ATUALIDADES - 29-5-09
Oposição impede início da tramitação da PEC do terceiro mandato
BRASÍLIA - Numa ação articulada, a oposição conseguiu, no fim da noite desta quinta-feira, impedir a publicação da Proposta de Emenda à Constitucional (PEC) que cria a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, governadores e prefeitos disputarem a terceira eleição consecutiva. O requerimento continha 15 assinaturas de deputados da oposição - 10 do DEM e 5 do PSDB - entre as 183 que garantiam a sua tramitação. Até as 23h, os dois partidos retiraram, juntos, 13 assinaturas , reduzindo assim o número de apoiadores da proposta para 170, uma a menos do mínimo necessário. Sem as 171 assinaturas exigidas regimentalmente para tramitação na Câmara , a PEC retornará ao autor, Jackson Barreto (PMDB-SE), para que ele tente colher novas assinaturas. Os últimos dois deputados a retirarem suas assinaturas foram Clóvis Fecury (DEM-MA) e Félix Mendonça (DEM-BA). " Acho que a PEC representa a opinião majoritária dos parlamentares "
A proposta apresentada por Barreto prevê a realização de um referendo popular no segundo domingo de setembro. - Acho que a PEC representa a opinião majoritária dos parlamentares - defendeu Barreto, apesar das manifestações desfavoráveis do próprio Lula e do Supremo Tribunal Federal (STF).
A emenda teria menos de seis meses para tramitar nas duas Casas, prazo exíguo para propostas de alteração constitucional, sobretudo as que tratam de tema tão polêmico. A PEC tem que passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por uma comissão especial. Depois, vai ao plenário da Câmara em duas votações e, se aprovada, segue para o Senado, onde também passa por duas votações. Para uma emenda à Constituição ser aprovada, é necessário o apoio de três quintos dos parlamentares em cada Casa (308 na Câmara e 47 no Senado).
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE) ameaçou punir os deputados que mantenham a assinatura no requerimento.
- Se alguém do PSDB assinou, não é do PSDB. Uma pessoa do PSDB não assina uma emenda dessa. Os deputados que assinaram a PEC serão punidos pelo PSDB. Vão responder a processo no partido - afirmou.
Haviam assinado a emenda os tucanos: Antônio Feijão (AP), Carlos Alberto Leréia (GO), Eduardo Barbosa (MG), Rogério Marinho (RN) e Silvio Torres (SP).
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), minimizou o fato:
" Liguei para o Silvio Torres e ele levou um susto. Disse que assinou no meio da papelada, sem saber o que era "
- Este deputado está querendo aparecer. Para que vou perder meu tempo com ele? É matéria vencida. Para nossa felicidade ele só teve a ideia agora. Mas ela já nasce morta - disse Maia:
- O pessoal assina sem ver. Ele vai sair nos jornais amanhã e depois volta a ser um deputado sem expressão.
O líder do PSDB na Câmara, José Anibal (SP), correu atrás do prejuízo, pedindo ao presidente da Câmara, Michel Temer (SP), tempo (até as 22h desta quinta) para que os tucanos pudessem retirar as assinaturas.
Entre os partidos da base, o maior apoio foi do PMDB, com 46 assinaturas, seguido do PT, com 31. PDT, PP e PR deram 14 assinaturas cada; o PTB, 13; o PSB, 11; o PCdoB, 10; o PV, 7; PMN e PSC, 3 cada.
Temer volta a dizer ser contra 3º mandato
Temer disse ser contra a proposta e lembrou que o próprio presidente Lula não concorda com a ideia. Ele rechaçou ainda comparações entre o movimento pelo terceiro mandato e aquele que redundou na aprovação da possibilidade da reeleição, que beneficiou diretamente o então presidente Fernando Henrique Cardoso.
- São coisas diferentes (a tese do terceiro mandato e a reeleição aprovada em 97). Qual é o clima existente no país (agora)? O presidente não cogita - disse Temer, que garantiu que a PEC terá "tramitação normal".
PT diz que é contra, mas não pedirá retirada de assinatura
O líder do PT, Cândido Vaccarezza (SP), disse que respeita a iniciativa de Jackson Barreto e que não iria pedir para que os deputados do PT que assinaram a emenda retirassem seus nomes. Fez questão de frisar, no entanto, que o PT é contra a ideia a PEC neste momento e que vai votar, 100%, contra o mérito.
- Respeitamos Jackson, mas vamos encaminhar contra. Queremos uma reforma política profunda e defendemos que isso seja feito no congresso revisor, em 2011. E se a PEC, por acaso, for aprovada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não será candidato a um terceiro mandato. O PT tem candidato para 2010, é a ministra Dilma Rousseff - disse Vaccarezza.
