ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

13 novembro, 2008

CULTURA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL - 13-11-2008

Taubaté-SP - Cidade recebe projeto de turismo voltado à cultura caipira e à natureza
O Conselho Municipal de Turismo (Comtur) lançou ontem, dia 10, o projeto turístico da Pedra Branca. O bairro, situado entre Taubaté, Caçapava, Monteiro Lobato e Tremembé, possui atrativos naturais e geografia específica para prática de ecoturismo, como também preserva costumes que remetem ao modo de vida caipira.
O respeito à história dos antepassados e à religiosidade, além da convivência harmoniosa com a natureza e o apego à família são algumas das características das pessoas que vivem na região. Nesse lugar, assombrações como o “boitatá” e o “corpo seco” ainda fazem parte do relato de moradores, cujos encontros são contados com detalhes. No Plano Municipal de Turismo, a cultura dos habitantes da região será valorizada por meio da culinária e dos contadores de “causos”.
Quanto ao ecoturismo, o projeto prevê ações voltadas para os atrativos naturais, o incentivo à prática de esportes ligados a natureza, além da criação de pousadas ou empreendimentos voltados para educação ambiental e espaço para relaxamento, como pousadas ecológicas, lugares para meditação e spas.
Um dos acessos para a Pedra Branca se dá por Taubaté, partindo da estrada que leva ao bairro Maracaibo em direção à Serra da Mantiqueira. Depois dos 14 quilômetros de estrada de terra, o viajante se depara com um aglomerado de não mais do que 20 casas, distribuídas pelo verde do Vale do Buquira, a 1.100 metros de altitude.
Diário de Taubaté

São Paulo-SP - Arquitetos questionam Governador Serra sobre contratação de suíços
SÃO PAULO - Arquitetos de São Paulo se uniram para pressionar o governador José Serra (PSDB) e o secretário Estadual de Cultura, João Sayad, a explicar por que escolheram um escritório estrangeiro para construir, sem licitação, o Teatro de Dança e de Ópera, que também será sede da São Paulo Companhia de Dança e do Centro de Estudos Musicais Tom Jobim, no centro.
Os autores do projeto serão os arquitetos Pierre de Meuron e Jacques Herzog, que assinam o Estádio Ninho do Pássaro, em Pequim, e são do escritório suíço Herzog & De Meuron. A obra, que deve custar R$ 300 milhões, está prevista para ser entregue em 2010. Por nota, o governo argumentou que o princípio que guiou a escolha - e a dispensa de concorrência pública - foi o da notória especialização do escritório, com base na lei federal 8.663/93.
É nesse ponto que os arquitetos mais se apegam. Eles fazem dois questionamentos: como um escritório estrangeiro tem conhecimento suficiente da cultura brasileira para traduzir essa experiência na arquitetura; por que o Estado afirma que só eles têm ?notória especialização, se nenhum outro arquiteto brasileiro foi consultado?
Ontem, o Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco) disparou nota para a imprensa dizendo que a decisão de Serra trata-se de xenofobia às avessas e ilegalidade?.
Isso porque, além dos suíços, participaram de uma consulta informal outros dois escritórios estrangeiros. Há muitos escritórios brasileiros que têm, sim, notória especialização em projetos de complexos culturais e, especialmente, na cultura brasileira, disse o diretor de Urbanismo do Sinaenco, Cesar Bergstrom.
As informações são do Jornal da Tarde.
Estadão.com.br

