CULTURA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL
Bauru-SP - Evento resgata memória da ferrovia
Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo será realizado nos dias 27 e 28 na antiga Estação e no Museu.
Resgatar a memória da época considerada a mais rica e progressista do Município. Esse é o objetivo do 1.º Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo de Bauru, evento que pretende atrair cerca de 2 mil pessoas, entre os dias 27 e 28 deste mês, nas dependências da Estação Ferroviária e do Museu Ferroviário Regional de Bauru.
Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo será realizado nos dias 27 e 28 na antiga Estação e no Museu.
Resgatar a memória da época considerada a mais rica e progressista do Município. Esse é o objetivo do 1.º Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo de Bauru, evento que pretende atrair cerca de 2 mil pessoas, entre os dias 27 e 28 deste mês, nas dependências da Estação Ferroviária e do Museu Ferroviário Regional de Bauru.
O encontro, que está sendo organizado pela Secretaria Municipal da Cultura (SMC) em parceria com o Museu Ferroviário Regional de Bauru e Associação Ferromodelista de Bauru (AFB), vai convidar os ex-ferroviários que, por décadas, foram as “engrenagens” principais das extintas ferrovias Noroeste, Paulista e Sorocabana.“Estamos fazendo uma mala-direta com eles, convidando-os para participar do encontro”, revela Henrique Perazzi de Aquino, diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Cultural da SMC.
Como bem lembra Aquino, o desenvolvimento de Bauru deve muito à posição de entroncamento ferroviário que, em épocas douradas, impulsionou a cidade economicamente. Não deixar que as atuais e futuras gerações esqueçam esse fato e permitir que os ex-funcionários das ferrovias se reencontrem são os objetivos do evento, que vai transformar as dependências da Estação Ferroviária e do Museu. “Nós vamos limpar o local, maquiar e esperamos receber aproximadamente 2 mil pessoas”, estima o diretor.Além de uma praça de alimentação, no local, segundo Aquino, serão realizadas projeção de filmes, palestras temáticas, exposição de fotos e de antigüidades ferroviárias, além de uma locomotiva a diesel da ALL e passeios de Maria-Fumaça. O encontro também vai aproveitar a presença dos ferroviários aposentados para resgatar a memória oral desses profissionais, que será gravada em vídeo através de depoimentos em uma sala especialmente montada para isso.
Não vai faltar também diversão para os visitantes, que poderão conferir a exposição de ferromodelismo e observar como funcionava, por exemplo, o telégrafo - aparelho de comunicação muito importante na época. “Nós vamos colocar, em uma mesa, o telégrafo e uma ex-funcionária da ferrovia vai demonstrar como funciona”, avisa Aquino.O encontro, que é viabilizado também graças ao Sindicato dos Ferroviários e o Grupo Marca, vai contar com a ajuda de monitores, alunos do curso de história da Universidade do Sagrado Coração (USC) e do curso de turismo da Microlins. O local estará aberto a toda população nos dias 27 e 28, das 9h às 17h.
O 1.º Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo de Bauru tem o apoio do Estação Café, Microlins, Serra Verde Express, Clube de Carros Antigos do Centro Oeste Paulista, América Latina Logística (ALL), TOTVS, Associação de Ferromodelismo e Preservação Ferroviária Barão de Mauá, Lume Light Comunicação Visual, Frateschi Trens Elétricos, Rio Grande Hobbies Ferreomodelismo e Jornal da Cidade.
Ferromodelismo
O engenheiro Ricardo Bagnato, um dos organizadores do 1.º Encontro Histórico Ferroviário e de Ferromodelismo de Bauru, explica que os visitantes terão a oportunidade de conferir de perto as maquetes de vagões e locomotivas, que estarão expostas pelos clubes e associações de ferromodelismo.“Um dos objetivos é incentivar pessoas mais novas, jovens, à prática do hobby do ferromodelismo”, comenta Bagnato. Ele lembra que, por ser um evento ferroviário, o encontro catalisa os amantes do ferromodelismo que apresentarão suas réplicas em miniaturas.“É uma prática que surgiu no século passado, na Europa, e depois foi se propagando. Hoje, está presente no mundo todo. Aqui no Brasil, o ferromodelismo é uma prática muito forte e tem potencialidade muito grande”, diz.
Ele lembra que a Associação Ferromodelista de Bauru participa do evento e que será montada uma maquete de Bauru, além de outras que serão trazidas por pessoas de fora. “Além das maquetes, vão ser expostos materiais ferromodelísticos, ou seja, locomotivas, vagões, composições , estruturas, dioramas, todo tipo de material ferromodelístico”, completa.
Davi Venturino
Jornal da Cidade
Davi Venturino
Jornal da Cidade
Cabo Verde - Delegação do Ministério da Cultura faz balanço "positivo" da visita ao Brasil
Acordos para formações técnica na área da biblioteca, do livro, do artesanato, do teatro, do audiovisual e preservação do património são resultados da visita da delegação do Ministério da Cultura ao Brasil de 24 a 31 de Agosto.
Estas formações podem ser ministradas por técnicos brasileiros em Cabo Verde no Brasil. Também se falou na possibilidade de atribuir bolsas aos juristas cabo-verdianos para especialização em Direito Autorais.
De acordo com Carlos Alberto de Carvalho, Presidente do IIPC, o ponto forte da visita ao Brasil foi no domínio da formação. Carvalho avança ainda que no princípio de 2009 Cabo Verde vai ter a possibilidade de mandar pessoas para formação nas áreas acima referida.
Fruto também dessa visita é a realização da semana cultural brasileira em Cabo Verde (em 2009) e o apoio ao fórum sobre a sustentabilidade da cultura, que terá lugar no mês de Novembro.
De acordo com Carvalho, a visita tinha como finalidade dar continuidade aos contactos entre os Ministérios da Cultura desses dois países, em concreto com a fundação Palmares.
A delegação cabo-verdiana teve encontros com responsáveis da Biblioteca Nacional do Brasil, da Fundação Nacional de Arte (Funarte) e do Instituto do Património Histórico e Artístico.
De realçar que Cabo Verde tem acordos de parceria com várias instituições brasileiras no domínio da: Biblioteca, leitura, direitos autorais, audiovisual, museus, recuperação do património, sustentabilidade da cultura na sua generalidade, e dentre outras.
A delegação cabo-verdiana foi constituída pelo presidente do Instituto da Investigação e do Património Culturais, da Biblioteca Nacional e do Livro, Director da Promoção Cultural e Direitos Autorais, Director da Salvaguarda do Património do IIPC e pela Assessora do Ministro da Cultura e Coordenadora do Centro Cultural do Mindelo.
JC, Expresso das Ilhas
São Paulo tem patrimônio artístico na internet
O governo do Estado de São Paulo tem um tesouro escondido em secretarias, órgãos, fundações, autarquias e empresas com participação do Estado. São obras de arte, algumas de artistas famosos ou importantes, todas de inestimável valor histórico, que ficam dentro de gabinetes, escolas, saguões de prédios, enfim, espaços normalmente não destinados à visitação pública.
Desde o fim de agosto, a população pode ter acesso a parte dessas obras pela internet. O site Catálogo do Patrimônio Artístico do Estado foi lançado com 140 obras, das cerca de 3 mil que compõem o patrimônio estadual e não pertencem a museus ou ao Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do governo paulista.
Segundo o governo de São Paulo, o portal continuará sendo alimentado até que todas elas estejam disponíveis na internet. Entre os tesouros que já podem ser vistos estão o óleo sobre tela Retrato de Benedito Calixto, de autoria de Bernardino de Souza Pereira, da segunda metade do século 20, localizado em uma escola no litoral.
Outro destaque é O tríptico, pertencente ao Instituto Florestal, de autoria de Hélios Seelinger, outro importante personagem da história da arte brasileira, fundador da Casa dos Artistas e das Sociedades Brasileira de Belas Artes e dos Artistas Nacionais. Diversas obras de Aldemir Martins, na maioria retratando animais de nossa fauna, que se encontram na Fundação Zoológico, também estão presentes.
Uma das obras de arte mais antigas encontradas durante a catalogação do patrimônio estadual e já disponível no site é a escultura em madeira Sant’Ana, de artista anônimo, encontrada no Palácio dos Campos Elíseos. “Talvez essa obra nem tenha sido feita por um artista profissional, mas seu valor decorre do fato de ter sido produzida no século 16, quando comumente obras desse tipo eram feitas, por exemplo, para catequizar os índios. Ela tem um valor histórico muito grande”, disse Pedro Jacintho Cavalheiro, coordenador do Patrimônio Artístico do Estado (Grupo de Catalogação e Divulgação do Acervo Artístico do Estado), órgão da Casa Civil.
Outra importante obra do patrimônio estadual é o painel Tiradentes, de Cândido Portinari, exposto no Memorial da América Latina.
O site foi pensado para permitir o acesso da população às obras de arte e como ferramenta para professores, estudantes, pesquisadores e demais interessados em arte. As imagens privilegiam detalhes das obras e, no caso de esculturas, permitem que se veja o objeto por vários ângulos.
Além das imagens das obras é possível encontrar informações sobre os artistas que as produziram, o período e o movimento artístico a que pertencem.
Pesquisadores, estudantes e professores também têm a possibilidade de solicitar, pelo site, uma visita individual à obra. O agendamento da visita, porém, dependerá da disponibilidade do ocupante do espaço onde a obra fica.
Algumas peças estão em local de acesso ao público. “O Metrô, por exemplo, tem muitas obras que podem ser vistas pela população nas estações. Outro espaço que também abriga obras do acervo do governo é o Memorial da América Latina, que tem painéis de Portinari, Poty e Caribé no salão de Atos Tiradentes. Essas obras, que estarão no site em breve, podem ser vistas por quem visita o Memorial”, disse Cavalheiro.
