ATUALIDADES - 6-11-2008
Imprensa americana é unânime ao saudar a vitória histórica e decisiva de Obama
WASHINGTON, 5 Nov 2008 (AFP) - Os grandes jornais americanos saudaram nesta quarta-feira a eleição histórica de Barack Obama para a Casa Branca, destacando os enormes progressos feitos pelos Estados Unidos apenas 50 anos após a adoção das leis que puseram fim à segregação racial.
Com o título "Obama, as barreiras raciais caem com uma vitória decisiva", o New York Times considerou que "é um desses momentos da História que merece que nos detenhamos nele, para analisar os fatos".
"Um americano cujo nome é Barack Hussein Obama, filho de uma mulher branca e de um homem negro que ele apenas conheceu, e criado por seus avós longe (do continente americano), foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos (...) Seu triunfo foi decisivo e inapelável, porque ele viu o que estava errado neste país: o fracasso do governo em proteger os cidadãos", acrescentou o jornal nova-iorquino, que havia apoiado Obama durante a campanha eleitoral.
O New York Times ressalta também a "difícil herança" deixada pelo presidente republicano George W. Bush, mencionando a crise econômica e as guerras em Afeganistão e Iraque.
Para o Washington Post, a vitória decisiva de Barack Obama ilustra "os progressos" realizados nos Estados Unidos nas relações entre as diferentes comunidades raciais e étnicas.
"Quando apoiamos Obama, nós não mencionamos a raça, pela simples razão de que ela não tinha importância em nossa decisão. Obama era simplesmente o melhor dos dois candidatos", escreveu o jornal.
"Mas a raça é particularmente importante neste momento. Como os americanos não poderiam ficar emocionados" com a eleição de um presidente negro?, segundo o diário.
"Obama nasceu em uma época (1961) em que vários estados teriam proibido o casamento entre sua mãe branca do Kansas e seu pai negro do Quênia. Poucas pessoas na época e, na verdade, poucas pessoas ainda há alguns anos, conseguiram prever" a ascensão de um negro à Casa Branca, se entusiasma o jornal.
"Obama não poderá apagar a herança de Bush", acrescenta o Post, "mas há uma chance de melhorar a posição da América no mundo, pondo fim a práticas condenáveis, como a tortura".
Felicitando Obama por sua vitória, o Wall Street Journal (conservador) afirma que os americanos "puniram os republicanos por seu fracasso econômico".
O diário de negócios destaca a qualidade da campanha realizada por Obama, explicando que a sua vitória se deve em parte a sua "eloqüência" e ao seu "charme fora do comum".
"É algo que jamais ocorreu em um outro país ocidental", frisa o jornal, "apesar do desdém europeu em relação à América 'racista'".
Para o Los Angeles Times, que intitula "Vitória de Obama, um mandato para a mudança", "nós merecemos saborear este momento".
"O racismo em nossa história é um fato real, doloroso e longe de estar resolvido, mas nossos progressos são também inegáveis e se manifestaram na terça-feira à noite", escreve o grande diário californiano.
"A satisfação da vitória de Barack Obama ressoa no mundo inteiro, emocionando a Europa e a África, os países pobres e os países ricos, da mesma maneira que emociona nossa alma nacional", ressalta o editorial do jornal.
O Washington Times, jornal ultraconservador, indica que a vitória de Obama mostra que "os progressos extraordinários no âmbito racial feitos pelos Estados Unidos são inegáveis".
"De alguma forma, sua vitória, depois de ter obtido milhões de votos de americanos de todas as raças e grupos étnicos, representa uma vitória para a nação", reconhece o jornal.
WASHINGTON, 5 Nov 2008 (AFP) - Os grandes jornais americanos saudaram nesta quarta-feira a eleição histórica de Barack Obama para a Casa Branca, destacando os enormes progressos feitos pelos Estados Unidos apenas 50 anos após a adoção das leis que puseram fim à segregação racial.
Com o título "Obama, as barreiras raciais caem com uma vitória decisiva", o New York Times considerou que "é um desses momentos da História que merece que nos detenhamos nele, para analisar os fatos".
"Um americano cujo nome é Barack Hussein Obama, filho de uma mulher branca e de um homem negro que ele apenas conheceu, e criado por seus avós longe (do continente americano), foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos (...) Seu triunfo foi decisivo e inapelável, porque ele viu o que estava errado neste país: o fracasso do governo em proteger os cidadãos", acrescentou o jornal nova-iorquino, que havia apoiado Obama durante a campanha eleitoral.