Macau - Proposta de destruição do Bairro Militar de Mong-Há causa protestos
Bulldozers à porta
Um edifício com séculos de história está prestes a dar lugar a novas casas de habitação pública. Uns apelam à conservação do património, outros dizem que é necessário fazer sacrifícios num território de dimensão reduzida. O histórico Quartel Militar de Mong-Há arrisca-se a passar à história Island Ian
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Um edifício com valor histórico conhecido como o Quartel Militar de Mong-Há, localizado na Rua Francisco Xavier Pereira, está a correr o risco de demolição para dar lugar a edifícios de habitação pública. O alerta foi feito ao Hoje Macau pela Liga de Protecção do Farol da Guia.
O edifício antigo conta uma parte da história da presença do Exército português em Macau, mas agora está à mercê das máquinas bulldozer, após anos de abandono. Entretanto, vários grupos de protecção do património e da história do território já lançaram vários apelos ao Governo para remover a proposta de edificação de habitação pública no local deste prédio. Por sua vez, os Kaifong defendem que dadas as limitações de espaço na RAEM e as exigências ao nível da habitação pública, o Governo deve ponderar bem a situação.
O Quartel Militar de Mong-Há localiza-se ao lado da Escola Keang Peng. É um edifício de dois andares, com o rés-do-chão a ser invadido pelas ervas daninhas. Os vidros das janelas do bloco principal estão todos partidos.
De acordo com o presidente da direcção da Associação de História de Macau, Chan Su Weng, o edifício existe desde os anos 1960 ou 1970. Todos os militares portugueses em missão de serviço no território passaram por lá. O mesmo que agora está abandonado a si próprio.A porta de metal está trancada com uma mensagem afixada: “Extremamente proibida a entrada neste edifício importante para as autoridades policiais”. Apesar disso, as máquinas bulldozer já invadiram o seu interior, ignorando o aviso.
Apartamentos novos em 75 dias
Segundo um comunicado da Direcção dos Serviços dos Solos, Obras Públicas e Transportes, de 7 do mês passado, o Quartel Militar será demolido para dar lugar a prédios de habitação pública, cuja construção ficará concluída dentro de 75 dias.
A Fevereiro deste ano, o Instituto de Habitação (IH) divulgou o “Texto para Recolha de Comentários sobre o Plano de Arrendamento de Habitação para as Famílias de Recém-casados”. Neste documento, o IH menciona que “no terreno do antigo Quartel de Mong-Ha, com uma área de cerca de 2244 metros quadrados, será construída uma área útil de habitação com cerca de 20 mil metros quadrados”. Assim que teve conhecimento desta decisão, a Liga de Protecção do Farol da Guia enviou cartas ao Chefe do Executivo para cancelar este plano de construção. Como não viu resultados, denunciou ontem o caso à comunicação social.
A associação sustenta que este quartel existe há mais de um século: “É um edifício militar com alto valor cultural que incorpora a paisagem histórica de Mong-Há. Este prédio está cheio de características da arquitectura do sul europeu e do modernismo dos anos 1920. O Governo deveria mantê-lo e colocá-lo na lista do património cultural de Macau”.
Os manifestantes propõem a criação de um museu militar ou um centro de actividades para a população, em vez da sua demolição. A Liga também pede o apoio popular nesta causa.Uma visão diferente tem o vice-presidente dos kaifong. Leong Heng Kao afirmou que “caso o quartel seja seleccionado como património, deve ser protegido. No entanto, com o aumento da população e das exigências de habitação, conjuntamente com a dimensão limitada da RAEM, se os edifícios antigos não forem demolidos, não haverá espaço para novas habitações. Actualmente, a lista de espera para a habitação pública é muito longa e espero que o Governo equacione os diversos interesses”, disse.
Macau Hoje

Santo André-SP - Paranapiacaba está na lista indicativa para ser patrimônio da humanidade
A vila ferroviária de Paranapiacaba foi incluída na lista indicativa brasileira que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) encaminhará à Unesco.
A decisão ocorreu durante reunião realizada no final de outubro no Rio de Janeiro, com representantes do Instituto e do Centro do Patrimônio Mundial da Unesco.Neste encontro, o conjunto dos bens inscritos e a atual lista indicativa foram avaliados por especialistas brasileiros, em cooperação com especialistas da Unesco, do Icomos (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), das IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), e do Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade com o objetivo de identificar necessidades de complementação e diversificação da presença brasileira na lista do patrimônio mundial, cultural e natural.Para a arquiteta Vanessa Figueiredo, subprefeita de Paranapiacaba e Parque Andreense, a inclusão de Paranapiacaba na lista indicativa é importante, pois oficializa a candidatura e torna o processo irreversível, visto que o órgão brasileiro responsável por apresentar e defender as candidaturas junto à Unesco é o Iphan.
Em 2009 a Prefeitura de Santo André apresentará o dossiê da candidatura de Paranapiacaba a Patrimônio Mundial ao Iphan, que o encaminhará à Unesco. A instituição tem prazo médio de dois anos para que diversos especialistas na área de patrimônio visitem o local, preparem os pareceres e os encaminhem para apreciação e votação do Comitê do Patrimônio Mundial, que se reúne em Paris.
Jornal ABC

