ATUALIDADES - 22-6-09
Venda do Speedy deve ser suspensa
Segundo fonte da Anatel, decisão valerá a partir de segunda-feira, como punição pelas panes do serviço
Brasília - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deverá suspender a partir de segunda-feira a venda de novas assinaturas do serviço de banda larga Speedy, da Telefônica. Segundo uma fonte da agência, a medida cautelar é uma punição pelas recentes interrupções no serviço apresentadas pela companhia. A Telefônica informou, por meio de sua assessoria, que ainda não tomou conhecimento da decisão.
A decisão foi tomada na quarta-feira pelos conselheiros da Anatel em circuito deliberativo. Segundo a fonte, a venda das assinaturas poderá ser retomada assim que a Telefônica demonstrar que tomou as medidas necessárias para regularizar o serviço. Caso descumpra a determinação, acrescenta a fonte, a empresa terá de pagar multa de R$ 15 milhões, mais R$ 1 mil para cada assinatura vendida.
A Telefônica enfrentou cinco panes nos seus serviços de telefonia fixa e banda larga nos últimos 12 meses. A mais recente, na telefonia, aconteceu na terça-feira. Às 9h, os telefones deixaram de fazer e receber chamadas. De acordo com a própria companhia, 95% dos casos foram resolvidos até as 11h30. Alguns clientes, porém, ficaram o dia todo sem telefone.
A maior pane do Speedy aconteceu em julho de 2008, quando os clientes da banda larga da Telefônica a ficaram sem serviço por 36 horas. A empresa apontou o defeito em um roteador (equipamento responsável pelo controle do tráfego de internet) em Sorocaba (SP) como a causa do problema.
No começo de abril, o Speedy sofreu outra pane, ficando instável por vários dias. Naquela ocasião, a Telefônica apontou a ação de criminosos virtuais como a causa do problema. No mês passado, houve um novo apagão do Speedy, que atingiu usuários em vários pontos do Estado por várias horas.
Dias depois, o presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, pediu desculpas públicas. "A gente reconhece que tem problemas, e publicamente pede desculpas", afirmou Valente na ocasião. "É algo que não gostaríamos que tivesse acontecido, e que causa transtornos."
Os problemas de abril e de maio foram muito parecidos. A Telefônica enfrentou instabilidade em seus servidores de nome de domínio (DNS, na sigla em inglês). Essas máquinas transformam os nomes de sites digitados pelos usuários em endereços numéricos usados pelo protocolo de internet, responsável pelo funcionamento da rede mundial.
No começo do mês, a Telefônica entregou à Anatel um laudo do CPqD (centro de pesquisas que fazia parte da Telebrás) sobre os motivos da pane de abril. O laudo apontou como causa "ações deliberadas e de origem externa" e problemas de software e de configuração de sistemas. A empresa informou que iria tomar uma série de medidas, sugeridas pelo CPqD, para reduzir a possibilidade de esses problemas voltarem a acontecer.
CRESCIMENTO
A Telefônica é a segunda maior operadora de banda larga do País, com 2,657 milhões de assinantes em março, segundo a consultoria Teleco, com um crescimento de 22,6% em 12 meses. Em primeiro lugar, está a Oi, com 3,938 milhões, e, em terceiro, a Net, com 2,452 milhões. O Brasil tem 10,435 milhões de assinantes do serviço de internet banda larga.
Em seu pedido de desculpas, no mês passado, Valente apontou o crescimento acelerado como uma das explicações para as panes. Este ano, a Telefônica planeja investir R$ 750 milhões em sua rede de banda larga, comparados a R$ 500 milhões em 2008.
"A rede está sendo ampliada, com novas técnicas de proteção e redundância", explicou Valente, na ocasião. Em abril e maio, a Telefônica prometeu reembolsar os clientes pelas horas fora do ar.
No mês de fevereiro, um incêndio atingiu um prédio da empresa em Barueri (SP), prejudicando os serviços de internet. O centro de dados concentrava equipamentos utilizados por grandes clientes corporativos, que ficaram sem acesso à rede mundial e a servidores hospedados pela empresa.
