SAÚDE
Presos fraudadores que deram golpe R$ 63 mi na Saúde em SP
Esquema se beneficiava com comissões de fabricantes, fazendo Estado fornecer remédios para pacientes fictícios.
MARÍLIA - O medico dermatologista Paulo César Ramos, a advogada Fabiana Noronha, a presidente e a secretária da Associação dos Portadores de Vitiligo e Psoríase do Estado de São Paulo, Lucy Grassi e Ivanete Aparecida Marini, foram presos nesta segunda-feira, 1, em Marilia, pela Operação Garra Rufa, da Policia Civil e Secretaria da Saúde do Estado, acusados de utilizar atestados falsos para conseguir liminares que obrigam o Estado a fornecer medicamentos de alto custo a pacientes e falsos pacientes ligados à ONG. A mesma operação prendeu em Ribeirão preto o advogado Márcio Lancita e os representantes de laboratório Nilson Afonso Godoi e Fabio Marques. Em Bauru foram presos o advogado Guilheme Oliveira e o representante Dalton Araújo Pereira.
O delegado Fábio Pinha Alonso disse que as suspeitas da fraude começaram há 9 meses no município de Quatá onde existiam 15 pessoas com liminares ganhas para obter o medicamento e ficou comprovado que três delas não eram portadores da doença. O que mais chamou a atenção dos técnicos da Saúde e da própria polícia é que os médicos e advogados dos pacientes sempre eram os mesmos, o que indicava a possibilidade de um esquema montado.
A investigação, que incluiu escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e envolveu 50 policiais, revelou que os operadores do esquema utilizavam laudos que atestavam falsamente a doença das pessoas apontadas como pacientes e, ao obrigarem o Estado a comprar o medicamento, ganhavam comissões dos três laboratórios, cujos nomes não foram divulgados. O tratamento da psoríase é de longa duração, no mínimo dois anos, custa R$ 5 mil por mês a cada paciente e não faz parte do protocolo do Ministério da Saúde. Só é oferecido em casos excepcionais, com ordem judicial. As primeiras avaliações indicam que o golpe sangrou os cofres do Estado em R$ 63 milhões.
Os acusados serão formalmente acusados de formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, falsidade em atestado médico e uso de documento falso. O delegado, que viajou a São Paulo no começo da tarde desta segunda-feira, 1, disse que ainda está investigando outros crimes e mais pessoas que podem estar envolvidas na fraude.
A Associação dos Portadores de Vitiligo e Psoríase do Estado de São Paulo foi fundada no ano 2000, com a finalidade de criar possibilidades de tratamento para os pacientes dessas duas doenças dermatológicas. O crime em apuração pela polícia é a fraude através da apresentação de pessoas sadias como doentes e a corrupção através das comissões pagas pelos laboratórios. Na tarde desta segunda-feira, 1, o site da entidade continuava na internet, mas seus telefones não atendiam. A sede está instalada em Marília.
Garra Rufa - nome da operação policial - é um peixe da Turquia que se alimenta da pele de pacientes portadores da psoríase.
Jair Aceituno
Estadão.com.br
Esquema se beneficiava com comissões de fabricantes, fazendo Estado fornecer remédios para pacientes fictícios.
MARÍLIA - O medico dermatologista Paulo César Ramos, a advogada Fabiana Noronha, a presidente e a secretária da Associação dos Portadores de Vitiligo e Psoríase do Estado de São Paulo, Lucy Grassi e Ivanete Aparecida Marini, foram presos nesta segunda-feira, 1, em Marilia, pela Operação Garra Rufa, da Policia Civil e Secretaria da Saúde do Estado, acusados de utilizar atestados falsos para conseguir liminares que obrigam o Estado a fornecer medicamentos de alto custo a pacientes e falsos pacientes ligados à ONG. A mesma operação prendeu em Ribeirão preto o advogado Márcio Lancita e os representantes de laboratório Nilson Afonso Godoi e Fabio Marques. Em Bauru foram presos o advogado Guilheme Oliveira e o representante Dalton Araújo Pereira.
O delegado Fábio Pinha Alonso disse que as suspeitas da fraude começaram há 9 meses no município de Quatá onde existiam 15 pessoas com liminares ganhas para obter o medicamento e ficou comprovado que três delas não eram portadores da doença. O que mais chamou a atenção dos técnicos da Saúde e da própria polícia é que os médicos e advogados dos pacientes sempre eram os mesmos, o que indicava a possibilidade de um esquema montado.
