ATUALIDADES - 6-5-09
Gripe suína deve gerar perdas de US$ 2,2 bilhões, diz México
Governo anunciou que epidemia trouxe prejuízo de 0.3% do valor do PIB.
A gripe suína no México deve representar uma queda de 0.3% do PIB, ou o equivalente a US$2,2 bilhões (o equivalente a cerca de R$ 4,8 bilhões), disse nesta terça-feira, o Ministro da Fazenda do México, Agustín Carstens, que anunciou medidas para minimizar os impactos negativos do surto na economia.
O governo informou que as ações de incentivo fiscal representarão US$ 1,3 bilhão (o equivalente a cerca de R$ 2,8 bilhões) e que os bancos emitirão créditos que somarão até US$ 75 milhões (o equivalente a cerca de R$ 161 milhões).
"Experiências similares em outros países mostram uma rápida desaceleração da economia durante o episódio epidemiológico, que vem seguida de uma recuperação vigorosa nos meses seguintes (...), já que a infra-estrutura produtiva não é destruída, diferente do que ocorre quando há desastres naturais", disse Carstens.
Segundo o ministro, a atividade econômica é afetada basicamente em função das ações de isolamento social para evitar o contágio e da incerteza que acompanha este tipo de ocorrência.
Carstens disse que a redução da atividade econômica levará a uma redução de até US$ 75 milhões (R$ 161 milhões) na arrecadação do governo, mas que, por ser algo transitório, não serão adotadas medidas para compensar essa diferença.
Medidas fiscais
Para proteger os empregos, o governo anunciou um desconto de 20% nas cotas patronais do Instituto Mexicano de Seguridade Social, o equivalente ao INSS brasileiro, correspondentes a seguros de riscos de trabalho, doenças, maternidade, invalidez e vida.
No entanto, está previsto um máximo de US$ 2,6 mil por empresa para o bimestre. "O objetivo é que as pequenas e médias empresas sejam as principais beneficiadas", disse Carstens. Esta ação representará, segundo o governo, um benefício total de US$ 165 milhões (R$ 354 mil) para o setor empresarial.
Setores específicos, como o de restaurantes, hotéis e lazer, receberão benefícios dos governos locais, ainda não anunciados. O governo federal prometeu compensar os estados em 25% das perdas de ingressos associadas às isenções fiscais (até US$ 37 milhões, ou cerca de R$ 80 milhões) que sejam praticadas nos próximos três meses.
As companhias aéreas receberão um desconto de 50% referentes ao uso do espaço aéreo mexicano entre os meses de abril e junho - o que representaria uma redução de US$ 18 milhões (R$ 40 milhões).
Os cruzeiros turísticos também receberão um desconto de 50% nas taxas pagas à capitania dos portos e ao serviço de imigração extraordinário.
Financiamentos e exportações
Os bancos comerciais e de desenvolvimento do país também anunciaram ações para que os afetados pelo surto contem com liquidez e possam se recuperar. Serão adotadas medidas para que todos possam cumprir seus compromissos.
O Banco Nacional de Comércio Exterior dará garantias a empresas do setor hoteleiro e companhias aéreas. Outras instituições financeiras do país oferecerão reestruturas, prorrogações ou renovações de créditos ao setor de produtos suínos.
O Ministro da Economia, Gerardo Ruiz, disse que o governo está tomando medidas para reverter a postura de alguns países de cancelar a importação de carne suína proveniente do México. "Consideramos que as medidas adotadas carecem de sustentação científica e legal", disse.
Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha expressado por diversas vezes que não há risco de contrair a gripe suína através da ingestão de carne de porco, China, Equador, Rússia, Bolívia, Honduras, Ucrânia, Emirados Árabes e Azerbaijão cancelaram a importação deste produto.
O governo confirmou que o México não tem uma relação comercial muito representativa com estes países, mas disse que quer evitar que outras nações tomem as mesmas medidas.
"Solicitamos a todos os membros da Organização Mundial de Comércio a eliminar qualquer medida de restrição para produtos mexicanos em razão da influenza, que não sejam congruentes com a informação científica correspondente", disse o Ministro.
Casos confirmados
O Ministro da Saúde do México, José Córdova, confirmou na manhã desta terça-feira 866 casos de pessoas infectadas pelo vírus da gripe suína, sendo que destas 26 morreram. Metade dos casos totais é de crianças e jovens de até 19 anos.
Segunda a OMS, o México reportou 822 casos e 29 mortes. O organismo internacional informou ainda que há 1.490 casos de pessoas infectadas pela gripe suína em 21 países, segundo dados dos governos.
O México é o país com mais casos, seguido de Estados Unidos (403 confirmados e uma morte) e Canadá (140 casos).
