ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

03 setembro, 2008

NATUREZA

Uberaba-MG - JU é homenageado no lançamento do Dicionário de Meio Ambiente
Um livro de cabeceira para ser lido constantemente. Assim a jornalista Adriana Tavares definiu, na noite de sexta-feira, o "Dicionário de Meio Ambiente". A obra foi lançada para um público seleto que se emocionou com a beleza de um clipe com a música Verde Natureza, cantada pela uberabense Regina Basílio, e outro com o poema Hóspedes da Terra, de Carlos Perez. A jornalista destacou que a obra é uma ferramenta fundamental para conhecer, entender e aprofundar conhecimentos que envolvem a ecologia e o meio ambiente. O objetivo da obra, informa, é apresentar alguns dos termos mais utilizados e que se encontram relacionados à questão ambiental.
"Percebi que faltava um dicionário com o significado das palavras mais utilizadas quando o assunto é meio ambiente. Mostrei a idéia para alguns especialistas que me apoiaram e colaboraram para a concretização do dicionário", destaca.
Na noite de autógrafos, Adriana homenageou alguns dos colaboradores que foram fundamentais no projeto com uma placa de vidro. Foram homenageados os professores Renato Muniz Carvalho e Mara Carvalho, o promotor do Meio Ambiente, Carlos Varela, o biólogo José Carlos da Silva e o ambientalista Carlos Perez. Também o JORNAL DE UBERABA e a revista MEIO AMBIENTE & TURISMO foram homenageados pela jornalista com uma estatueta em arte e barro do artista Aguimar J. Luiz.
"O JU é o veículo que mais tem noticiado matérias sobre o meio ambiente e agora com a revista também tem retratado o tema com muita seriedade, compromisso e profundidade, além de mostrar belas fotografias. A homenagem é mais que merecida", destacou.
O Dicionário de Meio Ambiente foi impresso em papel reciclado, tem 128 páginas e contém mais de 300 verbetes que abrangem as áreas de biologia, química, ecologia, geografia, gestão e direito ambiental. Também há a seção “Saiba mais”, abordando assuntos mais complexos, com ilustrações e fotos; sites ambientais; calendário ecológico, siglário, resumo das principais leis ambientais brasileiras e o poema Hóspedes da Terra, de Carlos Perez.
Nesta segunda-feira a jornalista fará a distribuição do dicionário para os alunos da Escola Estadual João Pinheiro.
Vale lembrar que Adriana Tavares se preocupou com todos os detalhes: a capa do livro tem a ilustração de uma gota d'água. "A escolha não foi aleatória. Quem nunca ouviu a expressão: 'esta foi a gota d'água'? No contexto desta obra, ela significa um indício da insustentabilidade dos atuais padrões de consumo do mundo. O ser humano precisa refletir sobre os seus atos e adotar um novo modelo de vida baseado na sustentabilidade. A educação ambiental pode ser o começo.
"Neste sentido, basta lembrar o início do poema Hóspedes da Terra: "A casa onde habitamos está a nos dizer: contenta-te com o necessário. Não busques o bastante que nunca satisfaz".
Maria das Graças Salvador
Jornal de Uberaba
Ilha do Coelho: beleza virgem da natureza
Ancoramos na Ilha do Coelho, Rio Paraguaçú, fugindo de um mau humor da natureza, que bagunçou nossa ancoragem em São Francisco do Paraguaçú, que por sinal é um local, também, muito bonito. Menos de 2 milhas separando esses dois lugares e a natureza nos presenteia com um belo fundeio, super abrigado, com muito silêncio, uma pequena ilha ao lado e muita natureza. A Ilha do Coelho, uma propriedade privada, é pequena e muito charmosa, com uma bela casa e muito verde. Ancoramos ao lado da ilha, numa posição com mínimas influências de marés e ventos. Na ilha não tem energia, nem nas margens próximas, fazendo a nossa noite um grande show de silêncio, paz e tranqüilidade. Naquele mundo de silêncio e escuro, somente o Avoante desfrutava aquele fundeio de águas mansas.Ancorar numa noite sem lua, num local isolado, sem outros barcos a fazer companhia e envoltos numa atmosfera de silêncio e paz, no princípio cria-se um clima de apreensão e angústia, mas com o decorrer das horas as coisas vão se encaixando e a tranqüilidade toma conta da tripulação. Na verdade, esses momentos é o sonho de todo velejador cruzeirista. O dia naquele paraíso começou muito cedo. Na madrugada começou a passar canoas de pesca. O remanso que fazia nas águas ao navegar e o cochichar dos pescadores, despertaram nosso Avoante num balanço leve e preguiçoso. O dia raiou entre nuvens, descortinando a beleza virgem da natureza que se estendia à nossa volta, uma enorme floresta de mata atlântica. O número de canoas ancoradas ao largo, demonstrava a dimensão do pesqueiro ali existente. Assim que o sol esquentou um pouco, embarcamos em nosso botinho e fomos explorar a região. Não a Ilha do Coelho com sua privacidade e sim a localidade de Engenho Novo, na Fazenda Salamina, que esconde em suas matas belíssimas cachoeiras, entra elas a Cachoeira da Pedra Furada.No Engenho Novo só tem uma casinha de morador e as ruínas de um antigo aqueduto. No local, antigamente, funcionou um grande engenho de cana de açúcar, que foi desativado com o fim da escravidão no Brasil. O aqueduto levava água do rio para movimentar suas moendas. Desembarcamos em frente à pequena casinha e logo apareceram 5 crianças para nos dar as boas vindas. Convidamos uma das crianças para servir de guia até a Cachoeira da Pedra Furada e fomos atendidos pela menina Eliene, de pouca conversa, mas de grande conhecimento da trilha pela mata. A trilha, apesar de subir um morro muito escorregadio, não tem grandes dificuldades. A cachoeira fica dentro de uma gruta de pedras e a água cai entre uma fenda no teto da gruta. A gruta-cachoeira fica cercada de muito verde de uma exuberante mata atlântica. A Caminhada é de 20 minutos. O banho de água doce e fria é um verdadeiro bálsamo da natureza sobre nosso corpo. A floresta ao redor e a paz reinante no local, nos faz viajar em pensamentos de duendes e outros seres que habitam as matas. Fui falar em duendes e logo Mariana disse: “Vô, se vir algum duende me mostre...”.
Não demoramos na cachoeira, tínhamos que retornar ao Avoante e aproveitar a maré de vazante para ir saindo do Rio Paraguaçú. Mas valeu a trilha na mata como valeu mais ainda a ancoragem na Ilha do Coelho.Nos despedimos das crianças, especialmente da nossa pequena guia, e fomos saindo devagarzinho daquele pedaço de paraíso, levando boas lembranças e uma ponta de saudade do Rio Paraguaçú que nos acolheu com muito carinho em suas águas históricas. Tínhamos de retornar a Salvador para embarcar Mariana de volta a Natal, mas antes entramos em Salinas da Margarida e Itaparica. Salinas foi atendendo uma intimação de amigos que estavam por lá ancorados, para um churrasco a bordo e Itaparica para conserto do piloto automático que apresentou defeito. Duas desculpas esfarrapadas de velejador.
Nelson Mattos Filho - Velejador -
avoante1@hotmail.com
Tribuna do Norte

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