ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

30 setembro, 2008

CULTURA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

Rio de Janeiro - Funcionários da Infraero dão abraço simbólico no Galeão
Eles protestam contra a privatização do Aeroporto Tom Jobim. Medida tem como objetivo mostrar que ele não está abandonado.
Funcionários do Galeão fazem protesto contra a privatização (Foto: Cláudia Loureiro / G1)

Cerca de 400 funcionários da Infraero deram um abraço simbólico no Galeão, na Ilha do Governador, subúrbio do Rio, na manhã desta sexta-feira (26), em protesto contra o projeto de privatização do Aeroporto Internacional Tom Jobim. A iniciativa é uma resposta à intenção do governador Sérgio Cabral de transferir a administração do Galeão para empresas privadas.
Com adesivos colados na roupa de 'O Galeão é nosso!', os funcionários gritavam em coro: "Não, não, não à privatização". Segundo Alex Fabiano Costa, funcionário do Centro de Operações de Emergência da Infraero, o objetivo do abraço é mostrar para a população que o aeroporto não está abandonado e nem entregue ao desgoverno.
"Existem trabalhadores que têm afinco aqui. O Galeão é a principal porta de entrada do Rio, é um patrimônio histórico da cidade, é bonito e dá lucro. Já foi até cantado em verso e prosa".
Alex Fabiano rebateu ainda às críticas de Cabral que, em recente entrevista, pediu ao presidente da Infraero para 'largar esse osso'. "O aeroporto deve ser um osso bem saboroso, osso para cachorro de high society, porque tá todo mundo de olho nele", ironizou.
Cláudia Loureiro
Globo.com