O New York Times ressalta também a "difícil herança" deixada pelo presidente republicano George W. Bush, mencionando a crise econômica e as guerras em Afeganistão e Iraque.
Para o Washington Post, a vitória decisiva de Barack Obama ilustra "os progressos" realizados nos Estados Unidos nas relações entre as diferentes comunidades raciais e étnicas.
"Quando apoiamos Obama, nós não mencionamos a raça, pela simples razão de que ela não tinha importância em nossa decisão. Obama era simplesmente o melhor dos dois candidatos", escreveu o jornal.
"Mas a raça é particularmente importante neste momento. Como os americanos não poderiam ficar emocionados" com a eleição de um presidente negro?, segundo o diário.
"Obama nasceu em uma época (1961) em que vários estados teriam proibido o casamento entre sua mãe branca do Kansas e seu pai negro do Quênia. Poucas pessoas na época e, na verdade, poucas pessoas ainda há alguns anos, conseguiram prever" a ascensão de um negro à Casa Branca, se entusiasma o jornal.
"Obama não poderá apagar a herança de Bush", acrescenta o Post, "mas há uma chance de melhorar a posição da América no mundo, pondo fim a práticas condenáveis, como a tortura".
Felicitando Obama por sua vitória, o Wall Street Journal (conservador) afirma que os americanos "puniram os republicanos por seu fracasso econômico".
O diário de negócios destaca a qualidade da campanha realizada por Obama, explicando que a sua vitória se deve em parte a sua "eloqüência" e ao seu "charme fora do comum".
"É algo que jamais ocorreu em um outro país ocidental", frisa o jornal, "apesar do desdém europeu em relação à América 'racista'".
Para o Los Angeles Times, que intitula "Vitória de Obama, um mandato para a mudança", "nós merecemos saborear este momento".
"O racismo em nossa história é um fato real, doloroso e longe de estar resolvido, mas nossos progressos são também inegáveis e se manifestaram na terça-feira à noite", escreve o grande diário californiano.
"A satisfação da vitória de Barack Obama ressoa no mundo inteiro, emocionando a Europa e a África, os países pobres e os países ricos, da mesma maneira que emociona nossa alma nacional", ressalta o editorial do jornal.
O Washington Times, jornal ultraconservador, indica que a vitória de Obama mostra que "os progressos extraordinários no âmbito racial feitos pelos Estados Unidos são inegáveis".
"De alguma forma, sua vitória, depois de ter obtido milhões de votos de americanos de todas as raças e grupos étnicos, representa uma vitória para a nação", reconhece o jornal.
Globo.com
Justiça Eleitoral cassa governador e vice de Rondônia e marca nova eleição
Governador Ivo Cassol alega inocência e diz que vai recorrer ao TSE.TRE também cassou o mandato do senador Expedito Júnior (PR-RO).
O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia decidiu na noite de terça-feira (4) cassar, por compra de votos e abuso de poder, os mandatos do governador do estado, Ivo Cassol (sem partido), e do vice-governador, João Aparecido Cahulla. Além disso, a decisão anula as eleições de 2006 para o governo do estado e determina uma nova data para o pleito, em 14 de dezembro deste ano. Na decisão, o TRE também cassou o mandato do senador Expedito Júnior (PR-RO) pelo mesmo motivo. Todos podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. O TRE determinou ainda que o presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia seja comunicado para assumir o governo do estado até o próximo pleito. Determinou também que o Senado seja avisado sobre a cassação do senador Expedito Júnior. Cassol e Expedito Júnior foram declarados inelegíveis até 2009. O TRE também decidiu multar o governador em 95 mil Unidades Fiscais de Referência (UFIRs), cerca de R$ 95 mil - e o senador em 45 mil UFIRs - cerca de R$ 45 mil.
De acordo com o TRE de Rondônia, nos próximos dias o tribunal deve apresentar uma resolução com as regras da nova eleição para o governo estadual.
Outro lado
A assessoria de imprensa do governador informou que ele está "tranqüilo" em relação à decisão. Afirmou que vai recorrer ao TSE assim que notificado oficialmente. Segundo a assessoria, Cassol vai alegar inocência e dizer que o processo foi montado contra a candidatura do senador. O governador disse, por meio do assessor, que "não tem absolutamente nada com isso, não comprou votos e nunca recorreu a esse expediente". O governador acredita na reversão da decisão no TSE. A assessoria do senador Expedito Júnior também informou que ele recorrerá. Segundo a assessoria, trata-se da terceira decisão de cassação sobre a mesma acusação. Na primeira, o senador obteve liminar para se manter no cargo até decisão final. Na segunda, a Mesa do Senado decidiu aguardar decisão final antes de retomar a cadeira.
