ATUALIDADES - 13-11-2008
Vigia mata cliente de loja após discussão em São Paulo
Vigia foi preso e indiciado por homicídio doloso - por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima
SÃO PAULO - O metalúrgico Alberto Milfont Júnior, de 23 anos, foi assassinado na tarde de segunda-feira, com um tiro na cabeça, dentro de uma loja das Casas Bahia, na Estrada de Itapecerica, no Campo Limpo, zona sul de São Paulo, pelo segurança Gilberto Silva Souza, de 29 anos. O vigia, funcionário de uma empresa terceirizada, foi preso e indiciado por homicídio doloso duplamente qualificado (motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima).
Segundo a Polícia Federal, o segurança tinha autorização para trabalhar armado. Advogados da empresa Gocil, onde Souza trabalhava, entregaram ontem cópia do registro do revólver 38 e o certificado do curso de reciclagem, com validade até 13 de abril de 2009.
A vítima teria ido à loja com a namorada, a esteticista Darilene Pereira Ribeiro, de 22 anos, e um amigo, para comprar um colchão. "Fomos bem atendidos pela vendedora e escolhemos o produto. Fui para o caixa pagar, enquanto os dois ficaram na frente da loja", disse Darilene. Milfont Júnior e o amigo estavam sentados no sofá, exposto do lado de fora da loja, quando o segurança se aproximou. "Ele (Souza) julgou a gente pela roupa que vestíamos. Desconfiou que estivéssemos lá para roubar", disse o rapaz que acompanhava o casal.
O metalúrgico e o vigia começaram a bater boca. "Eu sou cliente, estou comprando", disse a vítima. E foi até o caixa pegar a nota fiscal com a namorada. Segundo o adolescente, o gerente levou o segurança de volta para o seu posto. Milfont, então, foi até Souza e mostrou o comprovante de pagamento. Os dois voltaram a discutir. "O vigia sacou a arma e perguntou para o meu namorado se ele duvidava que tinha coragem de atirar", disse Darilene.
Milfont Júnior disse que duvidava e o segurança decidiu atirar. À polícia, Souza contou que o metalúrgico deu quatro passos para trás e fez menção de que sacaria uma arma. O rapaz foi levado ao Pronto-Socorro do Campo Limpo, onde morreu. "Ainda tentei me colocar na frente, mas o segurança apontou o revólver para mim. Por que ele atirou na cabeça? Poderia ter dado um tiro para o alto. Ele atirou para matar", desabafou Darilene.
O casal, que estava junto há cinco anos, tem um filho, Gustavo, de 5 meses. "Morávamos separados e tínhamos pouco contato durante a semana. Estávamos comprando a mobília aos poucos. O nosso plano era alugar uma casa", disse a namorada. Ela falou que Milfont Júnior era "pé no chão". Enquanto ela queria casar e depois arrumar as coisas, o namorado queria ir aos poucos e construir "uma vida em comum, com mais base". A mobília do casal ficava guardada na casa dos pais de Darilene.
"Ele era tranqüilo, não fazia mal a ninguém. Nós nos conhecemos desde criança. Não fizemos nada de errado dentro da loja", afirmou o adolescente, de 17 anos, que acompanhava o casal nas Casas Bahia.
O vigia foi preso e levado ao 37º Distrito Policial (Campo Limpo). "As testemunhas e o indiciado contaram versões que se encaixam, com exceção de alguns detalhes. Mas nada que mude a história do crime", disse o delegado titular Gilberto de Castro Ferreira.
Enterro
O metalúrgico foi enterrado na tarde de terça-feira, no Cemitério Gethsemani, no Morumbi, zona sul de São Paulo. Cerca de 70 parentes e amigos participaram do funeral. Eles estavam inconformados com a banalidade do crime e a frieza de Souza.
A mãe do metalúrgico, Francisca Aldeiza Milfont, passou mal e foi retirada por parentes, antes mesmo do fim da cerimônia. Em nota, as Casas Bahia informaram que os fatos estão sendo apurados e a rede está à disposição para cooperar no que for necessário com a investigação do crime.
