ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

08 dezembro, 2008

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 8-12-08

Pesquisadores pedem registro de reisado como patrimônio cultural
Uma área de 300 metros quadrados, coberta parcialmente com sapê, um mestre da cultura popular guiando com seus cânticos (ou toadas) o pequeno grupo que dança em reverência ao rei. Foi desta forma que terminou o primeiro dia de atividades do 4º Encontro Mestres do Mundo e o 3º Seminário Nacional de Culturas Populares, que vai até sábado (6), nos municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha (CE). Este é o cenário de um reisado, expressão da cultura popular que pode se tornar patrimônio cultural do Brasil.
O pesquisador Oswald Barroso, que participa do evento, defende o pedido de registro do reisado como patrimônio cultural como um dos encaminhamentos do seminário. Este ano, a capoeira e o processo artesanal de produção do pão de queijo foram assim reconhecidos.
“O reisado é um dos mais representativos. Está presente no conjunto do Brasil, incorporado na vida popular e, longe de desaparecer, há cidades no Ceará, por exemplo, que reúnem mais de 50 grupos de reisados de vários tipos. Além disso, tem uma complexidade que eu penso que outros folguedos não têm. Um apanhado dessas nuances seria fundamental não só para entender o Brasil, mas a alma humana”, defende o pesquisador.
No Cariri, região ao sul do Ceará que sedia o evento, a cultura do reisado é muito forte. Na verdade, é uma das expressões da cultura popular mais presentes no território brasileiro, que ganha formas e criações de acordo com o lugar. Há pelo menos quatro tipos de reisados: o de congo, o de caretas, as bandas cabaçais e as torés indígenas.
Pela tradição, o rei representa um dos reis magos – escolhidos por Deus para conhecer seu filho (Jesus) – e conduz seu povo. O que se observa nas apresentações é o caminho para chegar lá, onde o povo encontra criaturas, inimigos, e têm que combatê-los. A história se mistura à luta dos escravos nos quilombos, que tinham que batalhar pela vida e pelo território com índios e brancos. O reisado é considerado uma tradição do período natalino, ao contrário dos bois, que são do período junino.
Oswald, que é ator, jornalista e sociólogo, tem dois livros sobre a tradição e desenvolveu a teoria do “teatro como desencantamento”, com base em seus estudos de mais de duas décadas sobre o reisado.
“O reisado é a incorporação do arquétipo do rei, que, dentro de cada roceiro, cada carroceiro, cada biscateiro, há um rei dentro de si. Eles vivem desencantados nessa vida comum, e, na brincadeira, eles se encantam e entram em outra dimensão da realidade, do maravilhoso. Nessa dimensão, eles são reis, rainhas, embaixadores. Então eles vivem a dimensão do eterno, do paraíso, da utopia. Vivem a dimensão do sagrado”, sintetiza.
O pesquisador da Federação de Reisado do Estado do Rio de Janeiro, Afonso Furtado, conta que o reisado já quase desapareceu da Baixada Fluminense pela falta de incentivos. Por isso, considera que oportuna a proposta de registro do folguedo.
“É uma idéia muito apropriada para o momento. E é um desafio para nós porque, à medida que o reisado vai do Amazonas ao Rio Grande do Sul apresentando diferenças claras, teremos que registrar tudo. É um desafio, mas não é impossível”, afirma.
Da Agência O Globo
Pernambuco.com

Após mais de 200 anos escondida, pintura é descoberta na Igreja do Carmo
Obra estava escondida no teto do templo, atrás de outra pintura. Por enquanto, foi descoberta imagem de Nossa Senhora do Carmo.
A Igreja do Carmo, no Centro de São Paulo, escondeu nos últimos três séculos uma importante pintura do período colonial de São Paulo. Desde agosto deste ano, a obra do padre Jesuíno do Monte Carmelo, um dos mais representativos pintores do século 18, vem sendo revelada no teto do templo por uma equipe de restauradores coordenada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Veja o site do SPTV

O poeta modernista Mário de Andrade, que foi presidente do Iphan, já sabia desde 1945 que por trás da pintura grosseira que durante todo este tempo cobria o teto, havia este trabalho que hoje se revela. Por enquanto, foi descoberta uma área de nove metros quadrados, com a imagem de Nossa Senhora do Carmo com as mãos entrelaçadas e cercada de anjos.
História
Os primeiros registros históricos da trajetória do padre Jesuíno do Monte Carmelo foram escritos por Andrade na década de 40. Empolgado com a descoberta das obras do padre mulato, o poeta chegou a dizer que Jesuíno era o maior representante do barroco paulista. No século 18, depois de ficar viúvo, o beato Jesuíno Francisco de Paula Gusmão chegou a São Paulo convidado a decorar igrejas da Ordem Carmelita. A Igreja do Carmo, na região central, foi uma delas. Só depois da passagem pela capital paulista, ele foi ordenado padre e mudou seu nome para Jesuíno do Monte Carmelo. Antes do sacerdócio, foi casado e teve quatro filhos.
G 1 com informações do SPTV