Ele explica que há muitos anos o governo paulista foi um grande mecenas. Comprou diversas obras de arte, que foram distribuídas em secretarias, órgãos, fundações e autarquias. Aquelas que não ficaram nos palácios (dos Bandeirantes, de Campos do Jordão e do Horto) ou museus, como a Pinacoteca, não foram catalogadas.
Cavalheiro lembra que há cerca de dois anos foi iniciada a identificação e catalogação de todo o patrimônio artístico-cultural que não pertence a museus ou ao Acervo Artístico-Cultural dos Palácios.
Foi um trabalho árduo, uma vez que o governo de São Paulo tem quase 90 órgãos subordinados às 26 secretarias, além de fundações, autarquias, empresas estatais e as cerca de 6 mil escolas espalhadas por todo o estado. “Foi um verdadeiro garimpo. Tivemos que identificar o que era obra de arte e o que não tinha nenhum valor artístico-cultural, já que não é possível ter uma pessoa especializada em arte em cada órgão do governo”, disse Cavalheiro.
Mais informações: www.saopaulo.sp.gov.br/patrimonioartistico
Agência FAPESP
Portugal - Cidade trasmontana quer ser reconhecida pela Unesco -Chaves avança
Segundo o presidente da Câmara, João Batista, a descoberta do balneário romano foi fundamental para se avançar com a candidatura
A ideia era construir um parque de estacionamento no Centro de Chaves, mas as escavações arqueológicas acabaram por revelar aquele que se suspeita ser um dos maiores balneários termais romanos da Europa, que remonta ao século IV. Era a última peça que faltava para a candidatura à UNESCO para Património Mundial da Humanidade.
"Esta descoberta, há cerca de ano e meio e há poucos meses confirmada pelos peritos, fez com que avançássemos em definitivo para a candidatura. Com o aparecimento do balneário romano fica composto o eixo da presença romana na cidade, ao qual pertence também a ponte romana e as muralhas do castelo", disse ao CM o presidente da Câmara de Chaves, João Batista.
A candidatura da cidade trasmontana, que terá um longo caminho a percorrer, avança numa primeira fase pelo reconhecimento do Estado português, para a inclusão na lista de candidatos a património mundial a apresentar. Depois há ainda um período mínimo de dois anos até se obter uma decisão da UNESCO.
Para reforçar o desejo da autarquia há ainda vários monumentos nacionais de interesse histórico, desde a ponte romana, as termas de Chaves, o castelo, as muralhas medievais ou os fortes de São Francisco e de São Neutel.
"Este ano recebemos ainda dez milhões de euros de subsídio para a regeneração urbana, lembra o presidente. O projecto consiste numa nova funcionalidade para o centro histórico, com a reabilitação do cineteatro, do antigo magistério, de um pavilhão desportivo e de uma residência de estudantes", concretiza o edil.
À frente da comissão que avançará com a candidatura está o arqueólogo Sérgio Carneiro, que afirmou que o trabalho passa pela caracterização detalhada de cada um dos monumentos. "O eixo da romanização e o centro histórico, que mantém a traça original, são mais-valias, mas o balneário é a cereja no topo do bolo", afirmou o arqueólogo.
Segundo o presidente da Câmara de Chaves, a comissão de honra será presidida pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, primeiro-ministro, José Sócrates, e presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
OUTROS DADOS
Igreja-museu
Templo barroco erguido no séc. XVII. Diz a tradição que foi a capela do Paço dos duques de Bragança, restaurada e remodelada durante o domínio filipino.
Ponte romana
Conhecida como ponte de Trajano, data de finais do séc. I d.C. Tem 150 metros de comprimento e 16 arcos. Melhor exemplo de arquitectura romana na cidade.
Castelo
Foi mandado construir pelo rei D. Dinis no século XIV. Localiza-se no ponto mais alto da cidade, está classificado como Monumento Nacional desde 1938.
Malta João Carlos
Campanha de restauração da Pedra do Cruzeiro, erguido em 1934, deve começar após o período eleitoralQuixadá. Um dos mais interessantes pontos turísticos do Sertão Central, a Pedra do Cruzeiro, ganha um aliado determinado a assegurar sua preservação. A Associação dos Filhos e Amigos de Quixadá (Afaq) se articula no sentido de identificar os proprietários das dezenas de antenas instaladas no pico da imensa rocha monolítica encravada no Centro da cidade e exigir do Município o cumprimento da lei que estabelece a retirada das parafernálias metálicas daquele local. Com a “limpeza”, pretendem promover campanha para a restauração do cruzeiro erguido nos idos de 1934 que deu o título popular ao exótico monumento geográfico de Quixadá.
Estas formações podem ser ministradas por técnicos brasileiros em Cabo Verde no Brasil. Também se falou na possibilidade de atribuir bolsas aos juristas cabo-verdianos para especialização em Direito Autorais.
De acordo com Carlos Alberto de Carvalho, Presidente do IIPC, o ponto forte da visita ao Brasil foi no domínio da formação. Carvalho avança ainda que no princípio de 2009 Cabo Verde vai ter a possibilidade de mandar pessoas para formação nas áreas acima referida.
Fruto também dessa visita é a realização da semana cultural brasileira em Cabo Verde (em 2009) e o apoio ao fórum sobre a sustentabilidade da cultura, que terá lugar no mês de Novembro.
De acordo com Carvalho, a visita tinha como finalidade dar continuidade aos contactos entre os Ministérios da Cultura desses dois países, em concreto com a fundação Palmares.
A delegação cabo-verdiana teve encontros com responsáveis da Biblioteca Nacional do Brasil, da Fundação Nacional de Arte (Funarte) e do Instituto do Património Histórico e Artístico.
De realçar que Cabo Verde tem acordos de parceria com várias instituições brasileiras no domínio da: Biblioteca, leitura, direitos autorais, audiovisual, museus, recuperação do património, sustentabilidade da cultura na sua generalidade, e dentre outras.
A delegação cabo-verdiana foi constituída pelo presidente do Instituto da Investigação e do Património Culturais, da Biblioteca Nacional e do Livro, Director da Promoção Cultural e Direitos Autorais, Director da Salvaguarda do Património do IIPC e pela Assessora do Ministro da Cultura e Coordenadora do Centro Cultural do Mindelo.
JC, Expresso das Ilhas
São Paulo tem patrimônio artístico na internet
O governo do Estado de São Paulo tem um tesouro escondido em secretarias, órgãos, fundações, autarquias e empresas com participação do Estado. São obras de arte, algumas de artistas famosos ou importantes, todas de inestimável valor histórico, que ficam dentro de gabinetes, escolas, saguões de prédios, enfim, espaços normalmente não destinados à visitação pública.
Desde o fim de agosto, a população pode ter acesso a parte dessas obras pela internet. O site Catálogo do Patrimônio Artístico do Estado foi lançado com 140 obras, das cerca de 3 mil que compõem o patrimônio estadual e não pertencem a museus ou ao Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do governo paulista.
Segundo o governo de São Paulo, o portal continuará sendo alimentado até que todas elas estejam disponíveis na internet. Entre os tesouros que já podem ser vistos estão o óleo sobre tela Retrato de Benedito Calixto, de autoria de Bernardino de Souza Pereira, da segunda metade do século 20, localizado em uma escola no litoral.
Outro destaque é O tríptico, pertencente ao Instituto Florestal, de autoria de Hélios Seelinger, outro importante personagem da história da arte brasileira, fundador da Casa dos Artistas e das Sociedades Brasileira de Belas Artes e dos Artistas Nacionais. Diversas obras de Aldemir Martins, na maioria retratando animais de nossa fauna, que se encontram na Fundação Zoológico, também estão presentes.
Uma das obras de arte mais antigas encontradas durante a catalogação do patrimônio estadual e já disponível no site é a escultura em madeira Sant’Ana, de artista anônimo, encontrada no Palácio dos Campos Elíseos. “Talvez essa obra nem tenha sido feita por um artista profissional, mas seu valor decorre do fato de ter sido produzida no século 16, quando comumente obras desse tipo eram feitas, por exemplo, para catequizar os índios. Ela tem um valor histórico muito grande”, disse Pedro Jacintho Cavalheiro, coordenador do Patrimônio Artístico do Estado (Grupo de Catalogação e Divulgação do Acervo Artístico do Estado), órgão da Casa Civil.
Outra importante obra do patrimônio estadual é o painel Tiradentes, de Cândido Portinari, exposto no Memorial da América Latina.
O site foi pensado para permitir o acesso da população às obras de arte e como ferramenta para professores, estudantes, pesquisadores e demais interessados em arte. As imagens privilegiam detalhes das obras e, no caso de esculturas, permitem que se veja o objeto por vários ângulos.
Além das imagens das obras é possível encontrar informações sobre os artistas que as produziram, o período e o movimento artístico a que pertencem.
Pesquisadores, estudantes e professores também têm a possibilidade de solicitar, pelo site, uma visita individual à obra. O agendamento da visita, porém, dependerá da disponibilidade do ocupante do espaço onde a obra fica.
Algumas peças estão em local de acesso ao público. “O Metrô, por exemplo, tem muitas obras que podem ser vistas pela população nas estações. Outro espaço que também abriga obras do acervo do governo é o Memorial da América Latina, que tem painéis de Portinari, Poty e Caribé no salão de Atos Tiradentes. Essas obras, que estarão no site em breve, podem ser vistas por quem visita o Memorial”, disse Cavalheiro.