Salvador-BA - Governo anuncia iluminação do Pelourinho, mas defensores da área temem exagero
Catedral Basílica também será iluminada
Olhar o Elevador Lacerda da Praça Cayru pode provocar uma certa curiosidade, especialmente por causa da iluminação que jogaram sobre ele. É roxa. Em seguida, verde. Depois, amarela.
No Morro do Cristo, Barra, as lâmpadas estão embutidas em postes de aço que aparecem tanto quanto o monumento malconservado do italiano De Chirico. As luzes, nesses casos, desvalorizam o que se quer ver acentuado. O assunto adquire importância ainda maior agora, quando o governo estadual anuncia que 23 monumentos no Terreiro de Jesus, Pelourinho, Carmo e Praça da Sé terão uma “iluminação cênica”.
Outra providência é que as luzes no Pelourinho e na Baixa dos Sapateiros serão intensificadas para que nenhum ponto fique às escuras. O objetivo é tornar becos e ruas seguros. O conjunto da obra vai custar R$ 4,8 milhões, a serem pagos por meio da Lei de Mecenato.
As novas luzes deverão começar a ser colocadas até dezembro, mas, desde já – momento em que se projeta o artifício –, suscitam interrogações referentes à adequação da ação, cujo alvo é um conjunto colonial de extraordinária importância – o do Centro Histórico de Salvador.
A notícia motivou questionamentos desde que A TARDE divulgou que o engenheiro Plínio Godoy, que iluminou a ponte estaiada Otávio Frias de Oliveira em São Paulo, seria o autor do projeto de colocação das luzes sobre os monumentos aqui na Bahia. Recém-inaugurada, a ponte muda de cor consecutivamente e se tornou ponto turístico por causa do espetáculo que passou a oferecer.
Entendimento – O presidente da Associação Cultural Viva Salvador, Dimitri Ganzelevitch, pensou que, se não houver um entendimento desde já sobre o que se quer e se pode fazer nesta área que é Patrimônio da Humanidade, a situação pode se tornar tão grave quanto a que culminou com a retirada das pedras portuguesas da Barra.
Ganzelevitch lembrou de uma visita que fez ao Parthenon, em Atenas. “Em uma viagem turística, sentamos em um restaurante que tinha uma vista panorâmica para a Acrópole. De repente, a paisagem fica roxa, depois, lilás, e assim por diante. Era abominável. Tinha som também, mas, felizmente, de onde nós estávamos, não dava para ouvir. Só de pensar que podem fazer a mesma coisa com a Catedral Basílica, com a Igreja de São Francisco (que já tem espetáculo de som e luz sobre as talhas barrocas) ou com a Igreja do Rosário dos Pretos, me assustei”, reagiu Ganzelevitch, que vem se empenhando na defesa do patrimônio material e imaterial de Salvador.
“O Centro Histórico não são simplesmente monumentos isolados. Tem que haver um entendimento daquele contexto. Todas as casas são lindas, as janelas, as sacadas, as maçanetas das portas. A arquitetura barroca é um espetáculo por si só”, disse, preocupado com o risco de se enfeitar demais o Pelourinho.
“Não é porque esse engenheiro fez um aparato technicolor em São Paulo que se tornou a pessoa mais adequada para a missão em Salvador. Uma coisa é fazer uma pirotecnia sobre uma ponte moderna. Outra é valorizar um lugar que é Patrimônio da Humanidade. Devia se fazer uma concorrência, um concurso”, sugeriu.
Na assinatura do protocolo de intenções desses projetos, o governador Jaques Wagner falou sobre a implantação de shows de som e luz no Pelourinho, a exemplo dos que assistiu em outros países que visitou. O governador acha que a música pode atrair mais freqüentadores. E lamentou não haver verba para fazer isso agora, de forma completa, em Salvador.
Sobre a sugestão, o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leonardo Falangola, disse que o governador “tem o direito de se manifestar” e lembrou que “já existe uma fonte luminosa na Praça da Sé que conta com recursos do gênero”. Ele disse que este projeto passa necessariamente pelo Iphan. Sobre a iluminação, a coordenadora do Escritório de Revitalização do Centro Antigo, Beatriz Lima, garantiu que não haverá troca de luzes sobre monumentos.
Iluminação – A diretora da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, Solange Souza, que é doutora na área de iluminação e metodologia de projetos, diz que o fundamental ao iluminar é entender o contexto. “É importante compreender a história, a dinâmica e a leitura que se faz do espaço, até para que se possa destacar os elementos que devem ser valorizados e qual tecnologia deve ser usada”, disse ela.
Conforme a diretora, é preciso haver compreensão plena das texturas e do uso para que se eleja elementos que não alterem as formas do que se quer iluminar. “O que se percebe é que, muitas vezes, a luz entra em competição com a obra. E não se pode ter manchas ou ofuscamentos excessivos”, orienta a professora. Ela explica que, quando a quantidade de luz é grande, acaba se descaracterizando a forma arquitetônica. É importante se localizar o ponto de luz e escolher a cor, evitando poluição visual. “Às vezes, não tem fios à vista, mas tem tantos canhões que acabam com a limpeza da leitura”, disse Solange Souza.
Para ela, não é interessante transformar o objeto em espetáculo. “Ele é o que ele é. Expressa história. Não deve ser mascarado. Se é teatro, aí vale. Mas, em arquitetura, o que se busca é a discrição, a sobriedade e o respeito pela obra. No caso de Salvador, você tem que mostrar o casario e respeitar a identidade, as formas e as cores”, finalizou.
A coordenadora de Eficiência Energética da Coelba, Ana Cristina Mascarenhas, informou que a iluminação será feita com lâmpadas do tipo LED (Light Emissor Diod), que ilumina melhor e por um custo menor. O projeto é uma parceria entre a Coelba, e a Secretaria de Cultura (Secult), com a participação da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e do Fórum Municipal para o Desenvolvimento Sustentável do Centro da Cidade.
Mary Weinstein
A Tarde Online

Portugal - Évora: O Percurso da Água da Prata
O Aqueduto da Água da Prata foi durante muitos anos a principal fonte de abastecimento de água à Cidade.
Hoje a sua importância é menor, mas não deixa de constituir uma alternativa e reforço do abastecimento.
Apesar de estarem em curso obras de restauro do Aqueduto, o caminho encontra-se limpo, em grande parte da sua extensão, pelo que o percurso pode começar a ser utilizado.
Brevemente serão melhorados os caminhos, será colocada sinalização, algumas vedações e serão melhorados os acessos, para que as pessoas possam percorrer o Aqueduto entre Évora e a Graça do Divor.
O percurso pode ser utilizado por caminheiros ou ciclistas... Para mais informações, não hesite em consultar os detalhes,
aqui.
Guia da Cidade