Fortaleza-CE - Heitor Férrer critica projeto de reforma do Palácio da Abolição
"É inconstitucional. Parece que virou praxe de Cid Gomes não dar bola para a legislação", disse Heitor Férrer.
O deputado Heitor Férrer (PDT) denunciou, nesta terça-feira (11), na Assembléia Legislativa, que o Governo do Estado vai iniciar “inconstitucionalmente” as obras de reforma no Palácio da Abolição, no valor de R$ 37,3 milhões. O parlamentar informou que o prédio está em vias de tombamento e por isso não pode passar por qualquer tipo de reforma.
Heitor questionou ainda o valor a ser empregado na obra. Ele disse que fez alguns cálculos para que a população julgue, lembrando que não vai haver a construção de um palácio, mas apenas uma reforma. Segundo ele, com o dinheiro a ser empregado poderiam ser construídas cinco mil residências populares para a população menos favorecida. “Será justo pegar todo esse dinheiro para se reformar o Palácio do Governo? O que será que vai se colocar dentro do que já está construído, para que a generosidade do contribuinte pague esse valor? Não posso crer que a sensibilidade administrativa de Cid Gomes possa concretizar uma reforma, que vai custar esse valor ao bolso do contribuinte”, questionou.
Ainda segundo Heitor, a assessoria do Governo teria informado que, em outubro, houve uma licitação com a participação de 17 empresas que se habilitaram para a construção, e que o processo já estaria na Procuradoria para autorizar a obra. “Só que vem um problema muito grave: o palácio está em vias de tombamento, já com parecer favorável do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (Coepa), que é formado por especialistas em patrimônio histórico. O processo de tombamento já está na Procuradoria do Estado”, informou.
De acordo com o pedetista, há poucos dias o Coepa tomou conhecimento do projeto de reforma e, por conta do processo de tombamento, tomou a iniciativa de analisar o projeto da reforma. Mas o projeto “já chegou lá pronto e acabado. É inconstitucional. Parece que virou praxe de Cid Gomes não dar bola para a legislação.
Quem conhece a lei e não a cumpre é fora da lei. Ainda bem que esta reforma não pode ser feita. Porque é um patrimônio cultural do Estado em vias de tombamento e qualquer modificação tem que passar por vias que o governador resolveu desrespeitar”, ressaltou.
O deputado informou que vai apresentar um requerimento solicitando informações sobre os itens da reforma, para saber “se vai ser colocado naquela obra ouro em pó. Porque, certamente, não vai ser colocado nem cimento, nem barro, nem tijolo por esse valor”.
Em aparte, o deputado Vasques Landim (PSDB) disse que não é contra a modernização e reconstrução do palácio, mas que deve haver prioridades.
Ele lembrou que a Rodovia Padre Cícero foi promessa de campanha de Cid Gomes e não saiu do papel. “Juazeiro do Norte não dispõe de um centro de emissão de carteiras de identidade.
Temos ainda essa dificuldade em pleno século XXI. Um jovem que quer se submeter a um concurso público tem que esperar mais de sessenta dias para receber o documento. Quanto ao palácio, temos outras prioridades. A não ser que tenha muito dinheiro para investir. Mas sabemos das inúmeras necessidades em outras áreas. Cabe ao cidadão que nos ouve, fazer o seu ento”
Última Hora

Rio de Janeiro é candidato a patrimônio da Humanidade
O governador Sérgio Cabral, o prefeito eleito, Eduardo Paes, e o vice-governador e Secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão participaram no dia 8 de novembro (sábado), do movimento pela candidatura do Rio de Janeiro como patrimônio histórico da humanidade. O lançamento ocorreu durante o Claro Rio Summer, evento de moda praia que acontece no Forte de Copacabana.
A abertura do evento, realizada pelo apresentador Zeca Camargo, contou com a presença do presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Olavo Monteiro de Carvalho e do organizador do evento, o publicitário Nizan Guanaes. Nizan, que também é presidente da Associação dos Empreendedores Amigos da Unesco, ressaltou no seu pronunciamento que o Rio é a marca do Brasil.
- O Rio de Janeiro é uma cidade que contém o maior conjunto arquitetônico colonial. Nada mais justo que realizar este lançamento neste cenário , num evento de moda com a marca Rio.
Para o Governador Sérgio Cabral o Rio de Janeiro já é patrimônio da humanidade só falta agora oficializar. Cabral ressaltou a importância da manutenção do patrimônio histórico e de ocupação ordenada do solo.
- O governo brasileiro, o governo do estado e a prefeitura passam a ter um papel importante de mudar esse curso de ocupação desordenada. Por isso, estamos fazendo investimentos sociais e urbanísticos importantes que mudem sobretudo a vida dessas pessoas. Estamos agora num processo de reversão. Ano que vem o meu vice, Luiz Fernando Pezão, vai cuidar de R$ 2,4 bilhões de investimentos nas favelas - disse Cabral.
Técnicos dos governos federal, estadual e municipal irão preparar um dossiê para a candidatura com a assessoria de especialistas. O documento será encaminhado pelo governo brasileiro ao Centro do Patrimônio Mundial da Unesco, em Paris.
Também estiveram presentes ao lançamento, o secretário de Fazenda, Joaquim Levy, secretário de Desenvolvimento Econômico Julio Bueno; secretaria de cultura, Adriana Rattes; secretária do Ambiente, Marilene Ramos, entre outras autoridades.
Revista Fator

