ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

23 junho, 2009

ATUALIDADES - 23-6-09

1ª Vitória: Pão de Açúcar, Carrefour e Wal Mart suspendem compra de carne de desmatamento na Amazônia
Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar suspendem compras de frigoríficos envolvidos no desmatamento da Amazônia
Manaus (AM) — Em nota assinada pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), empresas anunciaram a suspensão de compras de produtos bovinos de 11 empresas frigoríficas do estado do Pará
Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour, em nota também assinada pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) anunciaram a suspensão de compras de produtos bovinos de 11 empresas frigoríficas do estado do Pará, incluindo a Bertin, por não terem garantias de que a carne não vem de áreas desmatadas na Amazônia. A decisão é resultado da
ação civil pública (ACP) do Ministério Público Federal (MPF) no Pará, que encaminhou, na semana passada, recomendação às grandes redes de supermercados e outros 72 compradores de produtos bovinos para que parem de comprar carne proveniente da destruição da floresta. O descumprimento do pedido pode resultar em multa de R$ 500,00 por quilo de produto comercializado.A medida dos varejistas também foi resultado do relatório sobre a pressão que o gado exerce sobre a Amazônia, lançado há apenas dez dias. “A ação é um repúdio às práticas denunciadas pelo Greenpeace. O setor supermercadista, através da Abras não irá compactuar com as ações denunciadas e reagirá energicamente”, diz a nota. “Os frigoríficos que atuam na Amazônia precisam se comprometer imediatamente a parar de comprar gado de fazendas que desmatam”, disse André Muggiati, do Greenpeace.
Os supermercados solicitaram aos frigoríficos que apresentem ao Ministério Público um plano de auditoria socioambiental, realizado por empresa independente, sobre a origem do gado que comercializam. O MPF já havia pedido aos supermercados e empresas notificadas que implementem sistemas de identificação sobre a origem do produto bovino.Além disso, o Ministério Público Federal pretende ampliar as ações de combate ao desmatamento com responsabilização da cadeia produtiva da pecuária para outros estados da Amazônia, como Mato Grosso e Rondônia.
O Greenpeace lançou na semana passada o relatório “A Farra do Boi na Amazônia” apontando a relação entre empresas frigoríficas envolvidas com desmatamento ilegal e trabalho escravo com produtos de ponta comercializados no mercado internacional. Para piorar, o governo brasileiro financia e tem participação acionária nas principais empresas pecuárias que atuam na Amazônia.
O frigorífico Bertin é uma das empresas apontadas pelo Greenpeace como responsáveis pela compra de gado de fazendas que desmataram ilegalmente a floresta Amazônica, distribuindo no Brasil e mundialmente os produtos derivados dos animais.
Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar suspendem as compras de fazendas envolvidas no desmatamento da Amazônia e deverão trabalhar com auditoria de origem.
Em reunião realizada na Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no dia 8 de junho, as três maiores redes de supermercados do País, Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar decidiram suspender as compras das fazendas envolvidas no desmatamento da Amazônia. A ação é um repúdio às práticas denunciadas pelo Greenpeace.
O setor supermercadista, através da Abras não irá compactuar com as ações denunciadas e reagirá energicamente. A posição definida pelas empresas inclui notificar os frigoríficos, suspender compras das fazendas denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Pará e exigir dos frigoríficos as Guias de Trânsito Animal anexadas às Notas Fiscais. Como medida adicional, as três redes solicitarão, ainda, um plano de auditoria independente e de reconhecimento internacional que assegure que os produtos que comercializam não são procedentes de áreas de devastação da Amazônia.
Trata-se de uma resposta conjunta setorial ao relatório publicado pelo Greenpeace no início deste mês e conseqüente ação civil pública do Ministério Público Federal do Pará, que encaminhou recomendação às grandes redes de supermercados e outros 72 compradores de produtos bovinos para que deixem de comprar carne proveniente da destruição da floresta.
Greenpeace Brasil



