ATUALIDADES - 18-11-2008
São Paulo-SP - Subsídio a ônibus daria para fazer linha do metrô
A gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) vai desembolsar neste ano e no próximo mais de R$ 1,2 bilhão com subsídios à passagem de ônibus, segundo reportagem de Alencar Izidoro e Ricardo Sangiovanni na edição dominical da Folha (íntegra do texto restrita para assinantes do jornal e do UOL). O valor é suficiente, por exemplo, para construir um VLT (trem leve) do metrô São Judas até a linha 9-Esmeralda da CPTM, passando pelo aeroporto de Congonhas, conforme projeto do governo do Estado.
Mantido esse ritmo, nos quatro anos do mandato de Kassab, daria para construir uma linha inteira de metrô semelhante à extensão da 2-verde (ramal Paulista), que tem 10,7 km.
Na proposta de Orçamento do ano que vem, os R$ 600 milhões em subsídios sugeridos pelo prefeito representam mais do que a soma dos principais investimentos de Kassab no sistema de transporte, como os repasses para obras do metrô (R$ 250 milhões), a continuação do Expresso Tiradentes (R$ 146 milhões) e a implantação de corredores e terminais de ônibus (R$ 124 milhões).
Em entrevista à Folha (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL), o secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, defende a opção da gestão Kassab de elevar os subsídios sob a justificativa de garantir "justiça social" e evitar o reajuste da tarifa de ônibus.
O secretário diz que "em 2010 provavelmente haverá aumento" da tarifa de ônibus --que Kassab prometeu manter em R$ 2,30 em 2009--, mas que a "mentalidade" de subsidiar a passagem vai continuar.
Folha Online
A gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) vai desembolsar neste ano e no próximo mais de R$ 1,2 bilhão com subsídios à passagem de ônibus, segundo reportagem de Alencar Izidoro e Ricardo Sangiovanni na edição dominical da Folha (íntegra do texto restrita para assinantes do jornal e do UOL). O valor é suficiente, por exemplo, para construir um VLT (trem leve) do metrô São Judas até a linha 9-Esmeralda da CPTM, passando pelo aeroporto de Congonhas, conforme projeto do governo do Estado.
Mantido esse ritmo, nos quatro anos do mandato de Kassab, daria para construir uma linha inteira de metrô semelhante à extensão da 2-verde (ramal Paulista), que tem 10,7 km.
Na proposta de Orçamento do ano que vem, os R$ 600 milhões em subsídios sugeridos pelo prefeito representam mais do que a soma dos principais investimentos de Kassab no sistema de transporte, como os repasses para obras do metrô (R$ 250 milhões), a continuação do Expresso Tiradentes (R$ 146 milhões) e a implantação de corredores e terminais de ônibus (R$ 124 milhões).
Em entrevista à Folha (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL), o secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, defende a opção da gestão Kassab de elevar os subsídios sob a justificativa de garantir "justiça social" e evitar o reajuste da tarifa de ônibus.
O secretário diz que "em 2010 provavelmente haverá aumento" da tarifa de ônibus --que Kassab prometeu manter em R$ 2,30 em 2009--, mas que a "mentalidade" de subsidiar a passagem vai continuar.
Folha Online
Taxas médias de juros bancários de novembro apresentam elevação, constata Procon-SP
Fundação Procon-SP, órgão vinculado a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania realizou, no dia 4 de novembro, em dez instituições financeiras, pesquisa de taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física.
Os bancos pesquisados foram Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.
Neste mês, a pesquisa de taxas de juros detectou aumento das taxas médias nas duas modalidades estudadas. A taxa média do empréstimo pessoal desde o mês passado vem rompendo a barreira dos seis por cento e isso quer dizer que estamos voltando aos patamares do primeiro semestre de 2003, época em que o cenário externo também era motivo de apreensão.
O mesmo acontece com o cheque especial, que neste mês registrou a maior taxa média desde julho de 2003 (9,27%). Dos dez bancos pesquisados nessa modalidade, sete elevaram suas taxas.
No cheque especial a taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,24% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 8,96% a.m., significando um acréscimo de 0,28 ponto percentual.