Ele explica que há muitos anos o governo paulista foi um grande mecenas. Comprou diversas obras de arte, que foram distribuídas em secretarias, órgãos, fundações e autarquias. Aquelas que não ficaram nos palácios (dos Bandeirantes, de Campos do Jordão e do Horto) ou museus, como a Pinacoteca, não foram catalogadas.
Cavalheiro lembra que há cerca de dois anos foi iniciada a identificação e catalogação de todo o patrimônio artístico-cultural que não pertence a museus ou ao Acervo Artístico-Cultural dos Palácios.
Foi um trabalho árduo, uma vez que o governo de São Paulo tem quase 90 órgãos subordinados às 26 secretarias, além de fundações, autarquias, empresas estatais e as cerca de 6 mil escolas espalhadas por todo o estado. “Foi um verdadeiro garimpo. Tivemos que identificar o que era obra de arte e o que não tinha nenhum valor artístico-cultural, já que não é possível ter uma pessoa especializada em arte em cada órgão do governo”, disse Cavalheiro.
Mais informações: www.saopaulo.sp.gov.br/patrimonioartistico
Agência FAPESP
Portugal - Cidade trasmontana quer ser reconhecida pela Unesco -Chaves avança
Segundo o presidente da Câmara, João Batista, a descoberta do balneário romano foi fundamental para se avançar com a candidatura
A ideia era construir um parque de estacionamento no Centro de Chaves, mas as escavações arqueológicas acabaram por revelar aquele que se suspeita ser um dos maiores balneários termais romanos da Europa, que remonta ao século IV. Era a última peça que faltava para a candidatura à UNESCO para Património Mundial da Humanidade.
"Esta descoberta, há cerca de ano e meio e há poucos meses confirmada pelos peritos, fez com que avançássemos em definitivo para a candidatura. Com o aparecimento do balneário romano fica composto o eixo da presença romana na cidade, ao qual pertence também a ponte romana e as muralhas do castelo", disse ao CM o presidente da Câmara de Chaves, João Batista.
A candidatura da cidade trasmontana, que terá um longo caminho a percorrer, avança numa primeira fase pelo reconhecimento do Estado português, para a inclusão na lista de candidatos a património mundial a apresentar. Depois há ainda um período mínimo de dois anos até se obter uma decisão da UNESCO.
Para reforçar o desejo da autarquia há ainda vários monumentos nacionais de interesse histórico, desde a ponte romana, as termas de Chaves, o castelo, as muralhas medievais ou os fortes de São Francisco e de São Neutel.
"Este ano recebemos ainda dez milhões de euros de subsídio para a regeneração urbana, lembra o presidente. O projecto consiste numa nova funcionalidade para o centro histórico, com a reabilitação do cineteatro, do antigo magistério, de um pavilhão desportivo e de uma residência de estudantes", concretiza o edil.
À frente da comissão que avançará com a candidatura está o arqueólogo Sérgio Carneiro, que afirmou que o trabalho passa pela caracterização detalhada de cada um dos monumentos. "O eixo da romanização e o centro histórico, que mantém a traça original, são mais-valias, mas o balneário é a cereja no topo do bolo", afirmou o arqueólogo.
Segundo o presidente da Câmara de Chaves, a comissão de honra será presidida pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, primeiro-ministro, José Sócrates, e presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
OUTROS DADOS
Igreja-museu
Templo barroco erguido no séc. XVII. Diz a tradição que foi a capela do Paço dos duques de Bragança, restaurada e remodelada durante o domínio filipino.
Ponte romana
Conhecida como ponte de Trajano, data de finais do séc. I d.C. Tem 150 metros de comprimento e 16 arcos. Melhor exemplo de arquitectura romana na cidade.
Castelo
Foi mandado construir pelo rei D. Dinis no século XIV. Localiza-se no ponto mais alto da cidade, está classificado como Monumento Nacional desde 1938.
Malta João Carlos
Ceará - Instalações danificam Pedra do Cruzeiro
Na última década, a Pedra do Cruzeiro vem perdendo espaço para a instalação de torres metálicas e antenas parabólicas, comprometendo o patrimônio (Foto: ALEX PIMENTEL)
Campanha de restauração da Pedra do Cruzeiro, erguido em 1934, deve começar após o período eleitoralQuixadá. Um dos mais interessantes pontos turísticos do Sertão Central, a Pedra do Cruzeiro, ganha um aliado determinado a assegurar sua preservação. A Associação dos Filhos e Amigos de Quixadá (Afaq) se articula no sentido de identificar os proprietários das dezenas de antenas instaladas no pico da imensa rocha monolítica encravada no Centro da cidade e exigir do Município o cumprimento da lei que estabelece a retirada das parafernálias metálicas daquele local. Com a “limpeza”, pretendem promover campanha para a restauração do cruzeiro erguido nos idos de 1934 que deu o título popular ao exótico monumento geográfico de Quixadá.
A Afaq está preocupada com a acentuada descaracterização daquele patrimônio natural. Além das antenas, temem a continuidade da especulação imobiliária. Enormes prédios estão sendo erguidos no entorno da rocha. “Aos poucos, a Pedra do Cruzeiro está sendo sugada pelas edificações e ambição econômica”, avaliam os associados. Não se conformam com o não cumprimento da lei orgânica municipal, que estabelece um dispositivo legal especial para disciplinar a utilização das antenas. Embora o monólito seja tombado como patrimônio da cidade, nenhum cuidado é tomado.
O presidente da Afaq, Edvardo Moraes de Oliveira, aguarda o levantamento do número exato das antenas e, inclusive, a relação dos que estão se beneficiando economicamente com a irregularidade. Pelo que sabem, alguns recebem aluguel e outros não dão qualquer contribuição ao erário municipal. Com os dados e as leis nas quais são estabelecidas as normas de preservação e utilização do espaço público natural nas mãos, os associados pretendem acionar o Ministério Público. Vão exigir o fiel cumprimento da legislação.
NormasAcerca das normas que estabelecem os critérios para a instalação de torres e parabólicas na plataforma da rocha, o empresário e vice-prefeito de Quixadá, Cristiano Góes, assegurou a existência do dispositivo legal. Informou ter sido ele o autor da medida. Determina até o prazo para a retirada das antenas. A área deveria ser desocupada há mais de dois anos. Ficou acertada a junção da documentação norma complementar à Lei Orgânica. O artigo 129 estabelece: “A Pedra do Cruzeiro, patrimônio histórico, cultural e turístico do município será preservada de toda e qualquer depredação, vedada à exploração comercial ou residencial em toda a sua estrutura a qualquer título, salvo iniciativa do Poder Executivo através do Projeto de Lei enviado à Câmara Municipal”. No entanto, nunca foi cumprido.A pedagoga Lúcia Helena Granjeiro, integrante da Afaq, não se conforma com o que considera descaso público a se arrastar por mais de uma década. A professora universitária lembra que antigamente o cruzeiro era um marco norteador para quem se aproximava do Centro de Quixadá. Atualmente parece ter sido consumido pelas dezenas de antenas repetidoras de telefonia e Internet, que continuam sendo instaladas ali.
Pichações, lixo, sexo e consumo de drogas completam o cenário degradante. Mas ainda hoje muitos enfrentam a sinuosa e íngreme trilha, sobem ao topo da gigantesca rocha de 127 metros de altura para apreciar a vista panorâmica da “Terra dos Monólitos”. É justamente com a disposição e sensibilidade desse público que os “Amigos de Quixadá” pretendem contar na elaboração de uma ação popular. Eles acreditam ser a última alternativa para a preservação das características originais do mirante sertanejo, considerado um dos mais belos cartões postais do Sertão Central.
A campanha de preservação da Pedra do Cruzeiro tem início logo após o pleito eleitoral. Os futuros representantes do poder legislativo do município serão convocados a integrarem o exército de protetores da “Pedra do Cruzeiro”.
ALEX PIMENTEL Colaborador
ENQUETE
O que você acha da degradação no Cruzeiro?
Edvardo Morares de Oliveira
Presidente da Afaq
Noutras cidades do País, os empresários instalam suas torres metálicas em áreas adequadas.
Cristiano Góes
Autor da lei municipal
Foi um absurdo a autorização de se colocar essas antenas na Pedra do Cruzeiro. Quem o fez não teve sensibilidade.
Terezinha Oliveira
Secretária de Cultura
Ao visitar Quixeramobim, era a visão do Cruzeiro que me dava a sensação da volta pro meu aconchego
FIQUE POR DENTRO
Cruzeiro de Santo Antônio em abandono
Em outra elevação geográfica natural da região, a situação é praticamente a mesma. O cruzeiro e a capelinha erguidos há mais de meio século no serrote do Boqueirão, ao lado da barragem do açude Quixeramobim, também estão abandonados. O pequeno templo e o marco religioso foram depredados por vândalos. Nem mesmo as cruzes fixadas ao longo da trilha de meio quilômetro escaparam. Apenas a bandeira de Santo Antônio está a salvo. ´
SOS Cruzeiro do Boqueirão´ será elaborada na cidade.
Mais informações:Associação dos Filhos e Amigos de Quixadá - Afaq
Rua São Paulo, 32 Sl. 911
Fortaleza - CE(85) 3254.7168
Espanha promove cultura hispânica no Brasil
Instituições de difusão da cultura espanhola promovem no Brasil mostras de poesia mexicana, dança flamenga e música árabe, que atraem o público de São Paulo e despertam mais o interesse de estreitar os laços culturais entre o país e a hispanoamérica.
O Instituto Cervantes de São Paulo apresentou neste sábado o evento literário "Encontro com a poesia mexicana", realizado na Casa das Rosas da capital paulista com a participação dos poetas mexicanos Verónica Volkow e Fabio Morábito.