O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), também critica a ideia e afirma que não é uma motivação do PMDB:
" A gente não pode ser mais realista que o rei "
- A gente não pode ser mais realista que o rei. Se o presidente Lula não quer isso, não é pauta do PMDB.
O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), afirma que o governo é contra a PEC. - Esta é a posição do próprio presidente.
Após participar da reunião de coordenação política com o presidente Lula, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, disse nesta quinta que o presidente não cogita um terceiro mandato.
- O Brasil é um modelo de democracia. Tem gente, às vezes, que se embriaga com esses vizinhos daqui, mas temos que nos orgulhar da nossa Constituição. Fiquem tranquilos que tudo vai ficar como está - disse.
BRASÍLIA - Numa ação articulada, a oposição conseguiu, no fim da noite desta quinta-feira, impedir a publicação da Proposta de Emenda à Constitucional (PEC) que cria a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, governadores e prefeitos disputarem a terceira eleição consecutiva. O requerimento continha 15 assinaturas de deputados da oposição - 10 do DEM e 5 do PSDB - entre as 183 que garantiam a sua tramitação. Até as 23h, os dois partidos retiraram, juntos, 13 assinaturas , reduzindo assim o número de apoiadores da proposta para 170, uma a menos do mínimo necessário. Sem as 171 assinaturas exigidas regimentalmente para tramitação na Câmara , a PEC retornará ao autor, Jackson Barreto (PMDB-SE), para que ele tente colher novas assinaturas. Os últimos dois deputados a retirarem suas assinaturas foram Clóvis Fecury (DEM-MA) e Félix Mendonça (DEM-BA). " Acho que a PEC representa a opinião majoritária dos parlamentares "
A proposta apresentada por Barreto prevê a realização de um referendo popular no segundo domingo de setembro. - Acho que a PEC representa a opinião majoritária dos parlamentares - defendeu Barreto, apesar das manifestações desfavoráveis do próprio Lula e do Supremo Tribunal Federal (STF).
A emenda teria menos de seis meses para tramitar nas duas Casas, prazo exíguo para propostas de alteração constitucional, sobretudo as que tratam de tema tão polêmico. A PEC tem que passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por uma comissão especial. Depois, vai ao plenário da Câmara em duas votações e, se aprovada, segue para o Senado, onde também passa por duas votações. Para uma emenda à Constituição ser aprovada, é necessário o apoio de três quintos dos parlamentares em cada Casa (308 na Câmara e 47 no Senado).
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE) ameaçou punir os deputados que mantenham a assinatura no requerimento.
- Se alguém do PSDB assinou, não é do PSDB. Uma pessoa do PSDB não assina uma emenda dessa. Os deputados que assinaram a PEC serão punidos pelo PSDB. Vão responder a processo no partido - afirmou.
Haviam assinado a emenda os tucanos: Antônio Feijão (AP), Carlos Alberto Leréia (GO), Eduardo Barbosa (MG), Rogério Marinho (RN) e Silvio Torres (SP).
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), minimizou o fato:
" Liguei para o Silvio Torres e ele levou um susto. Disse que assinou no meio da papelada, sem saber o que era "
- Este deputado está querendo aparecer. Para que vou perder meu tempo com ele? É matéria vencida. Para nossa felicidade ele só teve a ideia agora. Mas ela já nasce morta - disse Maia:
- O pessoal assina sem ver. Ele vai sair nos jornais amanhã e depois volta a ser um deputado sem expressão.
O líder do PSDB na Câmara, José Anibal (SP), correu atrás do prejuízo, pedindo ao presidente da Câmara, Michel Temer (SP), tempo (até as 22h desta quinta) para que os tucanos pudessem retirar as assinaturas.
Entre os partidos da base, o maior apoio foi do PMDB, com 46 assinaturas, seguido do PT, com 31. PDT, PP e PR deram 14 assinaturas cada; o PTB, 13; o PSB, 11; o PCdoB, 10; o PV, 7; PMN e PSC, 3 cada.
Temer volta a dizer ser contra 3º mandato
Temer disse ser contra a proposta e lembrou que o próprio presidente Lula não concorda com a ideia. Ele rechaçou ainda comparações entre o movimento pelo terceiro mandato e aquele que redundou na aprovação da possibilidade da reeleição, que beneficiou diretamente o então presidente Fernando Henrique Cardoso.
- São coisas diferentes (a tese do terceiro mandato e a reeleição aprovada em 97). Qual é o clima existente no país (agora)? O presidente não cogita - disse Temer, que garantiu que a PEC terá "tramitação normal".
PT diz que é contra, mas não pedirá retirada de assinatura
O líder do PT, Cândido Vaccarezza (SP), disse que respeita a iniciativa de Jackson Barreto e que não iria pedir para que os deputados do PT que assinaram a emenda retirassem seus nomes. Fez questão de frisar, no entanto, que o PT é contra a ideia a PEC neste momento e que vai votar, 100%, contra o mérito.