A Telefônica teve de desligar a energia do prédio para que os bombeiros combatessem o fogo. Os usuários do Speedy e pequenas empresas atendidas pela operadora não foram afetados em fevereiro.
COLABOROU RENATO CRUZ
Segundo fonte da Anatel, decisão valerá a partir de segunda-feira, como punição pelas panes do serviço
Brasília - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deverá suspender a partir de segunda-feira a venda de novas assinaturas do serviço de banda larga Speedy, da Telefônica. Segundo uma fonte da agência, a medida cautelar é uma punição pelas recentes interrupções no serviço apresentadas pela companhia. A Telefônica informou, por meio de sua assessoria, que ainda não tomou conhecimento da decisão.
A decisão foi tomada na quarta-feira pelos conselheiros da Anatel em circuito deliberativo. Segundo a fonte, a venda das assinaturas poderá ser retomada assim que a Telefônica demonstrar que tomou as medidas necessárias para regularizar o serviço. Caso descumpra a determinação, acrescenta a fonte, a empresa terá de pagar multa de R$ 15 milhões, mais R$ 1 mil para cada assinatura vendida.
A Telefônica enfrentou cinco panes nos seus serviços de telefonia fixa e banda larga nos últimos 12 meses. A mais recente, na telefonia, aconteceu na terça-feira. Às 9h, os telefones deixaram de fazer e receber chamadas. De acordo com a própria companhia, 95% dos casos foram resolvidos até as 11h30. Alguns clientes, porém, ficaram o dia todo sem telefone.
A maior pane do Speedy aconteceu em julho de 2008, quando os clientes da banda larga da Telefônica a ficaram sem serviço por 36 horas. A empresa apontou o defeito em um roteador (equipamento responsável pelo controle do tráfego de internet) em Sorocaba (SP) como a causa do problema.
No começo de abril, o Speedy sofreu outra pane, ficando instável por vários dias. Naquela ocasião, a Telefônica apontou a ação de criminosos virtuais como a causa do problema. No mês passado, houve um novo apagão do Speedy, que atingiu usuários em vários pontos do Estado por várias horas.
Dias depois, o presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, pediu desculpas públicas. "A gente reconhece que tem problemas, e publicamente pede desculpas", afirmou Valente na ocasião. "É algo que não gostaríamos que tivesse acontecido, e que causa transtornos."
Os problemas de abril e de maio foram muito parecidos. A Telefônica enfrentou instabilidade em seus servidores de nome de domínio (DNS, na sigla em inglês). Essas máquinas transformam os nomes de sites digitados pelos usuários em endereços numéricos usados pelo protocolo de internet, responsável pelo funcionamento da rede mundial.
No começo do mês, a Telefônica entregou à Anatel um laudo do CPqD (centro de pesquisas que fazia parte da Telebrás) sobre os motivos da pane de abril. O laudo apontou como causa "ações deliberadas e de origem externa" e problemas de software e de configuração de sistemas. A empresa informou que iria tomar uma série de medidas, sugeridas pelo CPqD, para reduzir a possibilidade de esses problemas voltarem a acontecer.
CRESCIMENTO
A Telefônica é a segunda maior operadora de banda larga do País, com 2,657 milhões de assinantes em março, segundo a consultoria Teleco, com um crescimento de 22,6% em 12 meses. Em primeiro lugar, está a Oi, com 3,938 milhões, e, em terceiro, a Net, com 2,452 milhões. O Brasil tem 10,435 milhões de assinantes do serviço de internet banda larga.
Em seu pedido de desculpas, no mês passado, Valente apontou o crescimento acelerado como uma das explicações para as panes. Este ano, a Telefônica planeja investir R$ 750 milhões em sua rede de banda larga, comparados a R$ 500 milhões em 2008.
"A rede está sendo ampliada, com novas técnicas de proteção e redundância", explicou Valente, na ocasião. Em abril e maio, a Telefônica prometeu reembolsar os clientes pelas horas fora do ar.
No mês de fevereiro, um incêndio atingiu um prédio da empresa em Barueri (SP), prejudicando os serviços de internet. O centro de dados concentrava equipamentos utilizados por grandes clientes corporativos, que ficaram sem acesso à rede mundial e a servidores hospedados pela empresa.