Os poetas brasileiros Horácio Costa, Amálio Pinheiro, Cláudio Daniel, Alfredo Fressia, Sérgio Molina e Edson Cruz participaram do encontro com os autores mexicanos.
Autógrafo
Morábito deu autógrafos de seu romance "Quando as Panteras não Eram Negras", editado recentemente em português.
A mesma instituição, em associação com centros locais, promoveu esta semana em vários teatros e centros culturais de São José dos Campos, Campinas e São Paulo o 7º Festival Internacional de Flamenco.
O Centro Cultural da Espanha em São Paulo realizou até este sábado sua parte do projeto "De traços árabes", compartilhado durante três anos com seus colegas de Buenos Aires, San Salvador, Cidade do México e Santiago.
Concertos na Cinemateca Brasileira de artistas locais e estrangeiros que interpretam música árabe mostraram musicalmente a influência dessa cultura na história da Espanha e do Brasil.
Folha Online
Instituições de difusão da cultura espanhola promovem no Brasil mostras de poesia mexicana, dança flamenga e música árabe, que atraem o público de São Paulo e despertam mais o interesse de estreitar os laços culturais entre o país e a hispanoamérica.
O Instituto Cervantes de São Paulo apresentou neste sábado o evento literário "Encontro com a poesia mexicana", realizado na Casa das Rosas da capital paulista com a participação dos poetas mexicanos Verónica Volkow e Fabio Morábito.
Os poetas brasileiros Horácio Costa, Amálio Pinheiro, Cláudio Daniel, Alfredo Fressia, Sérgio Molina e Edson Cruz participaram do encontro com os autores mexicanos.
Autógrafo
Morábito deu autógrafos de seu romance "Quando as Panteras não Eram Negras", editado recentemente em português.
A mesma instituição, em associação com centros locais, promoveu esta semana em vários teatros e centros culturais de São José dos Campos, Campinas e São Paulo o 7º Festival Internacional de Flamenco.
O Centro Cultural da Espanha em São Paulo realizou até este sábado sua parte do projeto "De traços árabes", compartilhado durante três anos com seus colegas de Buenos Aires, San Salvador, Cidade do México e Santiago.
Concertos na Cinemateca Brasileira de artistas locais e estrangeiros que interpretam música árabe mostraram musicalmente a influência dessa cultura na história da Espanha e do Brasil.
Folha Online
Crisciuma-SC - Povos unidos para preservar a cultura
A chuva que caiu na noite de ontem pode ter intimidado um pouco o público, mas não foi o suficiente para atingir o espetáculo organizado pelos representantes dos povos que colonizaram Criciúma na abertura oficial da Festa das Etnias. Descendentes de italianos, alemães, portugueses, poloneses, negros, árabes e espanhóis abriram em grande estilo o primeiro dos nove dias, em que apresentam ao público o que melhor têm em cada uma de suas culturas, com destaque para a gastronomia. A expectativa dos organizadores para este ano é de que pelo menos 500 mil pessoas circulem no pavilhão de exposições José Ijair Conti, durante os dias do evento.
O evento que começou na Praça Nereu Ramos, como Quermesse, chega à sua vigésima edição, motivo de satisfação para os organizadores, que há três anos conseguiram autonomia do poder público formando a União das Associações Étnicas de Criciúma. "Temos um grande problema ainda que é captação de recursos, mas sempre buscamos parceiros. É mais trabalhoso, mas assim conseguimos colocar nosso espírito na festa. A prefeitura fez um grande trabalho criando a festa e dando continuidade, mas nós sabemos das nossas necessidades", comentou o presidente da Associação, Hélio Soratto. As etnias revezam entre si o comando da festa. Já estiveram na presidência a Espanhola, Negra e Alemã. Neste ano quem preside a festa é a etnia Italiana.
Para o prefeito Anderlei Antonelli, o pavilhão próprio com as cozinhas foi fundamental para que a Festa se consolidasse. "Só ficou faltando agora o Parque das Nações, e vou deixar a bola quicando para o próximo prefeito. Esta Festa só tem o que melhorar, ano após ano", destacou. Com alguns shows gratuitos e outros com preços que variam de R$ 15 a R$ 40, os visitantes contarão com noites bastante animadas até dia 13 de setembro. A entrada no Pavilhão custa R$ 3.
Neste sábado é a vez de três grupos ecléticos arrancarem aplausos do público. A partir das 22h30min quem se apresenta é o Aires de España, que dispensa apresentações. Às 23h, na arena de shows, é a vez dos músicos da banda de Florianópolis, Iriê, apresentarem o melhor do reggae. A apresentação do Aires de España é gratuita. Os ingressos para o show da Iriê podem ser adquiridos a R$ 15. A banda Viola Roots dá continuidade à festa, depois da apresentação da Iriê. No domingo o pagode toma conta da Festa das Etnias. É a partir das 20h que o grupo Molejo Moleque entra na arena de shows, seguido da banda Loka Mania e do grupo Descontrole. Os ingressos para a apresentação dos meninos do Molejo Moleque estão sendo vendidos a R$ 15.
Fernanda Zampoli
A Tribuna - Crisciuma
A chuva que caiu na noite de ontem pode ter intimidado um pouco o público, mas não foi o suficiente para atingir o espetáculo organizado pelos representantes dos povos que colonizaram Criciúma na abertura oficial da Festa das Etnias. Descendentes de italianos, alemães, portugueses, poloneses, negros, árabes e espanhóis abriram em grande estilo o primeiro dos nove dias, em que apresentam ao público o que melhor têm em cada uma de suas culturas, com destaque para a gastronomia. A expectativa dos organizadores para este ano é de que pelo menos 500 mil pessoas circulem no pavilhão de exposições José Ijair Conti, durante os dias do evento.
O evento que começou na Praça Nereu Ramos, como Quermesse, chega à sua vigésima edição, motivo de satisfação para os organizadores, que há três anos conseguiram autonomia do poder público formando a União das Associações Étnicas de Criciúma. "Temos um grande problema ainda que é captação de recursos, mas sempre buscamos parceiros. É mais trabalhoso, mas assim conseguimos colocar nosso espírito na festa. A prefeitura fez um grande trabalho criando a festa e dando continuidade, mas nós sabemos das nossas necessidades", comentou o presidente da Associação, Hélio Soratto. As etnias revezam entre si o comando da festa. Já estiveram na presidência a Espanhola, Negra e Alemã. Neste ano quem preside a festa é a etnia Italiana.
Para o prefeito Anderlei Antonelli, o pavilhão próprio com as cozinhas foi fundamental para que a Festa se consolidasse. "Só ficou faltando agora o Parque das Nações, e vou deixar a bola quicando para o próximo prefeito. Esta Festa só tem o que melhorar, ano após ano", destacou. Com alguns shows gratuitos e outros com preços que variam de R$ 15 a R$ 40, os visitantes contarão com noites bastante animadas até dia 13 de setembro. A entrada no Pavilhão custa R$ 3.
Neste sábado é a vez de três grupos ecléticos arrancarem aplausos do público. A partir das 22h30min quem se apresenta é o Aires de España, que dispensa apresentações. Às 23h, na arena de shows, é a vez dos músicos da banda de Florianópolis, Iriê, apresentarem o melhor do reggae. A apresentação do Aires de España é gratuita. Os ingressos para o show da Iriê podem ser adquiridos a R$ 15. A banda Viola Roots dá continuidade à festa, depois da apresentação da Iriê. No domingo o pagode toma conta da Festa das Etnias. É a partir das 20h que o grupo Molejo Moleque entra na arena de shows, seguido da banda Loka Mania e do grupo Descontrole. Os ingressos para a apresentação dos meninos do Molejo Moleque estão sendo vendidos a R$ 15.
Fernanda Zampoli
A Tribuna - Crisciuma
São Paulo-SP - Arquitetos defendem reconstrução do projeto de Rino Levi no Teatro Cultura Artística
Desenho original está arquivado na FAU, a faculdade de arquitetura e urbanismo da USP.
Projetado por Rino Levi, o teatro Cultura Artística, destruído num incêndio de causa ainda desconhecida neste fim de semana, pode ser reconstruído, na avaliação de especialistas no legado da obra do expoente e um dos precursores da arquitetura moderna no Brasil.
O projeto original está arquivado na FAU, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, segundo Lúcio Gomes Machado e Renato Anelli, dois dos maiores estudiosos brasileiros da criação de Levi, com livros e teses publicados. Para Anelli, coordenador do programa de arquitetura e urbanismo da USP-São Carlos, a arquitetura moderna não tem "preciosismos" do ponto de vista da manufatura da produção, que dificultariam a reconstrução do prédio. "O teatro poderia ser reconstruído, com algumas adaptações para condições mais contemporâneas, desde que feito com cuidado e que sejam preservados seus pontos principais, que são a volumetria e o mosaico", diz. Machado, professor da FAU e ex-conselheiro do Conpresp e do Condephaat, órgãos de proteção do patrimônio histórico, afirma que "é preciso lutar para que o Cultura Artística seja reconstruído". "Tem de reconstruir o teatro porque ele em si é muito importante. A construção não depende de artesão, que seria o empecilho maior", completa. "Além de reconstruído, o teatro pode ser modernizado", diz o arquiteto Paulo Bruna, também professor da USP e ex-estagiário do próprio Rino Levi.