As altas verificadas nas taxas de cheque especial foram:
- Bradesco: alterou de 8,05% para 8,64% a.m., o que significa um acréscimo de 0,59 ponto percentual, representando uma variação positiva de 7,33% em relação à taxa de outubro/08;
- Real: alterou de 9,28% para 9,85% a.m., o que significa um acréscimo de 0,57 ponto percentual, representando uma variação positiva de 6,14% em relação à taxa de outubro/08;
- Safra: alterou de 11,79% para 12,30% a.m., o que significa um acréscimo de 0,51 ponto percentual, representando uma variação positiva de 4,33% em relação à taxa de outubro/08;
- Santander: alterou de 9,28% para 9,70% a.m., o que significa um acréscimo de 0,42 ponto percentual, representando uma variação positiva de 4,53% em relação à taxa de outubro/08;
- HSBC: alterou de 8,91% para 9,25% a.m., o que significa um acréscimo de 0,34 ponto percentual, representando uma variação positiva de 3,82% em relação à taxa de outubro/08;
- Unibanco: alterou de 8,39% para 8,59% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,38% em relação à taxa de outubro/08;
- Itaú: alterou de 8,75% para 8,95% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,29% em relação à taxa de outubro/08.
Os demais bancos mantiveram suas taxas de cheque especial.
As altas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:
- Bradesco: alterou de 5,47% para 5,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,52 ponto percentual, representando uma variação positiva de 9,51% em relação à taxa de outubro/08;
- Itaú: alterou de 6,89% para 7,09% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,90% em relação à taxa de outubro/08;
- Real: alterou de 7,95% para 8,15% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,52% em relação à taxa de outubro/08;
- Santander: alterou de 5,90% para 6,00% a.m., o que significa um acréscimo de 0,10 ponto percentual, representando uma variação positiva de 1,69% em relação à taxa de outubro/08;
- HSBC: alterou de 4,82% para 4,85% a.m., o que significa um acréscimo de 0,03 ponto percentual, representando uma variação positiva de 0,62% em relação à taxa de outubro/08.
Os demais bancos mantiveram suas taxas de empréstimo pessoal.
No Empréstimo Pessoal a taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,15% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 6,04% a.m., significando um acréscimo de 0,11 ponto percentual.
Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo.
Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se às taxas máximas pré-fixadas para clientes não referenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.
Na reunião de outubro do Comitê de Política Monetária (o Copom), o Banco Central decidiu manter os juros básicos da economia em 13,75% anuais. Para essa decisão pesou o fato do Brasil estar convivendo com um problema sério de falta de liquidez, que levou o Banco Central a injetar dinheiro no mercado. Nesse cenário, prevaleceu o temor de que um maior aperto da política monetária poderia agravar os efeitos da crise externa na economia, com impacto no emprego e na renda.
Não há dúvidas de que para o tomador de crédito, a situação piorou muito. As instituições financeiras decidiram apertar o crédito e as taxas de juros voltaram a subir de maneira expressiva. Se antes o cheque especial já era uma linha de crédito muito cara, agora se torna impraticável.
Portanto, os técnicos do Procon-SP alertam que o momento é para muita cautela e recomendam que o consumidor aguarde momentos mais favoráveis para a contratação de empréstimos.
Último Segundo
Fundação Procon-SP, órgão vinculado a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania realizou, no dia 4 de novembro, em dez instituições financeiras, pesquisa de taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física.
Os bancos pesquisados foram Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.
Neste mês, a pesquisa de taxas de juros detectou aumento das taxas médias nas duas modalidades estudadas. A taxa média do empréstimo pessoal desde o mês passado vem rompendo a barreira dos seis por cento e isso quer dizer que estamos voltando aos patamares do primeiro semestre de 2003, época em que o cenário externo também era motivo de apreensão.
O mesmo acontece com o cheque especial, que neste mês registrou a maior taxa média desde julho de 2003 (9,27%). Dos dez bancos pesquisados nessa modalidade, sete elevaram suas taxas.
No cheque especial a taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,24% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 8,96% a.m., significando um acréscimo de 0,28 ponto percentual.
As altas verificadas nas taxas de cheque especial foram:
- Bradesco: alterou de 8,05% para 8,64% a.m., o que significa um acréscimo de 0,59 ponto percentual, representando uma variação positiva de 7,33% em relação à taxa de outubro/08;
- Real: alterou de 9,28% para 9,85% a.m., o que significa um acréscimo de 0,57 ponto percentual, representando uma variação positiva de 6,14% em relação à taxa de outubro/08;
- Safra: alterou de 11,79% para 12,30% a.m., o que significa um acréscimo de 0,51 ponto percentual, representando uma variação positiva de 4,33% em relação à taxa de outubro/08;
- Santander: alterou de 9,28% para 9,70% a.m., o que significa um acréscimo de 0,42 ponto percentual, representando uma variação positiva de 4,53% em relação à taxa de outubro/08;
- HSBC: alterou de 8,91% para 9,25% a.m., o que significa um acréscimo de 0,34 ponto percentual, representando uma variação positiva de 3,82% em relação à taxa de outubro/08;
- Unibanco: alterou de 8,39% para 8,59% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,38% em relação à taxa de outubro/08;
- Itaú: alterou de 8,75% para 8,95% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,29% em relação à taxa de outubro/08.