Rio de Janeiro - Iphan embarga banheiros no Aterro do Flamengo
RIO - Além das reclamações de falta de luz e problemas nos campos de futebol, outra reclamação constantes entre os freqüentadores do Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, o Aterro do Flamengo, é a dificuldade para encontrar banheiros no local. Para tentar solucionar o problema, a subprefeitura da Zona Sul solicitou a Rio Urbe um projeto de construção de banheiros sanitários públicos para a região. A obra já estava sendo iniciada quando esta semana o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) a embargou alegando que o órgão não havia autorizado o projeto.
– Há cerca de dois meses a prefeitura nos apresentou o projeto, mas não o autorizamos. Além de ser uma obra desnecessária, o impacto visual é tremendo – declarou o superintendente do IPHAN, Carlos Fernando Andrade. – Não faz sentido esta obra. A região já dispõe de banheiros nos quiosques e postos de salvamento. Seria mais uma coisa para estar abandonada. Os banheiros que existem estão a poucos passos dos campos de futebol.
Insatisfação de freqüentadores
Apesar da alegação do Iphan de que já existem banheiros suficientes no local, os freqüentadores dos campos de futebol não parecem tão satisfeitos assim. Para o educador social Luiz Carlos Martins, que joga bola no Aterro duas vezes por semana, o embargo da obra é um grande erro.
– Banheiros até existem , mas não nos deixam usar e os que deixam temos que pagar – declarou Martins. – Se colocassem sanitários públicos aqui seria até uma forma de preservar o local, pois evitaria que as pessoas usassem as árvores como banheiro.
De acordo com o estudante Yuri Luiz Alves, de 15 anos, outro problema da falta de banheiro é dificuldade para trocar de roupa.
– Muitas vezes vem pessoas de fora do Rio para jogar aqui e é horrível não ter lugar para colocar o uniforme. Não dá para gente mudar roupa aqui no meio do Aterro, tem criança e mulher passando o tempo todo – reclamou o estudante. – Além de usar o banheiro, poderíamos usá-lo como vestiário.
Segundo a assessoria de comunicação da Rio Urbe, Empresa Municipal de Urbanização, a obra estava em andamento porque inicialmente o Iphan havia concordado com o projeto. No entanto, diante do embargo, a Rio Urbe vai seguir as orientações do órgão e ainda esta semana irá tirar os tapumes que estão no local. Segundo informações contidas na placa da prefeitura na obra, o custo dos banheiro estava avaliado em R$ 95 mil.
Segundo Andrade, esta não é a primeira vez que o Iphan nega autorização de obras e ações à prefeitura e a decisão é desrespeitada.
– É a primeira vez que a Rio Urbe descumpre uma decisão nossa, mas a prefeitura é useira e vezeira em passar por cima da gente – afirmou o superintendente do Iphan. – Sempre temos problemas com bancas de jornal e camelôs. Nos cucas fresca da orla já informamos que não pode ter publicidade e todos eles estão com propaganda da Embratel.
43 anos de tombamento
Com 1,2 milhão de metros quadrados de área verde à beira-mar, o Aterro foi projetado pelo paisagista Roberto Burle Max, em área aterrada na década de 50. O parque foi tombado pelo Iphan há 43 anos.
Janaína Linhares, Jornal do Brasil


