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08 outubro, 2008

SAÚDE - 8-10-2008

Santa Cruz do Sul-RS - Saúde adverte o perigo do uso de produtos de beleza sem registro da Anvisa
O uso de cosméticos ilegais ou vendidos irregularmente causam riscos à saúde da população. O alerta é do químico Álvaro Antunes, do setor de Controle de Saneantes e Cosméticos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS). "Já recebemos denúncias de pessoas com os mais variados problemas. Protetores solares sem registro, tinturas e alisantes de cabelo à base de Formol são os mais comuns", afirma. Até o final de setembro deste ano, foram inspecionadas 60 indústrias, sendo que houve duas interdições. De acordo com dados do Centro de Informação em Toxicologia (CIT), 267 pessoas tiveram problemas com cosméticos, a maioria ocasionada por xampus e condicionadores.
O químico explica que a equipe do CEVS inspeciona as empresas para avaliar a confecção dos produtos. "Analisamos todo o processo, da periodicidade de exames médicos dos funcionários ao local de armazenamento", relata. As conseqüências da falta de cuidados na produção e na divulgação de informações podem ser gravíssimas, ocasionando diversos problemas de saúde e, em casos mais graves, a morte de consumidores. Álvaro Antunes ressalta que nem só a fabricação pode afetar a qualidade dos materiais. Muitas vezes as empresas cumprem as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém as más condições de armazenamento e transporte alteram a sua qualidade.
Na busca por um bronzeado perfeito ou na tentativa de pintar ou alisar os cabelos, muitas mulheres são vítimas de produtos irregulares. Já foram recebidas denúncias de mulheres que ficaram com o cabelo verde, com queda de cabelo ou até carecas. Uma das dicas para não haver problemas é pedir informações ao profissional do salão de beleza, sobre os cosméticos que serão utilizados.
“Não tendo o registro da Anvisa. Não pode ser usado, pois podem conter substâncias proibidas, de uso restrito, em condições e concentrações inadequadas ou não permitidas, acarretando problemas à saúde”, alerta. No caso de protetores solares, o risco é de estarem com o fator de proteção solar (FPS) fora do padrão, o que ocasiona queimaduras na pele ou até câncer.
Gazeta do Sul

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