Vigia foi preso e indiciado por homicídio doloso - por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima
SÃO PAULO - O metalúrgico Alberto Milfont Júnior, de 23 anos, foi assassinado na tarde de segunda-feira, com um tiro na cabeça, dentro de uma loja das Casas Bahia, na Estrada de Itapecerica, no Campo Limpo, zona sul de São Paulo, pelo segurança Gilberto Silva Souza, de 29 anos. O vigia, funcionário de uma empresa terceirizada, foi preso e indiciado por homicídio doloso duplamente qualificado (motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima).
Segundo a Polícia Federal, o segurança tinha autorização para trabalhar armado. Advogados da empresa Gocil, onde Souza trabalhava, entregaram ontem cópia do registro do revólver 38 e o certificado do curso de reciclagem, com validade até 13 de abril de 2009.
A vítima teria ido à loja com a namorada, a esteticista Darilene Pereira Ribeiro, de 22 anos, e um amigo, para comprar um colchão. "Fomos bem atendidos pela vendedora e escolhemos o produto. Fui para o caixa pagar, enquanto os dois ficaram na frente da loja", disse Darilene. Milfont Júnior e o amigo estavam sentados no sofá, exposto do lado de fora da loja, quando o segurança se aproximou. "Ele (Souza) julgou a gente pela roupa que vestíamos. Desconfiou que estivéssemos lá para roubar", disse o rapaz que acompanhava o casal.
O metalúrgico e o vigia começaram a bater boca. "Eu sou cliente, estou comprando", disse a vítima. E foi até o caixa pegar a nota fiscal com a namorada. Segundo o adolescente, o gerente levou o segurança de volta para o seu posto. Milfont, então, foi até Souza e mostrou o comprovante de pagamento. Os dois voltaram a discutir. "O vigia sacou a arma e perguntou para o meu namorado se ele duvidava que tinha coragem de atirar", disse Darilene.
Milfont Júnior disse que duvidava e o segurança decidiu atirar. À polícia, Souza contou que o metalúrgico deu quatro passos para trás e fez menção de que sacaria uma arma. O rapaz foi levado ao Pronto-Socorro do Campo Limpo, onde morreu. "Ainda tentei me colocar na frente, mas o segurança apontou o revólver para mim. Por que ele atirou na cabeça? Poderia ter dado um tiro para o alto. Ele atirou para matar", desabafou Darilene.
O casal, que estava junto há cinco anos, tem um filho, Gustavo, de 5 meses. "Morávamos separados e tínhamos pouco contato durante a semana. Estávamos comprando a mobília aos poucos. O nosso plano era alugar uma casa", disse a namorada. Ela falou que Milfont Júnior era "pé no chão". Enquanto ela queria casar e depois arrumar as coisas, o namorado queria ir aos poucos e construir "uma vida em comum, com mais base". A mobília do casal ficava guardada na casa dos pais de Darilene.
"Ele era tranqüilo, não fazia mal a ninguém. Nós nos conhecemos desde criança. Não fizemos nada de errado dentro da loja", afirmou o adolescente, de 17 anos, que acompanhava o casal nas Casas Bahia.
O vigia foi preso e levado ao 37º Distrito Policial (Campo Limpo). "As testemunhas e o indiciado contaram versões que se encaixam, com exceção de alguns detalhes. Mas nada que mude a história do crime", disse o delegado titular Gilberto de Castro Ferreira.
Enterro
O metalúrgico foi enterrado na tarde de terça-feira, no Cemitério Gethsemani, no Morumbi, zona sul de São Paulo. Cerca de 70 parentes e amigos participaram do funeral. Eles estavam inconformados com a banalidade do crime e a frieza de Souza.
A mãe do metalúrgico, Francisca Aldeiza Milfont, passou mal e foi retirada por parentes, antes mesmo do fim da cerimônia. Em nota, as Casas Bahia informaram que os fatos estão sendo apurados e a rede está à disposição para cooperar no que for necessário com a investigação do crime.
Estadão.com.br
Comentário do Silvio: Bia e Cláudio, acho melhor vocês irem logo ao Procon em vez de mais uma vez irem nesta loja reclamar o tampo do armário que não veio! Os gajos lá não estão pra brincadeira, não!
Ipea: política de juros do BC pode aumentar desigualdade
SÃO PAULO - O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, disse nesta quarta-feira que a atual política de juros praticada pelo Banco Central (BC) pode afetar os índices de desigualdade de renda no Brasil.