Fortaleza-CE -
Professor cita memórias de Martins Filho
Publicados na Coluna de ontem, os argumentos do arquiteto Romeu Duarte, um dos autores do projeto do ICA-Alagadiço, provocaram reações. O debate não quer calar. Vamos a ele. Joaquim Aristides de Oliveira, professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFC, transcreve trechos de um dos livros de memórias do Reitor Martins Filho "na tentativa de deixar claro para a opinião pública a razão pela qual o Sítio Alagadiço Novo foi verdadeiramente incorporado ao patrimônio da UFC". Vamos aos trechos: "Durante a estada do presidente Castello Branco em Fortaleza, aconteceu um fato que merece registro. Na manhã do dia 27 de dezembro (1964), o presidente compareceu à Reitoria, desacompanhado de seus auxiliares imediatos. Depois de rápida troca de idéias sobre assuntos gerais, convidou-me Sua Excelência para irmos até Messejana, em visita à casa onde nasceu José de Alencar... A esta altura, o veículo parou nas proximidades da Casa de José de Alencar e o presidente não mais teve tempo de retorquir-me. Desceu do carro, lançou um olhar numa placa próxima, em que uma empresa de Fortaleza anunciava o loteamento dos terrenos que, antigamente, haviam constituído o Sítio Alagadiço Novo".
A TAREFA NA CONVICÇÃO DE QUE SERIA CUMPRIDA "Encerrando nossa discussão de natureza histórica, (conversavam no percurso sobre episódios da Independência do Brasil) disse-me o presidente que eu era muito persistente na interpretação de certos episódios por ele analisados diferentemente. E acrescentou que, em vista dessa persistência, iria confiar-me uma tarefa, na convicção de que ela seria cumprida.
Concluindo seu raciocínio declarou que desejava que a Universidade tomasse conta da Casa de José de Alencar e que evitasse a efetivação daquele anunciado loteamento, a fim de que viesse a ser recuperado, na forma de Parque, o Sítio Alagadiço Novo... Antes de retornar ao Rio de Janeiro, o presidente Castello Branco convocou-me para uma reunião, a que também compareceu o arquiteto José Liberal de Castro. De lápis em punho, traçou o presidente um esboço do que teria sido o Sítio Alagadiço novo, que iríamos recuperar, em forma de Parque... Tratamos, nos dias imediatos, de salvar a pequena casa onde nasceu o romancista, em ruína quase total e, com o material idêntico ao empregado na construção original... Com recursos próprios da Reitoria consegui adquirir oito hectares de terrenos adjacentes à Casa, já considerada Monumento Nacional, desde que fora tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico (Antonio Martins Filho: Memórias - Maioridade, tomo II, p. 319; 320. Fortaleza: Imprensa Universitária - UFC, 1994)."
"CASA E SÍTIO SÃO INDISSOCIÁVEIS" Para o professor Joaquim Aristides, nesses trechos "está dito de forma cristalina que a missão confiada à UFC é a de recuperar o Sítio Alagadiço Novo, na forma de Parque, preservando a ambiência em volta da Casa José de Alencar, já tombada como Monumento Nacional, que se via ameaçada de destruição pela especulação imobiliária. Portanto, de origem, Casa e Sítio são indissociáveis um dos outro e para preservá-los a UFC não carece do escudo legal do tombamento. Este é o mandato dado à UFC para ter a posse daquela área e do qual não deveria se afastar, atendo-se a ele por razões éticas, morais e, também, legais, afinal os órgãos públicos regem-se por seus fins e objetivos e não por circunstâncias. O que está para acontecer ali não é a simples construção de mais um prédio e sim um radical mudança de uso, dando-lhe um novo destino que se opõe frontalmente ao fim para o qual foi instituída. O que é um exemplo lamentável, pois a UFC não pode, não deve e não precisa trair esse compromisso".
POLÍTICA E IDEOLOGIA NA PRESERVAÇÃO Gilmar de Carvalho, professor do Curso de Comunicação Social da UFC, que, pelos planos do ICA, vai para o Sítio Alagadiço Novo, critica a tese que qualifica como "político" o parecer do arquiteto Carlos Fernando de Moura Delphim, do Departamento do Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan: "Se o parecer do Carlos Fernando Delphim é político, o que dizer do parecer que chancelava a destruição da Estação Ferroviária da Parangaba? Era técnico?".
O parecer defende que a casa de José de Alencar e o sítio formam um conjunto e não devem ceder espaço para a instalação do ICA. Outro professor da UFC, que por razões pessoais, prefere permanecer anônimo, argumenta que as razões que envolvem a preservação de áreas e construções são sempre de natureza política e ideológica. "O pensamento político e ideológico são componentes que devem ser considerados. Preservar é uma decisão que passa pelo pensamento político"
Fábio Campos
O Povo Online