Os três arquitetos ressaltam dois aspectos da importância histórica e cultural do teatro: a acústica e o mosaico na fachada, obra de Di Cavalcanti. "No teatro, Rino desenvolveu um jeito de projetar as paredes, o teto, com a acústica. Foi a primeira vez que se fez um teatro com novas técnicas de cálculo de acústica e visibilidade da platéia", diz Anelli. "O Cultura Artística, para a época, era muito avançado. A acústica era perfeita, muito boa, mas a cobertura era de madeira. Por isso pegou fogo", completa Machado. Patrimônio Segundo o Condephaat, o teatro estava em estudo de tombamento desde 1995, mas o prédio já estava sob proteção provisória e qualquer mudança, mesmo a pintura de uma parede, precisaria de permissão. O Condephaat, que diz não saber informar o que vai ocorrer após o incêndio, afirma que não havia previsão para oficializar o tombamento. Apesar disso, os bens culturais mais importantes de São Paulo entraram na proteção do Plano Diretor.
Na próxima segunda, o conselho se reúne e é possível que a discussão sobre a destruição do teatro entre em pauta. Para Machado, a reconstrução pode ser questionada por arquitetos "puristas", que classificariam o novo teatro de "falso". "Não tem isso. É um objeto da indústria. Antigo ou novo, ele vai ser o mesmo. Não tem nenhuma idéia de tratamento artesanal e artístico." "A riqueza do Cultura Artística é uma interpretação nova de teatro, que não tinha, é original. Temos de lutar para que seja reconstruído", completa.
Painel de Di Cavalcanti resistiu ao incêndio
Preservado apesar do incêndio que devastou no domingo o teatro Cultura Artística, o mosaico de 48 metros de largura por 8 metros de altura assinado pelo artista plástico carioca Di Cavalcanti poderá ser restaurado ou inteiramente refeito -a diretoria esperava ontem um parecer técnico do que sobrou para decidir o destino da obra. De acordo com o restaurador Júlio Moraes, que há cerca de quatro anos recuperou um mosaico de Di Cavalcanti no hotel Jaraguá, no centro de São Paulo, a reconstituição não é difícil. "O mosaico [do hotel] estava bem estragado, faltavam peças, tinha umas quebradas, mas conseguimos novas da cor exata", conta Moraes. Em outro caso, no Centro de Estudos Brasileiros da Cidade Universitária, onde era preciso transferir um mosaico do antigo saguão do prédio para um novo, Moraes retirou o conjunto de peças e o afixou em uma estrutura metálica. "Ficou uma peça móvel. Eles estão construindo um novo prédio para o instituto e vamos transferi-lo de novo", explica. De acordo com especialistas, o mosaico de Di Cavalcanti no Cultura Artística é o maior existente no Brasil. Inaugurado em 1950 por encomenda do arquiteto italiano Rino Levi (1901-1965), que projetou o prédio, a obra foi desenhada especialmente para a fachada. "Se o mosaico for remontado em outro lugar, o valor cai. Eu avaliaria por algo entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões, dependendo do restauro", diz o diretor da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, Jones Bergamin.
Na opinião de Elisabeth Di Cavalcanti, filha do artista e detentora dos direitos autorais sobre suas obras, "é preciso usar o bom senso". "Hoje, os restauradores tendem a interferir o mínimo possível no original. Se você refaz o mosaico com peças novas, jamais vai ter o valor histórico da obra", diz. No caso da obra do teatro, Elisabeth explica que não tem poder de decisão sobre seu destino. "O órgão responsável pelo tombamento [em processo] é quem deve resolver", diz ela. A Vidrotil, fabricante dos mosaicos de vidro que compõem o mosaico, decidiu doar as peças, ou, em caso de desmonte, arcar com as despesas de recolocação. O diretor de marketing e design da empresa, Rogério Cordeiro, afirma que o metro quadrado dos mosaicos pode custar entre R$ 1.500 e R$ 3.000, sem levar em conta o valor histórico. "Quanto mais trabalhado é o desenho, mais cara é a recolocação. Se houver cores quentes, como laranja e vermelho, o preço também sobe." Construção de novo teatro em SP deve demorar alguns anos, diz arquiteto Demora se deve às etapas de criação do projeto, captação de recursos e início da obras. "Herdeiro" de criador do Cultura Artística diz que novo teatro precisará ser modernizado.
Sócio-proprietário do escritório Paulo Bruna Arquitetos Associados, responsável pelas últimas obras de manutenção do Teatro Cultura Artística, o arquiteto Paulo Bruna, de 67 anos, disse nesta segunda-feira (18) à reportagem do G1 que acredita que a recuperação do prédio inaugurado em 1950 deve demorar alguns anos. "Tem o projeto, a captação de recurso e a obra. Por isso digo alguns anos", afirmou. O Teatro Cultura Artística, na região central de São Paulo, foi atingido por um incêndio na madrugada deste domingo (17). Cerca de 300 mil litros de água foram usados para combater o incêndio que consumiu 5 mil metros quadrados do espaço. As chamas começaram por volta das 5h30. "O que sobrou foi somente a fachada do prédio", disse o agente da Defesa Civil Municipal Luís do Nascimento Pereira.
Em uma avaliação preliminar, não foi apontado risco de desabamento do painel de azulejos de Di Cavalcanti que está na parede frontal da construção. Paulo Bruna trabalhou quando estudante com Rino Levi, criador do projeto arquitetônico do Teatro Cultura Artística ao lado de Roberto Cerqueira César. Depois de se formar ele foi morar alguns anos na Inglaterra e, quando voltou, ficou sócio e foi diretor do escritório Rino Levi, após a morte dele, por cerca de 20 anos. Ao final desse período, com o encerramento das atividades do escritório de Rino Levi, ele criou, em sociedade com Cerqueira César, o Paulo Bruna Arquitetos e Associados. Reforma Considerado pela própria Sociedade de Cultura Artística como "herdeiro" de Rino Levi, Bruna disse também que, já que o teatro será reconstruído, o ideal é que seja pensado com modernizações. Algumas dessas adaptações inclusive já haviam sido planejadas em um estudo feito pelo escritório dele há cerca de cinco anos. "Fizemos um estudo preliminar que visava ampliar a área de público e de apoio. O que se desejava era ampliar os camarins, o foyer, o bar", disse, acrescentando que, apesar do estudo ter sido feito, não havia previsão para o início dessas obras. No estudo estava incluída ainda a incorporação de um edifício lateral de apoio contendo setores de ensino, biblioteca para diversas mídias e áreas para patrocinadores. Para Bruna, apesar de "lamentar profundamente" o que ocorreu, o incêndio é uma oportunidade de pensar em como atualizar a estrutura do Cultura Artística. Detentor dos desenhos arquitetônicos originais do prédio, ele defende a mudança. "Se você tem que mexer, refazer, aproveita para modernizá-lo, atualizá-lo. Não há razão para pegar os desenhos antigos e só reproduzir." A modernização, aliás, é defendida pela Sociedade Cultura Artística. "Já que tivemos esse acidente, a gente tem que realmente utilizar essa crise e construir um teatro como o Cultura merece. Adaptado às nossas necessidades atuais. Gostaríamos muito de construir com feições mais modernas, características mais adequadas", disse o relações institucionais da sociedade, Eric Klug. Ele informou ainda que não sabe se o teatro será reconstruído no local atual.
Para Klug, o período até a construção do novo teatro vai deixar uma "imensa lacuna" na capacidade de consumo artística "que não vai ser satisfeita" por um bom tempo. Prejuízos Embora ainda não consiga estimar o valor total do prejuízo causado pelo incêndio e nem o valor exato da apólice do seguro do teatro - que estava dentro do prédio que pegou fogo, Klug disse que o dinheiro do seguro não será suficiente para cobrir as despesas com a reconstrução do Cultura Artística. Segundo ele, o valor do seguro gira em torno de R$ 5 milhões, o que não seria suficiente para as despesas de reconstrução. Ente os prejuízos já identificados com o incêndio, está um piano "Steinway D", de procedência alemã. O instrumento foi uma doação e estava avaliado em cem mil euros. "Esse piano é da única marca aceita pela maioria dos pianistas eruditos. Tínhamos dois dele lá, mas o outro era mais antigo. Havia sido adquirido há cerca de 20 anos e, por isso, é difícil precisar o valor dele", disse. Tradição O Teatro Cultura Artística foi construído entre os anos de 1947 e 1950. O prédio, tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual, foi projetado pelos arquitetos Rino Levi, Roberto Cerqueira César e F.ª Pestalozzi.
Na fachada da construção está o maior afresco feito pelo artista plástico brasileiro Di Cavalcanti. A obra possui 48 metros de largura por oito de altura e é feita em mosaico de vidro. Entre os atores que já se apresentaram no local estão: Paulo Autran, Tonia Carrero, Cacilda Becker, Jardel Filho, Sérgio Cardoso, Procópio, Bibi Ferreira, Walmor Chagas, Odete Lara, Dercy Gonçalves, Irina Greco, Armando Bogus, Maria Della Costa, Antonio Fagundes, Marco Nanini, Fernanda Montenegro, Marília Pera, Karin Rodrigues, Ney Latorraca, Aracy Balabanian, Jô Soares, Eva Wilma, Carlos Zara, Beatriz Segall, Juca de Oliveira, Denise Fraga, Marieta Severo, Regina Duarte, Debora Bloch, Ary Fontoura, Andrea Beltrão, Denise Stoklos, Renata Sorrah, Diogo Vilela e Fernanda Torres.
Folha de São Paulo
Desenho original está arquivado na FAU, a faculdade de arquitetura e urbanismo da USP.
Projetado por Rino Levi, o teatro Cultura Artística, destruído num incêndio de causa ainda desconhecida neste fim de semana, pode ser reconstruído, na avaliação de especialistas no legado da obra do expoente e um dos precursores da arquitetura moderna no Brasil.