Portugal - Monumentos em risco de ruir
Associação de Defesa de Património acusou o Estado de abandono do património
O presidente da Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico-Cultural de Santarém (AEDPHCS) acusa o Estado de ter abandonado o património da cidade, assegurando que existem monumentos nacionais em risco de ruir, escreve a Lusa.
Vasco Serrano disse à agência Lusa que a falta de simples manutenção leva a que a muralha da cidade esteja em risco, tal como acontece com o Convento de S. Francisco, onde «faltam pedras» em áreas estruturais, «as argamassas estão em erosão e existe uma fissuração vertical gravosa». A leitura que a associação faz do estado do património da cidade vai estar patente numa exposição designada «Património, memória, evoluções e questões», que se inaugura hoje num bar no centro histórico de Santarém, no âmbito das iniciativas destinadas a assinalar as Jornadas Europeias do Património, que se celebram no fim-de-semana.
Fonte do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) disse estranhar as críticas da associação, frisando que esta foi recebida pela direcção e que o ex-Ippar «sempre esteve atento à situação do património no distrito de Santarém».
«Apesar dos fracos recursos, os monumentos do distrito de Santarém têm merecido investimentos de conservação e restauro por ciclos de intervenção», responde a direcção do Igespar, frisando que «nos últimos seis anos houve investimentos muito grandes em Almoster e mais recentemente no Convento de Cristo, em Tomar».
Sublinhando o processo de reestruturação da administração central actualmente em curso, que passa estas competências para as direcções regionais directamente dependentes do gabinete da ministra da Cultura, a fonte adiantou que está em preparação uma intervenção na Igreja de Santa Clara, tendo sido já feito o levantamento técnico.
O presidente da AEDPHCS queixa-se ainda da ausência de resposta do presidente da câmara municipal de Santarém, Francisco Moita Flores, a um pedido de audiência apresentado pela associação, remetendo para a autarquia a responsabilidade de algum do património concelhio em elevado estado de degradação, como a calçada da Atamarma.
Moita Flores, que partilha as críticas ao estado de abandono dos monumentos nacionais por parte da administração central, responde assegurando que a autarquia já faz «substituições pontuais ao Governo» em matéria de manutenção do património.
«O Governo não governa em relação às autarquias nem ao património, não tem dinheiro, não quer saber, desinteressa-se, é-lhe completamente indiferente», disse.
Segundo o autarca, são já vários os alertas lançados pelo município em relação ao estado, não só do Convento de S. Francisco, mas também do de Santa Clara, o qual, assegurou, pode ruir às primeiras chuvas porque nem sequer é permitido à autarquia substituir as telhas.
Moita Flores entende que é junto do Igespar que a AEDPHCS deve reivindicar «e não aborrecer a câmara municipal com reivindicações para as quais não tem resposta, pois são coisas da competência do Governo».
«Não tenho disponibilidade para receber toda a gente que quer protestar», disse, assegurando, contudo, que, «com uma agenda bem definida», recebe «certamente» o presidente da AEDPHCS.
Portugal Diário


