SAÚDE - 19-11-2008
Advogado conta como descobriu que tinha câncer de próstata
Após o falecimento do pai, advogado se consultou com urologista.Doença ainda é motivo de debate entre médicos.
O advogado Newton Almeida Lima, 72 anos, descobriu que poderia ter câncer de próstata de uma maneira triste: logo após o falecimento do pai, há dez anos, devido a mesma doença. Lima procurou um urologista. O exame identificou que ele tinha tendência a desenvolver esse tipo de câncer. Fez acompanhamento médico por meses. Como não sentia dores ou mal estar, deixou de ir ao urologista por cinco anos. “Um dia resolvi fazer um check-up”, conta.
Em setembro de 2005, um mês após o check-up, Lima precisou ser operado. A doença avançava rapidamente. Devido ao estágio dela, também se submeteu a tratamento radioterápico por seis meses. “Hoje estou feliz e curado”. Mesmo assim, freqüentemente visita o urologista. O irmão mais novo de Lima, 63 anos, nunca fez um exame. Foge do médico. “Homem, em geral, tem preconceito. Mas deveria fazer o exame para resolver a dificuldade antes que vire um problema”, acredita. O câncer de próstata é a segunda causa mais comum de morte por câncer entre os homens no Brasil. De acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados para este ano 49.530 novos casos. “A história natural do câncer da próstata não é compreendida na sua totalidade”, diz Marcus Valério de Oliveira, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Câncer do (INCA). “Essa não é uma doença única, mas um espectro delas, variando desde tumores muito agressivos àqueles de crescimento lento que podem não causar sintomas ou a morte”. Muitos homens com a doença na forma menos agressiva tendem a falecer com o câncer, em vez de morrer do câncer. A doença pode ser identificada em 30% dos exames pós-mortem em homens com mais de 50 anos, segundo dados do INCA. “Mas nem sempre é possível dizer, no momento do diagnóstico, quais tumores são agressivos e quais de crescimento lento”, diz. Após descoberto, o médico indicará acompanhamento ou tratamento.
Quando realizar os exames
O INCA recomenda que homens que solicitem espontaneamente a realização do exame de rastreamento da possível doença sejam informados por seus médicos sobre os riscos e benefícios associados a essa prática. José Carlos de Almeida, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, indica que os homens vão ao médico para fazer o check-up. “O médico avaliará a situação do paciente com o toque retal, o exame de dosagem do antígeno prostático específico (PSA, sigla em inglês) e o histórico familiar”, explica. “Existem tumores que não se desenvolvem e aumento benigno da próstata, mas apenas o médico poderá indicar o que fazer”, diz Almeida. Homens com mais de 40 anos e com familiares próximos que tiveram a doença, devem procurar um urologista para verificar sua situação. “Os afrodescendentes precisam ter atenção. Não se sabe o porquê, mas esse tipo de câncer é mais devastador nessas pessoas”, conta Almeida. De acordo com o médico Oliveira, trata-se de um câncer raro antes do 50 anos de idade e maioria dos óbitos ocorrem em homens com 70 anos ou mais. Os estados com as maiores taxas brutas de incidência -- número de casos a cada 100 mil habitantes -- são Rio Grande do Sul (80,63), Rio de Janeiro (77,93), Paraná (65,16) e São Paulo (64,3). Almeida explica que existem pessoas que nunca apresentam sintomas. Certo dia, procuram um médico devido a dores nos ossos e, nesse momento, é diagnosticada a metástase óssea. “Quando isso acontece é mais complicado tratar. Geralmente, apenas é possível diminuir a dor”, conta. “Mas se for diagnosticado o câncer no estágio inicial, na glândula, a ‘cura’ chega a ser até de 95%”, diz. “Um homem que possui por volta de 60 anos pode falecer devido a doença, por isso quanto antes diagnosticada mais fácil será para preservar a vida dessa pessoa”, finaliza.
Tire suas dúvidas
Sintomas: não apresenta em estágio inicial. Sangue na urina, necessidade freqüente de urinar, jato urinário fraco, dor ou queimação ao urinar pode ser aumento benigno da próstata.Prevenção: desconhece-se a melhor maneira para evitar. Mas hábitos saudáveis como fazer exercícios físicos, não fumar e ter uma alimentação rica em vegetais reduzirem o risco de desenvolvimento de câncer em geral. Causas: são desconhecidas. Mas influências hormonais têm um papel a ser considerado em seu desenvolvimento, já que os tumores regridem quando se perde o hormônio andrógeno. Fatores de risco: idade avançada e parentes de primeiro grau com câncer de próstata antes dos 60 anos. Diagnóstico: é feito pelo exame clínico (toque retal) e pela dosagem do PSA. Se positivo, o médico pode solicitar ultra-sonografia pélvica ou prostática transretal e biópsia. prostática transretal. Tratamentos: dependendo do tipo do tumor e da fase de seu desenvolvimento os tratamentos podem ser radioterapia, braquiterapia, quimioterapia, hormonioterapia ou cirurgia para retirada da próstata.