A investigação, que incluiu escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e envolveu 50 policiais, revelou que os operadores do esquema utilizavam laudos que atestavam falsamente a doença das pessoas apontadas como pacientes e, ao obrigarem o Estado a comprar o medicamento, ganhavam comissões dos três laboratórios, cujos nomes não foram divulgados. O tratamento da psoríase é de longa duração, no mínimo dois anos, custa R$ 5 mil por mês a cada paciente e não faz parte do protocolo do Ministério da Saúde. Só é oferecido em casos excepcionais, com ordem judicial. As primeiras avaliações indicam que o golpe sangrou os cofres do Estado em R$ 63 milhões.
Os acusados serão formalmente acusados de formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, falsidade em atestado médico e uso de documento falso. O delegado, que viajou a São Paulo no começo da tarde desta segunda-feira, 1, disse que ainda está investigando outros crimes e mais pessoas que podem estar envolvidas na fraude.
A Associação dos Portadores de Vitiligo e Psoríase do Estado de São Paulo foi fundada no ano 2000, com a finalidade de criar possibilidades de tratamento para os pacientes dessas duas doenças dermatológicas. O crime em apuração pela polícia é a fraude através da apresentação de pessoas sadias como doentes e a corrupção através das comissões pagas pelos laboratórios. Na tarde desta segunda-feira, 1, o site da entidade continuava na internet, mas seus telefones não atendiam. A sede está instalada em Marília.
Garra Rufa - nome da operação policial - é um peixe da Turquia que se alimenta da pele de pacientes portadores da psoríase.
Jair Aceituno
Estadão.com.br
Minas reúne 15 municípios para combate ao tabagismo
O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado nessa sexta-feira (dia 29), foi marcado por diversas atividades de mobilização e intervenção nas ruas de Belo Horizonte, Montes Claros, Varginha, Juiz de Fora, Ituiutaba, Divinópolis, Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Passos, Caratinga, Poços de Caldas, Itabira, Sete Lagoas, Uberaba e Uberlândia. A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Subsecretaria de Políticas Antidrogas, da Secretaria de Estado de Esportes e Juventude (Seej), coordenou, durante cerca de seis horas, ações nos principais pontos das cidades, trabalhando com o tema "Ambientes 100% Livres de Fumo: um direito de todos".
O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado nessa sexta-feira (dia 29), foi marcado por diversas atividades de mobilização e intervenção nas ruas de Belo Horizonte, Montes Claros, Varginha, Juiz de Fora, Ituiutaba, Divinópolis, Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Passos, Caratinga, Poços de Caldas, Itabira, Sete Lagoas, Uberaba e Uberlândia. A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Subsecretaria de Políticas Antidrogas, da Secretaria de Estado de Esportes e Juventude (Seej), coordenou, durante cerca de seis horas, ações nos principais pontos das cidades, trabalhando com o tema "Ambientes 100% Livres de Fumo: um direito de todos".
Este ano, a campanha teve como foco o público jovem, por isso a SES procurou conscientizar a população, de maneira leve e utilizando o humor, sobre os benefícios que um ambiente livre do cigarro pode trazer para fumantes e não fumantes. Uma das atrações foram os 20 "cigarros gigantes", atores fantasiados de cigarro, formando um maço, que circularam por Belo Horizonte.
De acordo com o coordenador estadual de Pneumologia Sanitária, Edílson Corrêa, há uma tendência das pessoas começarem a fumar cada vez mais cedo e, segundo ele, é preciso compreender que o problema está no tabaco, e não em quem fuma. "As campanhas precisam ser menos agressivas", acredita.
A estudante Gleyce Carvalho, 16 anos, não fuma, mas disse que alguns colegas começaram a fumar muito cedo. A jovem também elogiou a iniciativa da Saúde Estadual em promover a campanha. "Eu sempre passo pela Praça Sete e costuma ter muita coisa acontecendo, mas eu nunca paro. Hoje resolvi ficar para ver esses 'cigarrões' que me chamaram a atenção".
Segundo previsão do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Minas Gerais terá, somente neste ano, 1.440 novos casos de câncer de traquéia, brônquio e pulmão em homens e 830 em mulheres. Já no Brasil, os dados apontam que 200 mil pessoas morrem, por ano, em conseqüência de doenças causadas pelo tabagismo. Edilson Corrêa também explica que as doenças causadas pelo tabagismo causam muitos problemas para a saúde pública e a sociedade, porque representam o 4º lugar em gastos dentro do orçamento do SUS.
Fumo passivo - O fumante passivo também foi um dos públicos-alvo dessa campanha, já que no Brasil, por ano, em cada 1.000 mortes ocorridas em áreas urbanas, 25 são devido ao tabagismo passivo em domicílio, entre outros. Geraldo César de Oliveira, 53 anos, não fuma, mas convive com fumantes. Para ele, as campanhas de conscientização são necessárias e deveriam acontecer outras vezes. "As pessoas precisam entender que ao fumar estão prejudicando a si e aos outros", comentou.
Jornal de Uberaba
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Marcadores: saúde
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