Cuba - O ser humano é o valor fundamental
Foi a afirmação de Margarita Ruiz, presidenta do Conselho Nacional de Patrimônio Cultural
ENTREVISTA COM MARGARITA RUIZ, PRESIDENTA DO CONSELHO NACIONAL DE PATRIMÔNIO CULTURAL
O patrimônio de uma nação não são apenas os objetos e edifícios, mas também os chamados monumentos naturais e os valores mais autênticos e populares que identificam cada comunidade. Quando um desastre natural se abate sobre um território, como ocorreu em Cuba, primeiro com o furacão Gustav e depois com o Ike, os danos não se quantificam apenas em cifras econômicas e no equivalente monetário, mas sofre estragos o legado que por gerações tem mantido viva a identidade de nosso povo. Isso aconteceu com os tesouros do patrimônio cultural que ao longo do país, foram ameaçados de todas as maneiras, pelos embates do vento.
Margarita Ruiz, presidenta do Conselho Nacional de Patrimônio Cultural, nos fala destes importantes valores, cuja sobrevivência é também parte do processo de recuperação.
Que medidas preventivas se tomam em todo o país a respeito do nosso patrimônio material em casos de desastres naturais ou outras ameaças?
Em Cuba, os desastres naturais que nos atingem são fundamentalmente os ciclones e as penetrações do mar. Em geral, são fenômenos que se podem prevenir; a ciência já permite saber quando vamos ser atingidos por algum destes meteoros. Imediatamente se ativa um sistema de prevenção contra desastres que já temos organizado aqui no Conselho Nacional de Patrimônio e também, Centros Provinciais de Patrimônio de todo o país. Quer dizer que imediatamente se desmontam as grandes coleções e se embalam devidamente. Os objetos são retirados das vitrinas e protegidos. Buscamos sempre, em cada uma das edificações, a área que pode ser mais segura e aí se conservam as peças.
Certamente, nas instituições que possam estar em perigo, apesar destas medidas, porque o ciclone passa por ali, as coleções são enviadas a lugares mais seguros como casas de culturas, bibliotecas ou outras dependências do Ministério da Cultura. Em geral, as obras são levadas por um especialista e como tudo está perfeitamente inventariado, quando passa o perigo, retornam a seus lugares e, com muita facilidade, se podem voltar a montar as coleções. No caso de que os imóveis tenham sido atingidos, que sucedeu nesta ocasião, essas coleções ficam sob custódia, até que a instalação esteja reparada.
Que prejuízos deixaram estes dois furacões no patrimônio nacional?
Realmente, neste caso sofremos muito pouco, exceto uma ou duas obras das inventariadas nos museus, receberam algum dano, mas nada irreparável. Isto é, são obras que podem ser restauradas. O que sim, se danificaram, foram os imóveis.
Além disso, também está ao cuidado deste Conselho Nacional de Patrimônio, a salvaguarda daqueles lugares declarados Patrimônio da Humanidade, e estes não incluem apenas as obras arquitetônicas como é o caso de Centro Histórico de Havana e seu sistema de fortalezas; o Centro Histórico de Camagüey, recentemente declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco; Trinidad e o Vale de Los Ingenios e o Morro San Pedro de la Roca, em Santiago de Cuba, mas também sítios naturais, como o parque Alexandre de Humboldt, o parque Nacional Sierra Maestra e o parque natural de Viñales – que abrange o vale e o pequeno povoado do mesmo nome. A natureza é muito sábia e os sítios naturais, a não ser que ocorra uma hecatombe, voltam a se reconstituírem naturalmente e se regeneram as espécies da flora e da fauna que tenham sofrido danos. Mas, indiscutivelmente, são prejudicados. Por exemplo, no Vale de Viñales, em Pinar del Río, a vegetação do parque sofreu muito e, sobretudo a que cobre as zonas calcárias dos morrotes.
Entre vários exemplos, na Ilha da Juventude, sofreram danos consideráveis: o Monumento Nacional El Abra, a chácara onde esteve recluso o Apóstolo José Martí; as salas-museus do Presídio Político, também Monumento Nacional, onde estiveram presos os atacantes do Moncada; também o Museu Provincial, onde há pouco tempo, se tinha inaugurado a exposição de arte cubana, doada por Kcho. Ali, uma obra de Servando Cabrera Moreno, sofreu algum dano, que pode ser restaurada. No caso de Las Tunas, um dos lugares mais atingidos, o Museu Municipal de Puerto Padre, um sítio precioso, foi severamente danificado. Em Holguín, estão em más condições o Museu Municipal e o Museu de Arte de Gibara e o Chorro de Maíta, Monumento Nacional, um espaço importantíssimo de assentamento aborígene. Em Guantánamo, temos o Museu Municipal de Imías, pequeno, mas maravilhoso, nas imediações de Playita de Cajobabo, o lugar onde desembarcaram Martí e Gómez, em 1895. Por último, se viram as imagens do que ocorreu no Centro Histórico de Baracoa. Ali, nosso museu não sofreu porque se encontra no antigo Forte Matachín, mas o Centro Histórico foi danificado, como também o célebre Hotel de La Russa.
Que aconteceu, especificamente, com os sítios que são reconhecidos como Patrimônio da Humanidade, como o de Camagüey?
No caso de Camagüey, no Centro Histórico houve danos severos, como foi noticiado. Por exemplo, a casa do Centro de Cultura Comunitária, um edifício patrimonial maravilhoso, sofreu grande destruição, como outros prédios do entorno. Todos os centros históricos de nossas cidades têm edifícios antigos dos finais do século 17 e 18, com tetos de madeira cobertos com telha que são muito danificados quando passa um ciclone.
Quais planos existem para a recuperação destes danos?
Em primeiro lugar, temos a tranqüilidade a respeito do que se refere a nossos tesouros patrimoniais: eles estão protegidos e por sorte, foram muito poucos os danos a se lamentar.
Quanto à recuperação dos imóveis, existe um plano nacional que com certeza estão contempladas as instituições culturais. Creio que todos os cubanos estão realmente convencidos de que primeiro se devem resolver os problemas da população, os graves problemas de moradia dos compatriotas que perderam sua casas e seus objetos pessoais. Isso é a prioridade, o ser humano é o valor fundamental de nossa pátria e de nosso sistema social, mas dentro disso, a cultura representa um papel importante, porque sabemos quanto pode fazer para robustecer espiritualmente os seres humanos em momentos terríveis como os que estamos vivendo. (Extraído do La Jiribilla)
JOHANNA PUYOL
http://www.granma.cu/portugues/2008/septiembre/vier26/39margaritaP.html