A Telefônica teve de desligar a energia do prédio para que os bombeiros combatessem o fogo. Os usuários do Speedy e pequenas empresas atendidas pela operadora não foram afetados em fevereiro.
COLABOROU RENATO CRUZ
ESTADAO.COM.BR
China desabilita funções de busca do Google
O governo chinês desabilitou algumas das funções de busca no site em chinês do Google, na sexta-feira, alegando que o os resultados de buscas do site estavam oferecendo número excessivo de links para conteúdo pornográfico ou vulgar. Funcionários do governo chinês se reuniram com executivos das operações chinesas do Google na tarde de quinta-feira, e os advertiram de que a empresa seria punida caso o material considerado como ofensivo pelas autoridades não fosse eliminado nos retornos de buscas que o site oferece, de acordo com uma reportagem veiculada na sexta-feira pela agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
Algumas horas mais cedo, na quinta-feira, um grupo de vigilância da internet que opera com aprovação oficial do governo, o Centro de Fiscalização de Informações Ilegais de Internet da China, havia divulgado um comunicado no qual criticava o site de buscas pelo conteúdo erótico apresentado em seus retornos, e ameaçava a empresa de medidas punitivas da parte do governo. A organização informou que o Google chinês já havia sido advertido por duas vezes quanto aos problemas em seu conteúdo, em janeiro e abril.
Na noite de sexta-feira, o recurso de busca por associação de palavras que costumava funcionar no site parecia estar desativado. É esse recurso que exibe um cardápio com diversas alternativas de busca quando a pessoa começa a digitar seus termos de busca no Google. Na noite anterior, repórteres da Televisão Central da China, uma rede estatal de TV, haviam demonstrado como digitar no site de buscas a palavra chinês para filho, "erzi", poderia resultar em cardápios de sugestões que incluíam termos de conotação lasciva.
As organizações noticiosas estatais chinesas também reportaram que a possibilidade de usar o site chinês do Google para realizar buscas em sites de fora do país estava supostamente desabilitada, mas um teste demonstrou que ela continuava a funcionar na noite de sexta-feira.
O Google divulgou um comunicado no qual afirmava que está envidando esforços ainda maiores para manter a limpeza de seu site de buscas na China. "Nós temos trabalhado constantemente para remover o conteúdo pornográfico e qualquer material prejudicial a crianças que encontremos em nossos resultados de busca para a Web chinesa", afirma o comunicado.
Ainda que o Google domine o mercado dos serviços de busca nos Estados Unidos, na China a empresa enfrenta sérias dificuldades para superar a Baidu, uma empresa chinesa que há muito opera o mais popular dos sites de busca do país.
Os recentes esforços do governo chinês para limitar o acesso dos usuários à internet vêm sendo recebidos com indignação pelos internautas chineses. As reações mais fortes se referem a um plano do governo para forçar os usuários de computadores a instalar em suas máquinas um software de censura ao conteúdo da web, que vigorará para todos os computadores novos vendidos no país a partir de 1° de julho. Os críticos dizem que o software, conhecido como "Represa Verde - Escolta da Juventude", pode ser usado também para censurar sites que apresentem conteúdo considerado como politicamente inaceitável pelas autoridades do país, ainda que o governo venha insistindo em que o uso principal do software vá ser o bloqueio do acesso a conteúdo pornográfico.
Os especialistas em computação também afirmam que o software de censura pode aumentar a vulnerabilidade de um computador à invasão por hackers. Esta semana, os programadores de computação responsáveis pelo software anunciaram que haviam encontrado maneiras de corrigir esses problemas. Mas na sexta-feira, J. Alex Halderman, professor de ciência da computação na Universidade do Michigan, informou que uma das versões corrigidas do programa de censura apresentava brecha de segurança tão grave quanto a encontrada na versão original.
Em um relatório divulgado na internet, Halderman afirmou que ele e sua equipe de pesquisa haviam detectado a vulnerabilidade do software corrigido com apenas uma hora de trabalho.
"Isso sugere que os problemas de segurança do Represa Verde serão mais difíceis de corrigir do que o governo chinês vem sugerindo", afirmou Halderman em mensagem de e-mail. "Provavelmente, será impossível garantir que o software esteja seguro o suficiente para uso antes do prazo de implementação da norma, em 1° de julho".