O projeto original está arquivado na FAU, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, segundo Lúcio Gomes Machado e Renato Anelli, dois dos maiores estudiosos brasileiros da criação de Levi, com livros e teses publicados. Para Anelli, coordenador do programa de arquitetura e urbanismo da USP-São Carlos, a arquitetura moderna não tem "preciosismos" do ponto de vista da manufatura da produção, que dificultariam a reconstrução do prédio. "O teatro poderia ser reconstruído, com algumas adaptações para condições mais contemporâneas, desde que feito com cuidado e que sejam preservados seus pontos principais, que são a volumetria e o mosaico", diz. Machado, professor da FAU e ex-conselheiro do Conpresp e do Condephaat, órgãos de proteção do patrimônio histórico, afirma que "é preciso lutar para que o Cultura Artística seja reconstruído". "Tem de reconstruir o teatro porque ele em si é muito importante. A construção não depende de artesão, que seria o empecilho maior", completa. "Além de reconstruído, o teatro pode ser modernizado", diz o arquiteto Paulo Bruna, também professor da USP e ex-estagiário do próprio Rino Levi.
Os três arquitetos ressaltam dois aspectos da importância histórica e cultural do teatro: a acústica e o mosaico na fachada, obra de Di Cavalcanti. "No teatro, Rino desenvolveu um jeito de projetar as paredes, o teto, com a acústica. Foi a primeira vez que se fez um teatro com novas técnicas de cálculo de acústica e visibilidade da platéia", diz Anelli. "O Cultura Artística, para a época, era muito avançado. A acústica era perfeita, muito boa, mas a cobertura era de madeira. Por isso pegou fogo", completa Machado. Patrimônio Segundo o Condephaat, o teatro estava em estudo de tombamento desde 1995, mas o prédio já estava sob proteção provisória e qualquer mudança, mesmo a pintura de uma parede, precisaria de permissão. O Condephaat, que diz não saber informar o que vai ocorrer após o incêndio, afirma que não havia previsão para oficializar o tombamento. Apesar disso, os bens culturais mais importantes de São Paulo entraram na proteção do Plano Diretor.
Na próxima segunda, o conselho se reúne e é possível que a discussão sobre a destruição do teatro entre em pauta. Para Machado, a reconstrução pode ser questionada por arquitetos "puristas", que classificariam o novo teatro de "falso". "Não tem isso. É um objeto da indústria. Antigo ou novo, ele vai ser o mesmo. Não tem nenhuma idéia de tratamento artesanal e artístico." "A riqueza do Cultura Artística é uma interpretação nova de teatro, que não tinha, é original. Temos de lutar para que seja reconstruído", completa.
Painel de Di Cavalcanti resistiu ao incêndio
Preservado apesar do incêndio que devastou no domingo o teatro Cultura Artística, o mosaico de 48 metros de largura por 8 metros de altura assinado pelo artista plástico carioca Di Cavalcanti poderá ser restaurado ou inteiramente refeito -a diretoria esperava ontem um parecer técnico do que sobrou para decidir o destino da obra. De acordo com o restaurador Júlio Moraes, que há cerca de quatro anos recuperou um mosaico de Di Cavalcanti no hotel Jaraguá, no centro de São Paulo, a reconstituição não é difícil. "O mosaico [do hotel] estava bem estragado, faltavam peças, tinha umas quebradas, mas conseguimos novas da cor exata", conta Moraes. Em outro caso, no Centro de Estudos Brasileiros da Cidade Universitária, onde era preciso transferir um mosaico do antigo saguão do prédio para um novo, Moraes retirou o conjunto de peças e o afixou em uma estrutura metálica. "Ficou uma peça móvel. Eles estão construindo um novo prédio para o instituto e vamos transferi-lo de novo", explica. De acordo com especialistas, o mosaico de Di Cavalcanti no Cultura Artística é o maior existente no Brasil. Inaugurado em 1950 por encomenda do arquiteto italiano Rino Levi (1901-1965), que projetou o prédio, a obra foi desenhada especialmente para a fachada. "Se o mosaico for remontado em outro lugar, o valor cai. Eu avaliaria por algo entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões, dependendo do restauro", diz o diretor da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, Jones Bergamin.
Na opinião de Elisabeth Di Cavalcanti, filha do artista e detentora dos direitos autorais sobre suas obras, "é preciso usar o bom senso". "Hoje, os restauradores tendem a interferir o mínimo possível no original. Se você refaz o mosaico com peças novas, jamais vai ter o valor histórico da obra", diz. No caso da obra do teatro, Elisabeth explica que não tem poder de decisão sobre seu destino. "O órgão responsável pelo tombamento [em processo] é quem deve resolver", diz ela. A Vidrotil, fabricante dos mosaicos de vidro que compõem o mosaico, decidiu doar as peças, ou, em caso de desmonte, arcar com as despesas de recolocação. O diretor de marketing e design da empresa, Rogério Cordeiro, afirma que o metro quadrado dos mosaicos pode custar entre R$ 1.500 e R$ 3.000, sem levar em conta o valor histórico. "Quanto mais trabalhado é o desenho, mais cara é a recolocação. Se houver cores quentes, como laranja e vermelho, o preço também sobe." Construção de novo teatro em SP deve demorar alguns anos, diz arquiteto Demora se deve às etapas de criação do projeto, captação de recursos e início da obras. "Herdeiro" de criador do Cultura Artística diz que novo teatro precisará ser modernizado.
Sócio-proprietário do escritório Paulo Bruna Arquitetos Associados, responsável pelas últimas obras de manutenção do Teatro Cultura Artística, o arquiteto Paulo Bruna, de 67 anos, disse nesta segunda-feira (18) à reportagem do G1 que acredita que a recuperação do prédio inaugurado em 1950 deve demorar alguns anos. "Tem o projeto, a captação de recurso e a obra. Por isso digo alguns anos", afirmou. O Teatro Cultura Artística, na região central de São Paulo, foi atingido por um incêndio na madrugada deste domingo (17). Cerca de 300 mil litros de água foram usados para combater o incêndio que consumiu 5 mil metros quadrados do espaço. As chamas começaram por volta das 5h30. "O que sobrou foi somente a fachada do prédio", disse o agente da Defesa Civil Municipal Luís do Nascimento Pereira.
Em uma avaliação preliminar, não foi apontado risco de desabamento do painel de azulejos de Di Cavalcanti que está na parede frontal da construção. Paulo Bruna trabalhou quando estudante com Rino Levi, criador do projeto arquitetônico do Teatro Cultura Artística ao lado de Roberto Cerqueira César. Depois de se formar ele foi morar alguns anos na Inglaterra e, quando voltou, ficou sócio e foi diretor do escritório Rino Levi, após a morte dele, por cerca de 20 anos. Ao final desse período, com o encerramento das atividades do escritório de Rino Levi, ele criou, em sociedade com Cerqueira César, o Paulo Bruna Arquitetos e Associados. Reforma Considerado pela própria Sociedade de Cultura Artística como "herdeiro" de Rino Levi, Bruna disse também que, já que o teatro será reconstruído, o ideal é que seja pensado com modernizações. Algumas dessas adaptações inclusive já haviam sido planejadas em um estudo feito pelo escritório dele há cerca de cinco anos. "Fizemos um estudo preliminar que visava ampliar a área de público e de apoio. O que se desejava era ampliar os camarins, o foyer, o bar", disse, acrescentando que, apesar do estudo ter sido feito, não havia previsão para o início dessas obras. No estudo estava incluída ainda a incorporação de um edifício lateral de apoio contendo setores de ensino, biblioteca para diversas mídias e áreas para patrocinadores. Para Bruna, apesar de "lamentar profundamente" o que ocorreu, o incêndio é uma oportunidade de pensar em como atualizar a estrutura do Cultura Artística. Detentor dos desenhos arquitetônicos originais do prédio, ele defende a mudança. "Se você tem que mexer, refazer, aproveita para modernizá-lo, atualizá-lo. Não há razão para pegar os desenhos antigos e só reproduzir." A modernização, aliás, é defendida pela Sociedade Cultura Artística. "Já que tivemos esse acidente, a gente tem que realmente utilizar essa crise e construir um teatro como o Cultura merece. Adaptado às nossas necessidades atuais. Gostaríamos muito de construir com feições mais modernas, características mais adequadas", disse o relações institucionais da sociedade, Eric Klug. Ele informou ainda que não sabe se o teatro será reconstruído no local atual.
Para Klug, o período até a construção do novo teatro vai deixar uma "imensa lacuna" na capacidade de consumo artística "que não vai ser satisfeita" por um bom tempo. Prejuízos Embora ainda não consiga estimar o valor total do prejuízo causado pelo incêndio e nem o valor exato da apólice do seguro do teatro - que estava dentro do prédio que pegou fogo, Klug disse que o dinheiro do seguro não será suficiente para cobrir as despesas com a reconstrução do Cultura Artística. Segundo ele, o valor do seguro gira em torno de R$ 5 milhões, o que não seria suficiente para as despesas de reconstrução. Ente os prejuízos já identificados com o incêndio, está um piano "Steinway D", de procedência alemã. O instrumento foi uma doação e estava avaliado em cem mil euros. "Esse piano é da única marca aceita pela maioria dos pianistas eruditos. Tínhamos dois dele lá, mas o outro era mais antigo. Havia sido adquirido há cerca de 20 anos e, por isso, é difícil precisar o valor dele", disse. Tradição O Teatro Cultura Artística foi construído entre os anos de 1947 e 1950. O prédio, tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual, foi projetado pelos arquitetos Rino Levi, Roberto Cerqueira César e F.ª Pestalozzi.