O senador informou, por meio da assessoria, que no TSE vai ter mais chances de apresentar sua defesa.
Acusações
A ação, proposta pelo Ministério Público Eleitoral do estado, os acusou de irregularidades durante a campanha eleitoral de 2006. Segundo a denúncia, o governador Ivo Cassol e o senador Expedito Júnior se associaram para a compra de votos. O voto da relatora do processo, desembargadora Ivanira Feitosa Borges, disse em seu voto que "sobejam provas que os representados estiveram envolvidos na captação ilícita de sufrágio". "Eles fizeram campanhas juntos, conforme notórias aparições públicas. Foram fotografados juntos. O material de campanha era comum. Tinham ‘formiguinhas’ (cabos eleitorais) comuns. Tinham os mesmos doadores de recursos.
Governador Ivo Cassol alega inocência e diz que vai recorrer ao TSE.TRE também cassou o mandato do senador Expedito Júnior (PR-RO).
O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia decidiu na noite de terça-feira (4) cassar, por compra de votos e abuso de poder, os mandatos do governador do estado, Ivo Cassol (sem partido), e do vice-governador, João Aparecido Cahulla. Além disso, a decisão anula as eleições de 2006 para o governo do estado e determina uma nova data para o pleito, em 14 de dezembro deste ano. Na decisão, o TRE também cassou o mandato do senador Expedito Júnior (PR-RO) pelo mesmo motivo. Todos podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. O TRE determinou ainda que o presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia seja comunicado para assumir o governo do estado até o próximo pleito. Determinou também que o Senado seja avisado sobre a cassação do senador Expedito Júnior. Cassol e Expedito Júnior foram declarados inelegíveis até 2009. O TRE também decidiu multar o governador em 95 mil Unidades Fiscais de Referência (UFIRs), cerca de R$ 95 mil - e o senador em 45 mil UFIRs - cerca de R$ 45 mil.
De acordo com o TRE de Rondônia, nos próximos dias o tribunal deve apresentar uma resolução com as regras da nova eleição para o governo estadual.
Outro lado
A assessoria de imprensa do governador informou que ele está "tranqüilo" em relação à decisão. Afirmou que vai recorrer ao TSE assim que notificado oficialmente. Segundo a assessoria, Cassol vai alegar inocência e dizer que o processo foi montado contra a candidatura do senador. O governador disse, por meio do assessor, que "não tem absolutamente nada com isso, não comprou votos e nunca recorreu a esse expediente". O governador acredita na reversão da decisão no TSE. A assessoria do senador Expedito Júnior também informou que ele recorrerá. Segundo a assessoria, trata-se da terceira decisão de cassação sobre a mesma acusação. Na primeira, o senador obteve liminar para se manter no cargo até decisão final. Na segunda, a Mesa do Senado decidiu aguardar decisão final antes de retomar a cadeira.
O senador informou, por meio da assessoria, que no TSE vai ter mais chances de apresentar sua defesa.
Acusações
A ação, proposta pelo Ministério Público Eleitoral do estado, os acusou de irregularidades durante a campanha eleitoral de 2006. Segundo a denúncia, o governador Ivo Cassol e o senador Expedito Júnior se associaram para a compra de votos. O voto da relatora do processo, desembargadora Ivanira Feitosa Borges, disse em seu voto que "sobejam provas que os representados estiveram envolvidos na captação ilícita de sufrágio". "Eles fizeram campanhas juntos, conforme notórias aparições públicas. Foram fotografados juntos. O material de campanha era comum. Tinham ‘formiguinhas’ (cabos eleitorais) comuns. Tinham os mesmos doadores de recursos.
Fizeram doações um para o outro em seus comitês financeiros, sendo que Ivo Cassol chegou a doar através de seu comitê de campanha ao comitê de Expedito Júnior o valor de R$ 200.500,00 exatamente na véspera e no dia da ocorrência da captação ilícita de sufrágio (28 e 29/09/06) em que os recursos saíram de Expedito Júnior, mediante a participação de seu tesoureiro Robério [tesoureiro de Expedido Júnior]. Formavam o mesmo grupo político.
E o fato mais importante de todos: o governador usou a máquina administrativa pública para tentar ocultar a compra de votos que o beneficiou", diz o voto da relatora. Em nota, o presidente to TRE fiz não crer que o cumprimento da decisão seja adiado. "Quanto à possível emenda para impedir o cumprimento da decisão, condicionando a execução ao trânsito em julgado, [o presidente do tribunal] acredita que não haverá nada nesse sentido."