Ao analisar pesquisa divulgada nesta quarta-feira, Pochmann afirmou que desde 2005 o Brasil vêm reduzindo o nível de desigualdade de renda do trabalho e também vem ampliando a participação da renda dos salários na economia nacional. Mas por causa da crise internacional combinada ao aumento da taxa de juros, essa redução da desigualdade pode acabar a partir do próximo ano.
- Os bons sinais que o Brasil está colhendo desde 2005, com a redução da desigualdade de renda do trabalho e ampliação da renda do trabalho na economia nacional, pode estar comprometido justamente pelo que vai ocorrer neste final de ano e no próximo, tendo em vista a combinação de dois fatores, primeiro: a desaceleração da economia resultante da elevação da taxa de juro, e segundo: pelos efeitos da crise internacional que se abate evidentemente não apenas no setor financeiro, mas cada vez mais nas decisões das empresas das famílias e dos consumidores- analisou.
Diante disso, Pochmann apóia uma mudança drástica na política de juros, com uma redução na taxa para que se mantenha o nível de atividade. O presidente do Ipea defendeu ainda que o governo federal aumente os investimentos na produção e que sejam destinados mais recursos para saúde e educação.
JB Online
SÃO PAULO - O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, disse nesta quarta-feira que a atual política de juros praticada pelo Banco Central (BC) pode afetar os índices de desigualdade de renda no Brasil.
Ao analisar pesquisa divulgada nesta quarta-feira, Pochmann afirmou que desde 2005 o Brasil vêm reduzindo o nível de desigualdade de renda do trabalho e também vem ampliando a participação da renda dos salários na economia nacional. Mas por causa da crise internacional combinada ao aumento da taxa de juros, essa redução da desigualdade pode acabar a partir do próximo ano.
- Os bons sinais que o Brasil está colhendo desde 2005, com a redução da desigualdade de renda do trabalho e ampliação da renda do trabalho na economia nacional, pode estar comprometido justamente pelo que vai ocorrer neste final de ano e no próximo, tendo em vista a combinação de dois fatores, primeiro: a desaceleração da economia resultante da elevação da taxa de juro, e segundo: pelos efeitos da crise internacional que se abate evidentemente não apenas no setor financeiro, mas cada vez mais nas decisões das empresas das famílias e dos consumidores- analisou.
Diante disso, Pochmann apóia uma mudança drástica na política de juros, com uma redução na taxa para que se mantenha o nível de atividade. O presidente do Ipea defendeu ainda que o governo federal aumente os investimentos na produção e que sejam destinados mais recursos para saúde e educação.
JB Online
Imposto sobe 7 vezes mais que salário
Os impostos líquidos sobre produção e importação subiram 7,7% entre os anos de 2000 e 2006, enquanto que a renda do trabalhador teve uma expansão de apenas 1% no mesmo período, revelam dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Os números fazem parte do estudo Distribuição Funcional de Renda no Brasil: Situação Recente, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e no Sistema Nacional de Contas, ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento aponta ainda que, no período avaliado, o governo gastou no pagamento de juros da dívida pública mais de oito vezes o que destinou ao setor da educação. Ao total, os juros consumiram 1,268 trilhão de reais dos cofres públicos, ao tempo que somente 149,9 bilhões de reais foram reservados à educação, de acordo com o Ipea. No setor da saúde, o montante também foi bem menor do que o usado para o pagamento de juros: 310,9 bilhões de reais, ou quatro vezes menos.
Segundo o IPEA, os gastos da União com saúde, educação e investimento entre 2000 e 2007, somados, equivalem a 43,8% das despesas com juros no período. E na avaliação do próprio órgão, o gasto com juros é "considerado improdutivo, pois não gera emprego e tampouco contribui para ampliar o rendimento dos trabalhadores, termina fundamentalmente favorecendo a maior apropriação da renda nacional pelos detentores de renda da propriedade".
Quanto aos rendimentos dos brasileiros, o estudo do IPEA concluiu que os trabalhadores mistos (que têm meios próprios de geração de renda) foram os mais prejudicados entre os anos de 2000 e 2006. De acordo com a pesquisa, eles viram sua remuneração diminuir em 21,1% no período. Já a renda dos proprietários (obtida na forma de lucros, juros, aluguéis e renda da terra), cresceu 2,4%, mais do que o dobro dos salários dos trabalhadores (1%). No total, a renda nacional evoluiu 19,3% no período, segundo o instituto.