Tradução: Paulo Migliacci ME
The New York Times
O governo chinês desabilitou algumas das funções de busca no site em chinês do Google, na sexta-feira, alegando que o os resultados de buscas do site estavam oferecendo número excessivo de links para conteúdo pornográfico ou vulgar. Funcionários do governo chinês se reuniram com executivos das operações chinesas do Google na tarde de quinta-feira, e os advertiram de que a empresa seria punida caso o material considerado como ofensivo pelas autoridades não fosse eliminado nos retornos de buscas que o site oferece, de acordo com uma reportagem veiculada na sexta-feira pela agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
Algumas horas mais cedo, na quinta-feira, um grupo de vigilância da internet que opera com aprovação oficial do governo, o Centro de Fiscalização de Informações Ilegais de Internet da China, havia divulgado um comunicado no qual criticava o site de buscas pelo conteúdo erótico apresentado em seus retornos, e ameaçava a empresa de medidas punitivas da parte do governo. A organização informou que o Google chinês já havia sido advertido por duas vezes quanto aos problemas em seu conteúdo, em janeiro e abril.
Na noite de sexta-feira, o recurso de busca por associação de palavras que costumava funcionar no site parecia estar desativado. É esse recurso que exibe um cardápio com diversas alternativas de busca quando a pessoa começa a digitar seus termos de busca no Google. Na noite anterior, repórteres da Televisão Central da China, uma rede estatal de TV, haviam demonstrado como digitar no site de buscas a palavra chinês para filho, "erzi", poderia resultar em cardápios de sugestões que incluíam termos de conotação lasciva.
As organizações noticiosas estatais chinesas também reportaram que a possibilidade de usar o site chinês do Google para realizar buscas em sites de fora do país estava supostamente desabilitada, mas um teste demonstrou que ela continuava a funcionar na noite de sexta-feira.
O Google divulgou um comunicado no qual afirmava que está envidando esforços ainda maiores para manter a limpeza de seu site de buscas na China. "Nós temos trabalhado constantemente para remover o conteúdo pornográfico e qualquer material prejudicial a crianças que encontremos em nossos resultados de busca para a Web chinesa", afirma o comunicado.
Ainda que o Google domine o mercado dos serviços de busca nos Estados Unidos, na China a empresa enfrenta sérias dificuldades para superar a Baidu, uma empresa chinesa que há muito opera o mais popular dos sites de busca do país.
Os recentes esforços do governo chinês para limitar o acesso dos usuários à internet vêm sendo recebidos com indignação pelos internautas chineses. As reações mais fortes se referem a um plano do governo para forçar os usuários de computadores a instalar em suas máquinas um software de censura ao conteúdo da web, que vigorará para todos os computadores novos vendidos no país a partir de 1° de julho. Os críticos dizem que o software, conhecido como "Represa Verde - Escolta da Juventude", pode ser usado também para censurar sites que apresentem conteúdo considerado como politicamente inaceitável pelas autoridades do país, ainda que o governo venha insistindo em que o uso principal do software vá ser o bloqueio do acesso a conteúdo pornográfico.
Os especialistas em computação também afirmam que o software de censura pode aumentar a vulnerabilidade de um computador à invasão por hackers. Esta semana, os programadores de computação responsáveis pelo software anunciaram que haviam encontrado maneiras de corrigir esses problemas. Mas na sexta-feira, J. Alex Halderman, professor de ciência da computação na Universidade do Michigan, informou que uma das versões corrigidas do programa de censura apresentava brecha de segurança tão grave quanto a encontrada na versão original.
Em um relatório divulgado na internet, Halderman afirmou que ele e sua equipe de pesquisa haviam detectado a vulnerabilidade do software corrigido com apenas uma hora de trabalho.
"Isso sugere que os problemas de segurança do Represa Verde serão mais difíceis de corrigir do que o governo chinês vem sugerindo", afirmou Halderman em mensagem de e-mail. "Provavelmente, será impossível garantir que o software esteja seguro o suficiente para uso antes do prazo de implementação da norma, em 1° de julho".
Tradução: Paulo Migliacci ME
The New York Times
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