G 1
Governo anunciou que epidemia trouxe prejuízo de 0.3% do valor do PIB.
A gripe suína no México deve representar uma queda de 0.3% do PIB, ou o equivalente a US$2,2 bilhões (o equivalente a cerca de R$ 4,8 bilhões), disse nesta terça-feira, o Ministro da Fazenda do México, Agustín Carstens, que anunciou medidas para minimizar os impactos negativos do surto na economia.
O governo informou que as ações de incentivo fiscal representarão US$ 1,3 bilhão (o equivalente a cerca de R$ 2,8 bilhões) e que os bancos emitirão créditos que somarão até US$ 75 milhões (o equivalente a cerca de R$ 161 milhões).
"Experiências similares em outros países mostram uma rápida desaceleração da economia durante o episódio epidemiológico, que vem seguida de uma recuperação vigorosa nos meses seguintes (...), já que a infra-estrutura produtiva não é destruída, diferente do que ocorre quando há desastres naturais", disse Carstens.
Segundo o ministro, a atividade econômica é afetada basicamente em função das ações de isolamento social para evitar o contágio e da incerteza que acompanha este tipo de ocorrência.
Carstens disse que a redução da atividade econômica levará a uma redução de até US$ 75 milhões (R$ 161 milhões) na arrecadação do governo, mas que, por ser algo transitório, não serão adotadas medidas para compensar essa diferença.
Medidas fiscais
Para proteger os empregos, o governo anunciou um desconto de 20% nas cotas patronais do Instituto Mexicano de Seguridade Social, o equivalente ao INSS brasileiro, correspondentes a seguros de riscos de trabalho, doenças, maternidade, invalidez e vida.
No entanto, está previsto um máximo de US$ 2,6 mil por empresa para o bimestre. "O objetivo é que as pequenas e médias empresas sejam as principais beneficiadas", disse Carstens. Esta ação representará, segundo o governo, um benefício total de US$ 165 milhões (R$ 354 mil) para o setor empresarial.
Setores específicos, como o de restaurantes, hotéis e lazer, receberão benefícios dos governos locais, ainda não anunciados. O governo federal prometeu compensar os estados em 25% das perdas de ingressos associadas às isenções fiscais (até US$ 37 milhões, ou cerca de R$ 80 milhões) que sejam praticadas nos próximos três meses.
As companhias aéreas receberão um desconto de 50% referentes ao uso do espaço aéreo mexicano entre os meses de abril e junho - o que representaria uma redução de US$ 18 milhões (R$ 40 milhões).
Os cruzeiros turísticos também receberão um desconto de 50% nas taxas pagas à capitania dos portos e ao serviço de imigração extraordinário.
Financiamentos e exportações
Os bancos comerciais e de desenvolvimento do país também anunciaram ações para que os afetados pelo surto contem com liquidez e possam se recuperar. Serão adotadas medidas para que todos possam cumprir seus compromissos.
O Banco Nacional de Comércio Exterior dará garantias a empresas do setor hoteleiro e companhias aéreas. Outras instituições financeiras do país oferecerão reestruturas, prorrogações ou renovações de créditos ao setor de produtos suínos.
O Ministro da Economia, Gerardo Ruiz, disse que o governo está tomando medidas para reverter a postura de alguns países de cancelar a importação de carne suína proveniente do México. "Consideramos que as medidas adotadas carecem de sustentação científica e legal", disse.
Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha expressado por diversas vezes que não há risco de contrair a gripe suína através da ingestão de carne de porco, China, Equador, Rússia, Bolívia, Honduras, Ucrânia, Emirados Árabes e Azerbaijão cancelaram a importação deste produto.
O governo confirmou que o México não tem uma relação comercial muito representativa com estes países, mas disse que quer evitar que outras nações tomem as mesmas medidas.
"Solicitamos a todos os membros da Organização Mundial de Comércio a eliminar qualquer medida de restrição para produtos mexicanos em razão da influenza, que não sejam congruentes com a informação científica correspondente", disse o Ministro.
Casos confirmados
O Ministro da Saúde do México, José Córdova, confirmou na manhã desta terça-feira 866 casos de pessoas infectadas pelo vírus da gripe suína, sendo que destas 26 morreram. Metade dos casos totais é de crianças e jovens de até 19 anos.
Segunda a OMS, o México reportou 822 casos e 29 mortes. O organismo internacional informou ainda que há 1.490 casos de pessoas infectadas pela gripe suína em 21 países, segundo dados dos governos.
O México é o país com mais casos, seguido de Estados Unidos (403 confirmados e uma morte) e Canadá (140 casos).
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