Radicais islâmicos instalam o caos na saúde da Somália
Mais de 70% dos médicos fogem do país por conta da violência; sistema público entra em colapso.
SÃO PAULO - Líderes do grupo radical islâmico Al-Shabaab - acusado de ter ligações com a Al-Qaeda - prometeram ontem atacar qualquer tropa estrangeira que responda ao apelo por ajuda militar lançado há dois dias pelo governo somali. Os contínuos ataques à capital, Mogadíscio, provocaram o caos no sistema de saúde de um país que é considerado falido desde 1991 e onde a expectativa de vida não passa dos 47 anos, 13 a menos do que no Iraque.
A violência fez com que a maioria dos médicos abandonasse o país. "A falta de segurança levou à fuga de mais de 70% dos profissionais", disse o cirurgião somali Mohamed Yusuf, que trabalha para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) no principal hospital da Somália, o Medina, em Mogadíscio, onde os 80 leitos são disputados diariamente por mais de 200 pacientes.
O sistema de saúde da Somália é virtualmente inexistente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) não consegue sequer reunir dados confiáveis sobre o gasto anual do governo local com saúde pública. O país tem menos de 2 dentistas para 10 mil habitantes. No Iraque, a proporção é de 14 para 10 mil e no Afeganistão é de 5 para o mesmo grupo. Apenas 28% dos somalis têm acesso a cuidados médicos.
Para compensar a falta de estrutura, médicos do CICV e da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) têm se dedicado a passar seus conhecimentos para o maior número possível de profissionais locais. Mas mesmo estas organizações são muitas vezes impedidas de entrar na Somália pela falta de condições mínimas de segurança.
Em abril, disparos de morteiro atingiram uma oficina do Crescente Vermelho Somali que produzia pernas mecânicas para amputados de guerra, na capital. Um civil morreu e outros cinco ficaram feridos.
Na tentativa de driblar as dificuldades, o CICV vem abrindo tendas médicas em áreas rurais para que sejam administradas por voluntários somalis. Na capital, cirurgiões contam que os civis têm de disputar leitos com combatentes feridos.
Em maio, "nós pedimos ao pessoal militar que fosse para outro lugar e nos deixasse usar um hospital. Isso fez com que aumentássemos a capacidade de atendimento consideravelmente", disse Yusuf.
Depois de conseguir acesso a um leito, os feridos de guerra ainda enfrentam o risco de morrer de fome. Como muitos pacientes são atendidos em locais distantes de suas casas, o hospital tem de prover alimentação durante o período de internação, o que é quase impossível na maioria dos casos.
A disputa por leitos também faz com que os médicos tenham de desocupar macas muito rapidamente, o que os obriga a cremar os pacientes mortos e mostrar apenas fotos dos cadáveres a pessoas que buscam reconhecer seus parentes.
"Ainda existem clínicas privadas, mas não um sistema público. O número de médicos é muito pequeno e, em alguns lugares, simplesmente não existe nada. Se você é ferido, tem de caminhar por quilômetros ou, infelizmente, morrerá esperando ajuda em algum lugar da Somália", disse ao Estado o médico Jorgen Stassijns, da MSF.
João Paulo Charleaux
Estadao.com.br



Venezuela suspende venda de Coca-Cola Zero por "riscos à saúde"
CARACAS (Reuters) - O governo da Venezuela ordenou nesta quarta-feira que a filial local da Coca-Cola, a maior fabricante de refrigerantes do mundo, tire de circulação seu produto Coca-Cola Zero, por considerar ser danoso à saúde, informou a agência estatal de notícias ABN.
A medida ocorre após vários obstáculos enfrentados pela empresa na Venezuela, em meio a uma onda de nacionalizações.
O ministro da Saúde e Proteção Social venezuelano, Jesús Mantilla, disse que a medida contra a Coca-Cola e sua fabricante local foi estabelecida por considerar que o refrigerante contém um componente que pode ser prejudicial para os humanos, mas não deu detalhes do elemento ao qual se referia.
"O produto deve sair de circulação para preservar a saúde dos venezuelanos", disse Mantilla, após funcionários terem inspecionado a filial local da gigante de refrigerantes.
O Ministério da Saúde disse que a medida considera "evitar as próximas vendas do produto, assim como ordenar a retirada de todas as Coca Cola Zero que se encontram nos estabelecimentos comerciais".
A filial venezuelana da Coca-Cola não respondeu à decisão.
Reportagem de Antonio de la Jara e Fabián Cambero
O Globo

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