Mato Grosso do Sul - FCMS prorroga período de inscrições para Pontos de Cultura
A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) prorrogou o período de inscrições referentes ao edital de seleção para Pontos de Cultura de Mato Grosso do Sul. As datas foram prorrogadas no Diário Oficial. Serão aceitas propostas enviadas até 10 de novembro. Os projetos que forem entregues até 15 de outubro de 2008 poderão ser revisados pelos proponentes para complementação ou retificação de documentos ou informações. “Por ser um edital muito complexo, disponibilizamos por um tempo maior para que as pessoas interessadas possam sanar suas dúvidas e terem a chance formularem um projeto adequado”, explicou a gerente de projetos da FCMS, Cláudia Medeiros.A ação faz parte do Programa Mais Cultura, do Ministério da Cultura. O objetivo do edital é selecionar projetos para a implantação de Pontos de Cultura, que deverão funcionar como um instrumento de pulsão e articulação de ações e projetos já existentes nas comunidades do Estado. Por meio deles serão desenvolvidas ações continuadas em pelo menos uma das áreas de Culturas Populares, Grupos Étnico-Culturais, Patrimônio Material, Audiovisual e Radiodifusão, Culturas Digitais, Gestão e Formação Cultural, Difusão do Conhecimento, Pensamento e Memória, Expressões Artísticas e/ou Ações Transversais. Mato Grosso do Sul, por meio de convênio firmado com o Ministério da Cultura, apoiará o desenvolvimento das atividades culturais de 30 Pontos de Cultura. O repasse dos recursos às instituições que tiverem seus projetos selecionados será de até R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais), em três anos. Ao todo serão investidos R$ 5.400.000,00 durante o período, sendo que o Estado de Mato Grosso do Sul investirá R$ 1.800.000,00, um terço do valor empenhado. Segundo o diretor-presidente da FCMS, Américo Calheiros, a implantação dos Pontos de Cultura no Estado fortalece as distintas manifestações culturais advindas da comunidade artística e cultural sul-mato-grossense, com autonomia e criatividade.

Inscrições
As instituições da sociedade civil que desejarem participar da seleção devem enviar até 10 de novembro, para a FCMS, a proposta contendo: requerimento, formulário de inscrição do projeto, plano de trabalho e cronograma de desembolso, relatório das atividades da instituição, declaração, atestado de realização de atividades culturais, cópia do CNPJ, cópia do estatuto da instituição; cópia da ata de posse ou de eleição da diretoria da instituição; cópia do RG e CPF do responsável legal ou procurador nomeado (neste caso com cópia autenticada da procuração) e cópia do comprovante de endereço do responsável legal da instituição.
Para efetuar a inscrição, o proponente deverá enviar os documentos devidamente preenchidos e assinados, através dos Correios, por Sedex ou carta registrada, em envelope lacrado para: Programa Mais Cultura - Edital de Pontos de Cultura do Estado de Mato Grosso Do Sul - Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul - Gerência do FIC – Fundo de Investimentos Culturais. Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559 – Centro – 6º andar, Campo Grande – MS. Cep: 79.002-820. O modelo desse formulário, instruções de preenchimento e o edital estarão disponíveis para download no site da Fundação de Cultura (www.fundacaodecultura.ms.gov.br).
MS Notícias