Os impostos líquidos sobre produção e importação subiram 7,7% entre os anos de 2000 e 2006, enquanto que a renda do trabalhador teve uma expansão de apenas 1% no mesmo período, revelam dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Os números fazem parte do estudo Distribuição Funcional de Renda no Brasil: Situação Recente, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e no Sistema Nacional de Contas, ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento aponta ainda que, no período avaliado, o governo gastou no pagamento de juros da dívida pública mais de oito vezes o que destinou ao setor da educação. Ao total, os juros consumiram 1,268 trilhão de reais dos cofres públicos, ao tempo que somente 149,9 bilhões de reais foram reservados à educação, de acordo com o Ipea. No setor da saúde, o montante também foi bem menor do que o usado para o pagamento de juros: 310,9 bilhões de reais, ou quatro vezes menos.
Segundo o IPEA, os gastos da União com saúde, educação e investimento entre 2000 e 2007, somados, equivalem a 43,8% das despesas com juros no período. E na avaliação do próprio órgão, o gasto com juros é "considerado improdutivo, pois não gera emprego e tampouco contribui para ampliar o rendimento dos trabalhadores, termina fundamentalmente favorecendo a maior apropriação da renda nacional pelos detentores de renda da propriedade".
Quanto aos rendimentos dos brasileiros, o estudo do IPEA concluiu que os trabalhadores mistos (que têm meios próprios de geração de renda) foram os mais prejudicados entre os anos de 2000 e 2006. De acordo com a pesquisa, eles viram sua remuneração diminuir em 21,1% no período. Já a renda dos proprietários (obtida na forma de lucros, juros, aluguéis e renda da terra), cresceu 2,4%, mais do que o dobro dos salários dos trabalhadores (1%). No total, a renda nacional evoluiu 19,3% no período, segundo o instituto.
Veja.com
Sadia sofre novo processo nos EUA após perdas cambiais
SÃO PAULO (Reuters) - O escritório de advocacia norte-americano Howard G. Smith entrou com uma ação em benefício de todas as pessoas que compraram American Depositary Receipts (ADRs) ou ações ordinárias da Sadia entre 1o de maio e 26 de setembro, buscando reparação de prejuízos.
De acordo com comunicado distribuído pelo escritório, a ação foi protocolada na Corte Distrital Sul de Nova York. Os advogados alegam que a Sadia informou erroneamente os investidores sobre a natureza de seus negócios e sobre a sua situação financeira, violando leis federais que regulam os mercados nos EUA.
Esta é a segunda ação movida no país contra a Sadia, após a empresa ter registrado perdas de mais de 700 milhões de reais devido a operações financeiras com derivativos cambiais. Na semana passada um fundo de pensão norte-americano já havia processado a empresa brasileira.
A Sadia informou que não se manifestaria sobre a natureza das ações enquanto elas estivessem correndo na Justiça.
O escritório Howard G. Smith disse ainda na ação que as informações divulgadas pela Sadia não correspondiam à realidade da empresa e "inflaram artificialmente os valores de suas ações".
Marcelo Teixeira
Abril.com
SÃO PAULO (Reuters) - O escritório de advocacia norte-americano Howard G. Smith entrou com uma ação em benefício de todas as pessoas que compraram American Depositary Receipts (ADRs) ou ações ordinárias da Sadia entre 1o de maio e 26 de setembro, buscando reparação de prejuízos.
De acordo com comunicado distribuído pelo escritório, a ação foi protocolada na Corte Distrital Sul de Nova York. Os advogados alegam que a Sadia informou erroneamente os investidores sobre a natureza de seus negócios e sobre a sua situação financeira, violando leis federais que regulam os mercados nos EUA.
Esta é a segunda ação movida no país contra a Sadia, após a empresa ter registrado perdas de mais de 700 milhões de reais devido a operações financeiras com derivativos cambiais. Na semana passada um fundo de pensão norte-americano já havia processado a empresa brasileira.
A Sadia informou que não se manifestaria sobre a natureza das ações enquanto elas estivessem correndo na Justiça.
O escritório Howard G. Smith disse ainda na ação que as informações divulgadas pela Sadia não correspondiam à realidade da empresa e "inflaram artificialmente os valores de suas ações".
Marcelo Teixeira
Abril.com
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