Marapanim-PA - Secult promove Festival de Carimbó

O governo do Estado do Pará e a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) levam até o município de Marapanim, entre os dias 5 e 7 de dezembro, o Zimbarimbó, Festival de Carimbó de Marapanim. Realizado em parceria com as associações culturais e grupos de Carimbó daquele município, o festival homenageará Mestre Lucindo, que se estivesse vivo completaria 100 anos e terá 22 grupos que tocam o tradiocinal ritmo se apresentando para o público.
Em Marapanim, que é reconhecida como "A Terra do Carimbó", se encontra uma grande diversidade de grupos, e tem como figura principal o folclorista, compositor, letrista e cantor de carimbó, Mestre Lucindo. No último dia de festival, haverá ainda um grande arrastão cultural.
Para Carlos Henrique Gonçalves, diretor de Cultura da Secult, com a co-realização do festival, a Secretaria de Cultura dá força para a campanha pelo reconhecimento do Carimbó como Patrimônio Cultural do povo brasileiro. “Esse é um acontecimento que fortalece a nossa identidade e a nossa diversidade cultural”, afirma. “Além disso, divulga uma das mais belas expressões do povo paraense, que é o Carimbó”, Carlos lembra ainda que o evento está sendo realizado no ano do centenário do grande mestre da cultura paraense que é Mestre Lucindo.
E o Carimbó é uma de suas manifestações mais representativas da diversidade cultural do Estado. Em suas raízes estão os instrumentos retirados da natureza, que caracteriza sua origem indígena; a dança foi aperfeiçoada pelos africanos, assim como o batuque; e da cultura portuguesa vieram uns movimentos de danças folclóricas lusitanas. Seu caráter popular está na temática das composições que mostram o cotidiano e as dificuldades dos povos antepassados e o surrealismo do folclore amazônico.
Na ocasião haverá ainda um Encontro dos Mestres de Carimbó, um momento de cooperação, reflexão e ação coletiva. Como responsáveis pela propagação do ritmo são os mestres, eles se reúnem para discutir a campanha pelo Registro do Carimbó como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, realizada por grupos de todo o Pará com o apoio do governo do Estado.
O Carimbó é o gênero musical tradicional mais conhecido do Pará, surgido há mais de 200 anos, e praticado em quase todas as regiões do Estado, sendo considerado um elemento fundamental da identidade cultural de nosso povo. Resultado da formação histórica e cultural das populações da Amazônia, sua perenidade e resistência deve-se principalmente a processos de transmissão oral e a modos de vida tradicionais preservados pelas comunidades do litoral e do interior paraoara, dentro de seu contexto social, cultural e ambiental.
A Campanha “Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro” é uma iniciativa que busca envolver e mobilizar a sociedade em torno da valorização e do reconhecimento do Carimbó como expressão importante da cultura brasileira, sendo uma continuidade do processo organizado a partir das discussões promovidas no Festival de Carimbó de Santarém Novo desde 2005.
Organizada por grupos de carimbó e entidades culturais de vários municípios, esta Campanha faz parte do processo iniciado pela Irmandade de Carimbo de São Benedito junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan, para registrar o Carimbó Paraense como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, com apoio do governo do Estado e Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
Serviço: - O Zimbarimbó é realizado pelo governo do Estado do Pará, Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e associações e grupos de Carimbó de Marapanim. O Festival acontece de 05 a 07 de dezembro, na Arena do Bom Intento Clube, localizada Avenida Rio Branco esquina com a Av. Nicias Ribeiro.
Fábio Nóvoa / Secult
Agência Pará de Notícias

Canoas-RS - Arte e Cultura africana retratadas Canoas - O Departamento de Cultura, da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, de Canoas, promove nesta sexta-feira (05), às 19h30, na sala 01 do setor, espetáculo a Arte e Cultura Africana: uma história a ser mostrada. O evento integra o projeto Teatro na Educação e é aberto à comunidade.
No palco, duas ciganas narram a construção da cultura negra no Brasil. A luta pela liberdade e todo o sofrimento que a escravidão trouxe ao povo africano é retratado na música, dança, poesia, capoeira e religião, que tanto influenciaram a cultura do nosso país como a conhecemos hoje.
A direção, o roteiro e a concepção do espetáculo têm a assinatura de Adolfo Atanais (Mestre Dentinho), Bárbara Pereira e Sirlândia Gheller.
Correio de Notícias

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