Garanhuns-PE - Sedia fórum de cultura regional Agreste
Nesta quinta-feira (13) será a vez de Garanhuns, Agreste de Pernambuco, receber o fórum regional de Cultura, promovido pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
O encontro dá continuidade a uma ação iniciada em 2007, que tem por objetivo discutir com a população o formato da política pública cultural e a elaboração de um plano de cultura para a Região.
Os Fóruns Regionais de Cultura seguem o modelo de co-gestão através do qual a população também participa da administração pública com propostas que são discutidas em debates envolvendo gestores municipais, artistas, produtores e profissionais da área de patrimônio.
Participam desta edição do fórum 26 cidades do Agreste Meridional, o que inclui Águas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejão, Buíque, Caetés, Calçado, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Iati, Itaíba, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Pedra, Saloá, São João, Terezinha, Tupanatinga e Venturosa.
Durante todo o dia, serão debatidas as prioridades para a região nos diferentes segmentos artísticos – artes cênicas, música, cultura popular, audiovisual etc.
Este será o pebnúltimo fórum regional do ano. O próximo será realizado no dia 3 de dezembro, contemplando as cidades da Região Metropolitana do Recife.
pe360graus.com

Recife-PE - Partituras antigas de frevos passam por restauração
Uma parceria entre a Prefeitura do Recife e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) está restaurando partituras raras do frevo pernambucano. Elas fazem parte do arquivo da Orquestra Sinfônica do Recife e estão sendo salvas graças a um trabalho que exige dedicação e paciência.
Os documentos estavam na Casa do Carnaval, no Pátio de São Pedro, no Recife, desde a década de 1980, mas sem cuidados de conservação. Um dos exemplos é a partitura da música Evocação, do maestro Nelson Ferreira, de 1973. Os estragos que o tempo causou são visíveis. “É um material altamente perecível e sem o cuidado devido ele ia simplesmente desaparecer”, diz o maestro Edson Rodrigues.
Peças inéditas estão sendo descobertas com o trabalho, que faz parte do plano de salvaguarda do frevo, iniciado há dois anos, quando o frevo se tornou patrimônio imaterial do Brasil. A partitura do frevo de rua Pinga Fogo, de Edgar Morais, 1971, é uma raridade, pois o compositor é conhecido principalmente pelos frevos de bloco.
Também há registros de músicas consagradas como o Frevo do Galo, do maestro Duda, composto em 1987. “A gente está na fase inicial do trabalho, mas com certeza vamos encontrar muita coisa boa e que se perdeu com o tempo, não está sendo tocado ou veiculado. O objetivo é esse: achar um repertório de boa qualidade que as orquestras possam executar”, diz o professor de música Erilson Oliveira.
A partir da próxima semana, o público vai poder acompanhar de perto as outras etapas desse trabalho. “Todo o processo de restauro pode ser acompanhado pelo público em geral. As pessoas podem ter acesso, podem visitar a Casa do Carnaval, e ver como é feito o procedimento de restauro e higienização”, explica o encadernador Gustavo Paz.
A Casa do Carnaval fica no Pátio de São Pedro, no centro do Recife. Depois de restauradas, as partituras vão ser digitalizadas, para que músicos possam ter acesso ao material pela internet.
pe360graus.com

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