Os demais bancos mantiveram suas taxas de cheque especial.
As altas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:
- Bradesco: alterou de 5,47% para 5,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,52 ponto percentual, representando uma variação positiva de 9,51% em relação à taxa de outubro/08;
- Itaú: alterou de 6,89% para 7,09% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,90% em relação à taxa de outubro/08;
- Real: alterou de 7,95% para 8,15% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,52% em relação à taxa de outubro/08;
- Santander: alterou de 5,90% para 6,00% a.m., o que significa um acréscimo de 0,10 ponto percentual, representando uma variação positiva de 1,69% em relação à taxa de outubro/08;
- HSBC: alterou de 4,82% para 4,85% a.m., o que significa um acréscimo de 0,03 ponto percentual, representando uma variação positiva de 0,62% em relação à taxa de outubro/08.
Os demais bancos mantiveram suas taxas de empréstimo pessoal.
No Empréstimo Pessoal a taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,15% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 6,04% a.m., significando um acréscimo de 0,11 ponto percentual.
Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo.
Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se às taxas máximas pré-fixadas para clientes não referenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.
Na reunião de outubro do Comitê de Política Monetária (o Copom), o Banco Central decidiu manter os juros básicos da economia em 13,75% anuais. Para essa decisão pesou o fato do Brasil estar convivendo com um problema sério de falta de liquidez, que levou o Banco Central a injetar dinheiro no mercado. Nesse cenário, prevaleceu o temor de que um maior aperto da política monetária poderia agravar os efeitos da crise externa na economia, com impacto no emprego e na renda.
Não há dúvidas de que para o tomador de crédito, a situação piorou muito. As instituições financeiras decidiram apertar o crédito e as taxas de juros voltaram a subir de maneira expressiva. Se antes o cheque especial já era uma linha de crédito muito cara, agora se torna impraticável.
Portanto, os técnicos do Procon-SP alertam que o momento é para muita cautela e recomendam que o consumidor aguarde momentos mais favoráveis para a contratação de empréstimos.
Último Segundo
Líderes do G20 querem solução à Rodada Doha até o fim deste ano
Líderes mundiais do G20 (grupo que reúne os países desenvolvidos e emergentes) concordaram em se empenhar para finalizar as longas conversas sobre a Rodada Doha, de liberalização do comércio mundial, até o final do ano e garantiram não levantar novas barreiras comerciais nos próximos 12 meses.
"Há um esforço determinado para ver se nós não podemos completar as modalidades de Doha até o final de dezembro", afirmou o presidente norte-americano, George W. Bush, referindo-se aos principais detalhes de como os países irão cortar os subsídios agrícolas e as tarifas sobre bens agrícolas e manufaturados.
"Este é um objetivo difícil, mas um que temos que levantar nesta ocasião para alcançarmos", disse o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd. A reunião do G20, para tratar da crise financeira global, reuniu importantes participantes da Rodada Doha, incluindo os Estados Unidos, a União Européia, Brasil, China, Japão, Austrália, Reino Unido, França, entre outros.
Líderes mundiais do G20 (grupo que reúne os países desenvolvidos e emergentes) concordaram em se empenhar para finalizar as longas conversas sobre a Rodada Doha, de liberalização do comércio mundial, até o final do ano e garantiram não levantar novas barreiras comerciais nos próximos 12 meses.
"Há um esforço determinado para ver se nós não podemos completar as modalidades de Doha até o final de dezembro", afirmou o presidente norte-americano, George W. Bush, referindo-se aos principais detalhes de como os países irão cortar os subsídios agrícolas e as tarifas sobre bens agrícolas e manufaturados.
"Este é um objetivo difícil, mas um que temos que levantar nesta ocasião para alcançarmos", disse o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd. A reunião do G20, para tratar da crise financeira global, reuniu importantes participantes da Rodada Doha, incluindo os Estados Unidos, a União Européia, Brasil, China, Japão, Austrália, Reino Unido, França, entre outros.
Líderes mundiais concordaram em se empenhar para finalizar as longas conversas sobre a Rodada Doha até o final do ano
A Rodada Doha foi deixada de lado de uma crise a outra desde que os países decidiram iniciar as negociações na capital do Catar, no dia 14 de novembro de 2001. Com a saída de Bush do governo em 20 de janeiro, vários países gostariam de resolver os fundamentos do acordo de Doha antes que seu sucessor, o presidente eleito Barack Obama, assuma o controle do país. "Se há uma vontade política, seria bom se nós pudéssemos chegar a um acordo na Rodada Doha com a atual administração norte-americana", afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel.