Isis Nóbile Diniz
Globo.com
Após o falecimento do pai, advogado se consultou com urologista.Doença ainda é motivo de debate entre médicos.
O advogado Newton Almeida Lima, 72 anos, descobriu que poderia ter câncer de próstata de uma maneira triste: logo após o falecimento do pai, há dez anos, devido a mesma doença. Lima procurou um urologista. O exame identificou que ele tinha tendência a desenvolver esse tipo de câncer. Fez acompanhamento médico por meses. Como não sentia dores ou mal estar, deixou de ir ao urologista por cinco anos. “Um dia resolvi fazer um check-up”, conta.
Em setembro de 2005, um mês após o check-up, Lima precisou ser operado. A doença avançava rapidamente. Devido ao estágio dela, também se submeteu a tratamento radioterápico por seis meses. “Hoje estou feliz e curado”. Mesmo assim, freqüentemente visita o urologista. O irmão mais novo de Lima, 63 anos, nunca fez um exame. Foge do médico. “Homem, em geral, tem preconceito. Mas deveria fazer o exame para resolver a dificuldade antes que vire um problema”, acredita. O câncer de próstata é a segunda causa mais comum de morte por câncer entre os homens no Brasil. De acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados para este ano 49.530 novos casos. “A história natural do câncer da próstata não é compreendida na sua totalidade”, diz Marcus Valério de Oliveira, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Câncer do (INCA). “Essa não é uma doença única, mas um espectro delas, variando desde tumores muito agressivos àqueles de crescimento lento que podem não causar sintomas ou a morte”. Muitos homens com a doença na forma menos agressiva tendem a falecer com o câncer, em vez de morrer do câncer. A doença pode ser identificada em 30% dos exames pós-mortem em homens com mais de 50 anos, segundo dados do INCA. “Mas nem sempre é possível dizer, no momento do diagnóstico, quais tumores são agressivos e quais de crescimento lento”, diz. Após descoberto, o médico indicará acompanhamento ou tratamento.
Quando realizar os exames
O INCA recomenda que homens que solicitem espontaneamente a realização do exame de rastreamento da possível doença sejam informados por seus médicos sobre os riscos e benefícios associados a essa prática. José Carlos de Almeida, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, indica que os homens vão ao médico para fazer o check-up. “O médico avaliará a situação do paciente com o toque retal, o exame de dosagem do antígeno prostático específico (PSA, sigla em inglês) e o histórico familiar”, explica. “Existem tumores que não se desenvolvem e aumento benigno da próstata, mas apenas o médico poderá indicar o que fazer”, diz Almeida. Homens com mais de 40 anos e com familiares próximos que tiveram a doença, devem procurar um urologista para verificar sua situação. “Os afrodescendentes precisam ter atenção. Não se sabe o porquê, mas esse tipo de câncer é mais devastador nessas pessoas”, conta Almeida. De acordo com o médico Oliveira, trata-se de um câncer raro antes do 50 anos de idade e maioria dos óbitos ocorrem em homens com 70 anos ou mais. Os estados com as maiores taxas brutas de incidência -- número de casos a cada 100 mil habitantes -- são Rio Grande do Sul (80,63), Rio de Janeiro (77,93), Paraná (65,16) e São Paulo (64,3). Almeida explica que existem pessoas que nunca apresentam sintomas. Certo dia, procuram um médico devido a dores nos ossos e, nesse momento, é diagnosticada a metástase óssea. “Quando isso acontece é mais complicado tratar. Geralmente, apenas é possível diminuir a dor”, conta. “Mas se for diagnosticado o câncer no estágio inicial, na glândula, a ‘cura’ chega a ser até de 95%”, diz. “Um homem que possui por volta de 60 anos pode falecer devido a doença, por isso quanto antes diagnosticada mais fácil será para preservar a vida dessa pessoa”, finaliza.
Tire suas dúvidas
Sintomas: não apresenta em estágio inicial. Sangue na urina, necessidade freqüente de urinar, jato urinário fraco, dor ou queimação ao urinar pode ser aumento benigno da próstata.Prevenção: desconhece-se a melhor maneira para evitar. Mas hábitos saudáveis como fazer exercícios físicos, não fumar e ter uma alimentação rica em vegetais reduzirem o risco de desenvolvimento de câncer em geral. Causas: são desconhecidas. Mas influências hormonais têm um papel a ser considerado em seu desenvolvimento, já que os tumores regridem quando se perde o hormônio andrógeno. Fatores de risco: idade avançada e parentes de primeiro grau com câncer de próstata antes dos 60 anos. Diagnóstico: é feito pelo exame clínico (toque retal) e pela dosagem do PSA. Se positivo, o médico pode solicitar ultra-sonografia pélvica ou prostática transretal e biópsia. prostática transretal. Tratamentos: dependendo do tipo do tumor e da fase de seu desenvolvimento os tratamentos podem ser radioterapia, braquiterapia, quimioterapia, hormonioterapia ou cirurgia para retirada da próstata.
Isis Nóbile Diniz
Globo.com
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