Portugal - "Jornadas Europeias do Património": Celebrações prosseguem hoje
As celebrações das “Jornadas Europeias do Património 2008” prosseguem neste sábado. Na jornada informativa de hoje continuamos a dar-lhe conta dos locais onde “no património... Acontece”.
O património continua a ser celebrado neste sábado. As actividades prosseguem hoje em Beja, Almodôvar, Alvito, Barrancos, Castro Verde, Mértola, Serpa e Vidigueira. As “Jornadas Europeias do Património 2008” têm como objectivo proporcionar novas oportunidades de reencontro das pessoas e das comunidades com o património e os monumentos.
Nesta jornada informativa damos-lhe a conhecer os locais onde “no património... Acontece”:
Começamos por Beja onde está marcada para hoje a actividade “15 minutos com o Património”. Neste roteiro pode fazer um percurso através de alguns objectos de grande interesse no âmbito do património histórico e artístico da cidade, com intervenções realizadas por especialistas de diversas áreas.”Esta iniciativa tem como objectivo dar a conhecer e melhorar a compreensão da história e da realidade local”, de acordo com Rui Aldegalega, da autarquia bejense.
Em Almodôvar continuam patentes ao público as exposições relacionadas com o património e a ser realizadas visitas guiadas a monumentos.
Em Alvito pode assistir a um recital de guitarra clássica, na Ermida de S. Sebastião, e visitar a Igreja Matriz de Vila Nova da Baronia e a Ermida de Santa Águeda/S. Neutel.
Barrancos propõe a actividade “Conhecer Noudar”.
Em Castro Verde tem lugar o colóquio subordinado ao tema “Apresentação dos resultados das escavações de emergência da Igreja Matriz de Casével”, no Centro de Convívio desta localidade.
Mértola continua a realizar visitas gratuitas aos núcleos museológicos da vila.
Em Serpa a encenação na Alcáçova do Castelo com o nome “De pequenino se conhece o caquinho” continua a encantar.
E em Vidigueira a proposta passa pelo programa cultural “No Condado dos Gamas”, visita guiada a um património pleno de memórias e história de suas gentes. Estão também patentes ao público quiosques de venda de artesanato e trabalho ao vivo.
As actividades agendadas no âmbito do programa das “Jornadas do Património 2008” continuam amanhã nestes mesmos locais.
http://www.vozdaplanicie.pt/
Ana Elias de Freitas


São Caetano-PE - População reclama atraso na modernização do Museu de São Caetano
Os moradores do município de São Caetano estão indignados com o atraso nas obras de modernização do museu local. A verba no valor de R$ 46.857,00, destinada à revitalização do espaço, foi liberada desde o mês de maio pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e repassada à prefeitura do município, que tem conduzido a obra de forma lenta, segundo um funcionário da Secretaria de Educação. "O que nós questionamos é a demora na conclusão da modernização do museu. O problema é da prefeitura. A secretária de Educação, Veridiana Fortunato, alega que tem até 31 de dezembro para prestar conta dessa verba, mas as obras já deviam estar bem encaminhadas e o material todo comprado", disse Carlos Kleber, funcionário da secretaria de Educação de São Caetano. Ele ressaltou ainda que o projeto foi aprovado em abril deste ano.O Museu de São Caetano foi uma das dezenas de entidades museológicas do país contempladas com uma verba destinada à modernização das mesmas. Na região Nordeste, apenas 11 museus receberam a verba. A cidade de São Caetano foi a única no estado de Pernambuco.
Vanguarda Online


