ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

12 dezembro, 2008

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 12-12-08

Cultura: "Livro é um produto cultural como qualquer outro" - Cristovão Tezza
São Paulo, Brasil, 10 Dez (Lusa) - O escritor Cristovão Tezza, vencedor do Prémio Portugal Telecom, afirmou que o livro é um produto cultural como qualquer outro, sublinhando que nasceu numa época em que os escritores se viam à margem do mercado.
"O livro é um produto cultural como qualquer outro", afirmou Tezza, que disse ainda que a circulação do livro como objecto melhorou significativamente", relata o jornal Folha de São Paulo.
Estas afirmações ocorreram durante o debate "Cultura e Consumo", que começou nesta terça-feira, em São Paulo.
"A literatura sempre foi sentida por mim, ou por parte da minha geração, como uma linguagem que não se enquadra", afirmou Tezza, quando comentou sobre a relação inicial dos artistas com o mercado.
O cineasta José Padilha, que também participou no debate, considerou que para reflectir sobre cultura e consumo é preciso definir melhor os significados dos dois termos.
"Segundo os antropólogos, hábitos de consumo fazem parte da cultura de sociedade", explicou.
O realizador de "Tropa de Elite" disse ainda que numa sociedade sem mercado há menos liberdade.
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Gibis serão utilizados para incentivar a leitura no país
RIO DE JANEIRO - Leitura aliada à brincadeira. Essa é a equação encontrada pelo Programa Mais Cultura, criado no final do ano passado pelo Ministério da Cultura, que prevê triplicar em 2009 o número previsto inicialmente para 2008 de 50 milhões de crianças atendidas em 1.790 escolas. Nesta quarta-feira (10), a secretária de Articulação Institucional do MINC, Silvana Meireles, também coordenadora executiva do Mais Cultura, recebeu em solenidade realizada na Fundação Biblioteca Nacional do grupo Maurício de Sousa Produções e da editora Globo 3 milhões de gibis da Turma da Mônica. As revistas, desenhadas pelo cartunista Maurício de Sousa, serão distribuídas a 5.360 bibliotecas públicas; 6 mil bibliotecas do Programa Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, parceiro do Mais Cultura; 517 Pontos de Leitura; e 200 Pontinhos de Cultura em todo o país.
Maurício de Sousa salientou a necessidade de engajamento das pessoas em projetos como o Mais Cultura, que sirvam para fazer com que o público leia mais, “que chegue mais à cultura, ao conhecimento. Acho que isso devia fazer parte de todo mundo”. Em seus gibis, nos quais retrata crianças brasileiras cujos traços e aventuras são inspirados em seus filhos e netos, Maurício de Sousa sempre procura inserir lições de moral e de cidadania. “No meio da historinha, sempre tem alguma coisa a mais.
É a mesma coisa que você estar contando uma história para o filho. Você coloca algum conselho, uma referência, uma lembrança sua que sente que vai fazer bem para quem está ouvindo a história”.
As personagens criadas por Maurício de Sousa contribuem também para ampliar a exportação brasileira de cultura. Elas já estão presentes em mais de 30 países, com destaque para a Mônica, que começa agora a conquistar o mercado chinês, por meio da alfabetização de 180 milhões de crianças, e Ronaldinho Gaúcho, cujos gibis são requisitados principalmente em mercados considerados exóticos, revelou o cartunista. “O que interessa é que a gente consiga levar arte e cultura brasileiras para os outros países”. A meta em 2009 é exportar para Indonésia, Coréia, Itália, entre outros mercados.
O próximo ano será também o clímax do programa Mais Cultura, disse Silvana Meireles à Agência Brasil.
O Ministério da Cultura anunciou hoje os resultados dos editais nacionais do Mais Cultura, que envolvem 600 Pontos de Cultura e 200 Pontos de Ludicidade/Espaços de Brincar, que serão instalados no próximo ano em todo o território nacional, além de 410 bibliotecas modernizadas. “Boa parte das ações está sendo construída agora e ainda está no campo do invisível. Mas, no ano que vem, elas vão chegar de fato o nosso público, que é um publico das classes C, D e E”, informou a coordenadora-executiva do Mais Cultura.
Os kits do Concurso Pontos de Leitura têm valor de R$ 20 mil cada e incluem 500 livros, computador e mobiliário. Eles visam a criar locais que estimulem o hábito da leitura entre as pessoas. Já os Pontinhos de Cultura receberão prêmio de R$ 18 mil cada, para aperfeiçoamento dos Espaços de Brincar.
O balanço do programa Mais Cultura é positivo, avaliou Meireles. O número de Pontos de Cultura, que era de 800 em três anos, saltou em 2008 para 2.000, por meio do lançamento de 1.200 novos pontos no Brasil. O programa tem uma dotação orçamentária específica que totalizou este ano R$ 226 milhões, além de contrapartidas estaduais. Silvana Meireles acredita que a partir da posse dos novos gestores públicos municipais, haverá também adesão das prefeituras ao programa. Para 2009, a dotação para o Mais Cultura deve ficar no mesmo patamar.
Silvana Meireles celebrou o gesto de Maurício de Sousa, que inaugurou outro tipo de parceria com o Mais Cultura, com a sociedade civil. Ela espera que esse exemplo possa ser seguido por outros artistas e intelectuais, que passarão a ser “coadjuvantes do programa, que pretende atingir uma faixa da população que é muita desassistida e excluída, inclusive, da infra-estrutura institucional, como é o caso das bibliotecas”.
Atualmente, o nível de leitura no Brasil ainda é baixo. Ele atinge 1,8 livro lido por habitante ao ano, levando em conta que a faixa etária também foi ampliada, afirmou Silvana Meireles. “Se comparado com a França, ou mesmo com a Colômbia, onde o índice é de 3,4 livros per capita/ano, ainda precisamos fazer muitas ações como essa, porque o gibi é uma maneira bela de você atrair crianças para o prazer da leitura”.
DCI

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