Globo.com
Imprensa oficial cubana questiona "mudança" sob Obama
Havana, 5 nov (EFE).- Os meios de comunicação cubanos, todos oficiais, destacam hoje o triunfo do democrata Barack Obama nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, mas põem em dúvida que represente realmente a "mudança".
O tablóide "Granma", porta-voz oficial do governante Partido Comunista, dedica à eleição americana uma de suas oito páginas e um quadro em primeira plano, ambos com o título "Obama à Casa Branca", mas sob a foto do futuro presidente pergunta: "O candidato da mudança?".
Acrescenta que Obama chegou ao pleito de terça-feira "com o respaldo da classe dominante dos Estados Unidos" e "da maioria do 'establishment' democrata".
Sobre o derrotado candidato republicano, John McCain, o "Granma" comenta que "a explosão da crise financeira representou o fim da linha" para suas aspirações.
A agência estatal "Prensa Latina" destacou que Obama "será o primeiro afro-descendente a ocupar a primeira magistratura" de seu país, "que herda com suas principais estatísticas no vermelho e enormes desafios".
Os discursos de Obama "foram os mais ousados ao abordar assuntos domésticos e de política externa, embora sem sair dos limites do chamado 'establishment'", afirmou.
O jornal "Juventud Rebelde" abre com o título "Barack Obama, presidente dos Estados Unidos", e segue com o subtítulo "John McCain lhe concede o triunfo em discurso em que chamou à unidade", e destaca que foram as eleições mais custosas dos EUA (US$ 2,4 bilhões).
Toda a imprensa noticiários da ilha publicou ontem um artigo do convalescente ditador cubano Fidel Castro, no qual ele voltou a louvar a Obama e atacar a McCain.
A pauta que segue hoje a imprensa oficial marcou o ex-presidente de 82 anos, ao advertir que o líder eleito "apóia seu sistema e se apoiará nele".
"A preocupação com os problemas do mundo não ocupa realmente um lugar importante na mente de Obama, e muito menos na do candidato que, como piloto de guerra, descarregou dezenas de toneladas de bombas sobre a cidade de Hanói (...) sem remorso algum de consciência", escreveu Castro -ele próprio um promotor de execuções.
Não se conhecem até agora reações oficiais do Governo chefiado, desde fevereiro, por seu irmão, o general Raúl Castro.
Havana, 5 nov (EFE).- Os meios de comunicação cubanos, todos oficiais, destacam hoje o triunfo do democrata Barack Obama nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, mas põem em dúvida que represente realmente a "mudança".
O tablóide "Granma", porta-voz oficial do governante Partido Comunista, dedica à eleição americana uma de suas oito páginas e um quadro em primeira plano, ambos com o título "Obama à Casa Branca", mas sob a foto do futuro presidente pergunta: "O candidato da mudança?".
Acrescenta que Obama chegou ao pleito de terça-feira "com o respaldo da classe dominante dos Estados Unidos" e "da maioria do 'establishment' democrata".
Sobre o derrotado candidato republicano, John McCain, o "Granma" comenta que "a explosão da crise financeira representou o fim da linha" para suas aspirações.
A agência estatal "Prensa Latina" destacou que Obama "será o primeiro afro-descendente a ocupar a primeira magistratura" de seu país, "que herda com suas principais estatísticas no vermelho e enormes desafios".
Os discursos de Obama "foram os mais ousados ao abordar assuntos domésticos e de política externa, embora sem sair dos limites do chamado 'establishment'", afirmou.
O jornal "Juventud Rebelde" abre com o título "Barack Obama, presidente dos Estados Unidos", e segue com o subtítulo "John McCain lhe concede o triunfo em discurso em que chamou à unidade", e destaca que foram as eleições mais custosas dos EUA (US$ 2,4 bilhões).
Toda a imprensa noticiários da ilha publicou ontem um artigo do convalescente ditador cubano Fidel Castro, no qual ele voltou a louvar a Obama e atacar a McCain.
A pauta que segue hoje a imprensa oficial marcou o ex-presidente de 82 anos, ao advertir que o líder eleito "apóia seu sistema e se apoiará nele".
"A preocupação com os problemas do mundo não ocupa realmente um lugar importante na mente de Obama, e muito menos na do candidato que, como piloto de guerra, descarregou dezenas de toneladas de bombas sobre a cidade de Hanói (...) sem remorso algum de consciência", escreveu Castro -ele próprio um promotor de execuções.
Não se conhecem até agora reações oficiais do Governo chefiado, desde fevereiro, por seu irmão, o general Raúl Castro.
EFE
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