São João Del-Rei-MG - Portada da Igreja do Bom Jesus será devolvida à cidade
“Eis um verdadeiro espetáculo de bom gosto e história: um pórtico em pedra-sabão trazido de uma igreja de São João del-Rei para enriquecer uma capelinha dos anos 50, perdida em meio à vegetação”. Essa descrição foi publicada na Revista Casa de Fazenda, lançada em abril de 1996 e se refere à Portada do século 18, pertencente à antiga Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. E foi a partir dessa publicação que o Instituto Histórico e Geográfico (IHG) da cidade decidiu entrar com uma ação, na Justiça, com o intuito de reaver o patrimônio cultural e histórico, vendido a um banqueiro de São Paulo em 1970, quando o antigo templo foi demolido. O Ministério Público de Minas Gerais, através das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural de São João del-Rei e Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, estão movendo uma ação civil pública com o objetivo de devolver a Portada para o seu local de origem. O MP já conseguiu, com uma liminar dada pelo juiz da 2ª Vara Cível, Auro Aparecido Maia de Andrade, que a relíquia seja preservada e mantida, até o final do julgamento, na Fazenda de São Martinho da Esperança, em Campinas – SP, onde foi localizada. “A ação visa trazer de volta uma peça que pertencia a uma igreja tombada pelo patrimônio histórico nacional em 1938, que não deveria ter sido demolida e muito menos vendida”, afirmou o promotor e curador do Patrimônio Cultural da cidade, Antônio Pedro da Silva Melo. Segundo o promotor, a ação teve início em 21 de julho de 2008, após dois anos de preparação em que o coordenador das promotorias de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, Marcos Paulo de Miranda, conseguiu, junto ao Ministério Público de Campinas, a confirmação “de que tudo o que se sabia aqui como notícia de revista, era fato oficial”, contou. Antônio Melo afirmou que, no momento, a Promotoria aguarda o desenvolvimento do processo. “Os proprietários da fazenda, em São Paulo, estão sendo citados para contestarem a ação e, a partir daí, a gente passa a contar com muita esperança de que o ato seja julgado procedente”.
A demolição da igreja O atual pároco e reitor do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, padre José Raimundo da Costa, lembra que a decisão de demolir a igreja foi tomada porque o padre Jacinto Lovato desejava construir um templo maior e, no entanto, não tinha recursos. “No entendimento dele (padre Jacinto), a melhor forma seria vender o patrimônio e edificar uma igreja mais ampla. O padre Jacinto afirmava que não havia dinheiro para manter, nem conservar o local antigo e construir uma outra igreja maior no mesmo terreno”, relembrou. Em resposta aos protestos do historiador Fábio Guimarães, que era contra a demolição da Igreja de Matosinhos, construída em 1770, o padre Jacinto Lovato, em carta datada de 1970, foi categórico. “Durante 17 meses aguardamos alguma entidade leiga de São João del-Rei ou mesmo que alguma pessoa interessada adquirisse a Portada da igreja, mas o silêncio foi absoluto e sepulcral [...] A portada em questão era de propriedade única e exclusiva da Paróquia, cabendo a ela deliberar que atitude tomar”, sentenciou. O promotor Antônio Melo concorda que, “felizmente, os tempos mudaram para melhor, há essa concepção cultural de que a gente tem que preservar o nosso passado. Atualmente, o indivíduo que tentar demolir uma igreja vai para a cadeia”, ressaltou. Ele não tem dúvida de que a peça volta para a cidade, pois não poderia estar fora de Minas, muito menos em uma propriedade particular. “Os proprietários não podem sofrer nenhum tipo de ação criminal porque houve boa fé, já que o dono é muito rico e se deu ao luxo de construir uma fazenda antiga, comprando acervos do Brasil inteiro”, declarou. De acordo com Antônio Melo, a venda da Portada aconteceu através de uma senhora, que, no período da demolição, comprou várias peças, inclusive altares e revendeu aos interessados. A fachada principal foi vendida ao banqueiro por 5 mil cruzeiros, valor que equivale, hoje, a R$ 4,3 mil.
Destinação

O padre José Raimundo vê, com bons olhos, essa tentativa de recuperar parte da história do município, “sobretudo para a comunidade, que poderá valorizar a sua cultura e o seu passado”, considerou. Para ele, a demolição e a venda de relíquias seriam impensáveis nos dias de hoje, quando a população e os próprios órgãos de defesa do patrimônio são mais conscientes e atuantes. Sobre o destino da Portada, o pároco é cauteloso. “Eu acho que deve ser formada uma Comissão que desenvolva um projeto de memorial, que garanta a segurança e a conservação da peça”, avaliou. O presidente do IHG de São João del-Rei, José Antônio de Ávila Sacramento, acredita que o Bairro de Matosinhos deva receber a Portada. “No meu entendimento, ela deve ficar no local exato ou o mais próximo possível de onde existiu a primitiva Igreja, que foi criminosamente demolida. Seria como um marco simbólico, ou seja, nos remeteria à lembrança de um bem cultural que nunca deveria ter sido jogado ao chão”, comentou. Para ele, o retorno do patrimônio seria como uma espécie de penitência, ainda que tardia, para tentar remendar o grave erro que foi cometido àquela época. José Antônio salientou que já há o interesse da direção da Associação dos Moradores e Amigos do Grande Matosinhos (ASMAT) de interceder para que a fachada principal volte para o bairro. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, já manifestou interesse, no ofício enviado ao MP, em ter a Portada. “Há um projeto de se criar o Museu dos Sinos aqui na Rede Ferroviária e, já que a gente não pode reconstruir a igreja, o IPHAN pretende instalar o portal na entrada desse Museu”, adiantou o promotor Antônio de Melo.
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