Na fachada da construção está o maior afresco feito pelo artista plástico brasileiro Di Cavalcanti. A obra possui 48 metros de largura por oito de altura e é feita em mosaico de vidro. Entre os atores que já se apresentaram no local estão: Paulo Autran, Tonia Carrero, Cacilda Becker, Jardel Filho, Sérgio Cardoso, Procópio, Bibi Ferreira, Walmor Chagas, Odete Lara, Dercy Gonçalves, Irina Greco, Armando Bogus, Maria Della Costa, Antonio Fagundes, Marco Nanini, Fernanda Montenegro, Marília Pera, Karin Rodrigues, Ney Latorraca, Aracy Balabanian, Jô Soares, Eva Wilma, Carlos Zara, Beatriz Segall, Juca de Oliveira, Denise Fraga, Marieta Severo, Regina Duarte, Debora Bloch, Ary Fontoura, Andrea Beltrão, Denise Stoklos, Renata Sorrah, Diogo Vilela e Fernanda Torres.
Folha de São Paulo
Secretaria de Cultura lança edital para quadrinhos
Alguns setores da cultura com maior dificuldade para arrecadar fundos via Lei Rouanet têm R$ 1,28 milhão da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo disponível por meio de editais públicos. Artes visuais, projetos de hip hop, fotografia e quadrinhos --área nunca antes considerada-- são contemplados pela seleção.
São R$ 500 mil para 25 projetos de artes visuais --aumento de 16% em relação ao último edital do governo do Estado para o setor--, R$ 350 mil para 14 projetos de hip hop e R$ 250 mil para dez projetos de histórias em quadrinhos. Os prazos para inscrição são: 3/10, para artes plásticas; 15/10, para hip hop e 16/10, para quadrinhos.
O edital de fotografia, que vai destinar R$ 180 mil a 60 selecionados, deve ser lançado só na semana que vem.Por enquanto, a novidade é o edital de quadrinhos. "É uma aposta numa área que a gente percebe que está em expansão", disse à Folha André Sturm, coordenador da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural da Secretaria de Estado da Cultura.
No segundo edital destinado ao hip hop, a secretaria optou por deixar menos específico o texto e contemplar quatro áreas: dança, DJ, MC e grafite.
Nas artes visuais, serão financiados pintura, escultura, instalação, performance e outros suportes, sendo que, de acordo com Sturm, "50% do peso da avaliação" será o currículo do artista proponente.
No edital de fotografia, serão escolhidas 60 fotos para fazer parte de uma exposição. Depois, 12 das 60 imagens serão publicadas num livro. Os editais podem ser consultados na íntegra no site http://www.cultura.sp.gov.br/.
SILAS MARTÍ
Folha Online
Alguns setores da cultura com maior dificuldade para arrecadar fundos via Lei Rouanet têm R$ 1,28 milhão da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo disponível por meio de editais públicos. Artes visuais, projetos de hip hop, fotografia e quadrinhos --área nunca antes considerada-- são contemplados pela seleção.
São R$ 500 mil para 25 projetos de artes visuais --aumento de 16% em relação ao último edital do governo do Estado para o setor--, R$ 350 mil para 14 projetos de hip hop e R$ 250 mil para dez projetos de histórias em quadrinhos. Os prazos para inscrição são: 3/10, para artes plásticas; 15/10, para hip hop e 16/10, para quadrinhos.
O edital de fotografia, que vai destinar R$ 180 mil a 60 selecionados, deve ser lançado só na semana que vem.Por enquanto, a novidade é o edital de quadrinhos. "É uma aposta numa área que a gente percebe que está em expansão", disse à Folha André Sturm, coordenador da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural da Secretaria de Estado da Cultura.
No segundo edital destinado ao hip hop, a secretaria optou por deixar menos específico o texto e contemplar quatro áreas: dança, DJ, MC e grafite.
Nas artes visuais, serão financiados pintura, escultura, instalação, performance e outros suportes, sendo que, de acordo com Sturm, "50% do peso da avaliação" será o currículo do artista proponente.
No edital de fotografia, serão escolhidas 60 fotos para fazer parte de uma exposição. Depois, 12 das 60 imagens serão publicadas num livro. Os editais podem ser consultados na íntegra no site http://www.cultura.sp.gov.br/.
SILAS MARTÍ
Folha Online
Uberlândia-MG - Fundinho tem prédios ameaçados
Entre as construções sem proteção legal estão casas do século passado
Cento e vinte anos. Os traços arquitetônicos e as ruas estreitas e sinuosas do bairro Fundinho e parte do Centro são o registro de gerações que passaram por aqui e ajudaram a construir a segunda maior cidade do Estado. Mas, em meio a 18 bens tombados, várias edificações continuam ameaçadas e sem proteção legal. Entre 1985, quando foi criada a primeira lei municipal que dispõe sobre a preservação de patrimônio histórico, até 2008, 15 processos de tombamento foram concluídos, referentes a 17 bens. Um deles é a Igreja Espírito Santo do Cerrado, a única construção de Uberlândia protegida pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico Cultural de Minas Gerais (Iepha). No domingo passado, a Festa do Congo também foi registrada pela Prefeitura. Segundo Anderson Ferreira, diretor de Memória e Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, oito dossiês de tombamento estão em processo de elaboração. Eles tratam de bens imóveis, bens integrados a imóveis e bens imateriais, como a Congada. “Prefiro não nomear para não gerar expectativas. Com o dossiê não significa que o bem será tombado. Assim que for aberto o processo e os imóveis estiverem resguardados, vamos anunciar quais são”, afirmou Ferreira. No site da Prefeitura estão disponíveis mais de 400 páginas com sugestões para tombamento feitas por arquitetos da cidade. A maioria das construções está localizada no Fundinho e no Centro, onde Uberlândia começou a ser povoada. Entre as edificações do século passado, ainda sem proteção legal, estão a Casa dos Leões, na Praça Clarimundo Carneiro, de 1911; o Casaréu, na rua Vigário Dantas, de 1936, e a Residência 1919, na rua Bernardo Guimarães, erguida em 1919, como assinala a inscrição em alto relevo na fachada frontal. Bens que não existem mais, como o Cine Regente e a Casa dos Migliorini, demolida há pouco mais de um mês, ainda fazem parte da lista. “O pedido de tombamento da casa dos Migliorini foi aprovado por unanimidade pelos 21 membros do Comphac na quinta-feira, dia 17, mas no sábado, antes que o entregássemos para a Prefeitura, a casa foi demolida”, disse Anderson Ferreira. De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Planejamento, o alvará da Prefeitura para a obra permitia a reforma e adaptação da casa, construída na década de 1960, na praça Coronel Carneiro. Quem passa hoje por lá, vê apenas três paredes de uma casa que tinha dois pavimentos.
No Fundinho, o imóvel conhecido como casa de Dona Adélia, na esquina das ruas Padre Anchieta e Augusto César, está fechado e em estado precário de conservação. “Não é uma casa luxuosa, mas é certamente uma das mais antigas da cidade, talvez a mais antiga e que está sem tombamento até hoje. Dona Adélia iniciou o processo para ficar livre do IPTU, mas morreu antes e nada mais foi feito”, afirmou Marília Brasileiro, especialista em preservação, restauração e conservação de monumentos e centro históricos, e diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Para Anderson Ferreira, a diretoria de Patrimônio da Prefeitura “cumpriu todos os processos em relação a este imóvel, mas a Procuradoria do Município indeferiu o pedido de tombamento.” Por meio da assessoria de imprensa, a Procuradoria informou que “o pedido foi negado pela falta de documentação necessária para o processo de tombamento, pela falta de comprovação do valor histórico da edificação, bem como das condições precárias da mesma, inclusive em sua parte estrutural”.
Cento e vinte anos. Os traços arquitetônicos e as ruas estreitas e sinuosas do bairro Fundinho e parte do Centro são o registro de gerações que passaram por aqui e ajudaram a construir a segunda maior cidade do Estado. Mas, em meio a 18 bens tombados, várias edificações continuam ameaçadas e sem proteção legal. Entre 1985, quando foi criada a primeira lei municipal que dispõe sobre a preservação de patrimônio histórico, até 2008, 15 processos de tombamento foram concluídos, referentes a 17 bens. Um deles é a Igreja Espírito Santo do Cerrado, a única construção de Uberlândia protegida pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico Cultural de Minas Gerais (Iepha). No domingo passado, a Festa do Congo também foi registrada pela Prefeitura. Segundo Anderson Ferreira, diretor de Memória e Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, oito dossiês de tombamento estão em processo de elaboração. Eles tratam de bens imóveis, bens integrados a imóveis e bens imateriais, como a Congada. “Prefiro não nomear para não gerar expectativas. Com o dossiê não significa que o bem será tombado. Assim que for aberto o processo e os imóveis estiverem resguardados, vamos anunciar quais são”, afirmou Ferreira. No site da Prefeitura estão disponíveis mais de 400 páginas com sugestões para tombamento feitas por arquitetos da cidade. A maioria das construções está localizada no Fundinho e no Centro, onde Uberlândia começou a ser povoada. Entre as edificações do século passado, ainda sem proteção legal, estão a Casa dos Leões, na Praça Clarimundo Carneiro, de 1911; o Casaréu, na rua Vigário Dantas, de 1936, e a Residência 1919, na rua Bernardo Guimarães, erguida em 1919, como assinala a inscrição em alto relevo na fachada frontal. Bens que não existem mais, como o Cine Regente e a Casa dos Migliorini, demolida há pouco mais de um mês, ainda fazem parte da lista. “O pedido de tombamento da casa dos Migliorini foi aprovado por unanimidade pelos 21 membros do Comphac na quinta-feira, dia 17, mas no sábado, antes que o entregássemos para a Prefeitura, a casa foi demolida”, disse Anderson Ferreira. De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Planejamento, o alvará da Prefeitura para a obra permitia a reforma e adaptação da casa, construída na década de 1960, na praça Coronel Carneiro. Quem passa hoje por lá, vê apenas três paredes de uma casa que tinha dois pavimentos.
