeu liminar em ação de reintegração de posse impetrada pelos proprietários dos imóveis. Mas a execução da reintegração somente será feita depois que a Prefeitura providenciar moradoria para aquelas famílias.
Embora não seja parte no processo, a Prefeitura terá que transferir as famílias porque, segundo o juiz, trata-se de defender o patrimônio histórico e cultural da cidade. A Vila Manoel Freire é tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc).
O secretário de Negócios Jurídicos, Carlos Henrique Pinto, informou ontem que a Prefeitura só irá se manifestar depois que receber a notificação. Mas os moradores, que ocupam a área há cinco anos, estão preocupados. Não temos condições de sair, porque não temos para onde ir. Vamos esperar para ver que solução a Prefeitura irá dar , afirmou o morador Antônio Arivonildo.
O juiz afirmou, na liminar, que a situação em que se encontra a vila oferece perigo de dano, porque os imóveis se encontram em iminente risco de desabamento. Além disso, disse, os bens são tombados e é preciso que sejam tomadas as providências para a preservação daquele patrimônio.
As 14 casas da vila são tudo o que restou de um sítio histórico que tinha 19 imóveis que foram sendo relegados ao abandono, invadidos e dilapidados. Muitos projetos foram apresentados para a recuperação do local, mas nenhum foi adiante por causa do desinteresse de investidores.
O último deles previa a recuperação das atuais casas e construção de outros para integrar o Programa de Arrendamento Residencial da Caixa Econômica Federal (CEF). Embora tivesse o interesse de uma construtora no projeto, ela acabou desistindo.
Com entrada para a rua Alferes Raimundo, a Vila Manoel Freire, assim como sua vizinha, a Vila Manoel Dias, foi moradia dos antigos ferroviários da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro. Construída pelo português Manoel Freire, sempre foi habitada por operários. Além das casas, havia uma capela dedicada a Nossa Senhora Estrela, de quem a esposa do português Manoel Freire era devota. Nos temporais do ano passado, algumas casas com risco de desabamento foram demolidas pela Defesa Civil.
Construída em 1918 é hoje um amontoado de casas em ruínas. A Vila Manoel Freire, assim como sua vizinha Manoel Dias, são exemplares do início do desenvolvimento urbano de Campinas. Essas duas pequenas vilas, construídas dentro da Vila Industrial, foram tombadas como bem cultural pelo patrimônio municipal em 1995. Elas estão associadas à instalação das ferrovias Paulista e Mogiana em Campinas.
As casas vêm passando por um processo de deterioração há muitos anos e a infiltração toma conta das paredes e do teto. Na maior parte das casas faltam pedaços de paredes. A maioria já nem tem telhados. Até batentes de portas e janelas foram roubados. InvestimentoA salvação da Vila Manoel Freire depende de investimentos que os proprietários alegam não recursos para recuperar as casas. Por isso assinaram uma opção de venda para a NHL Produções Culturais, que planeja implantar um centro cultural naquele espaço.
A produtora foi autorizada pelo Ministério da Cultura a captar R$ 1,47 milhões utilizando os benefícios da lei de incentivo à cultura, conhecida como Lei Rouanet.
A família proprietária da vila cedeu, em 2006, o direito de compra à NHL Produções Culturais, cujo valor do conjunto das casas em ruínas está estimado em R$ 150 mil. A compra será feita com outras fontes de recursos, porque a verba a ser captada pela Lei Rouanet tem que ser aplicada integralmente no restauro.
A organização já teve aprovada, pelo Estado, a captação de recursos utilizando o Programa de Ação Cultural (PAC), que permite ao empresário aplicar de 0,01% a 3% do seu ICMS devido em projetos culturais. João Barcelar e Neusa Silva, dirigentes da NHL, foram responsáveis pela recuperação do prédio e pela implantação do Centro Cultural Vitória, no Centro.
Pelo projeto, o centro cultural terá um auditório/cinema com 107 lugares, um teatro com igual capacidade, área de múltiplo uso, ateliês, lan house, espaço para abrigar a sede da Delegacia Regional de Cultura, estúdios, áreas para oficinas culturais, quiosques.
A proposta de revitalização da vila prevê a recuperação de todas as casas, arruamentos internos, instalações elétricas, hidráulicas e de águas pluviais, restauração de fachadas e telhados, e remoção de edículas e anexos que foram incorporados posteriormente.
O interior das casas será adaptado aos espaços previstos, juntando-se várias unidades de forma a obter acomodações nas medidas necessárias, sem que seja alterada a distribuição das fachadas.
Maria Teresa Costa
cosmo.com.br

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