O diretor-geral da OMC (Organização Mundial de Comércio), Pascal Lamy, disse em um comunicado que o documento do G20 --feito na reunião em Washington neste sábado-- forneceu à Rodada Doha um "estímulo político bastante necessário". "O que nós precisamos agora é que essa forte demonstração de apoio seja traduzida em ação na mesa de negociação", acrescentou Lamy.
No documento, os líderes concordaram em trabalhar em prol de um acordo nas próximas oito semanas, que produza um "resultado ambicioso e balanceado". "Nós instruímos nossos ministros de comércio a alcançar este objetivo e estamos prontos para ajudar diretamente, se preciso. Nós também concordamos que nossos países têm a maior participação no sistema de comércio global e, portanto, cada um deve fazer contribuições positivas necessárias para atingir tal resultado", disseram os líderes.
Em Washington, Lula diz que G20 foi histórico e representa uma mudança no panorama político mundial
A reunião dos ministros de Comércio em Genebra, em julho, chegou bem perto de romper o impasse Doha, mas esse esforço entrou em colapso quando os Estados Unidos se opuseram a colegas do G20, Índia e China, sobre os termos de um "mecanismo de salvaguarda especial" para proteger produtores de países pobres do aumento das importações.
Na época, o Brasil acabou por acatar a proposta da OMC, a fim de destravar as negociações, o que, para alguns, criou uma situação de mal-estar entre o páis e seus parceiros do G20, como indianos e argentinos.
Neste fim de semana, em Washington, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, enfatizou a importância de levar adiante as negociações da Rodada Doha de comércio internacional, dizendo que as grandes economias mundiais deveriam tomar cuidado para não deixar que a crise vire uma desculpa para o protecionismo.
Para Amorim, é possível concluir a Rodada Doha antes do fim de 2008, o que "ajudaria a fortalecer o multilateralismo".
"Estamos, agora, diante da grande oportunidade de dar um forte impulso às negociações, que poderão levar três ou quatro semanas, e depois concluir a rodada. Acredito que é possível e devemos tentar até a última ficha", disse Amorim na última terça-feira (11).
DOUG PALMER da Reuters, em Washington
A Rodada Doha foi deixada de lado de uma crise a outra desde que os países decidiram iniciar as negociações na capital do Catar, no dia 14 de novembro de 2001. Com a saída de Bush do governo em 20 de janeiro, vários países gostariam de resolver os fundamentos do acordo de Doha antes que seu sucessor, o presidente eleito Barack Obama, assuma o controle do país. "Se há uma vontade política, seria bom se nós pudéssemos chegar a um acordo na Rodada Doha com a atual administração norte-americana", afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel.
O diretor-geral da OMC (Organização Mundial de Comércio), Pascal Lamy, disse em um comunicado que o documento do G20 --feito na reunião em Washington neste sábado-- forneceu à Rodada Doha um "estímulo político bastante necessário". "O que nós precisamos agora é que essa forte demonstração de apoio seja traduzida em ação na mesa de negociação", acrescentou Lamy.
No documento, os líderes concordaram em trabalhar em prol de um acordo nas próximas oito semanas, que produza um "resultado ambicioso e balanceado". "Nós instruímos nossos ministros de comércio a alcançar este objetivo e estamos prontos para ajudar diretamente, se preciso. Nós também concordamos que nossos países têm a maior participação no sistema de comércio global e, portanto, cada um deve fazer contribuições positivas necessárias para atingir tal resultado", disseram os líderes.
Em Washington, Lula diz que G20 foi histórico e representa uma mudança no panorama político mundial
A reunião dos ministros de Comércio em Genebra, em julho, chegou bem perto de romper o impasse Doha, mas esse esforço entrou em colapso quando os Estados Unidos se opuseram a colegas do G20, Índia e China, sobre os termos de um "mecanismo de salvaguarda especial" para proteger produtores de países pobres do aumento das importações.
Na época, o Brasil acabou por acatar a proposta da OMC, a fim de destravar as negociações, o que, para alguns, criou uma situação de mal-estar entre o páis e seus parceiros do G20, como indianos e argentinos.
Neste fim de semana, em Washington, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, enfatizou a importância de levar adiante as negociações da Rodada Doha de comércio internacional, dizendo que as grandes economias mundiais deveriam tomar cuidado para não deixar que a crise vire uma desculpa para o protecionismo.
Para Amorim, é possível concluir a Rodada Doha antes do fim de 2008, o que "ajudaria a fortalecer o multilateralismo".
"Estamos, agora, diante da grande oportunidade de dar um forte impulso às negociações, que poderão levar três ou quatro semanas, e depois concluir a rodada. Acredito que é possível e devemos tentar até a última ficha", disse Amorim na última terça-feira (11).
DOUG PALMER da Reuters, em Washington
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