No Fundinho, o imóvel conhecido como casa de Dona Adélia, na esquina das ruas Padre Anchieta e Augusto César, está fechado e em estado precário de conservação. “Não é uma casa luxuosa, mas é certamente uma das mais antigas da cidade, talvez a mais antiga e que está sem tombamento até hoje. Dona Adélia iniciou o processo para ficar livre do IPTU, mas morreu antes e nada mais foi feito”, afirmou Marília Brasileiro, especialista em preservação, restauração e conservação de monumentos e centro históricos, e diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Para Anderson Ferreira, a diretoria de Patrimônio da Prefeitura “cumpriu todos os processos em relação a este imóvel, mas a Procuradoria do Município indeferiu o pedido de tombamento.” Por meio da assessoria de imprensa, a Procuradoria informou que “o pedido foi negado pela falta de documentação necessária para o processo de tombamento, pela falta de comprovação do valor histórico da edificação, bem como das condições precárias da mesma, inclusive em sua parte estrutural”.
Não há registro que comprove a data da construção, mas algumas características, como o pau-a-pique, remetem a técnicas que predominaram no fim do século 19 e nas primeiras décadas do século 20. Outro exemplo é uma loja de roupas, conhecida antigamente como Casa Araguaia, que fica na esquina da rua Machado de Assis com a avenida Floriano Peixoto e foi construída em 1920. “A Casa Araguaia continua lá, mas foi totalmente descaracterizada. Tem gente que dá tudo para encontrar um lugar como aquele para alugar, abrir comércio e usar a decoração, aí as pessoas vão e fazem uma loja como as outras”, afirmou Marília Brasileiro.
Qualquer cidadão pode solicitar um tombamento
Qualquer cidadão pode tomar a iniciativa de pedir o tombamento de bens de valor cultural, públicos ou privados. O pedido deve ser encaminhado para a Secretaria de Cultura, com as justificativas, fotos e outros documentos. A solicitação é encaminhada ao Conselho Municipal de Patrimônio Artístico, Arqueológico e Cultural de Uberlândia (Comphac) - onde são feitos a avaliação técnica preliminar e o pedido que gera a abertura do processo de tombamento. A homologação é feita pela Prefeitura ou pelo Estado ou pelo governo federal.
Qualquer cidadão pode solicitar um tombamento
Qualquer cidadão pode tomar a iniciativa de pedir o tombamento de bens de valor cultural, públicos ou privados. O pedido deve ser encaminhado para a Secretaria de Cultura, com as justificativas, fotos e outros documentos. A solicitação é encaminhada ao Conselho Municipal de Patrimônio Artístico, Arqueológico e Cultural de Uberlândia (Comphac) - onde são feitos a avaliação técnica preliminar e o pedido que gera a abertura do processo de tombamento. A homologação é feita pela Prefeitura ou pelo Estado ou pelo governo federal.
A ação, segundo Anderson Ferreira, pode ser aplicada a bens materiais como fotografias, livros, mobiliários, utensílios, obras de arte, edifícios e também a bens imateriais, como festas, saberes e fazeres ou bens naturais como florestas e cascatas.
Desde que o bem continue preservado, a ação não impede que o proprietário o venda, penhore, alugue ou o deixe de herança e permite a isenção do IPTU em alguns casos. “Às vezes, se faz tombamento de fachada ou apenas da volumetria (telhado e parede), para não impedir que o dono faça mudanças internas”, disse Anderson.
Por tratar-se de uma decisão importante e criteriosa, muitos estudos devem ser realizados para instrução do processo e, de acordo com sua complexidade, cada caso demandará prazos e diretrizes diferentes.
Se for aprovada a intenção de proteger determinado bem, é expedida a notificação ao proprietário. A partir daí, o candidato ao tombamento fica sob proteção legal até que a decisão final seja tomada. Com a notificação, o dono tem prazo de 15 dias para pedir a impugnação do processo, se discordar do pedido. Mais informações sobre tombamento, na Secretaria Municipal de Cultura, pelo telefone 3255-8252
Estado
Em entrevista recente ao CORREIO, o secretário de Estado da Cultura, Paulo Brant, declarou que “o governo tem o Iepha (O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) com a finalidade de cuidar do tombamento e zelar pela preservação destes bens. Mas a própria Prefeitura tem competência para o tombamento e cabe a ela cuidar disso”. Brant acrescentou que “a questão é bastante polêmica, porque pode ir contra o interesse do proprietário do imóvel. Isso é comum em cidades mais dinâmicas economicamente, como é o caso de Uberlândia. O risco de dilapidação do patrimônio em cidades assim é muito maior”.
Bens Tombados
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Estado
Em entrevista recente ao CORREIO, o secretário de Estado da Cultura, Paulo Brant, declarou que “o governo tem o Iepha (O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) com a finalidade de cuidar do tombamento e zelar pela preservação destes bens. Mas a própria Prefeitura tem competência para o tombamento e cabe a ela cuidar disso”. Brant acrescentou que “a questão é bastante polêmica, porque pode ir contra o interesse do proprietário do imóvel. Isso é comum em cidades mais dinâmicas economicamente, como é o caso de Uberlândia. O risco de dilapidação do patrimônio em cidades assim é muito maior”.
Bens Tombados
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Coreto
Escola Estadual de Uberlândia
Igreja de Nossa Senhora do Rosário - Miraporanga
Escola Estadual Dr. Duarte Pimentel de Ulhôa
Praça Tubal Vilela
Estação Ferroviária
Sobradinho
Palacete Ângelo Naguettini
Casa da Cultura
Palácio dos Leões - Museu Municipal
Oficina Cultural
Praça Clarimundo Carneiro
Mercado Municipal
Residência Chacur
Uberlândia Clube
Igreja Espírito Santo do Cerrado
Imagem de Nossa Senhora do Carmo
Bens inventariados e não tombados no site:
Bens inventariados e não tombados no site:
http://www3.uberlandia.mg.gov.br/documentos/cultura/Bens_Estruturas_arquitetonicas.pdf
Núbia Mota
Correio de Uberlandia
Núbia Mota
Correio de Uberlandia
Visitantes buscam aprender a cultura brasileira
O bem-estar das mulheres e filhos das famílias são cada vez mais valorizados nas multinacionais na hora de transferir executivos. “As empresas têm consciência de que, se a família não estiver aclimatada no país, o profissional não fica”, afirma Luziana Lanna, dona da escola de idiomas com 14 unidades na Grande Belo Horizonte. A rede hoje não se limita mais a ensinar português para as famílias de estrangeiros. “Hoje, ensinamos cultura, costumes, relação com a empregada doméstica, com o motorista e com o trânsito”, afirma Luziana. Na escola, os estrangeiros fazem cursos intensivos com aulas interativas nos supermercados e no trânsito. “Estamos começando a internacionalizar a cidade. Antes, os estrangeiros vinham para ganhar dinheiro e não queriam ficar. Hoje, querem ter a vida aqui”, observa.
O bem-estar das mulheres e filhos das famílias são cada vez mais valorizados nas multinacionais na hora de transferir executivos. “As empresas têm consciência de que, se a família não estiver aclimatada no país, o profissional não fica”, afirma Luziana Lanna, dona da escola de idiomas com 14 unidades na Grande Belo Horizonte. A rede hoje não se limita mais a ensinar português para as famílias de estrangeiros. “Hoje, ensinamos cultura, costumes, relação com a empregada doméstica, com o motorista e com o trânsito”, afirma Luziana. Na escola, os estrangeiros fazem cursos intensivos com aulas interativas nos supermercados e no trânsito. “Estamos começando a internacionalizar a cidade. Antes, os estrangeiros vinham para ganhar dinheiro e não queriam ficar. Hoje, querem ter a vida aqui”, observa.
A chilena Ana Eliana Valenzuela faz parte de um grupo de estrangeiras que mora em Belo Horizonte e se reúne mensalmente para trocar idéias e fazer amizades. Cada mês, a reunião é numa casa. “Inicialmente, o objetivo do grupo era só conhecer gente. Agora, temos a intenção de fazer um trabalho social”, afirma Ana. A maior parte das mulheres do grupo veio acompanhar o marido. Ana gosta de morar na capital, mas faz algumas ponderações. “A roupa é muito mais barata no Chile, assim como a educação.” Ela tem três filhos: de 6, de 8 e de 16 anos. A chilena reclama também da falta de espaço para lazer e entretenimento com as crianças. “Uma vez, coloquei as bicicletas no carro e fui ao Parque das Mangabeiras com eles. Chegou lá, era proibido circular. Como aqui tem muita montanha, há limitações também”, afirma.
A belga Gwen Verschraegen está há um ano e meio em Belo Horizonte. Ela acaba de ter a segunda filha, Lara de Clercq. Gwen fala com orgulho que a filha é brasileira. “Adoro que ela seja brasileira. Nosso visto seria por quatro anos. Como tivemos a filha aqui, podemos ficar mais tempo”, afirma. Ela estuda português, mas fala que tem limitações para praticar. “Meu marido fala no trabalho e meus filhos na escola. Eu converso em casa no meu idioma. Aí meu aprendizado é mais devagar”, diz.
Geórgea Choucair - Estado de Minas
Geórgea Choucair - Estado de Minas
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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