- Respeitamos Jackson, mas vamos encaminhar contra. Queremos uma reforma política profunda e defendemos que isso seja feito no congresso revisor, em 2011. E se a PEC, por acaso, for aprovada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não será candidato a um terceiro mandato. O PT tem candidato para 2010, é a ministra Dilma Rousseff - disse Vaccarezza.
O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), também critica a ideia e afirma que não é uma motivação do PMDB:
" A gente não pode ser mais realista que o rei "
- A gente não pode ser mais realista que o rei. Se o presidente Lula não quer isso, não é pauta do PMDB.
O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), afirma que o governo é contra a PEC. - Esta é a posição do próprio presidente.
Após participar da reunião de coordenação política com o presidente Lula, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, disse nesta quinta que o presidente não cogita um terceiro mandato.
- O Brasil é um modelo de democracia. Tem gente, às vezes, que se embriaga com esses vizinhos daqui, mas temos que nos orgulhar da nossa Constituição. Fiquem tranquilos que tudo vai ficar como está - disse.
O Globo
Microsoft anuncia Bing, novo buscador da empresa
Ferramenta terá foco em informações sobre compras, turismo, saúde e localização
A Microsoft confirmou nesta quinta o lançamento do buscador Bing, como a nova ferramenta de busca da empresa. A promessa é ajudar o usuário a tomar decisões mais rápidas e com uma melhor base de informação.
O novo buscador foi lançado durante o evento All Things Digital. A apresentação foi do CEO da Microsoft, Steve Ballmer.Segundo o relise oficial da Microsoft, o Bing ajudará o usuário a resolver quatro questões básicas: decidir sobre uma compra, planejar uma viagem, pesquisar sobre saúde e localizar um endereço comercial. A gigante de Redmont promete um novo modelo de pesquisa (batizado de Mecanismo de Decisão). – As ferramentas de busca hoje fazer um bom trabalho ajudando as pessoas a navegar na web e a encontrar informação, mas não capacitam as pessoas a usarem as informações que encontram. Quando construímos o Bing, levamos em conta o quanto as pessoas realmente querem ao usar a web. Ele permitirá que elas encontrem informações rapidamente e usem as informações para executar taregfs e tomar decisões mais acertadas - promete o CEO da Microsoft, Steve Ballmer.
Uma das metas mais importantes do Bing é bater a liderança de mercado do buscador Google. Para isso, a Microsoft está apostando em novas funcionalidades. Dentre elas estão a resposta instantânea (sem necessidade de cliques), a exibição de um resumo da página antes do acesso do usuário e filtros de refinamento de busca.
O Bing começará a funcionar nos próximos dias, mas estará com todas as funcionalidades à disposição do usuário no dia 3 de junho, próxima quarta-feira. Nesta semana a Microsoft do Brasil registrou os domínios "bing.com.br" e "kumo.com.br", prováveis endereços da internet do novo buscador. No entanto, nenhum dos sites está no ar.
Ferramenta terá foco em informações sobre compras, turismo, saúde e localização
A Microsoft confirmou nesta quinta o lançamento do buscador Bing, como a nova ferramenta de busca da empresa. A promessa é ajudar o usuário a tomar decisões mais rápidas e com uma melhor base de informação.
O novo buscador foi lançado durante o evento All Things Digital. A apresentação foi do CEO da Microsoft, Steve Ballmer.Segundo o relise oficial da Microsoft, o Bing ajudará o usuário a resolver quatro questões básicas: decidir sobre uma compra, planejar uma viagem, pesquisar sobre saúde e localizar um endereço comercial. A gigante de Redmont promete um novo modelo de pesquisa (batizado de Mecanismo de Decisão). – As ferramentas de busca hoje fazer um bom trabalho ajudando as pessoas a navegar na web e a encontrar informação, mas não capacitam as pessoas a usarem as informações que encontram. Quando construímos o Bing, levamos em conta o quanto as pessoas realmente querem ao usar a web. Ele permitirá que elas encontrem informações rapidamente e usem as informações para executar taregfs e tomar decisões mais acertadas - promete o CEO da Microsoft, Steve Ballmer.
Uma das metas mais importantes do Bing é bater a liderança de mercado do buscador Google. Para isso, a Microsoft está apostando em novas funcionalidades. Dentre elas estão a resposta instantânea (sem necessidade de cliques), a exibição de um resumo da página antes do acesso do usuário e filtros de refinamento de busca.
O Bing começará a funcionar nos próximos dias, mas estará com todas as funcionalidades à disposição do usuário no dia 3 de junho, próxima quarta-feira. Nesta semana a Microsoft do Brasil registrou os domínios "bing.com.br" e "kumo.com.br", prováveis endereços da internet do novo buscador. No entanto, nenhum dos sites está no ar.
Zero Hora
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